uma proposta no ensino de fração para adolescentes com e sem deficiência visual

130 Pages·2013·2.25 MB·Portuguese

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL

UMA PROPOSTA NO ENSINO DE FRAÇÃO PARA
ADOLESCENTES COM E SEM DEFICIÊNCIA VISUAL

Ailton Barcelos da Costa

SÃO CARLOS/ SP
2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL

UMA PROPOSTA NO ENSINO DE FRAÇÃO PARA ADOLESCENTES COM E
SEM DEFICIÊNCIA VISUAL

Ailton Barcelos da Costa

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Educação Especial da Universidade Federal de São
Carlos, como parte dos requisitos para a obtenção do
título de Mestre em Educação Especial.

ORIENTADORA: Profa. Dra. Maria Stella C. de
Alcântara Gil

SÃO CARLOS/ SP
2013
Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da
Biblioteca Comunitária da UFSCar

Costa, Ailton Barcelos da.
C837pe Uma proposta no ensino de fração para adolescentes
com e sem deficiência visual / Ailton Barcelos da Costa. --
São Carlos : UFSCar, 2013.
131 f.

Dissertação (Mestrado) -- Universidade Federal de São
Carlos, 2013.

1. Educação especial. 2. Ensino de conceitos. 3. Ensino
de frações. 4. Deficiência visual. 5. Matemática inclusiva. I.
Título.

CDD: 371.9 (20a)

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todas as crianças e adolescentes com deficiência visual.
AGRADECIMENTOS

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, pelo apoio
financeiro.
Às revisões de Allan Aroni, doutorando em Educação/ UNB.
Às revisões de Christiana Gonçalves Meira de Almeida, doutoranda PPGPsi/ UFSCar.
Às revisões de Sabrina Gomes Cozendey, pós-doutoranda PPGEEs/ UFSCar.
Aos amigos Carlos J. Possato, Cesar Gaviolli e Antônio Celso M. Melo pelo apoio.
À Escola Estadual e à respectiva Diretoria de Ensino que autorizou a realização da
pesquisa.
Aos alunos e às suas respectivas famílias, que aceitaram e autorizam a participação na
pesquisa.
À minha namorada pela compreensão e apoio.
Ao meu pai e à minha mãe pelo apoio e compreensão durante os momentos de ausência
e nas dificuldades.
A todos os professores que passaram pela minha vida, pelas lições acadêmicas e de vida.
À minha orientadora, pelo acolhimento e por acreditar na minha potencialidade.
Não há maneira de agradecer a Deus pela visão, do que ajudar
alguém que não a possui.
Helen Keller

O homem que volta ao mesmo rio, nem o rio é o mesmo rio, nem
o homem é o mesmo homem.
Heráclito
RESUMO: A pesquisa versa sobre o ensino do conceito de fração a adolescentes com e
sem deficiência visual (cegueira e baixa visão), de quatorze a dezoito anos. E,
entendendo-se esse como uma das bases para o estudo da própria matemática, bem
como a vivência escolar como um momento privilegiado na construção da cidadania,
capacitando o estudante para a complexidade do mundo real, essa pesquisa surge da
necessidade de se ampliar as escassas experiências de ensino sobre esta temática
específica e sobre as dificuldades dos alunos de diversos níveis escolares para
trabalharem com frações. Partindo da apresentação das diversas experiências sobre o
ensino da matemática para deficientes visuais no Brasil, desde o século dezenove até os
tempos atuais, este estudo teve como objetivo elaborar, aplicar e avaliar um
procedimento de ensino do conceito de frações para três adolescentes com deficiência
visual, que pudesse ser empregado também no ensino de adolescentes com sistema
sensorial visual íntegro. A abordagem utilizada foi a diferencial, que teve como foco
investigar a natureza e as causas da expressão das variações de aprendizagem dentro da
população pesquisada, para isso esta população foi submetida a avaliação de repertório
inicial em duas etapas, seguida da aplicação das atividades de ensino, elaboradas pelo
pesquisador, em duas fases distintas, com avaliação de repertório final e follow up. Por
fim, foi discutido o atraso escolar dos participantes, seguida da avaliação do uso geral
do emprego de materiais discretos e contínuos, concluindo-se que ao se investigar a
estimulação tátil e oral nos participantes selecionados, foi possível verificar a formação
dos conceitos matemáticos através do ensino de frações, tanto em adolescentes
deficientes visuais como naqueles com visão íntegra. Assim, o objetivo geral da
pesquisa foi atingido, demonstrando-se a necessidade de se repensar parte das atividades
de ensino e de sua mediação.

Palavras-chave: ensino de conceitos, ensino de frações, deficiência visual, matemática
inclusiva, educação especial.
ABSTRACT: The research deals with the teaching of fraction concepts to adolescents
with and without visual impairment (blindness and low vision), from fourteen to
eighteen. And understanding this as one of the bases for the study of mathematics itself,
as well as the school experience as a privileged moment in the construction of
citizenship, enabling the student to the complexity of the real world, this research arises
from the need to expand scarce teaching experiences on this issue and on the specific
difficulties of students of various grade levels to work with fractions. Starting from the
presentation of the various experiences on teaching mathematics to visually impaired
people in Brazil, since the nineteenth century until today, this study aimed to develop,
implement and evaluate a procedure for teaching the concept of fractions to three
adolescents with visual impairments which could also be used in teaching adolescents
with visual sensory system integrity. The approach used was the differential, which
focused on investigating the nature and causes of variations in the expression of
learning in the population surveyed for this population that underwent evaluation of
initial repertoire in two stages , followed by the application of teaching , prepared by the
researcher , in two phases , with the final evaluation of repertoire and follow up. Finally,
we discussed the educational backwardness of the participants, followed by an
evaluation of the use of the general use of materials discrete and continuous, concluding
that to investigate the oral and tactile stimulation to selected participants, we observed
the formation of mathematical concepts through teaching fractions, both visually
impaired teenagers and those with full vision. The objective of the research was
achieved, demonstrating the need to rethink part of teaching and its mediation.

KEY-WORDS: teaching concepts, teaching fractions, visual impairment, inclusive
mathematics, special education.