ebook img

Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot PDF

240 Pages·2003·54.303 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot

Título original: A Soâal Hi.ltory of Kuowledge (Fmm Guteuberg to Didemt) Tradução autorizada da primeira edição inglesa, publicada em 2000 por Polity Press em associação com Blackwell Publishtrs Ltd., de Oxford, Inglaterra Copyright © 2000 Pecer Rurke Copyright © 2003 da edição em língua portuguesa: Jorge Zahar Editor rua México 31 sobreloja 20031-144 Rio de Janeiro, RJ te!.: (21) 2240-0226 I fax: (21) 2262-5123 e-rnail: [email protected]. br site: www.zahar.com.br Todos os direitos reservados. A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte. constitui violação de direitos autorais. (Lei 9.610198) Capa: Sérgio Campantc llusrração da capa: A tipografia no México em 1539, gravura. Museu da Cidade do México. CIP-Brasil. Catalogação-na-fome Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. Burke, f>eter .8973h Uma história social do conhecimento: de Guten- bcrg a Diderot I Peter Burke; tradução Plínio Dent zicn.-Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003 Tradução de: A social lústory ofknowledgc: from Gutenberg to Diderot Inclui bibliografia ISBN 85-7110-711-4 1 . Sociologia do conhecimento. - História. CDD 306.409 03-0510 CDU 31ú.74:001(091) ~--------------------------- Sumário Lista de Créditos c Dustrações, 7 Prefácio e Agradecimentos, 9 I. SOCIOLOGIAS E HISTÓRIAS DO CONHECIMENTO: INTRODUÇÃO, 11 O surgimento da sociologia do conhecimento, 12 • O renascimento da sociologia do conhccimenro, 15. A história social do conhecimento, 18. O que é conhecimento?, 19. A pluralidade de conhecimentos, 21 11. 0 OFÍCIO DO SABER: OS LETRADOS EUROPEUS, 25 Continuidadt:s c descontinuidades, 25 • A Idade Média, 27 • As conse qüências da impressão tipográfica, 28 • Oportunidades em Ign:jas c Esta dos, 29. Difc:rcnciação estrutural, 31 • Identidades de grupo, 33. O Islã e a China, 35 III. A CONSOLIDAÇÃO DO CONHECIMENTO: ANTIGAS E NOVAS INSTITUIÇÕES, 37 O Renascimento, 40 • A Revolução Científica, 42 • O Iluminismo, 47 • Conclusões e comparações, 51 IV. 0 LUGAR DO CONHECIMENTO: CENTROS E PERIFERIAS, 54 A República das Lt:tras, 58. Nagasaki c Deshima, 59. Pesquisa· de campo c gabinete, úU • A importação de conhecimentos, 60 • As capitais do conhe cimento, 64 • A ge.ogr:1fia das bibliotecas, 66 • A cidade como fonte de in formação sobre si mesma, 69. O processamento do conhecimento, 72. A distribuição do conhecimento, 75 • As descobertas no contexto global, 76 V. A CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO: CURRÍCULOS, BIBLIOTECAS E ENCICLOPÉDIAS, 78 A antropologia do conheômcnto, 78 • Variedades de conhecimento, 79 • Disciplina c ensino, 86 • A organização dos currículos, 87 • A ordem das bibliotecas, 88 • A estrutura das encicl~pédias, 89 • Lugares-comuns, 90 • A reorgatúzação do sistema, 91 • A reestruturação do currículo, 94. Are estruturação das bibliotecas, 97 • A organização dos museus, 100 • A alt:1- betação das enciclopédias, 103 • O avanço do conhecimento, 103 • Conclusão, 108 VI. 0 CONTROLE DO CONHECIMENTO: IGREJAS E ESTADOS, 1 09 O surgimento da burocracia, 110 • A Igreja como modelo, 113 • Relações eJ\"teriores, 114 • Informação c Império, 116 • Assuntos internos, 120 • O ma peamento do Estado, 122. O surgimento da estatística, 124. Guarda e recu peração da informação, 127. Censura, 129. A difusão da informação, 132 VII. A COMERCIALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO: O MERCADO E A IMPRESSÃO GRÁFICA, 136 O nascimento da propriedade intelectual, 139. Espionagem industrial, 140 • Comércio e informação, 141 . A informação e a voe, 142. O surgimento das bolsas de valores, 144. A impressão e o comércio do conhecimento, 145 • Veneza no século XVI, 147 • Amsterdã no século XVII, 148 • Londres no século XVIII, 149. Jornais e revistas, 151 • O surgimento das obras de refe rência, 153. Enciclopédias, 154 • Comparações e conclusões, 156 VIII. A AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO: A PARTE DO LEITOR, 159 Leitura c recepção, 161 • Obras de referência, 164 • A ordem alfabética, 165 • Auxílio à pesquisa histórica, 167 • Apropriações individuais, 169 • De Montaigne a Montesquieu, 170. Aquisição do conhecimento de ou tras culturas, 172 IX. A CONFIANÇA-E A DESCONFIANÇA NO CONHECIMENTO: UMA CODA, 176 O renascer do pirronismo, 176 . Ceticismo pragmático, 178 . O mécodo geométrico, 181. O surgimento do empirismo, 182. A nota de pé de pági na, 185 • Credulidade, incredulidade e a sociologia do conhecimento, 186 Notas, 189 Bibliografia Seledot1ada, 199 Í11dice Remissivo, 227 Lista de Créditos e ilustrações I. Observat6rio de H vem, gravura de Tycho Brahe, Asuonomiae llwauracae .\Iechanim (1598). p.45 2. Mapa da província de Nanquim, in M. Martini, Novus Arfas Sinensis [Novo Atlas Chinês] (Amsterdâ,c.1655),enrre as p.96-7. Cópia na Biblioteca da Universidade de Carnbridge (Atlas 3.65.12). p.SS 3. Oost Judisch Huis [A Casa das Índias Orie11tais], gravura extraída de P. Zesen, Be schreibrmg von Amsterdam [Descrição de Amsterdã] (Amsterdã, 1664). Cópia na British Library (1300 D 7). p.61 4· Bolsa de valores de Amsterdã, pintura de E. de Witte (1653). Roterdã, Museu Boy rnans van Beuningen. p.63 5· Arvore do conllecinrento, página de rosto de Arbor Scientiae, de R. Lulio {1515; reed. de 1635). Cópia na Biblioteca da Universidade de Cambridge (P*.3.52). p.83 6. An1ore das Repartições Francesas, de Charles de Figon. Extraído de Discours des Estats (Paris, 1579). Biblioteca da Universidade de Cambridgc (Pryme D.I., lâ mina dobrável). p.84-5 7· Tabula primi libri, in Andréas Libavius, Ale/remia (Frankfurt, 1597. Sig. b2, verso). Cópia na Biblioteca da Universidade de Cambridge (L.4.14). p.92 8. 'Jábleaux accomplis, ?e C. Savigny {1587). Paris, Biblioteca Nacional. p.93 9· Biblioteca da U11iversidade de Leidw, de J.C. Woudanus. Gravada por W Swanen burgh (1610). Biblioteca da Universidade de Leiden. p.99 IO. Í'rontisp(cio do Múseum vVcmrrimwm, gravura de G. Wingendorp (1655).Biblioteca da Universidade de Cambridge (M.13.24). p.101 na, ub. Frontispícios de Francis llacon, lnstauratio magna (gravura, 1620. Biblio teca da Sorbonne, foto de Jean-Loup Charme; Fonds V. Cousin, 5525 Rés) c Sil va Sylvarum (gravura, 1627. Biblioteca da Universidade de Cambridgc, LE 24.25). p.l06-7 12. O espião (entalhe, séc. XVII). Cortesia da Scuola Grande di San Rocco, Veneza. p.llS 13. Romá11ia {detalhe), de J. Castaldus, in Ortelius, TI1eatrum orbis terrantm (Antuérpia, 1570). p.1Í3 7 Prefácio e Agradecimentos Este livro se baseia em quarenta anos de estudo dos primeiros textos modernos, bc.:m como em obras secundárias. As notas de referência c a bibliografia, porém, se limitam às obras dos autores modernos, deixando as fontes primárias para dis cussão no próprio texto. Embora mais atenção seja dada às c.:struturas e tendên cias do que aos indivíduos, é impossível discutir um tema como este sem apresc.:ntar centenas de nomes, c os leitores encontrarão no índice remissivo as datas e breve descrição de cada pessoa mencionada no texto. O estudo aqui publicado é decorrente de um longo projeto que resultou em muitos artigos, assim como em conferências c seminários apresentados em Cambridge, Delfos, Louvain, Lund, Oxford, Pequim, São Paulo c São Pctcrsbur go. Depois de longo tempo em fogo brando, o projeto foi finaln1ente levado à ebulição pelo convite para proferir a primc.:ira série das Conferências Vonhoff na Universidade de Groningen. Agradeço especialmente a Dick de Doer por me receber em Groningen e por me lembrar da imponância das mudanças no sistema de conhecimento nos séculos XIII c XIV. Agradeço também a Daniel Alexandrov, Alan Baker, Moti Feingold, 1-lalil lnalcik, Alan Macfarlane, Dick Pels, Vadim Volkoff c Jay Winter por ajudas de tipos distintos, e ajoanna Innes por me permitir consultar seu arti go clássico- embora ainda não publicado-sobre o uso da informação pelo go verno britânico. Sou devedor de Chris l.3ayly, Francisco Bethencourt, Ann l.3lair, Gregory Blue, Paul Conncrton, Brendan Dooley, r:Jorike Egmond,José ·Maria González García,John I..:leadley, Michael Huntcr, Ncil Kenny, Christel L::tne, Peter Mason, Mark Phillips,John Thompson c Zhang Zilian por comentários sobre partes do manuscrito. Minha mulher Maria Lúcia leu o manuscrito na íntegra e levamou algumas questões utilmente embaraçosas, sugerindo também aperfeiçoamentos. O livro é dedicado a da. 9 . I . Sociologias e Histórias· do Conhecimento: Introdução O que é co11heâdo sempre parece sistemático, provado, aplicável e evide11le para aquele que co11hece. Da mesma forma, todo sistema alheio de co11hecimelllc> sempre parece co11traditório, 11ào provado, i11aplicável; irreal or.r místico. FLECK Segundo alguns sociólogos, vivemos hoje numa "sociedade do conhecimento" ou "sociedade da infom1aç.io", dominada por especialistas profissionais c seus métodos científicos.' Segundo alguns economistas, vivemos numa "economia do conhecimento" ou "economia da infom1ação", marcada pela expansão de ocupações produtoras ou dissenünadoras de conhecimento.2 O conhecimento também se tornou uma questão política importante, centrada no caráter público ou privado da informação, e de sua natureza mercantil ou sociaJ.3 Historiadores do futuro decerto poderão se referir ao período em torno do ano 2000 como a "era da informação". Ironicamente, ao mesmo tempo em que o conhecimento invade a cena des sa maneira, sua confiabilidade é questionada por filósofos e outros de maneira cada vez mais radical, ou pelo menos em voz muito mais alta do que antes. O que costumávamos pensar como tendo sido descoberto é hoje descrito muitas vezes como "inventado" ou "construído".4 Mas pelo menos os filósofos concordam com os economistas e com os sociólogos em definir nosso pr~prio tempo em termos de sua relação com o conhecimento. Não devemos nos precipitar supondo que nossa época é a primeira a levar a sério essas questões. A mercantilização da informação é tão velha quanto o capi talismo (c é discutida no capítulo 6). O uso, por parte dos governos, de informa ções sistematicamente coleta das sobre a população é, em termos literais, história antiga (particularmente lústória antiga romana c chinesa). Quanto ao ceticismo relativo às pretensões ao saber, remonta pelo menos ao filósofo grego Pino. O objetivo destas observações não é substituir uma teoria bruta da re>olu ção por uma teoria igualmente bruta da continuidade. Um dos principais objeti vos deste livro é tentar definir as peculiaridades do presente de modo !D2i5

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.