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pesca artesanal e desenvolvimento local PDF

211 Pages·2011·2 MB·Portuguese
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO – UFRPE PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PRPPG EXTENSÃO RURAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL VERÓNICA DEL PILAR PROAÑO DE FOX PESCA ARTESANAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL: O MOVIMENTO NACIONAL DOS PESCADORES – MONAPE (1990 – 2009) RECIFE - PE 2010 2 VERÓNICA DEL PILAR PROAÑO DE FOX PESCA ARTESANAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL: O MOVIMENTO NACIONAL DOS PESCADORES – MONAPE (1990 – 2009) Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento Local da Universidade Federal Rural de Pernambuco, sob orientação do Prof. Dr. Angelo Brás Fernandes Callou. RECIFE - PE 2010 3 Ficha catalográfica F794p Fox, Verónica del Pilar Proaño de Pesca artesanal e desenvolvimento local: o movimento nacional dos pescadores – MONAPE (1990-2009) / Verónica del Pilar Proaño de Fox – 2010. 209 f. : il. Orientador: Ângelo Brás Fernandes Callou Dissertação (Mestrado em Extensão Rural e Desenvolvimento Local) - Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Educação, Recife, 2010. Inclui referências e anexo. 1. MONAPE 2. Movimentos sociais 3. Pescadores artesanais 4. Desenvolvimento local 5. Estratégias de comunicação I. Callou, Ângelo Brás Fernandes, orientador II. Título CDD 338.9 4 PESCA ARTESANAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL: O MOVIMENTO NACIONAL DOS PESCADORES – MONAPE (1990 – 2009) Verónica del Pilar Proaño de Fox Orientador: Prof. Dr. Angelo Brás Fernandes Callou. BANCA DE AVALIAÇÃO Profª Dr. Angelo Brás Fernandes Callou Universidade Federal Rural de Pernambuco Profª Drª. Maria Salett Tauk Santos Universidade Federal Rural de Pernambuco Profª Drª. Maria Luiza Lins e Silva Pires Universidade Federal Rural de Pernambuco Prof. Dr. Cristiano Wellington Noberto Ramalho FUNDAJ/FACEPE/CNPq Recife, abril de 2010. 5 AGRADECIMENTOS O projeto de realizar um mestrado era acalentado por mim há longa data e jamais teria sido possível sem o apoio da minha pequena família. A Eric pela sua generosidade e companheirismo mesmo à distância. A minha filha, Natascha, pelo seu amor incondicional, amizade e camaradagem em todas as horas. E ao meu filho, Mark Daniel, pelo seu amor. Não posso esquecer de Eriquinho, filho do coração, cuja amizade e leveza sempre estiveram presentes. O mesmo devo dizer do meu irmão, Juan Carlos, cujo suporte e orientações acadêmicas foram importantes para dar seguimento ao mestrado. Sem eles nada disto seria possível. Quero agradecer também aos meus amigos, Jademilson e João Paulo, pela amizade, risos e bons momentos compartilhados ao longo deste percurso. A Rosiane, grande amiga e parceira de trabalho, pela sua generosidade e talento. A Anny e Jeanine pela alegria de sempre. A Alfredo e Nice por terem se tornado amigos tão especiais. Um obrigado muito carinhoso ao meu professor e orientador, Angelo Brás Callou, cuja inteligência e “amor à arte” sempre me chamaram tanto a atenção. Devo dizer que ele me inspira a ser cada vez melhor e a superar meu limites. Sua generosidade, paciência e tranquilidade me ajudaram a concluir esta etapa. O mesmo devo dizer da grande mestra, Salett Tauk Santos, figura humana ímpar, maternal, amiga e parceira. Presente em todas as horas. Também quero agradecer a professora Maria Luiza Pires, com quem tudo começou, pois foi ela que me aceitou como aluna especial e me introduziu ao mundo rural e seus nuances. Sempre prestativa e sábia. Excelente mestra e pessoa. O que dizer de Laurineide, Bill, Clarice, Renata e Isabel? Acredito que algumas pessoas fazem a diferença neste mundo e, com certeza, eles são claros exemplos disso. Tenho grande admiração e respeito pelo trabalho realizado por eles à frente do Conselho Pastoral dos Pescadores. É incomparável e único e me faz ter esperança que um dia o mundo vai ser melhor. Quero agradecê-los pela generosidade e carinho com que sempre fui tratada no Recanto do Pescador, onde passei dias inteiros vasculhando a biblioteca a procura de pistas que me ajudassem a explicar os movimentos sociais de pescadores. Laurineide e Bill, sempre humanos e prestativos, foram peças chaves na compreensão dos problemas da categoria, seus conflitos e lutas. Muito obrigada a ambos mais uma vez! 6 Meu muito obrigado para os pescadores Joana Mousinho, Josefa Ferreira, Jorge da Praia, Toinho Pescador, Beto, José Carlos, Nega, Carlinhos e Mira Mousinho, que generosamente dividiram comigo um pouco de si e da vida na pesca. Sem a participação deles, esta pesquisa jamais teria sido possível, não só pelas entrevistas e momentos cedidos como também pelo exemplo de vida e luta por um mundo melhor. Por último, mas não menos importante, o meu muito obrigado a Cristiano Ramalho. Mesmo sem termos contato contínuo, ele foi muito importante na realização desta pesquisa. Primeiro pelos excelentes estudos sobre os pescadores artesanais de Pernambuco que, de certa forma, embasaram e inspiraram este trabalho. E, segundo, pelo interesse, generosidade e torcida demonstrada toda vez que nos encontramos para trocar uma ideia. 7 RESUMO O propósito deste estudo é caracterizar e analisar o Movimento Nacional dos Pescadores (MONAPE), entre 1990 e 2009, buscando entender as contribuições desse movimento social para o desenvolvimento local em comunidades pesqueiras de Pernambuco. Para tanto, insere- se o fenômeno no campo dos estudos das culturas tradicionais, a partir das concepções da antropologia econômica e social dos estudos de Diegues (1983, 1998, 2002). Ao defrontar-se com uma ampla gama de teorias de escolas americanas e européias, decidiu-se utilizar os estudos de Callou (1986, 1994), Gohn (2003, 2004), Sherer-Warren (1996), Silva (1988, 2004), Peruzzo (1998), Ramalho (1999, 2004), Rosenmann (2003) e Santos (2005) sobre movimentos sociais populares na América Latina e no Brasil. Optou-se ainda pelos referenciais teóricos apontados por Callou (2003, 2006, 2007), Franco (2006), Jara (2001), Matos (2005), Milani (2005), Oliveira (2001) e Tauk Santos (2000, 2003) para analisar o MONAPE, nos parâmetros do Desenvolvimento Local. Tendo em vista que os movimentos sociais de pescadores e o próprio MONAPE foram estudados por poucos autores, de forma dispersa no tempo e espaço geográfico, levou-se em consideração os relatos históricos de Callou (1986), Cardoso (2001), Diegues (1983, 1995), Silva (1988), Potiguar Júnior (2001), Ramalho (1999) e de outros documentos sobre a temática no Brasil. Tratar especificamente sobre o MONAPE também implicou percorrer um caminho composto por diversos momentos históricos, que influenciaram a vida dos pescadores artesanais e de toda a sociedade. Nesses termos, este trabalho faz uma contínua referência ao contexto sociopolítico e econômico no qual o MONAPE está inserido, enfatizando as políticas públicas na pesca e a Extensão Pesqueira. Configura-se um estudo de caso porque investiga um fenômeno contemporâneo da vida real (YIN, 2005), utilizando várias técnicas para facilitar a compreensão do objeto de estudo. Dentre elas, a revisão de documentos, material jornalístico e publicitário, produzidos pelo ou sobre o MONAPE. Outros instrumentos de pesquisa foram: participação em encontros de pescadores e seminários ligados ao setor pesqueiro, entrevistas semi-estruturadas e conversas informais com lideranças e assessores do referido movimento. A partir da análise qualitativa contatou-se que apesar do MONAPE contemplar diversas dimensões do desenvolvimento local, enfrenta uma crise sem precedentes, provocando uma contínua perda de representatividade junto aos pescadores artesanais brasileiros. As disputas de poder internas e as dificuldades de gestão e comunicação afetam, principalmente, o capital humano e social construído ao longo dos últimos 21 anos. Sem a “energia coletiva” dos pescadores artesanais é difícil garantir a sustentabilidade do MONAPE, cuja continuidade depende hoje de poucas lideranças. Palavras-chave: MONAPE, movimentos sociais de pescadores artesanais, desenvolvimento local e estratégias de comunicação. 8 ABSTRACT The purpose of this study is to characterize and analyse the National Movement of the Fishermen (MONAPE), between 1990 and 2009, seeking to understand the contributions of this social movement for the local development in fishing communities of Pernambuco. In order to do that, it inserts the phenomenon in the field of traditional culture studies, from conceptions of Diegues economical and social anthropology studies (1983, 1998, 2002). While facing a wide variety of theories of American and European schools, it decided to use the studies of Callou (1986, 1994), Gohn (2003, 2004), Sherer-Warren (1996), Silva (1988, 2004), Peruzzo (1998), Ramalho (1999, 2004), Rosenmann (2003) and Santos (2005) on social popular movements in Latin America and Brazil. There was made an option for the theoretical framework pointed by Callou (2003, 2006, 2007), Franco (2006), Jara (2001), Matos (2005), Milani (2005), Oliveira (2001) and Tauk Santos (2000, 2003) to analyse the MONAPE, in the parameters of Local Development. Having in mind that social movements of fishermen and the MONAPE itself were studied by a few authors, in a scattered way in time and geographical space, the historical reports of Callou (1986), Cardoso (2001), Diegues (1983, 1995), Silva (1988), Potiguar Júnior (2001), Ramalho (1999) and other documents about that theme in Brazil were taken in account. To deal specifically with the MONAPE also implicated to follow a path formed by several historical moments that influenced the life of fishermen and the whole society. On these terms, this work makes a continuous reference to the social, political and economic context in which the MONAPE is inserted, emphasizing public policies in the fishing field and Fishing Extension. It is a case study because it investigates a contemporary phenomenon of the real life (YIN, 2005), using several techniques to ease the understanding of the object of study. Among them, double-check of documents, journalistic and publicity material produced for or by the MONAPE. Other instruments of investigation were: participation in fishermen's meetings and seminars about the fishing area, semi-structured interviews and informal conversations with leaders and advisers of the above-mentioned movement. From the qualitative analysis it was noted that though the MONAPE contemplates several dimensions of local development, it faces an unprecedented crisis, causing a continuous loss of representativeness among brazilian fishermen. The internal competition of power and the difficulties of management and communication affect, mostly, the human and social capital built along the last 21 years. Without the “collective energy” of fishermen it is difficult to guarantee the sustainability of the MONAPE, which nowadays continues to depend on a few leaders. Key words: MONAPE, social movements of fishermen, local development and communication strategies. 9 LISTA DE SIGLAS AMONAPE – Associação Movimento Nacional dos Pescadores ABC - Agência Brasileira de Cooperação Técnica ABRAQ – Associação Brasileira de Aquicultura ASPAM - Associação Pernambucana de Defesa da Natureza ATER – Apoio a Projetos de Assistência Técnica e Extensão Rural BIRD - Banco Mundial BMZ - Ministério da Cooperação Técnica e Econômica BNE - Banco do Nordeste CAPAB - Centro de Apoio ao Pescador Artesanal do Brasil CCFD - Comitê Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento CCMAPC - Comitê Comunitário de Meio Ambiente de Ponte dos Carvalhos CEBs – Comunidades Eclesiais de Base CEPENE - Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Nordeste CIESPAL - Centro Internacional de Estudos Superiores de Comunicação para América Latina CIPOMA – Companhia Independência de Policiamento ao Meio Ambiente CISP - Comitê Internacional para o Desenvolvimento dos Povos CNBB - Confederação Nacional dos Bispos do Brasil CNP - Confederação Nacional dos Pescadores CNPT - Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais CONABIO – Comissão Nacional De Biodiversidade CONAPE – Conselho Nacional da Aquicultura e Pesca CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura CPP – Conselho Pastoral dos Pescadores CPRH – Agência Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos CPT – Comissão Pastoral da Terra CUT – Central Única dos Trabalhadores DCP - Divisão de Caça e Pesca DPA - Departamento de Pesca e Aquicultura EMBRATER – Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador FCO – Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste FDA - Fundo de Desenvolvimento da Amazônia 10 FEPEPE – Federação dos Pescadores do Estado de Pernambuco FNE – Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste FNO – Fundo Constitucional de Financiamento do Norte FUNBIO – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade GMBH - Deustsche Gesellshaft fuer Tecnishe Zuzammenarbeit GT – Grupo de Trabalho GTA – Grupo de Trabalho da Amazônia GTN – Grupo de Trabalho Nacional GTZ - Sociedade Alemã de Cooperação Técnica IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ICCO - Organização Intereclesiástica de Cooperação para o Desenvolvimento INBRAPE – Indústria Brasileira de Pesca IRPESA – Indústrias Reunidas da Pesca INPS – Instituto Nacional de Previdência Social MMA – Ministério do Meio Ambiente MOCEMA - Movimento dos Pescadores do Maranhão MOCEPI – Movimento dos Pescadores do Ceará MONAPE – Movimento Nacional dos Pescadores MOPEPA – Movimento dos Pescadores do Pará MOPEPI - Movimento dos Pescadores do Piauí MPA – Ministério da Pesca e Aquicultura MPEG - Museu Paranaense Emílio Goeldi MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ONG – Organização não governamental ONU – Organização das Nações Unidas PESCART - Plano de Assistência à Pesca Artesanal PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro PNATER - Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural PROAMBIENTE – Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Rural Familiar PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRORURAL - Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural de Pernambuco PT – Partido dos Trabalhadores

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nacional dos pescadores – MONAPE (1990-2009) / Verónica declarou: Recebi 10% dos motores e 10% dos cascos, dos estaleiros de Cabedelo
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