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Performance como linguagem : criação de um tempo-espaço de experimentação PDF

176 Pages·2002·0.768 MB·Portuguese
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renato cohen PERFORMANCE COMO LINGUAGEM CRIAÇÃO DE UM TEMPO-ESPAÇO DE EXPERIMENTAÇÃO EDITORA PERSPECTIVA 1* edição - Ia reimpressão Direitos reservados à EDITORA PERSPECTIVA S.A. Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3025 01401-000 - São Paulo - SP - Brasil Telefax: (0—11) 3885-8388 www.editoraperspectiva.com.br 2002 a Joseph Beuys artista radical e humanista. SUMARIO UMA BOA PERFORMANCE-Renato Cohen 13 PREFÁCIO-Artur Matuck 15 DO PERCURSO 19 INTRODUÇÃO 23 Dos Objetivos 25 Dos Conceitos 28 Do Processo de Pesquisa 30 1. DAS RAÍZES: LIVE ART- PONTE ENTRE VIDA E ARTE 35 Ontologia da Performance: Aproximação entre Vida e Arte 37 Das Raízes: Uma Arte de Ruptura 40 Movimentos Congêneres: Da Contracultura à Não- Arte 45 2. DA LINGUAGEM: PERFORMANCE-COLLAGECOMO ESTRUTURA 47 Da Legião Estrangeira das Artes: Criação de um Anti- Gesamtkunstwerk 49 Da Criação: Livre-Associação e Collage como Estrutura 60 Da Utilização dos Elementos Cênicos: O Discurso da MiseenScène 65 Estudos de Casos: Do Ritual do Conceituai como Expressões de Performance 76 Da Ideologia da Performance: Uma Reversão da Mídia 87 3. DA ATUAÇÃO: O PERFORMER, RITUALIZADOR DO DSfSTANTE-PRESENTE 91 A Dialética da Ambivalência 93 Ruptura com a Representação: Valorização do Sentido de Atuação 96 Verticalização do Processo de Criação: O Ator Encenador. 98 Do Momento de Concepção: Criação de uma Cena Formalista 102 Do Momento de Atuação: Ritualização do Instante- Presente 109 4. DAS INTERFACES: PERFORMANCE -CRIAÇÃO DE UM TOPOS DE EXPERIMENTAÇÃO 113 A Idéia de um Topos Cênico 115 Da Relação Binaria: Emissão e Recepção 121 O Modelo Estético: Da Representação à Fruição 123 O Modelo Mítico: Da Vivência à Intelecção 128 Free Teatre - Happening e Performance: Ruptura da Convenção Teatral 132 Da Passagem do Happening para a Performance: Aumento de Esteticidade 134 Das Relações de Gêneros: Proposta de um Modelo Topológico 139 5. DO ENVIRONMENT: ANOS 80 - PASSAGEM DE EROS PARATHANATOS 141 Niilismo e Esquizofrenia: Um Retrato de Época 143 10 Do New Wave ao Pós-Moderno: Estética da Releitura.... 147 O Darkismo Punk: Culto a Thanatologia 152 6. DOS LIMITES: PERFORMANCE COMO TOPOS ARTÍSTICO DIVERGENTE 155 Eive Art e Performance como Topos Artístico Divergente 157 Da Experiência Brasileira: Limites 161 Do Futuro: Mídias Dinâmicas como Suporte de uma Arte de Resgate 163 BIBLIOGRAFIA 165 Livros 165 Artigos 167 APÊNDICE 169 Material Fonte 171 Fontes Textuais 172 Artigos/Textos/Poesias 173 Roteiro de Peças/ Performances Assistidas 174 ILUSTRAÇÕES Yggy Pop 2 e 3 Collage- Renato Cohen 18 DeafmanGlance(Robert Wilson) 24 Performance (Yves Klein, Piero Manzoni) 36 Performance,Disappearances 48 BoífyArt-GilbertandGeorge 92 Cenas - Antonin Artaud 114 Punks-1976 142 Performance - Projeto Magritte - Rento Cohen 156 Ciclo Performances-FUNARTE-1984 170 11 UMABOAPERFORMANCE Performance como Linguagem volta às mãos do leitor, em reedição. Em relação ao seu aparecimento inicial, o momento é outro, já de plena absorção dessas manifestações expressivas, disruptoras, nos mais diversos segmentos que vão da arte dramática - com pleno diálogo no teatro contemporâneo - às artes plásticas e literárias, da moda ao cotidiano, da televisão à política. A questão da performance torna-se central na sua manifestação contemporânea e o próprio campo de estudos amplia-se desde as manifestações da arte-performance, cuja genealogia e modo de produção são abordados neste livro, desde as questões da ritualização, da oralidade, da tecnologia, até as de todo o contexto cultural envolvido na ação performática e performativa, estudos esses que têm sido desenvolvidos pela Performance Studies - associação filiada aos estudos pioneiros de Richard Schechner da New York University. 13 Por outro lado, os modos inventivos e as ações ideológicas da arte-performance perpetrados por Joseph Beuys, pelos situacionistas em maio de 1968 e pela ação antiartística do Fluxus ou contracultural de inúmeros atuantes são, hoje, contra- absorvidos ou antropofagizados pelos curiosos mecanismos da mídia e da indústria cultural, que diluem assim sua virulência anti- sistema - dos ridículos reality-shows aos contorcionismos dos apresentadores "performáticos" da MTV, enforma-se toda uma produção associada, de certo modo, ^performance, mas destituída de sua virulência transformadora. Como foco de resistência, a investigação da performance tem migrado, desde os anos de 1990, de seu ponto de partida nas contundentes ações antropológicas e investigativas da consciência e da corporeidade humana. É o caso das realizações do La Fura dei Baús, daperformer Orlan, de Marina Abramovic, de Tunga e outros, que colocam sua psique e corpo na busca das extensões - e, curiosamente, grande parte deles está nomeada como pesquisa do "Corpo Extenso" - e, em outra frente, das ações e performances com tecnologia, desde trabalhos com mediação de corpo até inúmeras produções na Arte WEB (Internet), que democratizam a veiculação de cenas e acontecimentos e criam ambientes de produção, semelhantes às ações dos anos de 1960. Assim, são geradas quer pesquisas de mutação e identidade, como as de Eduardo Kac, quer experimentação erótica e subjetiva e veiculação de "rádios livres", como a Zapatista, as resistências do Kosovo, entre outros acontecimentos performativos e políticos. Em outra frente, incorporam-se inúmeros processos de subjetivação, como as recentes pesquisas cênicas e performáticas na confluência entre arte e loucura, a exemplo dos trabalhos da Cia Ueinzz (São Paulo), sob minha direção e de Sérgio Penna. Por último, importa lembrar que Performance como Linguagem tornou-se uma espécie de cult pioneiro (no caminho visionário da Editora Perspectiva), em língua portuguesa, junto com o livro de Luiz Roberto Galizia, Os Processos Criativos de Robert Wilson, na apresentação de repertórios e procedimentos da cena moderna e contemporânea, da performance em sua manifestação radical, corroborando, segundo depoimentos, o caminho de inúmeros jovens artistas confrontados e autorizados por essas perspectivas vitais. Renato Cohen agosto de 2002 14

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