Os novos robôs estão chegando - mas não tenha medo deles. Foi Asimov que os criou, e Asimov não os criaria para saltarem dos livros e atacarem as pessoas. Os robôs de Asimov são "uma raça mais limpa e melhor do que a nossa", conforme já reconheceu a Dra. Susan Calvin, no ano de 2057. E além do mais, as Leis da Robótica são taxativas: 1-) Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal; 2-) Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei; 3-) Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis (Manual da Robótica, 56a. edição, publicada em 2058). Assim são os robôs de Isaac Asimov. Ele os criou a partir de antigas lendas sobre a criação artificial de seres vivos e os vem desenvolvendo ao longo de sua bibliografia baseado no conhecimento científico mais moderno. O autor opera na ficção científica uma transformação essencial: não mostra somente simples relatos imaginários - viagens espaciais, maravilhas tecnológicas futuras -, mas novelas nas quais os medos, esperanças e conflitos dos homens de hoje são melhor apresentados mediante o artifício de colocar a ação em um mundo futuro superdesenvolvido, através de narrativas frequentemente irônicas. 'Os Novos Robôs' é um livro que reúne oito histórias de Asimov, cada qual contando com uma breve introdução em que o autor conta por que e como a escreveu, sem deixar de tratar também de contos de outros autores (é curiosíssima, por exemplo, a passagem sobre a criação do famosíssimo 'Frankenstein') e de comentar um sem-número de informações de extremo interesse para o leitor moderno.