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O tempo no texto PDF

510 Pages·2006·2.16 MB·Portuguese
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PAULO NUNES DA SILVA O TEMPO NO TEXTO Dissertação de Doutoramento em Linguística UNIVERSIDADE ABERTA 2005 PAULO NUNES DA SILVA O TEMPO NO TEXTO CONTRIBUTOS PARA O ESTUDO DA EXPRESSÃO DO TEMPO EM SEQUÊNCIAS TEXTUAIS Dissertação de Doutoramento em Linguística, na Especialidade de Linguística Portuguesa Orientadoras Científicas: Professora Doutora Maria Emília Ricardo Marques Professora Doutora Ana Cristina Macário Lopes UNIVERSIDADE ABERTA 2005 ÍNDICE Índice ..................................................................................................................... i Palavras prévias .................................................................................................... v Resumo .................................................................................................................. vii Abstract ................................................................................................................. ix Introdução ............................................................................................................. 1 1.ª PARTE ELEMENTOS PARA UM TRATAMENTO INTEGRADO DA EXPRESSÃO DO TEMPO NO TEXTO ................................................... 10 Capítulo 1 - O nível de análise textual ................................................................ 11 1.1. Reflexões preliminares .................................................................................... 12 1.2. Texto/discurso e abordagens textuais .............................................................. 18 1.3. Textualidade e interpretação do discurso ........................................................ 40 1.4. Classificações de textos ................................................................................... 65 1.5. Considerações finais ........................................................................................ 94 Capítulo 2 - Tipologias de estados de coisas ....................................................... 96 2.1. Reflexões preliminares .................................................................................... 97 2.2. Teorizações sobre tipologias de estados de coisas .......................................... 98 2.2.1. Aristóteles, Ryle (1949, 1953), Kenny (1963) ........................................ 98 2.2.2. Vendler (1967) ......................................................................................... 106 2.2.3. Dowty (1979) ........................................................................................... 116 2.2.4. Moens (1987) ........................................................................................... 123 2.3. Considerações finais ........................................................................................ 132 ii Capítulo 3 - A localização temporal .................................................................... 135 3.1. Reflexões preliminares .................................................................................... 136 3.2. A categoria linguística tempo .......................................................................... 137 3.3. A localização temporal .................................................................................... 144 3.4. Para uma abordagem textual dos tempos verbais ............................................ 156 3.5. Considerações finais ........................................................................................ 178 Capítulo 4 - Valores discursivos dos tempos verbais ........................................ 179 4.1. Reflexões preliminares .................................................................................... 180 4.2. Teorizações sobre valores discursivos dos tempos verbais ............................. 182 4.2.1. Weinrich (1964) ....................................................................................... 182 4.2.2. Labov (1972) ........................................................................................... 189 4.2.3. Hopper (1979), Hopper e Thompson (1980) ........................................... 192 4.2.4. Fleischman (1990) ................................................................................... 197 4.3. Considerações finais ........................................................................................ 208 2.ª PARTE A EXPRESSÃO DO TEMPO EM SEQUÊNCIAS TEXTUAIS MONOGERADAS ........................................ 211 Capítulo 5 - O tempo numa sequência narrativa .............................................. 212 5.1. Reflexões preliminares .................................................................................... 213 5.2. Propriedades da sequência narrativa ................................................................ 214 5.3. Apresentação da sequência narrativa analisada ................................................ 223 5.4. Elementos para uma análise da expressão do tempo ........................................ 228 5.5. A temporalidade de uma sequência narrativa ................................................... 261 5.6. Considerações finais ......................................................................................... 288 iii Capítulo 6 - O tempo numa sequência descritiva .............................................. 292 6.1. Reflexões preliminares .................................................................................... 293 6.2. Propriedades da sequência descritiva ............................................................... 295 6.3. Apresentação da sequência descritiva analisada .............................................. 299 6.4. Elementos para uma análise da expressão do tempo ........................................ 304 6.5. A temporalidade de uma sequência descritiva ................................................. 326 6.6. O género discursivo “texto de instruções”: actualização do protótipo da sequência descritiva ou da sequência narrativa? .............................................. 335 6.7. Considerações finais ......................................................................................... 354 Capítulo 7 - O tempo numa sequência explicativa ............................................ 360 7.1. Reflexões preliminares .................................................................................... 361 7.2. Propriedades da sequência explicativa ............................................................. 362 7.3. Apresentação da sequência explicativa analisada ............................................ 366 7.4. Elementos para uma análise da expressão do tempo ........................................ 370 7.5. A temporalidade de uma sequência explicativa ............................................... 383 7.6. Considerações finais ......................................................................................... 394 Capítulo 8 - O tempo numa sequência argumentativa ...................................... 398 8.1. Reflexões preliminares .................................................................................... 399 8.2. Propriedades da sequência argumentativa ........................................................ 404 8.3. Apresentação da sequência argumentativa analisada ....................................... 409 8.4. Elementos para uma análise da expressão do tempo ........................................ 414 8.5. A temporalidade de uma sequência argumentativa .......................................... 426 8.6. Considerações finais ......................................................................................... 439 Conclusões ............................................................................................................. 443 Bibliografia ............................................................................................................ 459 iv PALAVRAS PRÉVIAS Por ser uma questão de elementar justiça, começo por destacar algumas pessoas que contribuíram para que este projecto fosse concluído. Junto dos meus pais e familiares mais próximos sempre encontrei afecto e apoio, alimentos necessários a quem se aventura a viver e a desenvolver trabalhos com o fôlego de uma dissertação de doutoramento. Aos meus amigos e colegas de trabalho estou grato por me terem acompanhado durante todo este percurso. Registo um agradecimento especial à Isabel Seara e à Carla Alexandra Gonçalves, apesar de a amizade, obviamente, não se agradecer. Estou igualmente grato à Professora Doutora Maria José Ferro Tavares, Reitora da Universidade Aberta, e à Professora Doutora Isabel Barros Dias, Directora do Departamento de Língua e Cultura Portuguesas, por me terem proporcionado a possibilidade de me dedicar em exclusivo a este trabalho, durante três anos lectivos. Às minhas orientadoras científicas, dedico uma palavra de muito apreço e de grande admiração. A Professora Doutora Maria Emília Ricardo Marques prestou-me, em todos os momentos, grande apoio e forneceu-me valiosos contributos que muito me enriqueceram, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. A Professora Doutora Ana Cristina Macário Lopes revelou o seu inexcedível profissionalismo, concretizado numa permanente disponibilidade e dedicação, assim como no rigor e na pertinência dos seus comentários e sugestões. A grandeza humana de ambas e o seu exemplo enquanto docentes e investigadoras sempre empenhadas em fazer mais e melhor constituem, para mim, uma fonte de inspiração. As últimas palavras são dirigidas à Dulce, à Mariana e à Catarina. Porque partilho com elas os meus dias repletos de ternura, todos os dias renovada. vi RESUMO O objectivo principal deste trabalho consiste em determinar as propriedades temporais e aspectuais que tipicamente caracterizam os quatro tipos de sequências textuais monogeradas que são contempladas na classificação de Adam (1992): sequências de tipo narrativo, descritivo, explicativo e argumentativo. Com base na tipologia de estados de coisas de Vendler (1967) e no tratamento da informação temporal e aspectual proposto no âmbito da Teoria das Representações Discursivas de Kamp e Reyle (1993), analisamos um conjunto de sequências discursivas. Esta análise incide num corpus constituído por textos reais e contempla os seguintes elementos: classes aspectuais, tempos verbais, adverbiais temporais, conectores que introduzem proposições com valor temporal e relações discursivas entre os enunciados. A investigação realizada permite concluir que as sequências de tipo narrativo e descritivo apresentam propriedades temporais e aspectuais que contrastam de um modo muito claro. Nas sequências de tipo narrativo, são tipicamente representados estados de coisas da classe dos eventos; nelas, estabelecem-se predominantemente relações temporais de sequencialidade entre as situações denotadas. Nas sequências de tipo descritivo, são tipicamente referidas situações estativas que manifestam relações de sobreposição temporal entre si. Quanto às sequências de tipo explicativo e argumentativo, elas podem apresentar propriedades comuns quer às sequências de tipo narrativo, quer às sequências de tipo descritivo. viii

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b) o significado instrucional inclui-se no âmbito da função textual − tenses: «I could not say 'I am at present solving this anagram'. Either I .. Todavia, na opinião de Verkuyl (1993), do-tests, precisamente pela sua .. ao critério de compatibilidade com o progressivo: «The problem appea
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