Table Of ContentBASEADAS NA CULTURA POPULAR E RECONTADAS POR
ALVIN SCHWARTZ
ILUSTRAÇÕES DE
BRETT HELQUIST
TRADUÇÃO DE
CRISTIANE PACANOWSKI
1ª edição
Rio de Janeiro | 2016
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
S427h
Schwartz, Alvin
Histórias assustadoras para contar no escuro [recurso eletrônico] / Alvin Schwartz;
ilustração Brett Helquist; tradução Cristiane Pacanowski. - 1. ed. - Rio de Janeiro: José
Olympio, 2016.
recurso digital
Tradução de: Scary stories to tell in the dark
Formato: epub
Requisitos do sistema: adobe digital editions
Modo de acesso: world wide web
ISBN 978-85-03-01295-9 (recurso eletrônico)
1. Ficção infantojuvenil americana. 2. Livros eletrônicos. I. Helquist, Brett. II. Pacanowski,
Cristiane. III. Título.
16-36762
CDD: 028.5
CDU: 087.5
Copyright © Alvin Schwartz, 1981
Copyright © Brett Helquist, 2007
“A coisa” é adaptação da história sem título em Bluenose Ghosts de Helen Creighton com permissão
de McGraw-Hill Ryerson Ltd., Toronto. Copyright © The Ryerson Press,1957.
“A casa mal-assombrada” é adaptação da história de mesmo título em American Folk Tales and Songs
por Richard Chase. Com permissão de Dover Publications.
“Os ossos de Aaron Kelly” é adaptação de “Daid Aaron II” em Doctor to the Dead por John Bennett.
Com permissão de Russel & Volkening Inc., como agentes do autor. Copyright © Sr. Bennett, 1943,
1971.
“Estou amarrada, corajoso andarilho!” é adaptação do conto “The Rash Dog and the Bloody Head”,
que apareceu em Hoosier Folklore Bulletin, vol. 1, 1942. Usado com a permissão de Dr. Herbert
Halpert, recolhedor do conto.
“Jacarés” é adaptação de “Alligator Story” em Sticks in the Knapsack and Other Ozark Folk Tales por
Vance Randolph. Com permissão da Columbia University Press. Copyright © Columbia University
Press,1958.
“O lobo branco” é adaptação da história de mesmo título em The Telltale Lilac Bush and Other West
Virginia Ghost Tales por Ruth Ann Musick. Com permissão da University of Kentucky Press.
Copyright © University of Kentucky Press,1965.
“Um novo cavalo” é adaptação do conto “Bridling the Witch” em Up Cutshin and Down Greasy:
The Couches’ Tales and Songs (reimpresso como Sang Branch Settlers: Folksongs and Tales of an
Eastern Kentucky Family) por Leonard W. Roberts.
As partituras das páginas 30 e 49 foram transcritas e ilustradas por Melvin Wildberg.
Adaptação de capa e miolo: Renata Vidal
Este livro foi revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, armazenamento ou transmissão de partes deste
livro, através de quaisquer meios, sem prévia autorização por escrito.
Reservam-se os direitos desta tradução à EDITORA JOSÉ OLYMPIO LTDA.
Rua Argentina, 171 – 3º andar – São Cristóvão – 20921-380 – Rio de Janeiro, RJ
Tel.: (21) 2585-2000
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ISBN 978-85-03-01295-9
Produzido no Brasil
2016
Para Dinah
– A.S.
SUMÁRIO
COISAS ESTRANHAS E ASSUSTADORAS
1. “AAAAAAAAH!”
O dedão do pé
A caminhada
“Por que você está aqui?”
Estou amarrada, corajoso andarilho!
Um homem que morava em Correntes
Uma velha só pele e osso
2. ELE OUVIU PASSOS SUBINDO AS ESCADAS DO
PORÃO...
A coisa
Frio como o barro
O lobo branco
A casa mal-assombrada
Os convidados
3. ELES DEVORAM SEUS OLHOS, ELES DEVORAM
SEU NARIZ
A canção do carro fúnebre
A garota que ficou de pé sobre uma sepultura
Um novo cavalo
Jacarés
Tem espaço para mais um
A Wendigo
Os miolos do morto
“Posso carregar o seu cesto?”
4. OUTROS PERIGOS
O gancho
O vestido branco de cetim
Faróis altos
A babá
5. “AAAAAAAAH!”
A dor anunciada
O sótão
O temível monstro marinho
Os ossos de Aaron Kelly
Vamos esperar até Martin chegar
O fantasma com dedos ensanguentados
Abreviaturas utilizadas nas notas, nas fontes e nas Referências Bibliográficas
Notas
Fontes
Referências bibliográficas
Agradecimentos
COISAS ESTRANHAS E ASSUSTADORAS
Antigamente, os pioneiros na colonização dos Estados Unidos costumavam
se divertir contando histórias assustadoras. À noite, eles se reuniam em
alguma das cabanas, ou ao redor de uma fogueira, para ver quem era capaz
de assustar mais os outros.
Alguns garotos e garotas da minha cidade continuam fazendo isso até
hoje. Eles se reúnem na casa de alguém, comem pipoca, apagam as luzes e
contam histórias de arrepiar.
Contar histórias assustadoras é algo que as pessoas vêm fazendo há
milhares de anos, porque a maioria de nós gosta de sentir esse tipo de
medo. Como as emoções são fruto da imaginação, e ninguém corre perigo
de verdade, achamos que é divertido.
Existem muitas histórias arrepiantes para contar. Há histórias de
fantasmas, bruxas, demônios, bicho-papão, zumbis e vampiros. Existem
contos sobre criaturas monstruosas e outras situações perigosas. Há até
histórias que nos fazem rir de tanto susto que provocam na gente.
Algumas dessas histórias são muito antigas e contadas e recontadas no
mundo inteiro. A maior parte delas tem as mesmas origens e se baseia em
episódios que as pessoas presenciaram, em coisas que ouviram ou em
experiências que viveram – ou, pelo menos, acharam que viveram.
Muitos anos atrás, um jovem príncipe se tornou conhecido por uma
história assustadora que começou a contar, porém não terminou. Seu nome
era Mamílio e ele devia ter uns 9 ou 10 anos. William Shakespeare falou
sobre ele em O conto do inverno.
Em um dia escuro de inverno, a mãe dele, a rainha, pediu que ele lhe
contasse uma história.
– Uma história triste é mais adequada ao inverno – disse ele. – Conheço
uma de espíritos e duendes.
– Então que me causem medo seus espíritos – comentou a mãe. – Você é
bom em contar histórias.
– Irei contá-la bem baixinho – falou o rapaz –, pois aqueles grilos
poderiam me ouvir.
E assim ele começou:
– Era uma vez um homem que morava perto do cemitério...
Mas o jovem príncipe não pôde continuar, pois nesse exato momento o
rei chegou e levou a rainha consigo. E pouco depois disso Mamílio morreu.
Ninguém sabe como ele teria terminado essa história. Se você começasse
como ele, o que contaria depois?
A maioria das histórias de arrepiar existe, é claro, para ser contada. É
assim que elas se tornam ainda mais assustadoras. Mas a maneira como
você as conta faz toda a diferença.
Como bem sabia Mamílio, a melhor maneira é falando bem baixinho, de
modo que os ouvintes se inclinem em sua direção para ouvir melhor, e bem
devagar, para que sua voz soe assustadora.
Sem dúvida, a melhor hora para contar essas histórias é à noite. Em
meio à escuridão e às sombras, é mais fácil para quem está ouvindo
imaginar as criaturas estranhas e arrepiantes.
Princeton, Nova Jersey
ALVIN SCHWARTZ
Description:Alvin Schwartz escolheu as histórias do folclore americano e as lendas urbanas mais inquietantes e que fazem todo mundo tremer de medo há muito tempo. Essa tradição de contar histórias de terror começou há milhares de anos, com grupos se divertindo e se reunindo em volta de fogueiras para ver