Rodriguésia 61(4):731-747.2010 http://rodriguesia.jbrj.gov.br Estrutura e florística do estrato arbóreo no c3errado sensu strícto de Buritis, Minas Gerais, Brasil Floristicsandstructureofthecerradosensustricto treelayerinBuritis,MinasGerais,Brazil Felipe Cito Nettesheim', Daniel Costa de Carvalho2, Clarisse Cavalcantida Fonseca2, RenatoSilva Nunes2, DanielMoreira Cavalcanti2, MoniqueMedeiros Gabriel &LuisFernando TavaresdeMenezes Resumo Acrescenteperdadecoberturadocerradosensulatovem aumentandoavisibilidadedessebionta, gerando uma crescente quantidade de informação a seu respeito. Atualmente, essa atençãojá permite identificar padrõesfitogcográficos,definindoprovínciasflorísticascombasenospadrõesdediferenciaçãodaflora.Este estudo descreve umaáreaainda não estudadadecerradosensustricto, próxima aos limites deduasdessas provínciasflorísticas,etestaseasligaçõesflorísticasentreaáreaestudadaeseuentornosãocoerentescomos padrões fitogeográficospropostosnaliteratura. Paratal,umaáreade 1,45 ha foiamostradapelométodode parcelas,registrando-seindivíduoscomCAS>31,4cm. Foramcalculadososparâmetrosestruturais, índice deShannon(H')eequitabilidadedePielou(J*)paradescreveravegetação.Osresultadosforamcomparados anoveáreasdecerradosensustrictoatravésdeumaanálisedeagrupamento(UPGMA)apartirdocoeficiente deSorensen. Foramregistrados 1155 indivíduos,90espécies,73gênerose37famílias.H’ foi iguala3,75cJ’ iguala0.83.Qualeagrandijlora,Magoniapubescens,CuratellaamericanaeQualeapanijloraapresentaramos maioresvaloresdeimportância.Adensidadefoide796indivíduosha'caáreabasalnoníveldosolofoide11,87 m2ha'.Osresultadoschamamatençãoparaasdificuldadesdecompararestudoscomdiferentesmetodologiasc demonstramqueocerradosensustrictodeBuritispossuivaloresdesimilaridadecomáreascmseuentornoque estãodeacordocomospadrõesdediferenciação florísticapropostosnaliteratura. Pnlavras-chavc: diversidade, heterogeneidade, riqueza, similaridade. Abstract Thegrowinglossofcerradosensustrictocoveragehasincrcaseditsvisibilityandgencratedarisingamount ofinfonnationaboutthisbiome.Suchattentionhasalrcadyallowedidentifyingphytogcographicpatternsand definingfloristicprovinccsbascdonthcfloradifferentiationpattems.Thisstudyaimstodescribcanunknown cerradosensustrictoareaelosetotwofloristic-provinccbordersandtestiftheareahasfloristicconncctions withsurroundinglocationsinagreementwithpattemsproposcdinthcliteraturc. Atotalarcaof1.45 hawas sampled by plots, gathcring data ofindividuais with circumfcrencc at soil height >31.4 cm. Structural parameters, Shanmms index (IP) and Piclou's equitability (J’> werccalculalcd todescribc thc vegetation. Resultswerecomparedthroughsimilarityanalysis(Sorensen'scoefficicnt)tonineolhercerradosensustricto vegetationsurveys.Atotalof1155individuaiswererccordcd,90species,73generaand37 families.H’was 3.75andJ’was0.83. Qualeagrandijlora,Magoniapubescens,CuratellaamericanaandQ.panijlorawere thespecieswithhighcstimportancevalues.Treedensitywas796individuaisha-1 andtotalbasalarcaatsoil heightreached 11.87m2ha1.Thcresultscallattentiontothedifficulticsofcomparingstudieswithdiffercnt mcthodologicsandrcvealthatBuritPscerradosensustrictohassimilarityvalueswhichareinagreementwith the floristicdifferentiationpattemsproposcd inthcliteraturc. Kcywords: richness,diversity,similarity,hctcrogencity. 1UniversidadeFederaldoRiodcJaneiro.ProgramadcPósGraduaçãocmEcologia.LaboratóriodcEcologiaVegetal,InstitutodeBiologia,Av.BrigadeiroTrompowsky s/n".PrédioCCS.BlocoA.21941-590,[email protected] !UniversidadeFederalRuraldoRiodeJaneiro.EngenhariaFloreslal,Dcpto.Botânica.InstitutodcBiologia.BR465km7,23890-000,Scropédica.RJ,Brasil. 1EscolaNacionaldeBotânicaTropicaldoJardimBotânicodoRiodcJaneiro,ProgramadcPós-graduaçãocmBotânica,R.PachecoLeâo915,22460-030,Riode Janeiro,RJ. 4CentroUniversitáriodoNortedoEspiritoSanto/UFES.Dcpto.CiênciasdaSaúde.BiológicaseAgrarias.BR101Nortekm60.BairroLilorânco.29932-540,SãoMateus.ES. SciELO/JBRJ cm 2 13 14 1) 732 Nettesheím. F.C. et al. Introdução distribuição mais restrita. Além disso, também foi Ocerradosertsu latoocupaamaiorparledo demonstrado por um estudo que trabalhou com Brasil central, apresenta alta biodiversidade e dadosde abundância de indivíduos, que uma parte elevada taxa de endemismo, porém está sujeito a da elevada â-diversidade deste bioma parece ser crescenteaçãoantrópica. Consequentemente,este gerada pela grande variação na densidade das bioma figura entre as paisagens consideradas em espéciesentrediferentesáreas(Felfilietal.2004). O estado “crítico” para conservação no planeta cerrado sensu lato já pode ser, portanto, (MMA 2002). A cobertura original do cerrado consideradoumambientetropicalquedetêmelevada brasileirojáfoireduzidaemmaisde37%(Felfiliet parcela de conhecimento sobre sua vegetação e al. 2002), comprometendo sua riqueza e o chamaatençãoaospossíveisprocessosresponsáveis funcionamento de seus processos ecológicos. pelospadrõesecológicosatéagoraidentificados.Para Apesardeserumdosbiomasmaisricosdomundo, desenvolver nossa compreensão acerca desses ocerradoétambémumdosmaisameaçados(Felfili padrões (por exemplo, a elevada (J-diversidade), é etal. 1997;Sanoetal. 2008). necessário dar continuidade a coleta de dados Adensidadeealturadavegetaçãodocerrado florísticos, assim como direcionar esforços para sensulatovariamentresuasdiferentesfisionomias, estudosdecunhofitogeográfico(Duriganetal.2003; queabrangemflorestas,camposlimposgraminóides Bridgewatteretal.2004;Felfilietal.2004).Adescrição eoutras paisagensentreestesdois extremos(Eiten denovasáreas,disponibilizandodadosquantitativos, 2001). Estas paisagens formam um mosaico de e sua comparação com localidades em seu entorno habitatscaracterísticoemseudomínio(LeBourlegat podeserumaforma,mesmoqueincipiente,deadequar 2003).Dentrodestemosaicodeflorestas,savanase novos estudos à atual demanda da pesquisa neste campos,existeopredomíniodealgumasfisionomias, bioma. Este procedimentopode serparticularmente comoé ocasodocerradosensustricto, que ocupa importante em áreas desconhecidas próximas aos em tomo de 70% do cerrado sensu lato, mas vem limitesdadivisãofitogeográficasugeridaporRatter sendo cada vez mais suprimido por atividades etal.(2003),umavezquepodemreforçar,refutarou antrópicas, umavezqueestágeralmente associado aindadetectarpadrõescomplementaresaosdescritos aterrenosplanosdesolosprofundos,propíciospara poressesautores.Assim,ointuitodesteestudoé:(1 saeangsruopsetrciucátroiéaa(Femlafiilsireetparle.s2e0n0t2a)t.ivCaofmisoiooncoemriraaddoo ecsartarcatteoriazrabroarecoomdpeosuimçãocefrlroarídsoticsaeneseustsrturtiucrtaol dnoa cerrado sensu lato (Eiten 1994), é intuitivo que a transiçãoentreoslimitesinferiordaprovíncianordeste depauperaçãodobiomacerradoacompanheoritmo e superior da província central-sudeste do cerrado de supressãode suaprincipal paisagem. sensulato,propostosporRatteretal.(2003);(2)testar Devidoàrápidaperdadecoberturanasúltimas seaáreaestudadaapresentaligaçõesflorísticascom duas décadas, o cerrado sensu lato tem recebido locaisdemesmafisionomiaemseuentorno,coerentes cadavezmaisatençãoacadêmica,gerandoumgrande com os padrões Fitogeográficos propostos na volume de dados (Sano etal. 2008). O expressivo literatura(Ratteretal.2003;Bridgewatteretal.2004). aumentodeconhecimentosobreaflora,nasúltimas Material e Métodos trêsdécadas,vempermitindoidentificarinteressantes padrões de (3-diversidade para a vegetação deste Área de estudo bioma.Aparentemente,háumcontinuumflorístico LocalizadanaregiãonoroestedeMinasGerais, emsuaregiãocentral,cujavariaçãogeográficavem no município de Buritis, a área de estudo aparenta sendo relacionada ao solo, fatores climáticos e ser tipicamente representada pela fisionomia do espaciais(Ratteretal. 2003;Silvaetal. 2006). Essa cerradosensustricto.Entretanto,devidoaatividades variaçãofoiresumidaemumpadrãodediferenciação antrópicas exercidas no noroeste de Minas Gerais florísticadocerradosensulato, sendoidentificadas (particularmente a agropecuária), a vegetação cincoprovínciasaolongodoBrasilcentralealgumas remanescente nestaregiãoseencontradivididaem áreas consideradas disjuntas na Amazônia (Ratter fragmentoscomRibeirãoFetal(entreascoordenadas etal.2003).Bridgewattere/a/.(2004),baseando-se 15°16'1T'S/46°30'16"We15°20’23”S/4ó°22’46"W). neste último estudo e na mesma base de dados, Aregiãonoentornodaáreaestudadaécaracterizada apontamqueapenas 121 espécieslenhosaspossuem por extensas chapadas e relevo recortado, ampladistribuiçãopelobioma, enquantoamaioria consequênciadesuperfíciesdissecadasemdiferentes das outras 830 espécies contempladas apresentam graus pelos processos erosivos que atuam nas Rodríguésíà 61(4K731-748.20 0 SciELO/JBRJ cm 13 14 15 16 17 18 .. 2 Estruturaeflorísticanocerrado s.s.deBuritis, MG 733 formações rochosas do terreno (Felfili & Silva Omaterialcoletadofoiherborizado(Bridson& Júnior 2001; Felfili etal. 2007). Os solos da área Forman 1998) e depositado no Herbário da estudada são representados principalmente por UniversidadeFederalRunúdoRiodeJaneiro(RBR). latossolo amarelo distrófico e neossolo litólico Asidentificaçõesbotânicasforamfeitascomauxílio eutrófico (RADAM BRASIL 1973; EMBRAPA da literatura, por comparação com exsicatas 2006)eoclimaéclassificadocomotropicalúmido identificadas existentes nos herbários RBR c RB do interiorcontinental, com inverno seco e verão (Instituto dc Pesquisa Jardim Botânico do Rio de A chuvoso—macroclimaAw,segundoaclassificação Janeiro)ouconsultasaespecialistas. sistematização deKõppen.Astemperaturasmédiasgeraisvariam das espécies em nosso estudo segue a classificação entre 18,9°C,emjunhoejulho,e22,5°Ccmdezembro taxonômica proposta pelo APG II (2003). As e fevereiro, sendo julho o mês mais Irio, com abreviações dos autores dos binômios específicos temperaturamínimamédiade 13,3°C, e setembroo foramverificadasemBrummitt&Powell(1992). maisquente,comtemperaturamáximamédiade29.7°C. Aprecipitaçãototalmédiaanualéde 1.300mm.,sendo Estrutura da vegetação novembro e dezembro, os meses mais chuvosos, Aformaçãofoicaracterizadacomdescritores enquantojunho, julho e agosto, são os mais secos fitossociológicos absolutos e relativos de (DNMET densidade, dominância, freqüência e valor de 1992). importância (Jesus& Rolim2005). A diversidade Amostragem da vegetação foi calculada utilizando-se o índice de Shannon- Aáreatotalcobertapelolevantamentofoide Wienner(H’-calculadocomLogc)eaequabilidade 1,45 ha. As áreas de cerrado sensu stricto segundoPielou(Magurran2004).Todososcálculos amostradas foram selecionadas aleatoriamente, foramrealizadoscomoauxíliodoprogramaFITOPAC obedecendoaumdistanciamentomínimode 1 km, (Shepherd 1996).Oresultadodaanáliseestruturalfoi sendodemarcadas 29 unidadesamostraisde 10m comparadoadadosestruturaisdeestudos próximos x 50 m. Considerando que a região estudada a Buritis, predominantemente em áreas de cerrado abrangeum trechocom 15 km, asdistânciasentre sensustricto (Tab. 1)e que foramconsideradosem as unidades amostrais variaram entre 1 e 15 km. bomestadodeconservação.Escolhemosestudosmais odEsestveiidndodiiàsvptíaadinucsoisaagmaeermnbftóroraegtomsaenmctbaoédmma.csFieorrcduaenumf,earmeêomnsctipraaardtdoeos, eepsxrppóelxcoiírfmaiotcsoó)r,pioobruq(sunceãaonndoeosrsaaoneaislnpitesuarirtaodsoeeraaumedsetsrrceurstiuutrliatvaoddooe ctrriotnécroioad3e0icncmludseãoaletsutraabdeolescoildoo(foCiAmSe)n2os31i,n4clcums.ivOo ácreerarsadboesmencsounssetrrvicatdoasdecmBursietuisenétosrenmo.elhante à de doque aquelegcralmente usado(CAS 2 15,7cm) no cerrado sensu stricto (Costa & Araújo 2001, Análise de similaridade Felfili & Fagg 2007), concentrando o esforço Paraanalisarasimilaridadeflorísticaentreáreas amostraidesteestudonoestratolenhoso(arboreo- de cerrado sensustrictoao longo do Ribeirão Fetal arbustivo). Dessa forma o critério de inclusão foram selecionados nove estudos, além deste, em possibilitouamostrarmaioráreacommenoresforço locais com a mesma fisionomia (diminuindo a e aumentar a fidelidade descritiva da estrutura variabilidadebiológica).Paratantoforamselecionados arbórea.Foifeitaumaestimativadacurvaespecies estudos no entorno do município de Buritis, X área com os dados coletados nas 29 unidades obedecendo à divisão fitogcográfica sugerida na amostrais, com auxílio do software EcoSim700 literatura, de formaqueos estudosescolhidos estão (Gotelli&Entsminger2010)parailustraroesforço restritosàsprovínciasnordesteecentral-sudeste(com amostrai. Nas unidades amostrais, cada indivíduo exceçãoapenasdeumadasáreasestudadasporFelfili foinumerado,teveseuCASmedidocomfitamétrica & Fagg 2007). Isso foi feito propositalmente para e sua altura estimada visualmcnte. Indivíduos testar se a flora de Buritis possui padrões dc perfilhados acima do solo e abaixo dos 30 cm dc similaridade florística coerentes com a divisão alturadotroncoforammarcadosemedidosquando sugeridanaliteratura(Ratterc/a/.2003;Bridgcwatter qualquerramificaçãopossuíacircunferência231,4 et al. 2004). Alguns destes são estudos florísticos cm. Os valores de circunferência medidos foram quenãoamostraramaestruturavegetacionaldolocal usadosparacalcularodiâmetroeposteriormentea e,porisso, nãoconstam naTabela 1, sendousados área basal dos indivíduos amostrados. somente na análise de similaridade. Assim, foram Rodriguésiâ 61(4):731-748.2010 SciELO/JBRJ, cm 13 14 .. Tabela1—EstudosemáreaspróximasaomunicípiodeBuritisusadosparacomparação.Fisio.=Fisionomiadaárea;Indv.=númerodeindivíduos;Ab(ha)=áreabasaltotal porhectare;H’=índicedeShannon-Wiener;J’=equitabilidadedePielou;Crit.=critériodeinclusão(CAS-circunferênciaaalturadosolo;CAP-circunferênciaaaltura dopeito); Riq.=riquezadeespécies. Table1—StructuralstudiesinareasclosetoBuritismunicipalityandusedforcomparisons.Fisio.=Areaphysiognomy;Indv.=numberofindividuais;Ab(ha)=Totalacrebasalarea;H =Shannon- Wienerindex;J’=Pielouequitability; Crit. = inclusioncriterion(CAS-diameteratsoil height; CAP-perimeteratbreastheight); Riq.=speciesrichness. W Localdeestudo Fision. Indv. Ab(ha) J’ CriL Riq. 734 Nordeste de Goiás e sudeste de Tocantins1 * cerrados.s. 836 8,44 2,87 0,78 CAS>15,7 87 RECOR-IBGE,DF* cerrado denso 1924 13128 333 0,85 CAS>15,7 63 ReservadoPanga, MG3* cerradão 2071 17,06 334 0,78 CAP> 15 93 ReservadoPanga,MG3* cerrados.s. 1066 9,63 3,63 0,84 CAP>15 76 APAParanoá,DF4* cerrados.s. 882 9,53 3,41 CAS>15,7 54 FLONA-Paraopeba,MG5* cerrados.s. 1990 18,13 337 0,80 CAS>15,7 73 Águas emendadas, DP cerrados.s. 1396 10,76 3,62 CAS>15,7 72 CabeçadoVeado,DP cerrados.s. 1394 10,64 336 CAS>15,7 62 ParqueNacionaldeBrasília,DF7'8 cerrados.s. 1036 8,32 3,34 CAS>15,7 35 ParqueEcológicoNorte,DP cerrados.s. 552 7,99 3,24 CAS>15,7 52 FazendaÁguaLimpa,DF10 cerrados.s. 958 734 3,46 CAS>15,7 61 Abaeté, MG"’ cerrados.s. 1139 339 0,80 CAS>10 85 CaldasNovas,GO12* cerrados.s. 600 CAS>13 67 Rodriguésia Lagamar,MG13* cerrados.s. Florística 169 Januária,MG14* cerrados.s. Florística 105 61(4): Esteestudo,MG* cerrados.s. 796 11,87 3,75 0,83 CAS£31,4 90 Nettesheim, l-Felfili&Fagg(2007);2-Andradee<fl(.(2002);3-Costa*Araújo(200l);4-AssunçãoAFelfili(2004);5-BalduinoeMÍ(2005);6-Fdfili&SilvaJúnior(1993);7-Felíiliela/.(1993)-8-Felfilieta/.(I997);9-Rossiefa/.(1998);10-Fcltili 731-748. &SilvaJúnior(1992);11-SaporettiJr.ela/.(2003);I2-Silvaeía/(2002);13-Siqueiraeta/.(2006);14-Lombardietai(2005);•-estudosusadosnaanálisedesimilaridade. F.C. et 2010 al. SciELO/JBRJ cm 1 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 - Estruturaetloristícanocerrado s.s.deBuritis, MG 735 selecionadas(Fig. 1)áreas decerradosensustricto nonordestedeGoiásesudestedeTocantins(Felfili &Fagg2007),noParqueEstadualdeCaldasNovas -GO(Silvaetd.2002),naFLONAdeParaopeba- MG(Balduinoetd. 2005),naRECOR-IBGE-DF (Andrade et d. 2002), na APA Paranoá — DF (Assunção& Felfili 2004), na Reservado Panga— MG(Costa&Araújo2001),nomunicípiodeAbacté - MG (Saporetti Jr. et d. 2003), no município de Januária-MG(Lombardietd.2005)enaFazenda Lagamar-MG(Siqueiraetd. 2006). Aanálisede similaridadefoifeitacombaseemdadosqualitativos de espécies arbóreas e arbustivas, organizadas em umamatrizbinária(presença/ausênciadasespécies Figura 1 - Localização geográfica do cerrado sensu nos locais supramencionados). Para o cálculo de strictodeBuritisedosoutrosestudosusadosnaanálise similaridade entre as áreas, foi usadoocoeficiente desimilaridade. deSorensen(equivalenteàdistânciadeBray-Curtis, Figure1-GcographiclocationofBuritiscerradosensustricto porém usado com dados qualitativos). Quando andtheothcrstudiedarcasusedinsimilarityanalysis. comparado a outras medidas de similaridade, esse coeficientetemsemostradoomaisefetivo,alémde ser compatível com o método de agrupamento 2004;Balduinoetd.2005;Felfili&Fagg2007).Uma selecionado adiante (Magurran 2004; McCune & análisecom376áreasdecerradosensulutoressaltou Grace 2002). Foi então calculada uma matriz de queémuitoraroregistrarmaisdoque 100espécies/ha similaridades entre as áreas comparadas usando o emumdadolocal(Ratteretd. 2003).Estatendência coeficientedeSorensen. Estaúltimaserviudebase geralparaocerradosensulatotambémfoiobservada para construção do dendrograma de similaridade, nocerradoaqui estudadoeestáevidentenacurvade segundo agrupamento por médias não ponderadas acumulaçãodeespécies(Fig.2).Diantedisso,embora - UPGMA. Este método de agrupamento foi o cerrado sensu stricto de Buritis possua riqueza escolhido por ser espaço-conservador e evitar a aparentementeelevada,principalmentesecomparado distorçãoduranteaanálise,sendobastantedifundido a áreas em seu entorno (Tab. 1), dois fatores podem na literatura(McCune&Grace2002). A matrizde mascararestaconstatação: nossoestudoregistrou90 dadosbináriostambémfoiutilizadanarealizaçãoda espécies ao abrangeruma área maiordo que muitos classificaçãodicotômicaporTWINSPAN - Two- dosestudoscomoqualfoicomparado;alémdisso,as Way IndicatorSpeciesAnalysis"(Hill 1979)como diferentes metodologias (formasde parcelas, critério programaPC-ORD4.10(McCune&Mefford 1999). deinclusão,dentreoutrasdistinções)empregadasnos Estaanálisesebaseiaemparticularidadesbiológicas estudos aqui comparados, dificultam a interpretação dos locais, auxiliando na identificação de espécies de eventuais padrões que venham a ser detectados responsáveispelajunçãodeduasoumaisamostras (Bridgcwatcr et ai 2004). Ainda assim, é razoável em um grupo. Apesarde também funcionarcomo assumirmosqueonúmerodeespéciesencontradasno uma técnica de agrupamento, neste estudo, o cerrado sensu stricto de Buritis seja considerado TWINSPAN foi empregado apenas para ajudar a intermediário. É possível que o número de espécies identificarespécies indicadoras dos agrupamentos encontradas neste estudo seja consequência da formadosnodendrogramadaanálisedesimilaridade fragmentaçãodapaisagemnaregiãoestudada. (Kent&Coker 1992). As famílias mais ricas em espécies foram Fabaceac (21 spp.), Vochysiaceac (7 spp.), Resultados e Discussão Malpighiaceae(5spp.)eMyrtaceae(5spp.).Juntas, Composiçãofiorística,diversidadeeestrutura elas somam 42,2% das espécies registradas. Em 1,45 hadecerradosensustrictode Buritis foram Fabaceae,VochysiaceaccMalpighiaceaegeralmente registradas90espécies,distribuídasem 73 gênerose figuramentreasfamíliasmaisricasnocerradosensu s3e7nfsaumísltiraisc(tToaebs.p2e)r.aA-oseseenacmoonsttrraarruummhveacltoarreddeeraimqauedzoa srtirciactnoa, cmaoimodrepsatratqeuedoesspeesctiualdopsarnaoFaBbiaocmeaaeOC,earrmaaidso nointervalode50a 100espécies(Assunção&Felfili (Mendonçaetal. 1998;Siqueiraetal.2006). gênero Rodriguésia 61(4):731-748.2010 SciELO/JBRJ cm 2 13 14 15 16 17 18 311 736 Nettesheim. F.C. et al. Tabela2-ListaflorísticadocerradosensustrictodeBuritiscomnomeenúmerodecoletorparacadaespécime. Table2-Buritiscerradosensuslrícto's floristiclistwithspecimencollectornameandnumber. Família/espécie Nomeenúmerodocoletor ANACARDIACEAE & Astroniumfraxinifolium Schott. Spreng. D.C.Carvalho 13 Schinopsis brasiliensis Engl. D.C.Carvalho 148 Tapirira guianensis Aubl. D.C.Carvalho21 Tapiriraobtusa Engl. D.C.Carvalho214 ANNONACEAE Annona coriacea Mart. D.C.Carvalho 131 Xylopiaaromatica(Lam.)Mart. D.C.Carvalho 132 APOCYNACEAE AspidospermasubincanumMart.exA. DC. D.C.Carvalho 148 Himatanthus obovatus R.E. Woodson D.C.Carvalho 149 ARALIACEAE Scheffleramacrocarpa(Cham.&Schltdl)Frodin D.C.Carvalho212 ASTERACEAE Eremanthus glomerulatus Less. D.C.Carvalho 149 Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker D.C.Carvalho 150 BIGNONIACEAE Tabebuiaaurea(SilvaManso)Benth. Hook.F.ex S.Moore D.C.Carvalho 133 Tabebuiaochracea(Cham.)StandI. D.C.Carvalho 15 BORAGINACEAE Cordiaglabrata (Mart.) DC. D.C.Carvalho 152 BURSERACEAE Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand D.C.Carvalho 134 Protiumspruceanum(Benth.)Angl. D.C.Carvalho 153 CARYOCARACEAE CaryocarbrasilienseA.St.-Hil. D.C.Carvalho 154 CELASTRACEAE Saladacrassifolia(Mart.ExSchult.)G.Don D.C.Carvalho 155 CHRYSOBALANACEAE Hirtellagracilipes(Hook.f.)Prance D.C.Carvalho 156 CLUSIACEAE Kielmeyera coriacea (Spreng.) Mart. D.C.Carvalho 157 KielmeyeraspeciosaA.St.-Hil. D.C.Carvalho 135 COMBRETACEAE Terminalia agentea Mart. D.C.Carvalho 136 CONNARACEAE Connarussuberosus Planch. D.C.Carvalho 137 DILLEMACEAE Curatella americana L. D.C.Carvalho 157 DavillaellipticaA.St.-Hil. D.C.Carvalho 58 1 Rodriguêsia 61(41:731-748.2010 SciELO/JBRJ 12 13 14 15 16 17 1 1 0 1 Estruturaefloristicanocerrado s.s. deBuritis, MG 737 Família/espécie Nomeenúmerodocoletor EBEmCEAE Diospyrosbrasiliensis Mart. D.C.Carvalho 161 DiospyrosburchelliiHiem. D.C.Carvalho 162 ERYTHROXYLACEAE ErythroxylumsuberosumA.St.-Hil. D.C.Carvalho 159 Erythroxylum tortuosum Mart. D.C.Carvalho 160 FABACEAE Acosmiumdasycarpum(Vogei)Yakovlev D.C.Carvalho 163 Anandenantheraperegrina (L.) Speg. D.C.Carvalho 164 Andiraanthelmia(Vell.)J.F.Macbr. D.C.Carvalho 165 Andirafraxinifolia Benth. D.C.Carvalho 166 Andira paniculata Benth. D.C.Carvalho 139 Bowdichia virgilioides Kunth D.C.Carvalho 140 Copaifera langsdorffii Desf. D.C.Carvalho 167 CyclolobiumvecchiiA. Samp. ex Hoehne D.C.Carvalho 168 Dimorphandra rnollis Benth. D.C.Carvalho 169 Dipteryxalata Vogei D.C.Carvalho 170 HymanaeastigonocarpaMart. ex Hayne D.C.Carvalho 141 Machaeriumacutifolium Vogei D.C.Carvalho 171 Machaeriumhiríum(Vell.)Stellfeld D.C.Carvalho 172 Machaeriumopacum Vogei D.C.Carvalho 173 MimosalacticiferaRizzini&MattosFilho D.C.Carvalho 174 Plathymenia reticulata Benth. D.C.Carvalho 175 Platypodium elegans Vogei D.C.Carvalho 176 Pterodon emarginatus Vogei D.C.Carvalho 177 Pterodonpubescens(Benth.) Benth. D.C.Carvalho 178 Sclerolobiumpaniculatum var. subvelutinum Benth. D.C.Carvalho 179 Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville D.C.Carvalho 180 Vataireamacrocarpa (Benth.) Ducke D.C.Carvalho 18 LAMIACEAE Aegiphila lhotzkiana Cham. D.C.Carvalho201 LOGANIACEAE Strychnospseudotptina A. St.-Hil. D.C.Carvalho 142 LYTHRACEAE LafoensiapacariA.St.-Hil. D.C.Carvalho 143 MAIJMGHIACEAE Byrsonima coccolobifolia Kunth. D.C.Carvalho182 Byrsonimapachyphylla A. Juss. D.C.Carvalho 183 ByrsonimasericeaDC. D.C.Carvalho 184 Byrsonimaverbascifolia(L.)DC. D.C.Carvalho 185 Heteropterys byrsonimifolia A.Juss. D.C.Carvalho 144 MALVACEAE Eriothecapubescens(Mart. &Zucc.)Schott. & Endl. D.C.Carvalho 145 Pseudobombaxlongiflorum (Mart. & Zucc.) A. Robbyns D.C.Carvalho 186 Rodriguésia 6 (4):73 -748.201 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 0 738 Nettesheim, F.C. et al. Família/espécie Nomeenúmerodocoletor MELASTOMATACEAE Miconiaferruginata DC. D.C.Carvalho 87 1 MORACEAE Brosimum gaudichaudii Trécul D.C.Carvalho 146 MYRTACEAE Blepharocalyxsalicifolius(Humb.,Bompl.&Kunth.)O.Berg D.C.Carvalho 88 1 Calyptranthes conccina DC. D.C.Carvalho 189 Campomanesiaguazumifolia(Cambess.)O. Berg. D.C.Carvalho 190 Eugenia dysenterica DC. D.C.Carvalho 191 Psidium cattleianum Sabine D.C.Carvalho 192 NYCTAGINACEAE Neea theifera Oerst. D.C.Carvalho 193 PERACEAE Peraglabrata(Schott.)Baill. D.C.Carvalho 138 PROTEACEAE Roupala montana Aubl. D.C.Carvalho 194 RUBIACEAE Coussarea hydrangaeifolia Benth. & Hook. D.C.Carvalho209 Rudgea virbunoides(Cham.)Benth. D.C.Carvalho210 Tocoyenaformosa(Cham.&Schltdl.)K.Schum. D.C.Carvalho211 SAPINDACEAi; Cupania vernalis Cambess. D.C.Carvalho 194 Dilodendron bipinnatum Radlk. D.C.Carvalho 195 MagoniapubescensA. St.-Hil. D.C.Carvalho 196 Matayba guianensis Aubl. D.C.Carvalho 197 SIMAROUBACEAE SimaroubaversicolorA.St.-Hil. D.C.Carvalho208 SIPARUNACEAE Siparuna guianensis Aubl. D.C.Carvalho 198 SOLANACEAE SolanumlycocarpumA.St.-Hil. D.C.Carvalho 199 STYRACACEAE StyraxferrugineusNees & Mart. D.C.Carvalho 147 SYMPLOCACEAE SymplocosrhamnifoliaA. DC. D.C.Carvalho200 VOCHYSIACEAE Callisthenefasciculata (Spreng.) Mart. D.C.Carvalho202 Callisthene majorMart. D.C.Carvalho203 Qualea grandiflora Mart. D.C.Carvalho204 Qualea multiflora Mart. D.C.Carvalho 148 Qualeaparviflora Mart. D.C.Carvalho205 Salvertia convallariaeodora A. St.-Hil. D.C.Carvalho206 Vochysia rufaMart. D.C.Carvalho207 Rodriguésia61(4):731-748.201 SciELO/JBRJ cm 13 14 15 .. 0 MG 739 Estruturaefloristicanocerrado s.s. deBuritis, mais rico foi Byrsonima Rich. ex Kunth (Malpighiaceae), seguido de Qualea Aubl. (Vochysiaceae), Machaerium Pers. (Fabaceae) e Andira Juss. (Fabaceae). Os gêneros Byrsonimae Qualeacostumamestarentreosmaisricosemcerrados sensustricto(Silvaetai2002;SaporettiJr.etal.2003), sendo ambos considerados de ampla distribuição no cerradosensulato(Ratteretai 2003).Estefatopode 1 3 J 7 9 II 13 15 17 19 21 23 25 27 29 ser consequência destes gêneros estarem adaptados Parcelas àscondiçõesabióticasdoCerrado.OgêneroQualea, Figura2-RelaçãoespéciesXáreaestimadacomosdados porexemplo,possuiespéciestipicamenteadaptadasa coletadosnas29parcelasdemarcadas.Asbarrasrepresentam vivernossoloscomaltoteordealumíniodoscerrados odesviopadrãocalculadoparaestacurva. Figure 2 - Spccies X area estimatcd relation with gathcrcd (Haridasan2000,2008). OíndicedeShannon-Wienner(H’)emBuritisfoi cdaaltcaulfartoemd stthaend2a9rdsadmevpilactdionp.lots. Bars represent the curve's 3,75, enquanto outros estudos no Tocantins, Goiás, DistritoFederaleMinasGeraispossuemvariaçãode sHe’nesnutrsetr2i,c8t7oed3e,6B3ur(iTtaibs.i1n)d.iEqmueboarltaaodHiv’erdsoicdaedrer,adoo As cinco famílias com maior valor de critério de inclusão adotado (menos inclusivo) importância-VI(Fig.3)foramVochysiaceae(41,47), certamente influenciou neste resultado, dificultando Fabaceae(32,98),Sapindaceae(24,46),Anacardiaceae comparações com valores deste índice para outros (13,56)eDilleniaceac(11,72).AsfamíliasVochysiaceae, locais(ABraimdogsewtartaegreemtaaip2o0n0t4o;uMcaegrucrardaen2709064)á.rvores SvaalpoirnedsadceeaiempeoDritlâlnlecniiaadceeaveiddeosàtaicmaproarmt-âsnecicaodmemuamioaroeus dp1eoenr3sh)i.edcSatedaegreueneádráoreeaFaeblbafiaslasilalenttoaostiacl(e1dr9er9a41d)o1.s,a8ss7eamnmsp2uhlasi'tt'rui(dcTetasobddsee. cdVuooarcsrhyeesssippaoécnceideaeser.,amQMuaaagcloeernaciagardapenud8bie1jsl%coerdanosseciQno.dmippvaríredveuiofnsldoedruea cOiGnoodnivisávaisílddeoeurrdoasor.nDehdiados'utqzreuii5etd,ooo7F9ce-drd1eietr1é,adr3lie0,onmvdsaei3rdhiiaanadcm1le,rueesnestãrproaeefc6eat6vsi4vopareamerec1ane3dtu9oe6,.a aTdmamealeifrsacimadcírelaaicna8ta,e8ref%íamsttdotioccoamotooimtmaduplelmdi8ece0amS%nardapeaigdnifodõamemaiíscnletiâaranoeDpciieiclaalCieunsnr,oiaactnceoeílavmlceoa.l nocerradosensustricto(Richards 1981;Balduino inclusãodeárvorescomgrandediâmetro,geralmente distantes umas das outras. Por outro lado, a área etal. 2005).AtémesmoFabaceae,queapresentou qbausealeémeplreevagdaarmaemsummoqcuraintédroiocodmepairnacdlausaãeostmuadioss easmteaipoardrrãioq,uoeznadedeosntzeeeesstpuédcoi(e2s1ssopmpa.)r,aampr8e4s%endtoosu abrangente que o por nós adotado (Tab. 1). E indivíduos. A diferençaé que esta última família, razoável, portanto, assumir que caso tivesse sido por apresentaroutras 10 espécies detendo apenas amostradocomumcritériodeinclusãoCAS2 15,7 m1a6i%sdqouseinVdoicvíhdyusoisarceegaiestreadSoas,pipnadreacceeaceontcroibmuiar cm(geralmentcempregadoemcerradosensustrictoA), representatividade de espécies raras na paisagem etleervíaamdoasárreegaibsatsraald,oeuncmoantárraedaabmaseaslmaoincdaommaciroirt.ério em questão. Dada a reconhecida riqueza de Fabaceaenocerradosensulato,esteestudoreforça epsotuucdoadiancalpursoixvio,map-osdeearfeipsrieosneonmtiaardqouceerarvadeogedteançsão,o qreuleevesatnatefaimmílpioartdâenvceiasernacomnsainduetreandaçãcoomdoa dâe- &umWaslubtteirp(o1d9e98c)e,rroacdeorsreandsoudsetnriscotor.eSperegsuenndtoaaRifboceriomrmao dBirviedgreswiadtaedreetdaesit2e00b4i;oFmelafil(iReattatier20e0t4)a.l. 2003; mais densa e alta de cerrado sensu stricto, As dez espécies de maior VI foram Qualea vegetação predominantemente arbórea, de altura grandijlora (31,56). Magonia pubescens (26,52), médiaentrecincoeoitometros,cujacoberturavaria entre 50% e 70%. O valorregistrado neste estudo Curatellaamericana(14,05), Q.parviflora(12,66), está próximo àquele encontrado no cerrado denso Codiera sessilis (10,24), Astroniumfraxinifolium dsuasRteEnCtaOrRes-taImBeGsEm(aAncdlarsasdiefietcaaçiã2o0f0i2s)i,oonôqmuiecpaapraecrea ((97,,1835)),,LSacfloeernoslioabipuamcapraini(8c,u8l5)a,tuEmugvearn.isaudbyvseclnutteirniucma (7,43)e Tabebuiaochracea(6,60)(Tab. 3). Juntas, a vegetação aqui estudada. Rodriguésia61(4):731-748.201 SciELO/JBRJ, cm i 13 14 0 740 Nettesheim. F.C. et al. Tabela 3 - Estrutura do cerrado sensu stricto no município de Buritis. DA = densidade absoluta (n°ha'); DR = densidaderelativa(%);FA=frequênciaabsoluta;FR=fequênciarelativa(%);DoA=dominânciaabsoluta(m:ha '); DoR=dominânciarelativa(%);VI-valordeimportância. Table3-Buritiscerradosensustrictostructure. DA=absolutedensity(n°ha');DR=relativedensity(%);FA=absolutefrequency: FR= relative frequency (%); DoA =absolutedominance (m: ha1); DoR=relativedominance (%). VI-importancevalue. Espécie N DA DR FA FR DoA DOR VI Qualea grandiflora 133 91.72 11-52 89.66 6.47 1.61 1358 3156 Magonia pubescens 129 88.97 11.17 58.62 4.23 1.32 11.12 2652 Curatella americana 53 36.55 4.59 62.07 4.48 059 4.99 14.05 Qualea parviflora 43 29.66 3.72 62.07 4.48 053 4.46 12.66 Codiera sessilis 56 38.62 4.85 34.48 2.49 0.34 2.90 10.24 Astroniumfraxinifolium 30 20.69 2.60 48.28 3.48 0.36 3.05 9.13 Lafoensia pacari 41 30.34 3.81 4138 2.99 0.24 2.05 8.85 Eugenia dysenterica 34 23.45 2.94 37.93 2.74 0.26 2.17 7.85 Sclerolobium paniculatum 22 15.17 1.90 34.48 2.49 0.36 3.03 7.43 var. subvelutinum Tabebuia ochracea 20 13.79 1.73 37.93 2.74 0.25 2.13 6.60 Diospyros burchellii 24 16.55 2.08 20.69 1.49 0.31 2.60 6.17 Xylopia aromatica 24 16^55 2.08 2759 1.99 0.24 1.99 6.06 Byrsonima pachyphylla 23 15.86 1.99 2759 1.99 0.21 1.80 5.78 Bowdichia virgilioides 15 10.34 1.30 31.03 2.24 0.21 1.74 5.28 Tapirira guianensis 24 16.55 2.08 24.14 1.74 0.15 1.29 5.11 Tapirira obtusa 27 18.62 2.34 13.79 1.00 0.20 1.70 5.03 Psidium cattleianum 23 15.86 1.99 24.14 1.74 0.14 1.20 4.93 Machaerium opacutn 16 11.03 1.39 31.03 2.24 0.15 1.30 4.92 Kielmeyera coriacea 18 12.41 156 2759 1.99 0.15 1.26 4.81 Callisthene major 14 9.66 121 10.34 0.75 0.32 2.67 4.63 Simarouba versicolor 13 8.97 1.13 24.14 1.74 0.20 1.64 4.51 Copaifera langsdorjfii 7 4.83 0.61 1724 1.24 0.31 2.60 4.45 Dimorphandra mollis 12 8.28 1.04 24.14 1.74 0.14 1.19 3.97 Davilla elliptica 13 8.97 1.13 24.14 1.74 0.12 1.02 3.88 Pera glabrata 14 9.66 1.21 1724 1.24 0.14 1.19 3.65 Byrsonima sericea 15 10.34 1.30 17.24 1.24 0.12 1.02 3.56 Qualea multiflora 17 11.72 1.47 17.24 124 0.10 0.80 352 Protium heptaphyllum 12 8.28 1.04 17.24 1.24 0.14 1.18 3.46 Pterodon emarginatus 7 4.83 0.61 20.69 1.49 0.16 1.35 3.45 Andira anthelmia 10 6.90 0.87 13.79 1.00 0.17 1.42 3.28 Pterodon pubescens 10 6.90 0.87 20.69 1.49 0.09 0.73 3.08 Anandenanthera peregrina 10 6.90 0.87 6.90 050 0.18 1.54 2.90 Machaerium acutifolium 11 759 0.95 1724 124 0.08 0.70 2.89 Erythroxylum suberosum 12 8.28 1.04 1724 1.24 0.07 0.59 2.87 Roupala montana 10 6.90 0.87 13.79 1.00 0.10 0.86 7T> Dipteryx alata 10 6.90 0.87 1034 0.75 0.13 1.08 2.69 Piptocarpha rotundifolia 14 9.66 1.21 13.79 1.00 0.05 0.43 2.64 Miconiaferruginata 12 8.28 1.04 13.79 1.00 0.06 0.52 256 Brosimum gaudichaudii 17 11.72 1.47 1034 0.75 0.04 0.34 256 Rodriguésià 61(4):731-748.201 SciELO/JBRJ cm 2 13 14 15 16 17 18 ..