i ASPECTOS COMPUTACIONAIS DE UM ALGORITMO PRIMAL DE DIREÇÕES VIAVEIS PARA SISTEMAS DECOMPONIVEIS. Odival Juliano de Campos. TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRA MAS DE PôS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PA RA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CI:F:NCIA (M.Sc.). Ap rovada por RIO DE JANEIRO ESTADO DA GUANABARA - BRASIL SETEMBRO DE 1972. ii Ao Cl6vis quero exprimir meus reais agradecimentos, lembrando que sua orientação bastante valiosa,e levou-se bem além do presente trabalho. Ao Marinho devo; toda a o rientação acadêmica, tendo sobremodo colaborado no desenvolvimento da pes quisa que apresentamos. A tia Elza devo a dedica ~ çao no trabalho de monografia e, a Sô mais que a datilografia a sua amizade. A meus pais cujo incentivo jamais pod~ rei desprezar. iii RESUMO Visando otimizar-se um sistema decomponível não -linear, estuda-se um algoritmo primal de direções viáveis. No decurso desse estudo formalizam-se e demons tram-se alguns resultados conhecidos e desenvolvem-se inte_r pretações econ8micas. Um critério para testar a diferenciabilidade das funções pertubação envolvidas no algoritmo é desenvolvido, podendo tal propriedade ser utilizada com vantagens compu tacionais. Rapidamente se discute o conceito de ê -ativida de de vínculos ligado à convergência do algoritmo. Finalmente, apresenta-se uma subrotina em FOR TRAN IV que obtém, em cada iteração do algoritmo, uma dire ção viável. iv ABSTRACT A primal feasible directions algorithm is stu died to optimize non-linear decomposable systems. In the course of these studies some lmown results are formalized and proved, and economical interpretations are developed. A criterion is derived to detect the differen tiability of the pertubation functions involved in the al gorithm, and this property is used with some computational advantages. E The concept of -activity of constraints is discussed, and related to the convergence of the algorithm. Finally, a FORTRAN ri subroutine is presented capable of finding a feasible direction in each iteration of the algorithm. V 1NDICE CAP. I INTRODUÇÃO •••••••••••••••••••••••••••••••••~ l CAP. II O PROBLEMA GERAL DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS, METODOS, MANIPULAÇÃO E TEOREMA DE EQUIVA- LmlCIA . • . • • . . . • • • • • . . • . • • • • • . . • • • • • • • • • . . • 11 SECÇÃO l - Problema geral de alocação de recursos, métodos e interpretações •••••••••••••••• ll SECÇÃO 2 - Manipulação 21 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • SECÇÃO 3 - Teoremas de equival@ncia •••••••••••••••• 27 CAP. III ESTRATEGIA •••••••••••••••••••••••••••••••• 45 SECÇÃO 1 - Métodos das direções viáveis •••••••••••• 47 SECÇÃO 2 - Teoremas e resultados fundamentais•••••• 50 SECÇÃO 3 - Escolha de uma boa direção viável para o problema mestre. Otimização Unidire- cional . . • . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 7 SECÇÃO 4 - Algoritmo primal de direções viáveis •••• 80 CAP. IV ALGUNS ASPECTOS COMPUTACIONAIS •••••••••••• 83 SECÇÃO 1 - Diferenciabilidade das funções pert~ bação • . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . • . . . 84 SECÇÃO 2 - Procedimento de redefinição ••••·•••••••• 104 SECÇÃO 3 - Convergência•••••····•·•••·•••·••••••••• 107 vi CAP. V IMPLEMENTAÇÃO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • lfil SECÇÃO 1 O algoritmo para implementação••••••••••• 111 SECÇÃO 2 Descrição das subrotinas••••····•····•··· 116 SECÇÃO 3 Exemplo • • • • • • . . . . • • . . . . . . . • . • • . . • . . . . . . • • 150 CAP. VI CONCLUSÕES •••••••••••••••••••••••••••••••••Ql55 APENDICE A DEFINIÇÕES E UM TEOREMA PARA FUNÇÕES CôN~- ~5l CAVAS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • APENDICE B LISTAGEM DOS RESULTADOS COMPUTACIONAIS ••••• i(O BIBLIOGRAFIA •••••••••.•••.••••••••••••••••••••.•••••••• .,. 183 I 1 C A P I T U L O I INTRODUÇAO O desenvolvimento de técnicas eficientes de o timização para problemas estruturados, é de grande impor tância por suas aplicações à Engenharia,e à Economia, ra zão pela qual muitos artigos e liv,ros foram publicados na -6.ltima década sobre essa matária. A expressão problemas estruturados, normalme~ te, se associa aos problemas de grande porte, os quais queremos lembrar, não se caracterizam unicamente pela sua dimensão, mas pela combinação dimensão-estrutura. Aliás, explorar a estrutura em problemas de grande porte E! fre quentemente uma imposição para sua resolução. Destacamos que a presença do grande número de variáveis e restrições, pode resultar não somente da estrutura intrínseca do problema, mas tambám d:e sua Fe J , presentação. Como observa Geoffrion [ 10 p·roblemas com poucas não-linearidades, por exemplo, podem ser expres sos por programas lineares através de aproximações de ftl!! ções e conjuntos, aumentando s·o·b:remodo a dimensro do pro blema, possibilitando, no entanto, sua resolução por técn! cas conhecidas. I 2 Entre os mais comuns tipos de estruturas enco~ tradas em sistemas de grande porte, destacam-se: multidiv,! sional, combinatorial, dinâmico e estocástico. Particularmente nos dedicaremos aos problemas de grande porte de estrutura multid1visional ou decomponí vel. Problemas decompon:!v,eis consistem numa coleção de subsistemas interrelacionados a serem otimizados. Os 1 sub:eistemas podem ser, por exemplo, m6dulos de um sistema de engenharia, reservatórios de um sistema de abastecimen to de água, d,epartamentos ou divisões de uma organização, setores de uma economia etc. Uma classe bastante importante de problemas denominados problemas de alocação de recursos, são englo bados pelos problemas de estrutura decomponível. Nesse ca so, do ponto de vista da otimização, após definir-se o sistema produtivo, pret:ende-se determinar a alocação de recursos que lev.:a ao melhor diesempenho do sistema, o qual pode ser medido por funções: objetivo. Nesse caso, o sistema decomponível estaria caracterizado por um· conjun-, to de subsistemas· que se encontram fracamente coesos pela necessidade dos recursos escassos·. Abaixo apresentamos interessante exemplo de otimização de um sistema decomponível. Exemplo - Problema do corte de florestas : grande nwnero de plantações· são classificadas para o corte num período manos. Cada subsistema: é uma particular plantação ou flo:resta. As entradas nos subsistemas são repres·entadas P.! las capacidades de corte nos diferentes ane,s. I 3 Suponhamos m,plantaçÕe8 em anos. Seja: e.. : produção da plantação j se o corte eie y tuar-se no ano i; rj : nmnero de hectares da plantação j; 8i : capacidade de corte medida em hectares, no ano i; ·x / : fração da plantação j que será cortada 1 no ano i; O pro~~ema do corte de florestas pode ser for mulado oomo segue: I'Il:i. L,rn> Maximizar c.y· x,.J s.a J=i (."d ( ~ ::: 1. •• Ml.) ,m Cxii, ... ,}(-mj)(xJ· = l(x~, ... :c-mj)f L, xi_i 41 A G°•1. .ri M~todos de coordenação A distinção de subsistemas que operam quase i,!! dependentemente, compondo um sistema de grande porte deco~ pon:!v:-el, conduz, em otimização, à possibilidade de se apli car técnicas especiais para sua resolução. Essas tlcnicas, são sinteticamente apresentadas no capítulo II, onde se-ª borda a Teoria das Equipes e e,s Mêtodos .9:,! Coordenação. Entre os métodos de coordenação há duas o·pções importantes, a~ e a Primal. Ambas· visam a resolução I 4 dos prohlemas de otimização de sistemas decomponíveis, qu~ b-ra.ndo-os numa série de sub~roblemas menores associados No aos subsistemas. capítulo II, são comentados os dois m~ todos de coordenação mencionados, dando-se maior destaque ao primal, que será o prop6si to do pres·ente trabalho, que estuda os aspectos computacionais reiativ:-os a um algo- rí tmo primal de direções viáveis. Não nos restringiremos ao caso linear exempli ficado_ pelo corte de florestas, assumiremos, no entanto, algumas hip&teses decididamente impontantes, e comuns no tratamento de sistemas de grande porte. Tais hip6teses proporcionam-nos série de resultados, expostos no capitu 1 lo III, necessários para o estudo de um algorítmo desen volvido por Geoffrion, e que se apresenta como escopo do presente trabalho. Os problemas aqui estudados pressuporão as hip6teses de compacidade, convexidade-concavidade e dife renciabilidade, bastante com,m~ principalmente em proble mas econõmicos. Algoritmos primais de direções viáveis Uma classe de algoritmos bastante eficazes na resolução de problemas diferenciáveis e convexos de oti mização, são os algor:!tmos de direções viáveis definidos no capítulo III. No tipo de problemas que estamos consi derando, esses algoritmos não poderão, no entanto, ser a plicados diretamente ao problema original, devido a seu porte. Para tirarmos proveito da estrutura decomponível do problema de otimização proposto ( problema que denominare mos primal ou o:riginal) , com ganho no trabalho compu tacio-
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