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Ágora, Dêmos E Laós PDF

213 Pages·2006·0.9 MB·Portuguese
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UNIVERSIDEADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL ÁGORA, DÊMOS E LAÓS : OS MODOS DE FIGURAÇÃO DO POVO NA ASSEMBLÉIA HOMÉRICA - contradições, ambigüidades e indefinições - Alfredo julien Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para a obtenção do Título de Doutor em História Social Orientador: Prof. Dr. Francisco Murari Pires São Paulo 2006 Serviço de Biblioteca e Documentação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Julien, Alfredo. Ágora, dêmos e laós : os modos de figuração do povo na assembléia homérica – contradições, ambigüidades e indefinições / Alfredo Julien ; orientador Francisco Murari Pires. -- São Paulo, 2006. 214 f. Tese (Doutorado - Programa de Pós-Graduação em História Social. Área de concentração: História Social) - Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. 1. Homero, 750 a.C. 2. Poesia épica (Crítica e interpretação) – Grécia Antiga. 3. Grécia Antiga (Organização social; História). 4. Cultura grega antiga 5. Hermenêutica. I. Título. CDD 883.01 J943a FOLHA DE APROVAÇÃO Alfredo Julien Ágora, dêmos e laós : os modos de figuração do povo na assembléia homérica – contradições, ambigüidades e indefinições Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para a obtenção do Título de Doutor. Área de Concentração: História Social Aprovado em: Banca Examinadora Prof.DR._______________________________________________________________ Instituição:___________________________Assinatura__________________________ Prof.DR._______________________________________________________________ Instituição: __________________________ Assinatura__________________________ Prof.DR._______________________________________________________________ Instituição:___________________________Assinatura__________________________ Prof.DR._______________________________________________________________ Instituição:___________________________Assinatura__________________________ Prof.DR._______________________________________________________________ Instituição:___________________________Assinatura__________________________ À meu pai (in memoriam) e minha mãe, pela dedicação generosa e abnegada, raízes de tudo que construí. AGRADECIMENTOS Pela dedicação generosa, tanto em sala de aula ministrando cursos sempre fecundos, como em tantos outros momentos, muitas vezes não formais, nos quais o papel de amigo, mestre e professor reuniam-se em sua pessoa. Pelos conselhos e ensinamentos. Pelo conhecimento da língua de Homero, que neste trabalho me foi tão útil. Por todas as conversas que tivemos, agradeço ao professor Henrique Murachco: ponto de partida desse percurso acadêmico. Atenção especial também registro ao meu professor orientador Francisco Murari Pires pela paciência, confiança e, principalmente, pela philia com a qual me abrigou. Obrigado pela orientação, graças a qual pude seguir meu caminho. Muito desse trabalho é o resultado da leitura pessoal que tive de suas aulas, comentários e textos. Agradeço também à professora Maria Luiza Corassim e ao professor André Malta Campos pelas sugestões apresentadas no exame de qualificação. A atenção que dispensaram à minha pesquisa e os comentários construtivos e generosos foram importantes para a cristalização deste trabalho. Ao professor Anito Steinbach, agradeço pela revisão textual, mas de antemão declaro que se incorreções ainda persistem a responsabilidade é do autor, que não apresentou o texto todo para a revisão e exigiu prazo mínimo para a feitura do trabalho. Agradeço pelo trabalho e pelas noites acordado que destinou a esta tese. Agradeço à Universidade Federal de Sergipe, em especial ao Departamento de História, pela paciência e solicitudes demonstradas sempre que necessário. Aos meus alunos, de todos os tempos, pela experiência que me proporcionaram. Ao pessoal da biblioteca central da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, como também ao das secretarias da pós-graduação, pelo atendimento sempre gentil e prestativo. E de forma especial, pelo afeto e carinho que envolve, agradeço a Amanda, minha esposa querida, e ao Neto, o filho que a vida me trouxe de presente, pelo companheirismo diário e pelo prazer da vida. Devo muito a eles, inclusive a escolha da epígrafe que abre esse trabalho. Enfim agradeço a todos os amigos que permitiram a experiência do diálogo, tão necessária ao exercício do pensamento, em especial, à France e Juvino. VERDADE A porta da verdade estava aberta, mas só deixava passar meia pessoa de cada vez. Assim não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava só trazia o perfil de meia verdade. E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil. E os meios perfis não coincidiam Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. Chegaram a um lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos. Era dividida em metades diferentes uma das outras. Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. Nenhuma das duas era totalmente bela. E carecia optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia Carlos Drumond de Andrade RESUMO JULIEN, A. Ágora, dêmos e laós: figurações do povo na assembléia homérica - contradições, ambigüidades e indefinições. 2006. 214 f. (Tese de Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. Na epopéia homérica, a ágora, a assembléia do povo, constitui espaço privilegiado de interação social, servindo de cenário para a figuração de eventos importantes para a condução da trama, tanto da Ilíada quanto da Odisséia. No âmbito dos estudos homéricos, aqueles que se dedicam à análise histórica dos poemas têm feito largo uso desses episódios, na busca de chegar a explicações coerentes a respeito dos modos de operação da sociedade retratada na narrativa. Qual seria o papel das assembléias na sociedade homérica? Qual seria a constituição social do povo presente nessas reuniões? Seria ela conformada aos moldes de uma sociedade de caráter patriarcal ou refletiria as instituições das nascentes póleis arcaicas? Ou seria pura ficção, um amálgama de elementos contraditórios, não retratando uma sociedade que tivesse tido existência fora dos textos? O principal obstáculo para o encaminhamento dessas questões encontra- se na própria natureza dos textos homéricos. Elas são caras à nossa forma de perceber o mundo, mas não encontram eco no texto. Os poemas não apresentam registros que possibilitem respostas precisas para elas. Quando as questões que animam a interpretação buscam a clara delimitação das instâncias organizacionais da sociedade figurada na Ilíada e na Odisséia, a memória preservada, no registro épico da ágora homérica, apresenta-se para nós permeada de ambigüidade e indefinições, que, para serem rompidas, necessitam de esquemas de referências que possibilitem contextos a partir dos quais se possa empreender a análise. No presente trabalho, apresentam-se reflexão sobre a forma como a crítica especializada tem contornado tais problemas de interpretação e proposta de hermenêutica das cenas de assembléia na épica, tendo como fio condutor as questões da conformação da ágora como elemento definidor do estatuto da vida civilizada; da oposição entre assunto público e privado; e da natureza social do povo presente nas assembléias Palavras-chave: Homero. Épica. Hermenêutica. Historiografia. Pólis. Abstract JULIEN, A. Ágora, dêmos e laós: portraits of the people in Homeric assembly - contradictions, ambiguities and unclear settings. 2006. 214 f. (Doctoral Thesis) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. In Homeric epic poems, the ágora, the assembly of the people, constitutes a privileged space of social interaction. It serves as stage set for portraying important events for plot conduction, both in the Iliad and the Odissey. In scope of Homeric studies, those engaged in historical analysis of the epic poems have made wide use of these episodes in search of coherent explanations, regarding the operational ways of the society portrayed throughout the narrative. Which would be the role of the assemblies in the Homeric society? Which would be the social constitution of the people present in these meetings? Would it be conformed to the moulds of a society of patriarchal character or would it reflect the institutions of the rising archaic pólis? Or would it be pure fiction, an amalgam of contradictory elements, not portraying a society that had had existence out of the texts? The main obstacle for the guiding of these questions meets in the proper nature of the Homeric texts. They are so dear to the way we perceive the world, but they don’t find any echo in the text. The poems do not present registers that make possible accurate answers for the asked questions. When the questions that liven up the interpretation search the clear delimitation of the organizational instances of the society depicted in the Iliad and in the Odyssey, the memory

Description:
constituído pela praça pública, como o social representado pelas . organização social caracterizada pela cidade estado na Grécia Antiga. Hammer.
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