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Atlas de História Medieval PDF

118 Pages·2007·46.858 MB·Portuguese
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À mOa Ome A ETon o OaERaeoAnM F o | À e Ro oLs h” ia É E Drs pEa OS rj eTs t: MEI j]urie e a | BosR AA FMpira Dà O A iaTh i ai a FE iirá c So 1 ,qua tÉ J ia a , ãa s Ê E VOVSE1 7= f j it à Edl ta LEo , j PN, ' n b Na- 22 +P É A é bd | | SE)a o ) j P| ERR ão o=t biaa sff aadtoa isl aJ» De A auFe dhl o aç osi.s5 URT [Ea 4 RV OPPRE CAE LSEU ATnd an do acr ê da ê dia ão “mB Es 1 A Late EU , i i didi iDi r 8 f A. ua”, 449009" 0 08 = em Res , a Ea A a E os Mah E E aa E". a ANLAÁ +, ADdAA QD 2208 DU - PETLe! SD o Oi a =u i ta RÃE nd 20 o TRE “a dr o,o Ti s a Ed LJ; PPA O DID SR DP Ae a ni gp od ” 7, ss ” AA Ec a fa pu, os “hor Ar A.E F ae L ao mae EA E s =" A “ ira LO a nos Fá | ue == ram o! a i5 jp sl - a! * o mw id mM É o MA ah o ”» a E E = ip E + ÉA u Ci Na A - e EF E a) i ah JFr riMmo s | | ' pas ça Et nO! Àt i aà de ro vaio, 7 5: Ê! o RS 4 Lo e : : +] : '' É, da | h Ê 1 M e ! E, =? Ee A f a! 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A aa Ti Apr na NTE | : a e j Es = Je pd r | F O E h a pra aa Fé A "qa = Ê ne: ne | EO am ta: > E,E rNE apas o E ] ) E k E ii W ra r À + PS AFA Go Sa MA! | E vos 0 À NE CoLiN McCEvEDY Reid ea C omPpANHIA DAS LETRAS a O D de hiCD stEóQ ria medieval 1 i a omR ESCO LE PSP AfoA SO7 A va E ú e x il Tr E ar e e ETA, Lo o ho Fi EmA ú aee E Wi sa SAO ed ra Da COLIN McEVEDY Atlas de história medieval Tradução Bernardo Joffily Ad» C OMP ANHIA DAS LET RAS Copyright O 1961 by Colin McEvedy Este livro foi publicado originalmente no Reino Unido pela Penguin Books Ltda., em 1961 Titulo original The new Penguin atlas of medieval history Capa Mariana Newlands Imagens de capa Mapa de Bruxelas: Stapleton Collection/ Corbis/ LatinStock Detalhe de mapa de 1375, que retrata a caravana de Niccolô e Maffeo Polo cruzando a Ásia no século XIII: Bettmann/ Corbis/ LatinStock Mapas Bernardo Joffily Assistência editorial Estela Cavalheiro Preparação Leny Cordeiro Indice remissivo Renata Simões Revisão Otacílio Nunes Ana Maria Barbosa Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip) (Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil) McEvedy, Colin. Atlas de história medieval / Colin McEvedy ; tradução Bernardo Jofilly — São Paulo : Companhia das Letras, 2007, Titulo original: The new Penguin atlas of medieval history. ISBN 978-85-359-1116-9 1, Atlas 2. Geografia medieval - Mapas 3. Idade Média - História L Titulo, 07-7809 CDD-911.0902 Índice para catálogo sistemático: 1. Idade Média : Atlas 911.0902 [2007] Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA SCHWARCZ LTDA Rua Bandeira Paulista 702 cj. 32 04532-002 — São Paulo — sp Telefone (11) 3707-3500 Fax (11) 3707-3501 www.companhiadasletras.com.br o + a r Mi. =1 o ade de pçs a a ui E a mm E E Tg he Í E sã a ; E a Dm Za a ab a, Di= [AE Voo E E doa | po + | o, FI "E RE +, E Er E “q la tá E h a z o E E E had a a a e Mi Ê a n — Ts T» E e f E” $7 o 7 | F = Er E, 1h d de = k dd i - e a - na ai = de a o Ê ê | E = AaT(Ls,A S ED E mn HIo STTOÓRRII!A 7 MEra AR a pe RICA DES E É vol TARA klLI = ao E EL Taie oii nn . io Li E po e q = a Introdução m e m i e i S inha idéia ao compilar este atlas foi mostrar o desenvolvimento da história S T O O medieval na Europa e no Oriente Próximo como uma narrativa contínua. Isso e faz dele um livro diferente da maioria dos atlas históricos, que tendem considerar um i e país de cada vez e a se concentrar em suas estruturas internas. Não há aqui nada desse e e e tipo de detalhe: nem dissecação de reinos individuais, nem descrições de suas hierar- e C Cordilheira e quias administrativas. Em vez disso, enfatiza-se a exposição do que aconteceu com e Tien Shan e Gai toda a família de nações da área que abrange a Europa e o Oriente Próximo, conforme i R Pamir e avançavam os séculos. Estes mapas não irão mostrar onde os reinos da França cunha- e Montes ai . o vam suas moedas ou os cluniacenses construíram seus mosteiros: o que pretendem Sulaiman a fornecer é um quadro de como os velhos impérios caíram e novos ascenderam, e a como, na Europa, uma nova sociedade emergiu, com a energia capaz de libertá-la das Nome a limitações geográficas, intelectuais e técnicas que caracterizavam o mundo medieval. EE E Os 47 mapas que compõem o atlas estão organizados em seis seções. O corpo de cada seção consiste em cinco ou seis mapas que mostram a situação política da área a DR ão ooo em intervalos de quarenta anos, em média. Ao fim de cada seção há dois ou mais o mapas que correspondem à data da última carta política: o primeiro mostra as fron- teiras da cristandade e, após o século v11, as do islã — as duas culturas determinantes na região; o segundo mostra o desenvolvimento da economia. Outros, quando exis- tirem, tratam de mudanças populacionais e da exploração do mundo exterior. Quase todos os mapas deste atlas cobrem exatamente a mesma área: a Europa, o = la o do mo Norte da África e o Oriente Próximo. Essa é uma unidade tanto social como geográ- FIGURA 1. As fronteiras da área que abrange Europa e o Oriente Próximo. fica, definida por barreiras que mantêm seus membros do lado de dentro e quase todos os demais do lado de fora. Seus limites são mostrados na figura 1. Começando pelos montes Urais, a tradicional divisa entre a Europa e a Ásia, a linha de fronteira víncia iraniana mais próxima da Índia. Nenhuma delas tem muito a colaborar para passa, no sentido anti-horário, pelo oceano Ártico, o oceano Atlântico e o deserto do nossa história, por serem áreas desérticas e escassamente habitadas. O ajuste preciso Saara até o vale do Nilo. Acompanha a costa sul do mar Vermelho, depois cruza o mar é, por certo, uma função da cartografia: a projeção foi escolhida para otimizar o espa- de Omã até atingir as montanhas que marcam a divisa entre o Irã e o subcontinente ço disponível. Sua única desvantagem é que, enquanto o norte, o sul, o leste e o oeste indiano. Alguns segmentos dessa linha são permeáveis. Os Urais nunca foram uma estão nas direções correspondentes no lado esquerdo do mapa básico, o leste come- barreira significativa para ações; rotas marítimas ligando o Oriente Próximo à África ça a se erguer alguns graus conforme se caminha para a direita do mapa. As linhas de Oriental e à Índia foram estabelecidas nos tempos clássicos, e havia várias passagens latitude e longitude que definem a projeção e criam esse efeito constam no mapa- utilizáveis nas montanhas que separavam o Irã e a Ásia Central da Índia. Mas pouquiís- indice no final deste volume. simos povos entraram na área que abrange a Europa e o Oriente Próximo por essas A figura 2 mostra também o mundo tal como era concebido no Ocidente no sécu- rotas: a única ocorrência numericamente significativa veio através da brecha centro- lo 1v, quando se inicia a segiiência de mapas. Quase nada se conhecia da Rússia ao asiática. Ali, entre o sul dos Urais e o flanco norte do maciço centro-asiático, o cami- norte da estepe, e mesmo o mais eminente dos geógrafos clássicos, Cláudio Pro- nho estava completamente desimpedido. Foi essa a porta de entrada para as tribos lomeu, supunha que a Escandinávia fosse uma ilha. Por outro lado, ele e seus colegas turco-mongóis, que constituíram a única contribuição importante à mescla do Oci- sabiam da existência das Canárias, que tinham sido visitadas no início da era crista, dente medieval. embora não depois. Também se sabia um pouco mais sobre a Núbia do que aparece A figura 2 mostra a área utilizada como mapa básico do atlas. Algumas extremida- no mapa básico. Sobre a costa leste da África, achavam-se bem informados: mercado- des foram suprimidas da área definida na figura 1: o extremo nordeste da Rússia euro- res árabes navegavam com fregiiência para locais longínquos, como Zanzibar, retor- péia; a parte setentrional da península Escandinava; Omã, na Arábia; e Makran, a pro- nando com marfim e histórias sobre as “fontes do Nilo”, que, inspiradas na realidade ou mera fantasia, se mostraram surpreendentemente precisas. Quanto à massa con- tinental asiática, a extensão (ainda que não o contorno) da Índia fora corretamente percebida, e se conhecia o perfil tanto do Sri Lanka como da península Malaia. A China não era percebida com clareza, e, apesar de caravanas percorrerem a Rota da Seda há mais de trezentos anos, o mapa romano tinha pouquíssimos detalhes sobre o interior da Ásia. Não existe menção ao lago Balkhash em nenhuma fonte clássica, e há considerável incerteza sobre a separação entre os mares de Aral e Cáspio. Definimos nosso palco; vejamos os atores. Estes constituem uma lista quase infini- ta de grupos políticos e religiosos: tribos, impérios, Estadosnacionais, principados mer- cantis, pastores nômades, camponeses, teocracias, feudos e hegemonias pessoais. O engenho reside em dispô-los em alguma ordem. Noséculo xixeemboa parte do seguin- te, a opção preferida foi agrupá-los conforme a raça: nórdicos contra mediterrâneo, por exemplo; e a idéia ainda mantém certa atração. Afinal, as principais descontinuida- des de população que correspondem às fronteiras da área que abrange a Europa e o Oriente Próximo marcam as divisões entre as maiores raças da humanidade: por que então as subdivisões no interior da área não corresponderiam a distinções sub-raciais, entre nórdicos, mediterrâneos e assim por diante? A resposta é que o único critério fisi- co para as distinções sub-raciais, a determinação dos códigos genéticos, leva a frontei- ras tão indistintas que se tornam quase inúteis. Simplesmente não existe um conjunto de diferenças físicas entre alemães e italianos, digamos, ao contrário do que a imagem que temos do alemão típico e do italiano típico levaria a esperar. Na verdade, a própria imagem é um embuste, já que é gerada pelo extremo, e não pela média. Seria um tra- E comaDO O mn e e ms FIGURA 2. O mapa básico usado no atlas (retângulo preto) e, em azul, balho dificilimo separar em compartimentos distintos berlinenses e venezianos de um o perímetro do mundo conhecido em 362. grupo de cem em que eles estivessem misturados caso não se permitisse que falassem. Alíngua é, portanto, a chave. Ela não só desempenha um importante papel na cria- ção e na manutenção das unidades sociais, como fornece uma nítida informação em cinza, enquanto o mongole o turco, que são estreitamente aparentados, são emol- sobre o lugar de cada sociedade na corrente da evolução. Como disse o dr. Johnson,* durados por pequenos círculos, vazados para o mongol e sólidos para o turco. Árabes “aslínguas são o pedigree dasnações ,e mesmono período medieval, quando a infor- e berberes formam outro par, não tão aparentado como os turcos e os mongóis, mação com freqiiência é menos completa do que gostaríamos, podemos deslindar o porêm, tal como estes, partilhando traços sociais e lingiísticos; sua textura é entrela- pedigree com pouquíssimos pontos duvidosos. çada, sendo a dos berberes mais densa. Três povos relativamente menores são repre- O essencial para a classificação usada no atlas é mostrado na figura 3, que atribui sentados por círculos de dimensão média: osarmênios, deidioma indo-europeu remo- uma textura ou moldura característica a cada uma das principais línguas, com modifi- tamente relacionado ao grego, os bascos (cuja primeira menção remonta a 476) e os cações correspondentes ao seu desenvolvimento histórico. Tomemos primeiro os georgianos. Os doisúltimos representam remanescentes da população pré-indo-euro- grandes círculos. Elesrepresentam os grupos lingúísticos visíveisno primeiro mapa do péia da Europa, possivelmente relacionados entre si e certamente não relacionados atlas, datado de 362. A maioria deles deriva da família indo-européia. Situados na com nenhum outro. Os três foram representados sem retícula. Europa setentrional estão os celtas (linhas verticais), os teutões (com contorno ponti- Esse sistema inicial de classificação se mantém nas duas primeiras seções do atlas. lhado), os bálticos e os eslavos (linhas diagonais em sentidos opostos). Abaixo deles Então, coma criação do Império Franco, temosa oportunidade de restabelecears con- estão as duas maiores línguas do Império Romano, o latim e o grego, ambas sem retí- venções de uma forma que serve melhor às quatro seções seguintes. As novas linguas cula. No leste, o grupo iraniano está indicado por linhas horizontais, com o persa, idio- que emergiram durante esse período estão indicadas por elipses na figura 3. As que ma dominante no Irã, tendo linhas mais espaçadas que as variantes do Cáucaso (alano) estão diretamente relacionadas a nós são o inglês e o alemão, ambas derivadas do tron- e da Transoxiana (kusana). Das línguas não indo-européias, o finlandês foi assinalado co teutônico, e o francês, o italiano e o espanhol, todas evoluções do latim e portanto conhecidas como linguas românicas. Estas se tornaram as línguas centrais da cristan- * Samuel Johnson (1709-84), escritor, editor e dicionarista inglês. (N. T.) dade ocidental, a unidade social que é o principal foco de interesse do periodo medie- val mais recente. Todas permanecem por inteiro, e portanto o pontilhado que previa- FIGURA 3. Apresentação do sistema de retículas usado no atlas. mente distinguia a linhagem teutônica agora está confinado a uma parte desta, a escandinava. Como os escandinavos ainda enfatizavam a antiga imagem teutônica e amedrontavam seus parentes cristãos na Inglaterra e em outros pontos, há certa justi- çanisso. No entanto, isso significa que nesta seção estamos trocando uma classificação puramente lingiistica por outra, que leva em conta fatores sociais. Outro exemplo da mesma questão é a marca usada para o magiar, a língua de uma tribo finlandesa que se transportou para a estepe e adotou o modo de vida turco. À medida que os magiares passaram a essa forma de existência, receberam um contorno de círculos (indicando o status de nômades) de cor cinzenta (indicando a língua finlandesa). Mas, uma vez que se deslocam para a Hungria e estabelecem um reino sedentário, mudam esse padrão para um contorno simples e um preenchimento chapado. Da mesma forma, mudan- ças em grande parte auto-explicativas ocorrem com o padrão para o turco. Clãs peque- nos demais para receber uma moldura de círculos são indicados por um círculo único, com uma bandeira como realce. Estados sedentarizados, como o otomano, ganharam um contorno de semicirculos interligados. Os novos idiomas que aparecem esporadicamente no resto do atlas obedecem a um ou outro desses sistemas. Assim, no ano 1000, o russo se diferencia das outras lín- guas eslavas por uma versão tracejada do preenchimento em diagonal dos eslavos. Os Estados curdos, que aparecem no mesmo mapa, são preenchidos com uma versão adensada do iraniano. O romeno e o albanês, duas línguas que apareceram nos Bál- càs no século Iv, têm preenchimento chapado. O romeno, derivado do idioma latino dos colonizadores romanos da região, recebe o tratamento das outras línguas romã- nicas. O albanês tem status independente dentro do grupo indo-europeu: seu prová- vel ancestral é o idioma ilírio, falado pela população pré-romana. Quanto às conven- ções cartográficas que se cruzam com a classificação linguística, a mais importante é o uso de um contorno pontilhado para os Estados cruzados, seja no Levante, seja no Báltico. Trata-se de uma derivação consciente do Volkerwanderung teutônico, mas isso não significa que a maioria dos cruzados falasse línguas teutônicas. No Báltico era assim, mas no Levante a língua e a cultura dominantes eram francesas.' Quanto às convenções mais usuais, talvez valha a pena definir alguns pontos sobre seu uso neste atlas. As setas quase sempre significam migrações, não incursões, ou seja, o que se movimenta não é apenas um exército, mas um povo. Uma exceção a essa 1. Embora não haja dúvidas sobre o status do romeno, existe considerável controvérsia quanto a regra são as campanhas mongóis do século xi, mas isso se esclarece no decorrer da suas origens. Os romenos de nossos dias se dizem descendentes dos colonizadores latinófonos instala: dos na Dácia no século 1. O problema dessa suposição é que não há indícios da sobrevivência de tais narrativa e com o uso de um tipo distinto de seta. As cidades raramente são assinala- colôniasnosséculos entre a derrocada da província romana, em 270. ea primeira menção aos valáquios das em mapas políticos. As que constam devem-no a dois critérios: ou são unidades (de idioma romeno) da Romênia, em 1230. Muitos pensam que uma origem mais plausível dos rome- políticas soberanas (como Nápoles ou Amalfi no século xr), ou têm possessões políti- nos resida na população latinófona ao sul do Danúbio, onde as instituições romanas fincaram raízes cas no ultramar (caso de Pisa no século xr e de Gênova no xIv). Veneza, é certo, entra mais profundas e sobreviveram por mais tempo. Nessa reconstituição, os valáquios apenas se desloca- em ambas as categorias. O tamanho, contudo, nada tem a ver com isso, nem o autogo- ram para a atual Romênia no século xu11, quando o nomadismo na região começou a refluir. verno local. As muitas localidades importantes do Império Germânico que habitual- Mais digno de ênfase nessa associação é o fato de que, embora o sistema de padrões usado no atlas distinga uma língua da outra, não é um guia confiável para as relações no interior destas. Não só o mente tratavam de seus próprios assuntos e só pagavam tributo às autoridades impe- romeno não tem vínculos com o albanês, como também o latim carece de parentesco próximo com riais quando eram obrigadas não estão indicadas nos mapas políticos (caso contrário, o grego, sendo mais próximo do celta. O curdo, igualmente, é mais aparentado com o persa do que por que não os condados e ducados que tinham igual propensão à independência?). com o alano. D o Y o Oo O B E 0 S n 0 O Alemão 90 e E.raJe) . j | O Ôo000: guild GEORGIANO. dao KUSANA m—d— ri, Mia ARMENIO ==— — pe Turco a (tas e sedentária) Turco (cla isolado) e r d Também não estão indicadas cidades italianas importantes, como Milão e Florença, FIGURA 4. Aspecto físico e uso da terra. a despeito do fato de suas rendas serem superiores às de muitos Estados soberanos. Omapa simplifica ambos. No começo da eram edieval, grande parte do que seconhecia como áreas de lavoura Tais localidades serão encontradas, sim, mas na meia dúzia de mapas que têm como era coberta de florestas, e assim permaneceu mesmo depois das clareiras abertas entre os séculos X e XIV. Os pla- naltos são esquemáticos; as montanhas das áreas desérticas e os oásis nos quais as escassas populações se concen- tema as cidades (e rotas de comércio). As cidades estão aí agrupadas em três catego- travam foram completamente omitidos. rias: pequenas (com população entre 15 mil e 22 mil), médias (de 23 mil a 49 mil) e grandes (de 50 mil a 125 mil). Usei esse sistema — e não aquele de círculos cada vez maiores — por ser mais fácil de visualizar e também por acreditar que a passagem de uma categoria a outra tem sentido qualitativo. Naturalmente, a primeira questão que se impõe é como foram obtidas as cifras sobre a população indicada. Publiquei, com Richard Jones, um Atlas of world population history (Pen guin, 1978) que fornece as fon- tes dos dados gerais sobre população empregados neste livro, e um dia esperamos encontrar um formato publicável para os dados que compilamos por cidade. Até lá, O leitor terá que aceitar a classificação em confiança, embora, caso se sinta preocupa- do a respeito, possa obter confirmação com autores clássicos. Ainda que essas normas pareçam complicadas, a lógica por trás delas é simples: mapas históricos funcionam melhor quando enfocam um tópico de cada vez. Daí a divisão temática entre os mapas da segiiência principal, mostrando unidades políti- cas, seguidos de mapas que cobrem a cristandade, cidades e rotas comerciais e popu- lação. Pelas mesmas razões, nenhum dos mapas contém senão um mínimo de refe- rências geográficas, apenas a linha do litoral e rios e lagos que permitam ao leitor localizar-se no interior da massa continental. Acidentes geográficos, como monta- nhas e desertos, que governam a distribuição populacional e dão às nações o seu con- torno, devem ser acrescentados pelo olhar do leitor. É importante, portanto, ter em conta desde já o essencial da geografia física. Isso, como mostra o mapa da página ao lado, não é uma tarefa tão árdua. À zona de povoamento contínuo restringe-se à área entre a faixa de florestas coníferas que ocupa o norte da Europa e o limite superior do deserto que se estende ao longo da África e da Arábia. No interior dessa região há três mundos distintos. O primeiro é a área das terras de lavoura que constitui o coração da Europa. Basicamente, é formado pela França, com a Grã-Bretanha externamente; a Alemanha, incluindo os Países Baixos e a Dinamarca; e a Polônia mais as províncias nucleares da Rússia européia. Separadas por montanhas, mas fazendo parte do mesmo sistema, estão a Itália setentrional (entre os Alpes e os Apeninos) e a Boêmia (separada pelo Bôhmerwald, os montes Metálicos [Erzgebirge] e as terras altas dos Sudetos). A Hungria, delimitada ao norte e a leste pelo arco dos Cárpatos, é uma terra de fronteira; nos tempos medievais, ora sim ora não fazia parte do domínio dos nômades. Esse domínio, o segundo dos três mundos, prevalece no lado direito do mapa. Seu 2. Russell. J. C., Medieval regions and their cities (Bloomington, Ind., 1972) e Late ancient and medie- elemento essencial é a estepe, no período medieval o habitat de hunos, turcos e mon- val population, Relatórios da American Philosophical Society, vol. 43, nº3 (Filadélfia, 1958). Beloch, H. góis. Esses cavaleiros errantes guiavam seus rebanhos de uma pastagem a outra ao J., Bevôlkerungsgeschichte Italiens, 3 vols. (Berlim, 1937, 1939, 1961). Também, quanto ao mapa final, longo do corredor que abarca a extensão da Ásia e entra pela Europa através da bre- De Vries, Jan, European urbanisation 1 +00-1800 (Londres, 1984). cha entre os Urais e o Cáspio, expandindo-se então para tomar todo o sul da Rússia e Não acredito que no período coberto pelos mapas das cidades e rotas do comércio (528-1483d. C) parte da Hungria. alE uma cidade tivesse uma popul ação de mais de 125 mil habitantes. Se existiu uma exceção, o melhor O terceiro dos mundos que temos que considerar é composto pelos países que palpite pode ser o CairToo do século XV, que deve teralcaçado esse limite ou chegado perto dele. Roma, bordejam o Mediterrâneo. O sul da Itália é o ponto central desse ecossistema, que se ARE no fim da Antiguidade, era muito maior, mas a rapidez do seu declínio (de 250 mil no começo do século 1v para 125 mil no início do v) a levou ao estágio medieval bem antes de 528 d.C. 10

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