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URDA ALICE KLUEGER PDF

214 Pages·2014·7.26 MB·Portuguese
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DA TERRA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA URDA ALICE KLUEGER A QUESTÃO ECOLÓGICA EM REDE: ATALANTA, ESTADO DE SANTA CATARINA, UM MICROCOSMO NO CAMINHO DAS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS. CURITIBA 2014 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ URDA ALICE KLUEGER A QUESTÃO ECOLÓGICA EM REDE: ATALANTA, ESTADO DE SANTA CATARINA, UM MICROCOSMO NO CAMINHO DAS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS. Tese apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em Geografia, no Programa de Pós-graduação em Geografia, Linha de Pesquisa em Produção e Transformação do Espaço Urbano-Regional, do Departamento de Geografia, do Setor de Ciências da Terra, da Universidade Federal do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Nilson Cesar Fraga CURITIBA 2014 MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁNÁ UFPR SETOR CIÊNCIAS DA TERRA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA DECLARAÇÃO DE CORREÇÃO Declaro, para fins de entrega de versão definitiva de tese/dissertação e solicitação de diploma, que Urda Alice Kluger procedeu as correções em sua tese/dissertação, conforme orientação da banca de avaliação. Curitiba, 12 de julho de 2014. 3 Dedico esta tese - ao professor Dr. Nilson Cesar Fraga, iluminado pesquisador, cientista em tempo integral, amigo em todas as horas, ser humano de sensibilidade e paciência infinitas, sem o qual nada disto teria acontecido; - ao professor Dr. Francisco de Assis Mendonça, que com seu profundo conhecimento me abriu largas portas para a epistemologia da Geografia, fazendo com que viessem à tona conhecimentos acumulados desde os tempos da minha infância. Por meio da pessoa dele, dedico esta tese, também, aos diversos outros professores que tanto ajudaram no meu crescimento; - à Vanessa Maria Ludka, à compañera Mercedes Sola Perez, ao Jorge Luiz Fávaro e ao Marino Castillo Lacay, que representam para mim, neste momento, os tantos colegas maravilhosos com quem cruzei meu caminho nos inesquecíveis tempos da pós-graduação da Universidade Federal do Paraná; - à Anna Paula Moreira Barbosa, minha sobrinha, que me levou tão a sério quando me viu de volta aos bancos escolares, e se orgulhou de tal coisa; - ao Luis Ramil, que se orgulhou tanto de mim que eu fiquei até com dificuldade de compreender; - à minha prima Rosiani Gieland e sua família, que cuidaram do meu cachorro Atahualpa semana a semana, em todo o tempo em que frequentei as aulas em Curitiba; - ao meu amigo Darlan Javier Schmidt, que tanto me ajudou para conseguir colocar o curriculum Lattes em dia; - à minha amiga Sandrinha Tolfo, que me assessorava nas demais atividades, o que permitia que eu me deslocasse, semana a semana, até Curitiba; 4 - ao meu vizinho Cleibi Schörner, pelas tantas caronas que me deu até a rodoviária de Blumenau; - aos laboriosos e responsáveis motoristas de ônibus que permitiram que eu me locomovesse desde Blumenau até a UFPR por semestres inteiros, sempre amáveis e prestativos, quando eu tinha de parar na Avenida das Torres para alcançar a tempo as aulas do professor Dr. Jorge Montenegro; - à minha psicóloga Katty, ao médico Dr. Jaques Essig e à minha massoterapeuta Terezinha Anastácio, que aguentaram meus momentos de estresse e mantiveram minha chama acesa quando eu achava que já não podia mais; - ao pessoal da Pousada Rio da Prata, na localidade Nova Rússia, que sempre me acolheu com carinho quando eu precisava de silêncio para estudar ou me recompor. 5 O presidente da República Oriental do Uruguai, José “Pepe” Mujica, na Rio+20, em 20 de junho de 2012, durante a conferência das Nações Unidas pelo desenvolvimento sustentável, realizada no Rio de Janeiro, disse, entre outras coisas: (...) Venimos al planeta para ser felices. Porque la vida es corta y se nos va. Y ningún bien vale como la vida y esto es lo elemental. (...) Los viejos pensadores –Epicúreo, Séneca o incluso los Aymaras– definían: “pobre no es el que tiene poco sino el que necesita infinitamente mucho, y desea más y más”. (...) el desarrollo no puede ser en contra de la felicidad. Tiene que ser a favor de la felicidad humana; del amor arriba de la Tierra, de las relaciones humanas, del cuidado a los hijos, de tener amigos, de tener lo elemental. (...) Precisamente, porque ese es el tesoro más importante que tenemos, la felicidad. Cuando luchamos por el medio ambiente, tenemos que recordar que el primer elemento del medio ambiente se llama felicidad humana. 6 RESUMO Esta pesquisa, iniciada com o propósito de medir realidades e imaginário da Capital Catarinense da Ecologia, a cidade de Atalanta, SC, toma outros rumos a partir do momento em que se começa a analisar a organização não governamental ambientalista existente naquele local, e conhecer mais sobre outras ONGs ambientalistas interligadas com ela e a descobrir uma série de realidades novas sobre elas e suas relações entre si e com o poder capitalista sobre os territórios. Teve como objetivo a análise da questão das redes ecológicas que atuam em Atalanta, SC, por meio da atuação de organizações não governamentais a partir da descoberta do papel de ONGs que atuam em múltiplas escalas sobre o território do município. Metodologicamente, pesquisou-se em bancos de dados institucionais, entre órgãos públicos, privados e da própria ONG Ambientalista, além de amplo banco de trabalhos científicos sobre a temática ambiental e social, além de pesquisas de campo, com entrevistas feitas junto à população, a autoridades municipais e participantes da ONG que atua na cidade, culminando com uma abordagem quantitativa e qualitativa. Desta feita, os estudos que culminaram com esta tese demonstraram a força que o Capital impõe sobre o mundo e o mundo das coisas em que vivemos, isso a partir das análises destas, a de uma pequena cidade catarinense, Atalanta, também conhecida como Cidade Jardim da Mata Atlântica, atualmente recoberta por plantações de pinus e de eucaliptos, além de conviver com numerosos focos de degradações socioambientais. Assim, Atalanta se caracteriza como um microcosmo socioambiental dentro de uma realidade ecológica inserida no mundo capitalista, onde a natureza passou a ser um produto de venda na cidade e no campo, uma verdade geradora de íntima relação entre o Capital e o Meio Ambiente, fazendo, muitas das vezes, o ambientalismo caminhar com os recursos financeiros das grandes corporações do capitalismo. A tese demonstra que Atalanta é um pouco dessa contradição entre o capitalismo financiador do meio ambiente e, do ambiente impregnado de degradações, tanto que sua população não sabe muito bem o que é viver na Capital Catarinense da Ecologia. Palavras-chave: Meio Ambiente. Capitalismo. ONG Ambientalista. Ecologismo. Atalanta/SC. 7 ABSTRACT Initially this research had as its main purpose the assessment of both the reality and the imaginary of the capital of ecology in Santa Catarina, Atalanta. However, it took a different direction from the moment we started analysing the non-governmental organization which is located in that area as well as other environmental NGOs that work in conjunction. By analysing their work, it was possible to understand new realities about them and their relationships among themselves and the international capitalist power. This research was also aimed at analysing the issue of the environmental networks that act in Atalanta, by taking the roles played by the NGOs at multiple levels in that municipality into consideration. Methodologically, this research was developed using data collected from civil service offices, private institutions, the Environmental NGO database and several scientific essays on environmental and social issues. The findings clearly showed the powerful impact caused by the capital over the world we live in, stemmed from the analysis of this small town in Santa Catarina. Atalanta, which is also known as the Garden City of the Atlantic Forest: currently covered by pinus and eucalyptus plantations, it presents several examples of environmental degradation. Therefore, the results of this research support the idea that Atalanta features a social-environmental microcosm inside a new truth about ecology and its relations with the capital and the environment. The empirical findings in this thesis provide a new understanding of environmentalism and its relation with the financial resources provided by corporate capitalism. This thesis suggests that Atalanta itself is somewhat the contradiction between the funds from corporate capitalism to the environment and its degradation. It thus seems that the population of Atalanta does not really know what it is like to live in the capital of ecology in Santa Catarina. Key words: Environment, Capitalism, Environmentalism, Atalanta/SC, Environmental NGO 8 LISTA DE FOTOS Foto 1 Extrativismo da madeira, e de algumas espécies para 86 produção de essências (óleo de sassafrás) Foto 2 Atalanta da década de 1970 87 Foto 3 Indústria de fécula, serraria da Família Gropp, Atalanta, SC 88 Foto 4 Entrada de Atalanta 103 Foto 5 Placa de acesso e plantação de eucaliptos 104 Foto 6 Placa localizada no Parque Mata Atlântica 105 Foto 7 Placa com nomes das autoridades 106 Foto 8 Brasão de Armas 107 Foto 9 Placa da Secretaria Municipal 107 Foto 10 Placa em péssimo estado de conservação 108 Foto 11 Placa deteriorada pelo tempo 109 Foto 12 Placa do apoio dado pela BUND 110 Foto 13 Entrada do rio na cachoeira 111 Foto 14 Indicação do número de mudas plantadas 112 Foto 15 Pintura da cachoeira na entrada do Parque 113 Foto 16 Placa sobre “preservação ambiental” 114 Foto 17 Curso d´água na região central da cidade 115 Foto 18 Infraestrutura de entrada no viveiro de mudas da APREMAVI 115 Foto 19 Infraestrutura de entrada no viveiro de mudas da APREMAVI 115 Foto 20 Infraestrutura de entrada no viveiro de mudas da APREMAVI 115 Foto 21 Cachoeira Perau do Gropp 123 Foto 22 Cachoeira Perau do Gropp 123 Foto 23 Sede do Centro Ambiental Jardim das Florestas, Estrada 151 Geral s/n, Alto Dona Luiza, Atalanta, SC LISTA DE FIGURAS Figura 1 Cartograma de Localização de Atalanta 31 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Recursos recebidos para a ECOFEST de Atalanta, SC 117 9 INTRODUÇÃO 11 Caminhando até a tese 12 Construindo a ideia de tese 18 Construindo as ideias em tese 26 CAPÍTULO I – IDEIAS E FUNDAMENTOS GEOGRÁFICOS - 32 AMBIENTAIS 1. Meio ambiente: entre a ciência e o modismo 33 1.2 “História” e meio ambiente 38 1.3. “Geografia” e meio ambiente 52 1.4. Geografia e Rede 61 CAPÍTULO II – ATALANTA/SC: CAPITAL CATARINENSE DA 65 ECOLOGIA 2. Ocupação e formação territorial de Santa Catarina 66 2.1.1 Primórdios 66 2.1.2 Iniciativa governamental 68 2.1.3 Primeiras tentativas de povoamento 68 2.1.4 Os caminhos 70 2.1.5 A fundação de Nossa Senhora dos Prazeres das Lagens e os 71 espanhóis confinantes 2.1.6 Os escravos, os viajantes e as armações da baleia 72 2.1.7 Os imigrantes 74 2.1.8 A guerra do Contestado, a industrialização e suas consequências 76 2.2 Ocupação e formação territorial do Vale do Itajaí 78 2.2.1 Tempos antigos 78 2.2.2 Tempos mais recentes 79 2.2.3 Os imigrantes 81 2.3 Ocupação e formação territorial de Atalanta 84 2.3.1 História inicial 84

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