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Vitória, a Rainha: Biografia Íntima da Mulher que Comandou um Império PDF

685 Pages·2018·16.17 MB·Portuguese
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Para Poppy e Sam, minhas crianças mágicas. [A rainha Vitória não] pertencia a nenhuma categoria imaginável de monarcas ou de mulheres, não tinha nenhuma semelhança com uma dama aristocrática inglesa, não tinha nenhuma semelhança com uma inglesa rica de classe média nem com qualquer típica princesa da corte germânica… Reinou por um período maior do que os das outras três rainhas somados. Nunca poderiam confundi-la em vida com outra pessoa e nunca poderão. Com ela seria impossível usar expressões como “gente como a rainha Vitória” ou “aquele tipo de mulher”… Por mais de sessenta anos, foi, sem prefixo nem sufixo, “A Rainha”. ARTHUR PONSONBYL1 Estamos todos atentos a sinais de doença na rainha; mas… a vontade de ferro que percorre seu extraordinário caráter lhe permite continuar firme até o último minuto, como nenhuma outra pessoa conseguiria. LADY LYTTELTON2 Sumário Lista de personagens Mapas Árvore genealógica da rainha Vitória Introdução PARTE I: A PRINCESA VITÓRIA: “POBREZINHA DA VICTORY” 1. O nascimento de um “pequeno Hércules” 2. A morte de um pai 3. A princesa malcriada e solitária 4. Uma estranha e impossível loucura 5. “Cenas pavorosas na casa” PARTE II: A RAINHA ADOLESCENTE 6. Tornando-se rainha: “Sou muito jovem” 7. A coroação: “Um sonho das Mil e uma noites” 8. Aprendendo a governar 9. Um escândalo no palácio PARTE III: ALBERT: O HOMEM QUE ALGUNS CHAMAVAM DE REI 10. A virago apaixonada 11. A noiva: “Nunca, nunca passei uma noite assim” 12. Apenas o marido, e não o senhor 13. Os intrusos do palácio 14. Rei para todos os fins: “Como um abutre em sua presa” 15. Prosperidade plena, imensa, perfeita 16. Annus mirabilis: O ano revolucionário 17. O que Albert fez: A Grande Exposição de 1851 18. A Crimeia: “Essa guerra insatisfatória” 19. Pais reais e o Dragão da Insatisfação PARTE IV: A VIÚVA DE WINDSOR 20. “Não há ninguém para me chamar de Vitória agora” 21. “A casa inteira parece Pompeia” 22. Ressuscitando a viúva de Windsor 23. O garanhão da rainha 24. A fada rainha desperta PARTE V: REGINA IMPERATRIX 25. Suficiente para matar qualquer homem 26. “Dois couraçados colidindo”: A rainha e o sr. Gladstone 27. Monarca de touca 28. O “pobre munshi” 29. O Império de Diamante 30. O fim da Era Vitoriana: “As ruas apresentavam de fato uma estranha visão” Nota da autora Agradecimentos Notas Referências bibliográficas Créditos das imagens Lista de personagens A família de Vitória PRÍNCIPE EDWARD, posteriormente DUQUE DE KENT (1767–1820). Quarto filho de Jorge III e pai da rainha Vitória. Vigoroso e justo, era um disciplinador implacável como oficial do Exército, mas afetuoso como marido e pai. Depois de um controverso período como governador de Gibraltar e marechal do Exército, Edward se dedicou a tentar deixar um herdeiro para o trono. Morreu de pneumonia apenas seis dias antes de seu pai, Jorge III, e menos de um ano após o nascimento de sua filha, de quem sentia imenso orgulho. MARIE LOUISE VICTOIRE, DUQUESA DE KENT (1786–1861). Mãe da rainha Vitória e de Feodora, princesa de Hohenlohe-Langenburg. O duque de Kent convenceu a então viúva Victoire a se casar com ele e a se mudar da Alemanha para a Inglaterra. A relação entre mãe e filha era tempestuosa e doentia; os atritos, que começaram na adolescência de Vitória, vieram a público quando ela se tornou rainha. Mais tarde elas se reconciliaram. Quando a duquesa morreu, em 1861, Vitória ficou inconsolável. JORGE III (1738–1820). Rei da Grã-Bretanha (e depois do Reino Unido) de 1760 a 1820 e avô de Vitória. Apesar de ter sido o terceiro monarca a reinar por mais tempo (depois de Isabel II e Vitória) e ter levado uma vida comedida e espartana, ficou mais conhecido pelos acessos imprevisíveis e incontroláveis de loucura e também pela perda de colônias na Revolução Americana. O fantasma de sua insanidade — assim como a sua possível herança — atormentaria Vitória (e daria munição a seus opositores) por décadas. JORGE IV (1762–1830). Depois de ter sido príncipe regente quando Jorge III esteve doente, o príncipe George Augustus Frederick se tornou rei em 29 de janeiro de 1820. Sujeito extravagante e pançudo, Jorge IV desprezava e perseguia a esposa, Caroline de Brunswick, e vivia com a amante. Sua única filha, a princesa Charlotte, morreu dando à luz. A relação dele com a sobrinha Vitória era tensa, mas ele a agradou ao presenteá-la com um jumento e promover montagens da peça Punch e Judy para ela no jardim dele. PRINCESA CHARLOTTE AUGUSTA DE GALES (1796–1817). Filha única de Jorge IV. Era muito amada e se esperava que se tornasse uma grande rainha, mas faleceu depois de um parto difícil, o que desencadeou uma disputa entre seus tios corpulentos e de meia-idade pela geração de um herdeiro legítimo do trono. Sua morte também deixou para trás um viúvo devastado — o impetuoso, ambicioso e amável Leopoldo, tio de Vitória. GUILHERME IV (1765–1837). Terceiro filho de Jorge III e sucessor de seu irmão, Jorge IV. Aos 27 anos, aposentou-se da Marinha. Tornou-se rei quarenta anos depois. Nesse meio-tempo, teve dez filhos bastardos com a amante. Veio a se casar com a estimada princesa Adelaide de Saxe-Meiningen, mas nenhum de seus filhos sobreviveu à infância, o que significou a ascensão de Vitória ao trono após a morte dele. ERNESTO AUGUSTO (1771–1851). Quinto filho de Jorge III, tornou-se rei de Hanôver porque a lei sálica impedia a sobrinha Vitória de ascender ao trono. Ernesto, um tory convicto — também conhecido como duque de Cumberland —, provocou muito medo e rumores devido às cicatrizes em seu rosto e a boatos infundados de atos incestuosos com a irmã, estupros de freiras e assassinato de um lacaio. PRÍNCIPE AUGUSTUS FREDERICK, posteriormente DUQUE DE SUSSEX (1773–1843). Sexto filho de Jorge III. Inabilitou-se para o trono ao se casar duas vezes com mulheres que o pai desaprovava e, portanto, infringir o Decreto dos Casamentos Reais. PRÍNCIPE ADOLPHUS, posteriormente DUQUE DE CAMBRIDGE (1774–1850). Sétimo filho do rei Jorge III. Também era avô de Maria de Teck (esposa e rainha consorte de Jorge IV) e tataravô de Elizabeth II. Marido e filhos de Vitória ALBERT DE SAXE-COBURGO-GOTA (1819–61). Príncipe consorte da rainha Vitória. Nascido três meses antes de Vitória, no Castelo Rosenau, perto de Coburgo, Albert teve a infância marcada pelo fim violento do casamento dos pais. Indivíduo culto e disciplinado, Albert aspirava à grandeza e à virtude e era adorado por Vitória. Indubitavelmente hábil, também era uma figura controversa: alguns o chamavam de “Albert, o Bondoso”, outros de “Albert, das Rei” — o intruso alemão. Foi celebrado pelo mundo todo por encabeçar a Exposição Universal, em 1851. A saúde frágil e o trabalho árduo e ininterrupto o levaram à morte, em dezembro de 1861, aos 42 anos. PRINCESA VICTORIA ADELAIDE MARY LOUISE (1841–1901). Primogênita do casal Vitória e Albert. Embora fosse uma criança precoce e inteligente, não poderia herdar o trono se um irmão do sexo masculino nascesse. Aos dezessete, casou-se com o futuro imperador Frederico da Prússia. A união feliz contrastava com o resto de sua sofrida vida na Alemanha: sentia-se estrangeira, incompreendida e sozinha. Dois de seus filhos morreram ainda crianças e o terceiro, Guilherme, era deliberadamente cruel. Vicky e a mãe trocaram confidências em cartas por décadas e morreram com apenas seis meses de intervalo. ALBERT EDWARD, PRÍNCIPE DE GALES, futuro EDUARDO VII (1841–1910). Segundo filho de Vitória e primeiro na linha sucessória. O temperamental e sociável “Bertie” não era tão sagaz quanto sua irmã mais velha e os pais o julgavam severamente por isso. Vitória atribuía a morte do marido às aventuras sexuais do filho e, enquanto viveu, negou-lhe quaisquer incumbências oficiais mais sérias. Apesar das reservas de seus progenitores, Bertie viria a ser um monarca bem- sucedido e querido durante seu curto reinado. O filho, Jorge V, o sucedeu. PRINCESA ALICE MAUD MARY (1843–78). Terceira filha de Vitória e segunda entre as filhas mulheres. Rebelde e muito próxima do irmão mais velho, Bertie, quando criança, teve seu caráter afetuoso posto em evidência quando devotou seus cuidados ao pai agonizante e, logo depois, à devastada mãe. Seu casamento com o príncipe Louis, seis meses depois, foi um evento austero, espécie de prenúncio da união infeliz. Quando vivia em Darmstadt, dedicou-se de corpo e alma à enfermagem, especialmente durante a Guerra Franco-Prussiana. Tinha apenas 36 anos quando morreu de difteria, em 14 de dezembro de 1878. Herdou o gene hemofílico da mãe e o transmitiu a vários de seus filhos, dentre os quais Alexandra, esposa do tsar Nicolau II, que posteriormente encarregaria Raspútin da cura do filho hemofílico. PRÍNCIPE ALFRED ERNEST ALBERT (1844–1900). Segundo filho de Vitória e Albert, “Affie” se tornaria o governante da pequena província de Saxe-Coburgo-Gota na Alemanha. Habilidoso oficial da Marinha (embora os períodos de ausência no mar deprimissem a rainha), Affie teve que abrir mão da carreira naval quando se tornou duque de Coburgo. Era um monarca escrupuloso, mas o casamento infeliz e o suicídio do filho o levaram a afundar no alcoolismo. Morreu em julho de 1900, seis meses depois da morte da mãe. PRINCESA HELENA AUGUSTA VICTORIA (1846–1923). Quinta filha de Vitória e terceira entre as mulheres, “Lenchen” se casou com o desprezível príncipe Frederick Christian de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Augustenburg e teve com ele quatro filhos. Admiradora de Florence Nightingale, Helena se tornaria presidenta da Associação das Enfermeiras Britânicas, em 1889. Embora morasse perto de Vitória, conseguia escapar do controle materno trabalhando como secretária da rainha e promovendo ações beneficentes. PRINCESA LOUISE CAROLINE ALBERTA (1848–1939). Nascida num ano de revolução, Louise seria conhecida como indomável e caprichosa pelo resto da vida. Tornou-se uma escultora talentosa e se envolveu em escândalos, sendo o mais notável o caso com seu mestre, Joseph Edgar Boehm. A bela Louise se casou com o marquês de Lorne, que se revelou, ainda que leal, um marido insatisfatório. Apesar da desaprovação de Vitória, que estava surpresa com a guinada intelectual de algumas das filhas, Louise apoiou a criação da União Nacional pelo Ensino Superior de Mulheres e foi a primeira presidenta da entidade. Morreu durante a eclosão da Segunda Guerra, aos 91 anos.

Description:
A biografia da rainha que subiu ao trono ainda adolescente e governou por mais de sessenta anos, emprestando seu nome a um dos períodos mais famosos da história da Inglaterra — a Era Vitoriana.Quinta na linha sucessória do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda, ninguém poderia imaginar que
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