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Violência e Armas PDF

230 Pages·2016·3 MB·Portuguese
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DADOS DE COPYRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudiável a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo Sobre nós: O Le Livros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: LeLivros.site ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link. "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." JOYCE LEE MALCOLM VIOLÊNCIA E ARMAS A EXPERIÊNCIA INGLESA apresentação de Bene Barbosa Tradução de Flavio Quintela SUMÁRIO Capa Folha de Rosto Apresentação Dedicatória Agradecimentos Introdução 1. A Idade Média: leis, bandidos e crimes de violência Desordem ou civilidade: a visão longa Homicídio, roubo e lei Guerra, escassez e a taxa de assassinatos 2. Os séculos Tudor-Stuart: revolução na Igreja, estado e armamentos Armas de fogo no início da Inglaterra moderna O impacto das armas no crime 3. O século dezoito: “frutífero nas invenções de maldades” A Lei do Tumulto A Lei Negra O impacto da guerra e da economia no crime Armas de Fogo, a Lei e o Crime Armado 4. O século dezenove: “uma era de raro sucesso” Medo da desordem conforme o século se inicia O crime violento e a reforma da legislação criminal As forças de ordem: a nova polícia Armas e o crime violento O fim de uma era mais civil 5. 1900-1953: o governo toma o controle Restringindo armas de fogo A lei das armas de fogo de 1920 Entre as Guerras A Segunda Guerra Mundial Paz e desarmamento 6. 1953-2000: somente os criminosos possuem as armas A escalada da taxa de criminalidade Lei, desordem e segurança pública Desarmando as pessoas Tratando os infratores juvenis com leniência Reduzindo sentenças e polícia O uso das armas em crimes Atrocidades com armas de fogo provocam restrições às armas O arsenal ilegal As leis severas sobre armamento baixaram os índices de crimes violentos? 7. Mais armas mais crime ou mais armas menos crime? O caso americano Uma breve história das armas de fogo na América As comparações internacionais sobre crimes são sólidas? As variáveis por detrás das estatísticas O cenário social e econômico Proprietários de armas Uma arma é um risco à saúde? Cidadãos armados detêm ou aumentam o crime? 8. A equação correta Apêndice: licenças de armas de fogo na Inglaterra e no País de Gales Notas Sobre a obra Sobre a autora Créditos APRESENTAÇÃO Inglaterra, século XIX: A época foi amaldiçoada com todos os tipos de males sociais como sendo causa da criminalidade – pobreza dolorosa ao lado de prosperidade crescente, favelas abundantes, crescimento e deslocamento rápido da população, urbanização, a quebra da família trabalhadora, policiamento problemático e, é claro, a vasta propriedade de armas. A partir dessa descrição, que consta neste livro, como se pode explicar que foi exatamente neste século que a Inglaterra teve suas menores taxas criminais? Afinal, não estamos acostumados ao discurso fácil – e falacioso – que se estabelece dizendo ser o conjunto dos males elencados acima o grande problema de uma sociedade violenta? É o que veremos nas próximas páginas, onde a competentíssima historiadora e constitucionalista americana Joyce Lee Malcolm, a partir de uma profunda pesquisa histórica sobre a Inglaterra, indo da época medieval até nossos dias, vai nos mostrando como, passo a passo, lei após lei, fatia por fatia, o Estado retirou dos Ingleses o direito de possuir e portar armas e – ainda mais importante – quais foram os reflexos dessas políticas desarmamentistas nos índices de criminalidade e violência. Ao contrário do que muitos acreditam, ou melhor, são levados a acreditar, os cidadãos ingleses estão em sua maioria descontentes com as atuais restrições e a crescente criminalidade. The Telegraph, conceituado jornal inglês, realizou uma enquete no início deste ano (2014) sobre qual lei precisaria ser rediscutida. A mais votada, com cerca de 25 mil votos, ou quase 90%, é a revogação da proibição do posse e porte de armas para defesa. Um dos leitores do periódico indagou: “Afinal de contas, por que é permitido somente aos criminosos possuir armas e atirar em pessoas desarmadas, cidadãos indefesos e em policiais?”. É impossível ao leitor mais atento não traçar um paralelo claro e inequívoco entre a experiência inglesa e a brasileira, onde o extremo controle de armas nas mãos dos civis vem sendo usado e implementado desde o nosso descobrimento, não para a redução da criminalidade e violência, mas apenas para o controle social. Enquanto colônia de Portugal, a simples fabricação de uma arma de fogo no Brasil poderia ser apenada com a morte. Durante o Império, foram proibidas as milícias e foi criada uma força nacional estatal para garantir a integridade do reino. Na década de 20, o governo central promoveu o desarmamento no sertão nordestino para inviabilizar o coronelismo. Após a revolução constitucionalista de 1932, Getúlio Vargas aprendeu rapidamente a lição de que não era interessante manter forças policiais estaduais e cidadãos com acesso a qualquer tipo de armamento. Em 1997 a posse e o porte ilegais foram transformados em crimes. Em 2003, o golpe quase fatal: a aprovação do malfadado Estatuto do Desarmamento, que prometia retirar o Brasil do rol dos países com mais homicídios no mundo. O resultado? Fechamos 2012 com mais de 56 mil assassinatos – isso, claro, falando-se em números oficiais... Da mesma forma que no Brasil, a restrição às armas de fogo na Inglaterra sempre foi pautada no controle social e político, ora desarmando os católicos, ora desarmando os mais pobres, mas sempre com o objetivo claro de manter certas classes sob o domínio de outras e, ao final das contas, o domínio do próprio Estado exercido sobre todos. Embora o livro não aborde diretamente a questão liberais (esquerda) versus conservadores (direita), resta claro que o desarmamento em vigor na Inglaterra veio pelas mãos dos liberais, ou seja, pelas mãos dos políticos e partidos de esquerda. Coincidências? Não! Como esperar que um ideologia absolutamente estatizante e coletivista respeite os direitos e as liberdades individuais? Só com muita ingenuidade. Em suma, este livro agrega vasto conteúdo para um assunto tão discutido e atual em nosso país. Não se vence uma guerra sem munição, e aqui encontramos um verdadeiro arsenal de informações, dados e estatísticas para aqueles que não se rendem ao “achismo”, aos sociólogos de botequim e aos desarmamentistas hipócritas dentro de seus carros blindados, que teimam em, de forma ideológica, desarmar o cidadão, enquanto os criminosos, não poucas vezes aliados do próprio Estado, colocam a sociedade de joelhos. Boa leitura! Bene Barbosa Presidente do Movimento Viva Brasil À minha família AGRADECIMENTOS É um prazer ter a oportunidade de agradecer àqueles que contribuíram para esta iniciativa com seu suporte, conselho, perguntas, entusiasmo e amizade. David Wootton é talvez o maior responsável por este livro. A sua revisão de meu estudo anterior, Manter e Portar Armas: As Origens de um Direito Anglo- Americano, mostrou a necessidade de uma pesquisa sobre o impacto da propriedade privada de armas nos índices de criminalidade da Inglaterra, e o fato enigmático de que a era Vitoriana conseguiu manter uma taxa invejavelmente baixa de crimes violentos, apesar dos numerosos problemas sociais e de nenhum controle sobre as armas. Nós tivemos muitas discussões desde então, conforme eu trabalhava por entre as questões e materiais. Obrigado, David. Henry Neuburger, um economista distinto, estatístico e membro do serviço civil Britânico, pesquisou com entusiasmo os números do primeiro ato Inglês sobre a licença de armas de fogo e construiu uma análise regressiva da propriedade de armas na Inglaterra. Tristemente, Henry faleceu antes que este livro estivesse completado, mas o Professor Gary Mauser, da Universidade Simon Frasier, generosamente analisou os gráficos de Henry e nos presenteou com um comentário sobre eles. Muito obrigado também a Martin Wiener e Colin Greenwood, que leram diversos capítulos e com muito tato me resgataram de meus erros. O próprio livro de Colin Greenwood serviu como um trabalho pioneiro nesta área. Eu também agradeço a Robert Cottrol, Don B. Kates Jr. e C. B. Kates, R. A. I. Munday, e à faculdade e aos colegas do Programa de Estudos de Segurança do MIT, acima de tudo ao seu diretor, Harvey Sapolsky, por me receber em seu meio, me apontar materiais importantes e levantar suas questões habitualmente desafiadoras. Devo também muitos agradecimentos aos leitores anônimos cujas excelentes sugestões e correções têm fortalecido este livro. Eu tenho sorte de ter Kathleen McDermott e Ann Hawthorn, excelentes editoras. Minha dívida com os muitos estudiosos cujo trabalho me serviu de base está claramente aparente nas notas deste livro. As falhas e erros que permaneceram são somente meus. Muitas instituições também forneceram auxílio inestimável. O Bentley College me premiou com um período sabático que me permitiu realizar a pesquisa inicial; o Robinson College, em Cambridge, me recebeu calorosamente durante minhas viagens de pesquisa; a Fundação Earhart me deu uma ajuda generosa para minha pesquisa; e o Liberty Fund me nomeou como estudiosa visitante nos seis meses cruciais necessários para completar o texto do livro. Aïda Donald, ex-editora-chefe da Harvard University Press, tem sido uma amiga e patrona que jamais hesitou em acreditar que assuntos controversos merecem apoio. Um obrigado especial à minha querida família por suportar minhas preocupações com graça incansável e amor

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