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Verdades e Mistérios da Amazônia PDF

144 Pages·1967·7.694 MB·Portuguese
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BARROS FERREIRA tf MER.DAK& E MISTÉRIOS PÂ AMAZO I n li ' - CLUBE DO UVRO - SÃO PAULO - BRASIL - 1967 ■1 u OM Bendito • <?“• LiVroí- Li»ro« 4 nJo ch«h ~ »E^g»yjo • P«»o penw. / O livio? c»inJo 1 E fwme^que fu • ÍE ch7urt •~ QU» 0^4'1 < f- 4 Impresso na Empresa Gráfica da “Revista dos Tribunais” S.A. São Paulo Distribuidor no Rio de Janeiro, GB — Manoel Vassallo, Rua Alcântara Machado. 36, s. 206 — Fone: 43-5303 Affôsto 67 - Preço especial para associado em lodo Brasil. Cr$ 800 (NCr$ 0,80) (Fora da Capital de São Paulo, o representante poderá cobrar para as suas despesas de expediente, fichamento e transporte, uma taxa de entrega até 100 cruzeiros por volume — NCr$ 0,10). CLUBE DO LIVRO (Fundado em I.®-7-19.í3 c registrado, cm 1944, no Departamento Nacional d» Propriedade Indústria], sob nos. 83.655 c 95.962) DIRETORES Mário Graciotti Luiz L. Reid (1943-1962) Waldcmar Luiz Rocha (1943-1961) — Rinaldo Possanzini CONSELHO DE SELEÇÃO Afonso Schimidt (1943-1964) — Nuto Sant-Ana — Raul de Polillo Paulo Arinos REVISORES Henrique J. Delfim — Jorge Doce — José O. Lisboa — Siqueira Bueno l.° — A fim de favorecer o gosto pela leitura e a formação de bibliotecas económicas, selecionadas e padronizadas, existe, em São Paulo, o CLUBE DO LIVRO 2. ° — Mensalmente, desde julho de 1943, o CLUBE DO LIVRO vem editando um livro de notório merecimento, a exemplo dêste, escolhido pelo seu Conselho de Seleção, e o envia ao seu sócio, que, mediante o pagamento de oitocentos cruzeiros — NCrS 0.80 — se torna proprietário do mesmo livro. 3. ° — Para tornar-se sócio do CLUBE DO LIVRO, ccoomm o fim especial de receber o livro mensal por oitocentos cruzeiros — NCrS 0,80 — é bastante o interessado, se residente na Capital de São Paulo, telefonar ou escrever para o CLUBE DO LIVRO, que mantém permanentemente aberta a inscrição de novas adesões 4 ° — Além dêsse pagamento, correspondente à obtenção do livro mensal, as pessoas candidatas a sócio pagarão uma jóia única de inscrição de CrS 6.5 00 — NCrS 6,50 — com direito, porém, a um VALE-BRINDE — dois livros, grátis, das nossas edições anteriores, oferecidos pela Secção de Propaganda; as pessoas que assim procederem passam a ter o direito de receber, todos os meses, cm sua residência oouu llooccaall ddee ttrraabbaallhhoo,, oo nosso livro mensal pelo preço especial para sócio, em cuja categoria ficam inscritas. 5. ° — O CLUBE DO LIVRO mantém Serviço de Assinatura Semestral, Se o interessado enviar uma carta aaoo CCLLUUBBEE DDOO LLIIVVRKOO,, aaccoommppaannhhaaddaa ddee um vale postal ou cheque, em nome da Editora Clube do Livro Ltda., São Paulo, na impor- tância de 6 000 cruzeiros — NCrS 6,00 — receberá, sem outras despesas, no enderêço indicado, no município da Capit.nl ou em qualquer cidade do Brasil, SEIS livros consecutivos, à razão de um por mês. Neste preço, estão incluídos a despesa com o porte e o registro postal. As assinaturas começam em qualquer mês. 6. ° — Se o associado transferir a sua residência para qualquer cidade do Brasil, o livro continuará a ser-lhe entregue pelo nosso representante, se na localidade existir, ou pelo serviço de assinatura semestral, na forma do item 5.°, ou por Reembôfso Postal, pndin^o-n à EDIRRA (Editora e Distribuidora Brasileira do Livro), Caixa Postal, 38, São Paulo, Brasil. EDITORA CLUBE DO LIVRO LTDA. —— (A Câmara Brasileira do Livro concedeu o «Prémio Jabuti de 1960» a Mário Graciotti, considcrando-o o «Editor do Ajio») — (Filiada ao Sindicato Nacional das Empresas Editoras de Livros e Publicações Culturais e à Câmara Brasileira do Livro) Rua Beneficência Portuguêsa, 44 — Salas 104 c 105 — Fone, 34-3621 Caixa Postal, 8153 — SÃO PAULO — Estados Unidos do Brasil agôsto de 1967 BARROS FERREIRA x//? / / ///VAíz-z? 7**? A ajz-e& f QuJt iêrrj o '&T ''VERDADES E ‘MISTÉRIOS^ DA AMAZÓNIA,, / Nota explicativa de J. PEREIRA i! Capa de VICENTE Dl GRADO í. CLUBE DO LIVRO ■ Rua Beneficência «Portuguesa, 44 SÃo Paulo — Brasil 1967 í I ■ i 1 Como as nossas edições, desde 1943, na condição de livro a preço mínimo, circulam, livremente, em todos os lares c vêm sendo adotadas, pela sua lingua- gem correta, por inúmeros estabelecimentos de ensino, procuramos, sempre que a ocasião ec nos oferece, através de prefácios, introduções e jnotas ao pé das páginas, respeitado o caráter de nossa linha editorial, comentar c explicar o texto, a fim de que a literatura cedida aos nossos distintos associados e leitores de todo o País tenha o tríplice objetivo: recrear-lhes o espirito, ilustrá-lo, c, quando poeaívol, elevá-lo. (Nota da direção do ‘‘Clube do Livro ). NOTA EXPLICATIVA A AMAZÔNIA CONSTITUI A ZONA GEOGRÁFICA, ONDE A HUMANIDADE PODERÁ ENCONTRAR A SUA SALVAÇÃO Lembro-me de um querido professor primário, com extrema ternura, por duas razões: pela sua imensa pa­ ciência e capacidade de transmitir conhecimentos e por uma aula de geografia que me ficou indelevelmente gra­ vada pela- sinceridade e pelo patriotismo que a informava. Foi isso nos idos de 1930, no velho Grupo Escolar “Amadeu Amaral", do Belém, então, simplesmente Grupo Escolar do Belém. O professor Motta (ele fazia questão dos dois “t"), após discorrer longamente sobre a Amazônia, assegu­ rou estar ali, naquela região, o futuro do Brasil. “Aqui, está a riqueza desta grande Nação — disse. Mas in- felizmente nos pertence apenas no papel, no conceito po­ lítico-geográfico. Porque, na realidade, dela não nos apossamos, de fato. É preciso que os nossos governos providenciem, desde logo, plano prático e efetivo de co­ lonização da rica zona. Caso contrário, poderemos per­ dê-la. Ou teremos que brigar muito para mantê-la bra­ sileira". A aula impressionou-me, porque, nos meus doze anos, achava absurdo algum país desejar tomar terra de outro. Quanto mais da Amazônia — que eu julgava fosse sim­ plesmente o Estado — onde havia índios, o “maior rio do mundo", pássaros, caças, coisas que inflamam a ima­ ginação juvenil. Mais tarde, quando o nazismo estimulou o expansio- nismo germânico, um ministro britânico, em declaração condenando as reivindicações territoriais alemãs, salien­ tou que o ditador alemão, ao em vez de conquistar os I i 6 NOTA EXPLICATIVA seus “espaços vitais” na Europa, bem que poderia bus­ cá-los na Amazônia... Hoje, a rica região brasileira não é só importante pela sua imensa riqueza. Ela integra, já, o complexo estratégico nuclear. Cientistas eminentes não têm feito segrêdo disso. Na hipótese de uma guerra nuclear, a Amazônia constitui a zona geográfica, onde a humanida­ de poderá encontrar a sua salvação, face ao denso muvs- do vegetal ali existente capaz de resistir à infecção da atmosfera pela radioatividade. A camada de azóto* que se forma sobre as florestas impediria — segundo esses cientistas — a penetração, em quantidade mortífera, da radioatividade em tôda a sua vasta superfície terrestre. Trata-se, entretanto, de tese que não vem ao caso examinar aqui. Ela me ocorreu ao ter noticia de que o meu velho companheiro e amigo Barros Ferreira pre­ parara, para o “Clube do Livro”, uma obra acerca da Amazônia. À guisa de reminiscências, o jornalista e es­ critor que tantos e excelentes trabalhos tem escrito so­ bre o Brasil, e brindado as nossas letras, particularmente acerca desta gigante cidade de São Paulo, que conhece como as palmas das suas mãos, traça em seu, novo livro um retrato realista da Amazônia. Contribui, assim, oportunamente, para alertar todos, uma vez mais, mos­ trando a necessidade de nos apossarmos em definitivo da região. Os brasileiros não podem perder mais tempo para efetivarem essa importante tarefa. Que será pe­ nosa e difícil, sem dúvida, mas perfeitamente realizável, se houver estimulo do govêrno central. E é preciso co­ meçar imediatamente. Os menos otimistas entendem ya ser muito tarde. Mas antes tarde do que nunca. Saúdo, pois, com entusiasmo, o aparecimento deste novo livro de Barros Ferreira, sob o atraente titulo. ci­ dades e Mistérios da Amazônia” Editado numa coleção popular e expressiva, como a do “ Clube do Lzv?o , se? a, por certo, mais uma boa semeadura capaz de c espe/ a? em muita gente sua atenção e interesse para uma das NOTA EXPLICATIVA 7 regiões mais ricas, mais encantadoras e mais importan­ tes do Brasil e do globo terrestre. J. PEREIRA * A propósito de seu livro anterior, “0 Romance da Madeira-Mamoré”, por nós editado, em 1963, o grande escritor norte-americano, John dos Passos, de ascendên­ cia portuguêsa, que, com Faulkner e Hemingway, cons­ titui a notável trindade dos romancistas da América do Norte, do Século XX, dirige ao escritor Barros Ferreira a seguinte carta, que reproduzimos em cliché, como ho­ menagem àquele homem de letras e de pensamento, autor de “Manhattan”, “Big-Money” e “Paralelo 42”, nome dos mais expressivos nos centros literários internacionais: V\j)jo\(\ Jék (fax ‘d? 8 NOTA EXPLICATIVA A tradução da carta é a seguinte: "Caro Sr. Fcrreira Naturalmcnte, recebi o “Madeira-Mamoré”, que achei interessantíssimo. Minha carta deve ter-se extraviado. Meus melhores votos e agradecimento pelo cartão. Seu, John dos Passos” * Nestas belas páginas do novo trabalho de Barros Fer- reira, reafirmam-se as qualidades intelectuais já muito conhecidas pelos nossos prezados leitores, pois do autor da presente obra editamos “A Rainha do Meio-Dia”, “A Herança”, “Cinzas da Esperança”, “O Romance da Ma- deira-Mamoré”, que conquistaram significativos aplausos e distinguem a nossa coleção de grandes livros das letras universais. São Paulo, l.° de agosto, de 1967. CLUBE DO LIVRO A AMAZÔNIA, O PARAÍSO VERDE; MUNDO ESTRANHO E FASCINANTE No começo, aquilo parecia uma amostra do Pa­ raíso. Ilumboldt ficou extasiado. Como êlc, outros naturalistas. Chamaram, por isso, à Amazônia, Pa­ raíso Verde. Arrebatava. Mas, depois, verificaram que aquele mundo era estranho e diferente. Nele, predominava a voracidade selvática da floresta tropical. Onde a vida e a morte se sucediam com espantosa rapidez. E a exuberância da vida resultava da frequência da morte. E assim se sucederam persistentes dúvidas num reino, que parecia de certezas eternas. E as descrições multiplicaram-se. Com frequentes exageros. Por fim, a literatura chegou. E foi a vez dos romances do colombiano José Eustasio Rivera, falecido cm 1929, e denominado “La voragine”. De “Green Mansions”, de William Henry Hudson, fale­ cido em 1922, baseado, em parte, nas narrativas do venezuelano Abel Guevcz de Argensola, metido numa revolução malograda, em Caracas. Procurando eva­ dir-se, conheceu a selva amazônica do sul do Orinoco. Esse romance teve grande êxito nos Estados Unidos. Hudson, nascido na Argentina, era de ascendência norte-americana. Escreveu romances sôbre a Pata- gônia e o Pampa. Do escritor venezuelano, resultou a descrição da “jaula verde”. Afinal, era a ambição e o inconfor- mismo que entravam no vale imenso. Alberto Rangel paSSOU <1 denominar i—a -A---ma_z__ô__n ia— dA e— - “— Infe« «r« nxol « Vrex »r• drl zex ”* *. Ferreira de C7astro, coml o seu romance “A Selva”, acentuou os ai sp.ectos negativos da exploração dos seringais, no período da decadência amazônica.. Con­ forme os malogros de cada uumm,, sturgiram descrições. Preferimos devolver à Amazônia oo sseeuu antigo nome de batismo “Paraíso Verde”. ÉÉ uumm mundo estranho e fascinante, como veremos. B. F.

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