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v. medicina alternativa e complementar (mac) PDF

918 Pages·2012·5.79 MB·English
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UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE MEDICINA INDEFENSIBILIDADE ÉTICA DA PRÁTICA DE SISTEMAS MÉDICOS ALTERNATIVOS Munir Massud Porto 2012 2 MUNIR MASSUD INDEFENSIBILIDADE ÉTICA DA PRÁTICA DE SISTEMAS MÉDICOS ALTERNATIVOS Tese Doutoral de Munir Massud, médico, Professor de Clínica Médica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ao Serviço de Bioética e Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Orientador: Professor Doutor Edson de Oliveira Andrade [Universidade Federal do Amazonas - Brasil]. Co-orientador: Professora Doutora Amélia Ferreira [Universidade do Porto - Portugal] Porto 2012 3 COMPONENTES DO JURI 1 PRESIDENTE (cid:1) Doutor José Agostinho Marques Lopes, Diretor da Faculdade de Medicina VOGAIS (cid:1) Doutor Edson de Oliveira Andrade, Professor Titular da Universidade Federal do Amazonas. (cid:1) Doutor Antônio Cândido Vaz Carneiro, Professor Auxiliar Da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. (cid:1) Doutora Helena Maria Matias Pereira de Melo, Professora Auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. (cid:1) Doutor Rui Manuel Lopes Nunes, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. (cid:1) Doutor José Eduardo Torres Eckenroth Guimarães, Professor Catedrático Da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. (cid:1) Doutora Guilhermina Maria da Silva Rêgo, Professora Auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. 1 Cominicação assinada pelo Prof. Doutor Jorge Manuel Moreira Gonçalves, vice-reitor da Faculdade de Medicina da UnP. Nº de referênciaa FOS 26.648.2012. 18/01/2012. 4 À Gilda, Míriam e Leila, dádivas muito queridas, dedico este trabalho. 5 AGRADECIMENTOS Ao Conselho Federal de Medicina pela oportunidade a mim concedida de participar do Programa de Doutoramento em Bioética, fruto de um convênio profícuo com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Sua ação educativa, por esta e outras realizações, é declaradamente transcendente. À Universidade do Porto, notadamente ao Programa de Doutoramento em Bioética, pela feliz idéia de disseminar entre nós um saber tão caro à prática da Medicina. Fez jus esta digna Instituição ao espírito lusitano, tão bem exemplificado pelo infante D. Pedro, a quem a História de Portugal registrou como o príncipe “das sete partidas”. Aos ilustres professores vinculados ao Programa de Doutoramento em Bioética da Universidade do Porto, pela excelência de seu saber e pela generosidade de dividi-lo conosco, aqueles de além-mar. É mister reconhecer a renúncia, o desprendimento e a obra de todos. Ao ilustre Professor Doutor Edson de Oliveira Andrade, orientador desta Tese, em cuja gestão como Presidente do Conselho Federal de Medicina se deu o convênio com a Universidade do Porto. Agradeço-o imensamente pela orientação e por estar presente em momentos cruciais e de extremada dificuldade, revivificando o ânimo abalado e o temor da perda de um imenso trabalho e de justas esperanças, assumindo tarefa onerosa em benefício desta Tese e do seu humilde autor, bem como da dignidade deste Programa Doutoral. Ademais, a vontade e a ação neste insigne mestre são singularmente bem orientadas, exemplares e imensamente profícuas. À Sr.ª Professora Doutora Maria Amélia Ferreira, docente da FMUP, pelo desprendimento demonstrado ao aceitar atuar como co-orientadora desta Tese. Ademais, sua disponibilidade e generosidade excedem o que nos é devido e são virtudes que ornam a sua atividade pedagógica. Ao Dr. Rubens dos Santos Silva, por tudo quanto a sua amizade me proporcionou e que foi imensamente edificante. Esta Tese teve um princípio que me foi legado pela sua generosidade. Saiba o insigne colega do meu reconhecimento e da honra de tê-lo como amigo. Ao Professor Ricardo Lagreca de Sales Cabral, digno Diretor do Hospital Universitário Onofre Lopes, por tudo quando fez pelo nosso nosocômio, transformando-o numa instituição adequada às exigências do ensino e da assistência médica neste terceiro milênio. Seu incentivo e sua solidariedade foram imprescindíveis à realização desta Tese. 6 A superstição e a pseudociência estão sempre se intrometendo, fornecendo respostas fáceis, esquivando-se do exame cético, apertando casualmente nossos botões da admiração e banalizando a experiência, transformando-nos em profissionais rotineiros e tranquilos, bem como em vítimas da credulidade. Estes são exemplos de pseudociência. Eles parecem usar os métodos e as descobertas da ciência, embora na realidade sejam infiéis à sua natureza – frequentemente porque se baseiam em evidência insuficiente ou porque ignoram pistas que apontam para outros caminhos. Com a cooperação desinformada (e frequentemente com a conivência cínica) dos jornais, revistas, editoras, rádio, televisão, produtoras de filmes e outros órgãos afins, essas idéias se tornam acessíveis em toda parte. [Karl Sagan. O mundo Assombrado pelos demônios. pp. 28-29.] Uma das surpresas da nossa geração de pesquisadores foi a de ver crescer, paralelamente à elaboração de tratamentos sempre mais eficazes, a voga de terapias ‘diferentes’. [...] Minha geração aderiu, sem hesitar, a concepção herdada das Luzes, de uma ciência como fonte de progresso, por definição benfazeja e, malgrado as cruéis aplicações que marcaram o nosso século no campo da física, a minha opinião não se modificou. Embora ainda não apareça como possível imaginar um sistema de pensamento científico coerente e sem falhas, sob o aspecto lógico e ético, seria, contudo desarrazoado acreditar que a sabedoria consiste num retorno deliberado ao irracional. Mesmo que ainda fragmentários os nossos conhecimentos, mesmo que estragos possam ser imputados à pesquisa, isso com certeza não é motivo para atrelar- se a uma cultura da ignorância. [Daniel Bovet. As vitórias da química. Op. cit. p.225] 7 RESUMO Nesta Tese a dimensão bioética da Medicina Alternativa será estimada em face de uma extensa análise de seus antecedentes históricos, de seus fundamentos, da sua plausibilidade e credibilidade (efetividade) e, para fins de comparação, a Medicina convencional será definida, bem como ressaltados os seus desígnios, sua filosofia, evolução, a necessidade de uma nosologia e os fatos que comprovam ser ela uma profissão científica. A Tese a ser defendida tentará demonstrar a indefensibilidade ética da prática de sistemas médicos alternativos e da quase totalidade das formas ditas complementares de terapias, com uma argumentação ampla que penetra grandes domínios do conhecimento. Secundariamente, será defendida a hipótese de que as medicinas alternativas e complementares no Ocidente representam uma continuação, após o advento da medicina científica, daquela tendência especulativa, oriunda de sistemáticos e charlatães, que atingiu o apogeu no século XVIII, mas que continuou a prosperar nos séculos seguintes ou que deriva, em face dessa tendência, da aceitação de formas arcaicas de terapia eivadas de concepções metafísicas e práticas estranhas nelas fundamentadas ou meros produtos da fantasia. Palavras-chave: Medicina, Bioética, Medicina Alternativa. 8 ABSTRACT This thesis will be estimate the bioethical dimension of Alternative Medicine in the face of an extensive analysis of its historical antecedents, its foundations, its credibility (effectiveness) and plausibility. And, for comparison, conventional medicine is defined as well as highlighted, its plans, its philosophy, its evolution, the need for a nosology and facts that prove that it is a scientific profession. This thesis will attempt to demonstrate the ethical defenselessness of alternative medical systems and almost all forms of so-called complementary therapies, with a broad argument that pervades large areas of knowledge. Finally, it will defend the hypothesis that complementary and alternative medicine in the West represent a continuation, after the advent of scientific medicine, of the speculative trend, derived from systematicions and charlatans, which reached its zenith in the eighteenth century, but continued to thrive in the following centuries, or derive, in the face of this trend, the acceptance of archaic forms of therapy fraught with strange metaphysical conceptions and practices based on them or merely products of fantasy. Keywords: Medicine, Bioethics, Alternative Medicine 9 SUMÁRIO Introdução 11 .............................................................................................................................................................................. I MEDICINA E FILOSOFIA 40 ..................................................................................................................... II O CONHECIMENTO CIENTÍFICO 124 ............................................................................................... III TENDÊNCIAS ATUAIS DA METODOLOGIA CIENTÍFICA APLICADA A QUESTÕES DIAGNÓSTICAS, TERAPÊUTICAS E PROGNÓSTICAS. UMA INTRODUÇÃO À MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA............ 149 IV EFEITOS PLACEBO E NOCEBO 183 ................................................................................................... V MEDICINA ALTERNATIVA E COMPLEMENTAR 214 ..................................................... 5.1 Introdução....................................................................................... 214 5.2 Tipos e avaliação crítica dos fundamentos teóricos, práticas e evidências das principais formas de MAC 287 ....................................................... 5.2.1 Medicina Tradicional Chinesa: Acupuntura 288 .............................. 5.2.2 Homeopatia 455 ......................................................................................................... 5.2.3 Fitoterapia alternativa 539 .................................................................................. 5.2.4 Outros tipos de abordagens médicas alternativas............. 574 5.2.4.1 Técnicas diagnósticas alternativas 574 ............................ 5.2.4.1.1 Iridologia 574 ...................................................... 5.2.4.1.2 Biorressonância 579 ....................................... 5.2.4.1.3 Fotografia Kirlian 581 .................................. 5.2.4.1.4 Radiônica 582 ..................................................... 5.2.4.1.5 Cinesiologia 583 ............................................... 5.2.4.2 Medicina antroposófica 583 .................................................... 5.2.4.3 Florais de Bach 590 ....................................................................... 5.2.4.4 Tradição aiurvédica 599 .............................................................. 5.2.4.5 Naturopatia 605 ................................................................................... 5.2.4.6 Osteopatia 608 .................................................................................... 5.2.4.7 Quiroprática 609 .............................................................................. 5.2.4.8 Outras 617 ............................................................................................. VI AVALIAÇÃO FINAL DOS ACHADOS SOBRE EFETIVIDADE E SOBRE A CRÍTICA AOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE DIVERSAS MODALIDADES DA MEDICINA ALTERNATIVA E COMPLE- MENTAR 631 ................................................................................................................................................................ VII ACERCA DA IMPROPRIEDADE DE UMA MEDICINA INTEGRATIVA 745 ............................................................................................................................................... VIII PRINCÍPIOS E REGRAS DE ÉTICA BIOMÉDICA APLICADOS À MEDICINA ALTERNATIVA E COMPLEMENTAR.................................... 756 8.1 Introdução 756 ................................................................................................................................... 8.2 Veracidade 761 .................................................................................................................................. 8.3 Autonomia 768 .................................................................................................................................. 8.4 Consentimento informado 778 ............................................................................................. 10 8.5 Justiça distributiva 795 ............................................................................................................... 8.6 Conflitos de interesse 803 ....................................................................................................... 8.7 Ética e pesquisa 806 ...................................................................................................................... 8.8 Beneficência e maleficência 810 .............................................................................. .......... IX CONCLUSÕES 818 .................................................................................................................................................. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 843 ANEXOS 913

Description:
Chief Lexicographer Douglas M. Anderson. 29 Barnes PM, Powell-Griner E, McFann K, Nahin RL Complementary and alternative medicine use.
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