cap(cid:237)tulo 1 o ª (cid:231) u d o r t n i introdu(cid:231)ªo 1 2 introdu(cid:231)ªo o ª (cid:231) u d o r t n i 1. Identidade e territ(cid:243)rio, processo O territ(cid:243)rio do Pa(cid:237)s pode, portanto, ser percebido como eperspectivas plano de confluŒncia de processos naturais e sociais que se polarizam e, ao mesmo tempo, se compıem como elos 1.1. Territ(cid:243)rio e identidade de uma mesma corrente de mœltiplos significados. Dessa constru(cid:231)ªo participam as diversas pol(cid:237)ticas pœblicas seto- Constituindo um dos fundamentos e s(cid:237)mbolo da identi- riais, passadas e presentes, seus formuladores, gestores, dade nacional, o territ(cid:243)rio brasileiro tem na sua dimensªo e assim como todos n(cid:243)s usuÆrios e sofredores das suas diversidade natural sua diferen(cid:231)a fundamental, residindo conseq(cid:252)Œncias econ(cid:244)micas, sociais, ambientais e geopo- a(cid:237), em grande parte, as chances reais e potenciais de desen- l(cid:237)ticas aqui discutidas (Carvalho, 2001). volvimento e de se inserir, com relativa autonomia, no mun- do globalizado atual. Nesse sentido, o territ(cid:243)rio, visto como elemento do sis- tema social - onde interagem os recursos naturais, hu- A sua configura(cid:231)ªo Ø marcada por din(cid:226)micas de duas na- manos, tecnol(cid:243)gicos e financeiros, entre outros - Ø re- turezas. De um lado, pela for(cid:231)a da constante pressªo da sultante de um sistema de regula(cid:231)ªo assim como de explora(cid:231)ªo econ(cid:244)mica sobre o patrim(cid:244)nio ambiental, como fluxos. As crescentes inter-rela(cid:231)ıes entre o territ(cid:243)rio e a suporte para a gera(cid:231)ªo crescente de riquezas, processo globaliza(cid:231)ªo sªo verificÆveis na transforma(cid:231)ªo dos ato- que amea(cid:231)a vÆrias Æreas do Pa(cid:237)s, com o esgotamento de sua res e suas atividades, na necessidade de conexªo entre base de recursos naturais e o conseq(cid:252)ente empobrecimento espa(cid:231)os, na amplia(cid:231)ªo crescente de fluxos de pessoas, da popula(cid:231)ªo local com repercussıes inquestionÆveis sobre de informa(cid:231)ıes e de mercadorias. A perspectiva de de- o presente e, principalmente, o futuro. Ao mesmo tempo, Ø senvolvimento territorial do Pa(cid:237)s, definida no documen- tambØm marcada pela fragilidade da articula(cid:231)ªo, sempre ina- to Avan(cid:231)a Brasil, ilustra esse: ao mesmo tempo em que cabada, em permanente reconstru(cid:231)ªo e, portanto, fragmen- contempla mecanismos de indu(cid:231)ªo (cid:224) interioriza(cid:231)ªo do tada e cheia de rupturas, de diversos n(cid:237)veis e dimensıes da desenvolvimento, enfatiza a necessidade de concentra- realidade cujos conteœdos sªo extremamente desiguais, tais (cid:231)ªo de esfor(cid:231)os em Æreas e segmentos capazes de gerar como contextos hist(cid:243)ricos, intera(cid:231)ıes entre grupos sociais, efeitos mais significativos sobre o restante da econo- muito ou pouco desiguais, e impactos perante (cid:224) sociedade mia, tendo em vista o prop(cid:243)sito de real(cid:231)ar a inser(cid:231)ªo do nacional e internacional. Pa(cid:237)s na economia internacional. Assim, nossas mœltiplas e impermanentes concep(cid:231)ıes de Essa diretriz pol(cid:237)tica tende, todavia, a privilegiar Æreas que territ(cid:243)rio e de identidade, como essas se apresentam, estªo possuem vantagens comparativas, acirrando as dispari- (cid:147)em andamento(cid:148), ao sabor dos diferentes ritmos de intera- dades inter e intra-regionais com a concentra(cid:231)ªo de investi- (cid:231)ıes entre grupos sociais de diferentes origens e culturas, en- mentos, atividades e sobreexplota(cid:231)ªo da base de recursos tre si e com o meio ambiente onde vivemos, as conquistas e nas regiıes mais desenvolvidas e, portanto, mais densa- conflitos da(cid:237) decorrentes, e dos impactos diante da sociedade mente ocupadas. A urbaniza(cid:231)ªo se apresenta, neste senti- nacional e internacional (Almeida & Cruvinel, 2001). do, nªo apenas como processo de agrega(cid:231)ªo populacional, 3 mas tambØm como prØ-condi(cid:231)ªo para a cria(cid:231)ªo de oportu- 1.2. Breve hist(cid:243)rico do GEO no Brasil nidades de desenvolvimento, alØm do n(cid:237)vel de subsistŒn- o cia, aproveitando as economias de aglomera(cid:231)ªo, funda- A (cid:147)qualidade ambiental prop(cid:237)cia (cid:224) vida(cid:148), pode ser entendi- ª (cid:231) mental para o almejado incremento dos pequenos neg(cid:243)ci- da como o princ(cid:237)pio central da Pol(cid:237)tica Nacional de Meio u d o os. As intera(cid:231)ıes cumulativas e crescentes entre o meio Ambiente (PNMA, Lei 6.938 de 31/08/1981), em torno da r nt ambiente e a oferta desses servi(cid:231)os, em Æreas de elevada qual foram definidos os princ(cid:237)pios e prop(cid:243)sitos dessa pol(cid:237)- i concentra(cid:231)ªo populacional tŒm, por sua vez, efeitos de- tica. Como forma de garantir o alcance de seus objetivos, gradadantes tanto sobre o meio ambiente quanto sobre a institui como um dos seus instrumentos o Relat(cid:243)rio de qualidade dos servi(cid:231)os a serem ofertados, gerando con- Qualidade do Meio Ambiente -RQMA (artigo 9”, inciso X da gestionamentos e carŒncias. mencionada Lei, acrescido ao texto original por meio da Lei 7.804, 18/07/1989). Ao longo da existŒncia da Pol(cid:237)tica Nacio- nal de Meio Ambiente, apenas em 1984, foi publicado um documento como um Relat(cid:243)rio de Qualidade do Meio Am- biente, com o prop(cid:243)sito de informar (cid:224) sociedade a situa(cid:231)ªo real do meio ambiente brasileiro, seus principais proble- mas e avan(cid:231)os. Por ocasiªo da ConferŒncia das Na(cid:231)ıes Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento UNCED, mais conheci- da como a ConferŒncia Rio-92, o governo brasileiro publi- cou o trabalho (cid:147)O Desafio do Desenvolvimento SustentÆ- vel: Relat(cid:243)rio do Brasil para a ConferŒncia das Na(cid:231)ıes Uni- das sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento(cid:148). Represen- tou um esfor(cid:231)o de consultores, de governo e de diversas institui(cid:231)ıes da sociedade civil para identificar a situa(cid:231)ªo do meio ambiente nacional, como subs(cid:237)dio para a discussªo, no contexto da Rio 92, das posi(cid:231)ıes brasileiras relativas (cid:224)s questıes ambientais. Desde entªo foram empreendidos vÆrios esfor(cid:231)os pelo governo e pelas representa(cid:231)ıes da sociedade civil para apoiar a inser(cid:231)ªo, na pol(cid:237)tica ambiental brasileira, dos princ(cid:237)pios e das metas da Agenda 21, proposta nesta ConferŒncia. Assim, a partir da necessidade de uma vi- sªo mais abrangente do estado do meio ambiente nacio- nal, principalmente quanto ao comprometimento ambi- ental em face dos diferentes setores de produ(cid:231)ªo, o Mi- nistØrio do Meio Ambiente, em 1995, publicou (cid:147)Os Ecos- sistemas Brasileiros e os Principais Macrovetores de De- Quando e onde a gestªo territorial nªo Ø implantada de senvolvimento(cid:148) como um documento guia para a formu- forma integrada ou nªo Ø realizada de maneira eficiente, la(cid:231)ªo de diretrizes para a gestªo ambiental. Este trabalho ocorrem vÆrios tipos de conflitos, como os jÆ citados. teve como principal objetivo dotar os setores responsÆ- Nesse sentido, a implanta(cid:231)ªo da gestªo territorial inte- veis pelos diferentes componentes da gestªo territorial grada no Brasil tem, potencialmente, condi(cid:231)ıes de con- do Pa(cid:237)s (cid:150) principalmente em (cid:226)mbito federal e estadual (cid:150) tribuir para coibir ou reduzir diferentes modalidades de de uma perspectiva mais integrada em termos espaciais, agressıes ambientais ainda praticadas nos vÆrios bio- sobretudo em rela(cid:231)ªo aos vetores de desenvolvimento mas brasileiros. mais relevantes, com a identifica(cid:231)ªo de suas caracter(cid:237)sti- cas, din(cid:226)micas e tendŒncias. 4 A idØia bÆsica que norteou a realiza(cid:231)ªo do trabalho era a de condi(cid:231)ªo do meio ambiente na escala planetÆria e os que pudesse desenvolver e apresentar como resultado os ins- esfor(cid:231)os em curso para melhorÆ-lo. trumentos adequados para a implementa(cid:231)ªo de diretrizes de o ª gestªo ambiental para o territ(cid:243)rio brasileiro. Nesse sentido, O GEO-1 foi produzido utilizando uma abordagem participati- (cid:231) u d uma visªo espacial sobre o que estava acontecendo no Pa(cid:237)s va e regionalizada. Os dados foram recolhidos por AgŒncias o r com rela(cid:231)ªo (cid:224) situa(cid:231)ªo de seu ambiente foi tarefa primordial da ONU, especialistas diversos e institui(cid:231)ıes dos diversos nt i do estudo. Para isso, o trabalho considerou que a a(cid:231)ªo espa- continentes, designados como centros colaboradores. Para cializada dos diferentes setores produtivos seriam repre- a elabora(cid:231)ªo do GEO-2, foi adotado pelo Pnuma o conceito sentados por macrovetores de desenvolvimento (cid:150) expres- de centro colaborador, como uma (cid:147)institui(cid:231)ªo multidiscipli- sªo integrada das mais importantes interven(cid:231)ıes no espa(cid:231)o/ nar regional que promova interfaces entre os segmentos ci- territ(cid:243)rio. Esses macro vetores foram examinados levando em Œncia e pol(cid:237)tica(cid:148). Cada centro colaborador empreendeu estu- considera(cid:231)ªo os ecossistemas afetados por eles, usando como dos com os objetivos de manter o estado do meio ambiente indicadores: polui(cid:231)ªo, desperd(cid:237)cios e prote(cid:231)ªo e uso sustentÆ- regional e mundial sob revisªo, e promover orienta(cid:231)ªo cient(cid:237)- vel dos recursos naturais. fica para a formula(cid:231)ªo de pol(cid:237)ticas regionais e internacionais, alØm do planejamento de a(cid:231)ıes para o desenvolvimento sus- Dando continuidade ao processo de promover a gestªo tentÆvel. integrada do meio ambiente no Brasil, com a participa(cid:231)ªo da sociedade civil e uma articula(cid:231)ªo interinstitucional de pol(cid:237)ti- cas pœblicas distintas, o MMA publicou em 2001 o (cid:147)Diagn(cid:243)s- tico da Gestªo Ambiental no Brasil(cid:148) que fornece a realidade dos estados e do Distrito Federal sobre estruturas institucio- nais, administrativas, tØcnicas e legais. Com o lan(cid:231)amento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002, o governo inicia uma nova etapa rumo ao desenvolvi- mento sustentÆvel. Para a elabora(cid:231)ªo da Agenda 21 em 1997, foi criada a Comissªo de Pol(cid:237)ticas de Desenvolvimento Sus- tentÆvel - CPDS, coordenada pelo MinistØrio do Meio Ambi- ente e composta de 10 membros da sociedade civil e gover- no onde foram definidos seis Æreas temÆticas prioritÆrias: agricultura sustentÆvel, cidades sustentÆveis, infra-estrutura e integra(cid:231)ªo regional, gestªo dos recursos naturais, redu(cid:231)ªo das desigualdades sociais e ciŒncia e tecnologia para o de- senvolvimento sustentÆvel. 1.3. O processo de articula(cid:231)ªo do GEO-Brasil O documento intitulado Global Environment Outlook-1 ou GEO-1 foi concebido para dar respostas (cid:224)s recomen- da(cid:231)ıes da Agenda 21, conforme decisªo do Governing A estratØgia adotada pelo Pnuma para a elabora(cid:231)ªo do GEO- Council do Programa das Na(cid:231)ıes Unidas para o Meio 1, de elaborar os relat(cid:243)rios bÆsicos dos cap(cid:237)tulos e, posteri- Ambiente - Pnuma, em sua 18“ sessªo, realizada em maio ormente, submetŒ-los (cid:224) revisªo dos centros colaboradores de 1995. Foi desenhado para construir uma base de infor- foi repensada. Para o GEO-2 foi adotada a estratØgia de ela- ma(cid:231)ªo ambiental consensual sobre a problemÆtica am- borar as metodologias de trabalho conjuntamente com cen- biental global, estabelecendo prioridades entre o uni- tros colaboradores e atribuir a eles a responsabilidade da verso das preocupa(cid:231)ıes existentes, apontando, sobretu- compila(cid:231)ªo dos dados, suas anÆlises e elabora(cid:231)ªo dos rela- do, aquelas que a comunidade internacional necessita t(cid:243)rios dos cap(cid:237)tulos, assegurando ,deste modo ,maior par- enfocar. Publicado em Janeiro de 1997 pelo Programa do ticipa(cid:231)ªo de institui(cid:231)ıes regionais em cada continente e a Meio Ambiente das Na(cid:231)ıes Unidas, o relat(cid:243)rio GEO-1 foi legitima(cid:231)ªo dos resultados. o primeiro de uma sØrie bienal que objetiva examinar a 5 O Pnuma convidou o Ibama, em janeiro de 1997, a integrar o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estat(cid:237)stica; Processo GEO, como centro colaborador, por ser uma insti- IPEA - Instituto de Pesquisa Economica Aplicada; o tui(cid:231)ªo atuante na Ærea ambiental, com abrangŒncia nacional EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agro- ª u(cid:231) e experiŒncia no desenvolvimento de anÆlises ambientais, pecuÆria; d o pesquisas, controle e gestªo ambiental. A Ærea de responsa- CPRM - Servi(cid:231)o Geol(cid:243)gico do Brasil; r nt bilidade do Ibama para o GEO-2 foi definida como sendo a FUNDA˙ˆO BIODIVERSITAS; i AmØrica Latina e o Caribe, em trabalho articulado com a Uni- IEAPM - Instituto de Estudos do Mar Almirante Pau- versidade do Chile, por meio do seu Centro de AnÆlises de lo Moreira; Pol(cid:237)ticas Pœblicas e a Universidade da Costa Rica, por meio COPPE/UFRJ (cid:150) Funda(cid:231)ªo Coordena(cid:231)ªo de Proje- de seu Observat(cid:243)rio de Desarrollo. Desde entªo, o Ibama tos, Pesquisas e Estudos Tecnol(cid:243)gicos / Universi- vem participando da elabora(cid:231)ªo dos Relat(cid:243)rios GEO. O GEO- dade Federal do Rio de Janeiro; 2 (GEO-2000) foi publicado em novembro de 1999. Posterior- MI/ SEDEC- Secretaria Nacional de Defesa Ci- mente, em 2000 foi publicado o GEO 2000 para a America vil; Latina e o Caribe (cid:150) GEO-LAC; em 2001, o GEO Juvenil para IBAM/PARC (cid:150) Instituto Brasileiro de Administra- AmØrica latina e Caribe (2001) e em julho de 2002 o GEO-3, (cid:231)ªo Municipal; devendo ser publicado ainda em 2002 o GEO-LAC 2. Neste CEPED/UFSC (cid:150) Centro UniversitÆrio de Estudos e per(cid:237)odo o Pnuma apoiou a publica(cid:231)ªo de relat(cid:243)rios GEO de Pesquisa sobre Desastres / Universidade Federal de (cid:226)mbito nacional, no PanamÆ, Costa Rica, Barbados, Peru, Santa Catarina; Argentina e mais recentemente o GEO Brasil. STCP- Engenharia de Projetos FIOCRUZ (cid:150) Funda(cid:231)ªo Oswaldo Cruz; A participa(cid:231)ªo do Ibama na elabora(cid:231)ªo dos relat(cid:243)rios da MMA (cid:150) MinistØrio do Meio Ambiente; Secretarias sØrie GEO deu (cid:224) institui(cid:231)ªo a experiŒncia necessÆria para IPAM (cid:150) Instituto de Pesquisa Ambiental da Ama- z(cid:244)nia. Do Ibama participaram todas as diretorias das quais desta- caram-se pela coordena(cid:231)ªo dos temas espec(cid:237)ficos as de Florestas, de Fauna e Pesca , e de Licenciamento e Qualida- de Ambiental. A participa(cid:231)ªo de outras institui(cid:231)ıes igual- mente importantes nos diversos temas abordados no rela- t(cid:243)rio ficou limitada por causa do tempo de mobiliza(cid:231)ªo institucional requerida, de limita(cid:231)ıes or(cid:231)amentÆrias e difi- culdades burocrÆticas na consolida(cid:231)ªo das parcerias insti- tucionais, dificuldades estas que deverªo ser minimizadas na elabora(cid:231)ªo do GEO Brasil 2. As institui(cid:231)ıes citadas ante- riormente como participantes do GEO Brasil tiveram a in- cubŒncia de consultar outras institui(cid:231)ıes ligadas a cada tema sob sua responsabilidade, visando diversificar opini- ıes, visıes e ao mesmo tempo aumentar a consistŒncia dos dados e informa(cid:231)ıes apresentados. empreender um processo de articula(cid:231)ªo estratØgica naci- onal visando (cid:224) realiza(cid:231)ªo do Relat(cid:243)rio Perspectivas do Meio 1.4. A estrutura e o conteœdo do relat(cid:243)rio Ambiente do Brasil (Environment Outlook Report of Brazil (cid:150) GEO Brazil), cujo prop(cid:243)sito corresponde (cid:224) do Relat(cid:243)rio A estrutura deste relat(cid:243)rio compreende cinco cap(cid:237)tu- de Qualidade de Meio Ambiente (cid:150) RQMA, previsto pela los a seguir apresentados. Cada cap(cid:237)tulo contou com a legisla(cid:231)ªo ambiental brasileira. contribui(cid:231)ªo de diferentes colaboradores. Os crØditos tØcnicos estªo listados em conjunto, e na sua totalidade, As seguintes institui(cid:231)ıes foram convidadas a colaborar, no in(cid:237)cio deste relat(cid:243)rio. com diagn(cid:243)sticos temÆticos : 6 Cap(cid:237)tulo 1 - INTRODU˙ˆO tendŒncias e formula(cid:231)ªo de cenÆrios para todos os temas elencados. Entre os pontos apresentados como Este cap(cid:237)tulo apresenta o processo de elabora(cid:231)ªo contribui(cid:231)ªo ao processo GEO, esse cap(cid:237)tulo focaliza o ª do GEO, a composi(cid:231)ªo desta publica(cid:231)ªo, a aborda- algumas das condi(cid:231)ıes para a implanta(cid:231)ªo da gestªo (cid:231) u d gem adotada, seus prop(cid:243)sitos e antecedentes, des- ambiental integrada no Brasil. o r tacando alguns pontos e questionamentos levanta- nt i dos ao longo do processo da sua elabora(cid:231)ªo. A meto- dologia sugerida pelo Ibama (cid:224)s institui(cid:231)ıes colabora- Cap(cid:237)tulo 2 (cid:150) O ESTADO DO MEIO AMBIENTE doras para a elabora(cid:231)ªo das suas respectivas contri- bui(cid:231)ıes foi aquela que o Pnuma vem utilizando na Este cap(cid:237)tulo trata do estado do meio ambiente no Brasil, elabora(cid:231)ªo dos GEO globais. Privilegia as avalia(cid:231)ıes considerando os principais fatores de pressªo e seus impac- de pressªo/estado/impacto/resposta - Peir (SPIR em tos, segundo os temas originalmente definidos pelo Progra- inglŒs) em um dado momento. A sua adequada apli- ma das Na(cid:231)ıes Unidas para o Meio Ambiente (cid:150) Pnuma, nos ca(cid:231)ªo no Brasil exigiria, no entanto, a disponibilidade relat(cid:243)rios GEO. Esses temas compreendem: solos, florestas, de sØries temporais de dados ambientais, hoje inexis- biodiversidade, Ægua, ambientes marinhos e costeiros, at- tentes, tendo em vista possibilitar a identifica(cid:231)ªo de mosfera, ambientes urbanos e industriais. Dada a diversida- 7 de do Pa(cid:237)s, esses sete temas originais foram desdobrados particularmente as grandes aglomera(cid:231)ıes urbanas, em em subsolos, pesca, desastres ambientais, e saœde e meio grande parte degradadas, em termos de sobreutiliza(cid:231)ªo o ambiente, constituindo (cid:150) esses dois œltimos, elementos co- de recursos naturais (Ægua, por exemplo), para a provisªo ª (cid:231) nectores de integra(cid:231)ªo entre todos os demais. A abordagem da infra-estrutura imprescind(cid:237)vel (cid:224) vida em todos os seus u d o multiinstitucional adotada revela as significativas diferen(cid:231)as aspectos, tal como saneamento bÆsico. O segundo desa- r nt de abordagens identificadas entre essas institui(cid:231)ıes, explici- fio consiste em garantir tanto a preserva(cid:231)ªo quanto a ex- i tadas ao longo do relat(cid:243)rio. plora(cid:231)ªo competente dos recursos naturais remanescen- tes, na forma do manejo sustentÆvel desses recursos, con- Cap(cid:237)tulo 3 (cid:150) RESPOSTAS DE POL˝TICAS di(cid:231)ªo para que a expansªo das Æreas, hoje ainda nªo tªo densamente ocupadas, se dŒ de maneira mais adequada. A anÆlise das pol(cid:237)ticas setoriais que impactam as din(cid:226)mi- cas territoriais do presente, suas tendŒncias, conflitos e desafios, demanda (cid:150) ao mesmo tempo, como pano de fun- Os ANEXOS, que finalizam este relat(cid:243)rio, apresentam con- do, a caracteriza(cid:231)ªo dos esfor(cid:231)os do Estado brasileiro e de juntos de indicadores ambientais, econ(cid:244)micos e financei- uma pluralidade de novos atores da sociedade, os quais, ros, produzidos pelo IBGE e pelo Ipea, com as bases de com freq(cid:252)Œncia, atuam de forma segmentada e isolada, dados estat(cid:237)sticos correspondentes, biomas e espØcies de em resposta aos conflitos e demandas cr(cid:237)ticas mapeadas faunas selecionadas e a extensa bibliografia consultada. nos dois cap(cid:237)tulos anteriores deste relat(cid:243)rio. O prop(cid:243)sito Uma compila(cid:231)ªo dos principais atos normativos que regu- central deste cap(cid:237)tulo Ø, pois, expor as diferen(cid:231)as de visªo lamentam os usos e a preserva(cid:231)ªo do meio ambiente no entre as vÆrias institui(cid:231)ıes colaboradoras quanto (cid:224)s a(cid:231)ıes consideradas respostas aos problemas identificados an- teriormente, no intuito de contribuir para o processo de aperfei(cid:231)oamento do sistema de planejamento e de gestªo territorial hoje praticado no pa(cid:237)s. Cap(cid:237)tulo 4 - CEN`RIOS A constru(cid:231)ªo de cenÆrios toma por base a identifica(cid:231)ªo dos principais vetores de pressªo sobre os grandes bio- mas brasileiros: Amaz(cid:244)nia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atl(cid:226)ntica, Campos Meridionais e Zona Costeira. As pressıes consideradas foram aquelas que, alterando sig- nificativamente as condi(cid:231)ıes ambientais, contribuem para a deteriora(cid:231)ªo da qualidade de vida, comprometen- do a manuten(cid:231)ªo das atividades econ(cid:244)micas e a sobrevi- vŒncia das culturas aut(cid:243)ctones. Os biomas, como gran- des unidades territoriais de anÆlise, constitu(cid:237)ram-se na unidade espacial para diagn(cid:243)stico e anÆlise das tendŒn- cias. Para tanto, foram identificados os principais veto- res e os impactos deles decorrentes, construindo os ce- nÆrios tendencial e desejado para cada um dos biomas. Cap(cid:237)tulo 5 (cid:150) RECOMENDA˙(cid:213)ES Este cap(cid:237)tulo aborda recomenda(cid:231)ıes necessÆrias, que conduzam a uma significativa mudan(cid:231)a de atitude, em face dos dois desafios que se apresentam como de funda- mental import(cid:226)ncia enfrentar. O primeiro determina bus- car melhorar a qualidade de vida nas Æreas jÆ ocupadas, 8 Brasil, produzida especialmente para o presente relat(cid:243)rio com o intuito de apoiar futuras pesquisas, encerra esta se(cid:231)ªo de anexos. o ª (cid:231) u d A participa(cid:231)ªo conjunta das institui(cid:231)ıes pœblicas, de pes- o r quisa, universidades e organiza(cid:231)ıes nªo-governamentais, nt i convidadas entre as mais renomadas do Pa(cid:237)s, garantiu con- di(cid:231)ªo fundamental para a continuidade do processo (cid:150) o envolvimento simult(cid:226)neo desses agentes que atuam na Ærea ambiental. Teve como prop(cid:243)sito original, produzir um (cid:147)documento de consenso sobre a situa(cid:231)ªo do meio ambi- ente no Brasil(cid:148). A consecu(cid:231)ªo de tal objetivo exigiria, no entanto, uma prÆtica de articula(cid:231)ªo interinstitucional orien- cias de pol(cid:237)ticas para tomada de decisªo em busca do tada para a gestªo integrada do territ(cid:243)rio, ainda incipiente efetivo desenvolvimento sustentÆvel. Este manual estÆ no Pa(cid:237)s. dispon(cid:237)vel no site do GEO-Brasil em http://www2. ibama.gov.br/~geobr nas versıes em inglŒs (arquivo œni- Empreendimentos como este, cujo produto final ora apre- co em pdf) e espanhol (4 arquivos em pdf corresponden- sentamos, contribui sobremaneira para que esta prÆtica tes aos 4 cap(cid:237)tulos do Manual). venha a se consolidar, na medida que induz a cria(cid:231)ªo de foros de discussªo, de confronto e de negocia(cid:231)ªo, ainda 1.5.1. Avalia(cid:231)ªo Ambiental Integrada -AAI que temporÆrios, das significativas diferen(cid:231)as de aborda- gens e de visıes quanto (cid:224)s din(cid:226)micas de uso e ocupa(cid:231)ªo A AAI Ø um processo de produ(cid:231)ªo, anÆlise e comunica(cid:231)ªo de do territ(cid:243)rio brasileiro. A obten(cid:231)ªo de uma visªo de con- informa(cid:231)ıes sobre as questıes relacionadas ao ambiente na- senso sobre a situa(cid:231)ªo do meio ambiente precisarÆ ser, tural e (cid:224) sociedade, relevantes do ponto de vista de pol(cid:237)ticas gradativamente, constru(cid:237)da. Por enquanto, o presente re- pœblicas. Ela responde a quatro questıes bÆsicas: lat(cid:243)rio reœne, em um œnico documento, as diferentes visıes, tematicamente setorizadas, das vÆrias institui(cid:231)ıes O que estÆ acontecendo ao meio ambiente? convidadas a colaborar, apresentando, por conseguinte, Por que estÆ acontecendo? as diferen(cid:231)as previs(cid:237)veis quanto (cid:224)s estat(cid:237)sticas por estas O que estamos fazendo sobre isso (pol(cid:237)ticas)? citadas como fundamento para suas distintas posturas O que acontecerÆ se nªo agirmos prontamente? em rela(cid:231)ªo ao tema da situa(cid:231)ªo do meio ambiente no Pa(cid:237)s. 1.5.2. A estrutura Peir 1.5. A metodologia Peir (SPIR) A interferŒncia antr(cid:243)pica no meio ambiente afeta o estado de A metodologia utilizada para a elabora(cid:231)ªo dos documen- seus componentes e gera uma resposta, imediata ou nªo, na tos bÆsicos que compoem o GEO-Brasil Ø a mesma em- sua qualidade. Como todo sistema complexo, o impacto da pregada pelo Programa das Na(cid:231)ıes Unidas para Meio altera(cid:231)ªo de um componente fomenta mudan(cid:231)as de acordo Ambiente - Pnuma na elabora(cid:231)ªo das sØries GEO, consis- com a pressªo que foi exercida sobre ele. Essas intera(cid:231)ıes de tindo, basicamente, numa avalia(cid:231)ªo ambiental integrada causa e efeito podem ser melhor vislumbradas quando se do tipo pressªo/estado/impacto/resposta no tocante (cid:224)s consegue ordenar os estados dos componentes ambientais atividades antr(cid:243)picas que afetam o meio ambiente. ligando-os com os respectivos fatores de pressªo. Essa Ø uma forma simples de obter os impactos ambientais basea- O Pnuma e o Instituto Internacional para o Desenvolvi- dos nas pressıes que os geraram e, portanto, nas poss(cid:237)veis mento SustentÆvel - IIDS elaboraram um manual que faz a(cid:231)ıes de resposta de pol(cid:237)ticas que podem minimizÆ-los ou parte do programa de treinamento do GEO e tem como mesmo os anular. A Avalia(cid:231)ªo Ambiental Integrada baseia-se objetivo preparar os participantes e colaboradores na pro- nestas trŒs categorias pressªo (cid:150) estado- resposta - PSR. Com du(cid:231)ªo dos relat(cid:243)rios GEO e de outros associados ao meio base na l(cid:243)gica da estrutura do PSR algumas alternativas ambiente. O objetivo Ø proporcionar avalia(cid:231)ıes apuradas mais detalhadas foram desenvolvidas como o Spir, onde tanto do estado do meio ambiente como das conseq(cid:252)Œn- estÆ inclu(cid:237)da o impacto da pressªo sobre o meio ambiente. 9
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