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universidade nova de lisboa instituto superior de psicologia aplicada todos diferentes ou todos ... PDF

409 Pages·2008·1.77 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR DE PSICOLOGIA APLICADA TODOS DIFERENTES OU TODOS IGUAIS? O DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE NAS ORGANIZAÇÕES EMPREENDEDORAS DE BAIXO E DE ELEVADO CRESCIMENTO PATRÍCIA JARDIM TRINDADE MARTINS DA PALMA TESE SUBMETIDA À UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM PSICOLOGIA APLICADA Com Especialização em PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES - OUTUBRO DE 2008 - TODOS DIFERENTES OU TODOS IGUAIS? O DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE NAS ORGANIZAÇÕES EMPREENDEDORAS DE BAIXO E DE ELEVADO CRESCIMENTO 2 O INFANTE Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. Deus quis que a terra fosse toda uma, Que o mar unisse, já não separasse. Sagroute, e foste desvendando a espuma, E a orla branca foi de ilha em continente, Clareou, correndo, até ao fim do mundo, E viu-se a terra inteira, de repente, Surgir, redonda, do azul profundo. Quem te sagrou criou-te português. Do mar e nós em ti nos deu sinal. Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. Senhor, falta cumprir-se Portugal! Fernando Pessoa, A Mensagem Ao Primeiro Grande Empreendedor Português ... 3 AGRADECIMENTOS Após quatro anos de intensa pesquisa bibliográfica, leitura e reflexão, discussão e organização da informação e recolha e análise dos dados, o doutoramento está finalmente a chegar a bom porto. Mas não percorri este caminho sozinha. Tive sempre a meu lado pessoas ímpares e excepcionais, que me mostraram dia-a-dia o valor do trabalho, da persistência, da resistência à frustração e do amor. A todas estas pessoas, que passo desde já a citar, quero expressar toda a minha gratidão e mais sincera amizade. Em primeio lugar, quero agradecer ao meu mentor, o Professor Miguel Pina e Cunha, uma verdadeira fonte de inspiração e de uma contagiante energia positiva. Foi uma honra para mim ser orientada pelo Professor Miguel, uma grande pessoa e figura incontornável do comportamento organizacional em Portugal, na Europa e no mundo. Obrigada, Professor, pelas sábias palavras, pelo constante desafio intelectual e por toda a compreensão e apoio ao longo deste percurso… De igual modo, para a realização desta tese muito contribuíram os meus colegas e amigos. Ao Jorge Gomes, Teresa D´Oliveira, Rui Bártolo, Teresa Garcia-Maques, Margarida Piteira, Ana Cristina Martins, Ana Margarido, Virgílio Amaral e Maria Gouveia-Pereira agradeço os ensinamentos, a partilha de opiniões e o incentivo para dar o meu melhor. Um menção especial aos meus amigos Jorge, pela confiança, estímulo e sempre boa-disposição, e à Teresa, por todo o apoio. Ao grupo D, especialmente ao João Vieira da Cunha e à Graça Batista, agradeço o clima verdadeiramente electrizante que gerámos, pela discussão fervorosa de ideias e pelas criticas construtivas. Uma palavra especial ao meu amigo João, por me ter alargado os horizontes. Um agradecimento a todos os elementos do NIIPOG, pelo debate de ideias e valorização da 4 investigação. Quero agradecer, também, ao meu grupo de mestrado, pela discussão do que é fazer uma tese. À Mané, à Zélia e ao Eduardo, agradeço a amizade que se formou. A todas as pessoas do Movimento RH21, não posso deixar de manifestar o meu apreço pelo dinamismo que criámos, pelos feitos que alcançámos e pelas constantes palavras de encorajamento. Uma dedicatória especial ao José Bancaleiro, o verdadeiro líder deste projecto, pela ambição e vontade de mudança. Aos meus companheiros do INTEC, especialemente à Dalila, ao Zé e ao André, pela compreensão e paciência para com todos os adiamentos necessários em prol da tese. Às minhas amigas de sempre, desde os nossos tempos de infância, a Joana, a Catarina, a Cátia, a Zélia, a Lúcia e a Sara, agradeço toda a amizade, apoio e compreensão para aceitarem as minhas ausências e me “porem sempre para cima”. Obrigada por todos os momentos que passámos juntas, que foram excelentes… À minha família, aos meus avós, tios, primos, por acreditarem em mim. Aos meus pais, agradeço tudo. Ao meu pai, agradeço toda a confiança, coragem e força para caminhar sempre de cabeça erguida, mesmo na adversidade. À minha mãe, agradeço todo o carinho, compreensão e amparo que me tornam mais forte e confiante em todos os momentos da minha vida. Obrigada meus pais, por tudo o que me têm dado, por tudo o que sou … Ao meu marido, Miguel, pelo amor, partilha e cumplicidade. Ao excelente profissional, pelo modelo de proactividade e realização; ao colega amigo, pelo questionamento e insatifação constantes; ao encantador marido, pelo apoio, compreensão e amor inesgotáveis … 5 RESUMO Perante as evidências de morte prematura das organizações recém-criadas, a comunidade científica tem afastado o foco da criação para o crescimento. O crescimento, contudo, tem sido limitado a uma progressiva institucionalização e aumento do número de colaboradores. Face ao ritmo diferencial de crescimento das organizações empreendedoras, importa explorar como as características centrais e distintivas se desenvolvem, por forma a incentivar as organizações que crescem mais e geram mais valor para a sociedade. Desta forma, o presente estudo tem como objectivo explorar como as mudanças organizacionais afectam a identidade das organizações empreendedoras de crescimento elevado e de crescimento modesto. Seis organizações empreendedoras com dois anos de vida foram estudadas durante dois anos. Utilizando os designs do estudo de caso e da Grounded Theory, emergiram dois modelos – um que explica como as mudanças organizacionais afectam a identidade organizacional e um outro que analisa as quatro formas de identidade organizacional que derivam desse impacto. Com vista a determinar a razão pela qual as organizações empreendedoras de elevado crescimento desenvolveram uma identidade organizacional partilhada por todos os membros da organização, procedeu-se a uma nova fase de recolha de dados - segunda fase do estudo. Da análise dos dados emergiu um novo conceito - a entrega - que define a forma como empreendedores e colaboradores das organizações empreendedoras de elevado crescimento se dedicam à sua organização por forma a fazê-la crescer. No final, são discutidas as principais implicações para o campo do empreendedorismo e da identidade organizacional. Palavras-chave: organização empreendedora, crescimento, identidade organizacional, entrega. 6 ABSTRACT Several studies have evidenced the high propensity that new ventures have to die. As such, the cientific community are now moving away their focus from the creation to the organizational growth. However, growth has been mostly related with higher institutionalization and more employees. Given that the entrepreneurial firms have different growth rates, it is importante to explore how the central and distinctive properties of the organization develop, in order to promote the emergence of high- growth organizations. The purpose of our study is to explore how organizational changes affect the organizational identity of both the high and modest-growth organizations. We have studied six two-year-old ventures for two years. Using case study and Grounded Theory approach two models have emerged. The first model explains how organizational changes affect identity and the second one deals with the four forms of organizational identity that we can find in new ventures. After that, we run the second phase of the study to understand why high-growth firms have developed a common identity. From data analysis, a new construct have emerged, which we called self- giving, defining the process through which both entreprepreneurs and employees give themselves to the organization in order to make it grow. Main implications to the state of the art in entrepreneurship and organizational identity are discussed. Key-words: new venture, growth, organizational identity, self-giving. 7 ÍNDICE RESUMO....................................................................................................................6 ABSTRACT................................................................................................................7 INTRODUÇÃO.........................................................................................................14 CAPÍTULO II - O EMPREENDEDORISMO........................................................21 2.1. A Importância do Estudo do Empreendedorismo..............................................21 2.2. O Empreendedorismo: Origens do Estudo........................................................24 2.3. O Domínio do Empreendedorismo enquanto Campo de Estudo........................27 2.3.1) O Objecto de Estudo.................................................................................29 2.3.2) O Enquadramento Teórico.......................................................................31 2.3.2.1. Perspectivas de Estudo Centradas no Empreendedor...........................32 2.3.2.2. Perspectivas de Estudo Centradas no Contexto....................................43 2.3.2.3. Em Busca de uma Perspectiva Integrativa...........................................49 2.3.3) Revisitando o Objecto de Estudo..............................................................52 2.4. O Empreendedorismo e a Criação de Valor......................................................59 2.4.1) O Empreendedorismo Estratégico............................................................59 2.4.2) Organizações Empreendedoras que Crescem...........................................63 2.4.2.1. O Crescimento Enquanto Aumento em Quantidade.............................66 2.4.2.2. O Crescimento Enquanto Aumento em Quantidade: Principais Limitações.......................................................................................................72 2.4.2.3. O Crescimento Enquanto Processo......................................................78 2.4.2.4. O Crescimento Enquanto Processo: Principais Limitações..................88 CAPÍTULO III - A IDENTIDADE ORGANIZACIONAL....................................92 3.1. A Importância do Estudo da Identidade Organizacional....................................92 3.2. A Identidade Organizacional: Origens do Estudo..............................................93 3.3. A Identidade Organizacional: Delimitação de um Conceito..............................96 3.4. A Identidade ao longo do Ciclo de Vida Organizacional.................................100 3.4.1) Fase de Start up: A Construção da Identidade Organizacional.............101 3.4.2) Fase de Crescimento Inicial: O Desenvolvimento e Estabelecimento da Identidade Organizacional...............................................................................105 CAPÍTULO IV - COMO AS MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS AFECTAM A IDENTIDADE.........................................................................................................117 CAPÍTULO V - MÉTODO....................................................................................123 5.1. O Design de Investigação...............................................................................123 5.1.2) O Design Qualitativo de Investigação....................................................124 5.2.1.1. Os Paradigmas Dominantes..............................................................128 5.1.2.2. O Design da Grounded Theory..........................................................135 5.1.2.3. Críticas ao Design Qualitativo..........................................................144 5.2. O Processo de Investigação: Geração de Teoria sobre a Identidade Organizacional com Base em Seis Organizações Empreendedoras........................146 5.2.1) O Design do Estudo....................................................................................146 8 5.2.2) Caracterização dos Casos e dos Participantes............................................156 5.2.2.1. Sirius: Breve Caracterização.............................................................159 5.2.2.2. Antares: Breve Caracterização..........................................................161 5.2.2.3. Capella: Breve Caracterização..........................................................163 5.2.2.4. Náiade: Breve Caracterização...........................................................166 5.2.2.5. Proteus: Breve Caracterização..........................................................169 5.2.2.6. Triton: Breve Caracterização.............................................................170 5.2.3) Técnicas de Recolha de Dados....................................................................172 5.2.3.1. Fases da Recolha de Dados...............................................................178 5.2.4) Análise dos Dados.......................................................................................182 5.2.5) Garantia da Cientificidade dos Resultados do Estudo.................................189 CAPÍTULO VI - RESULTADOS..........................................................................194 6.1. Análise Intra-Casos........................................................................................196 6.2. Análise Inter-Casos........................................................................................197 6.2.1) Pré-Arranque.........................................................................................198 6.2.2) Arranque................................................................................................201 6.2.3) Pós-Arranque.........................................................................................210 CAPÍTULO VII - DISCUSSÃO.............................................................................286 7.1. A Fase de Pré-arranque...................................................................................287 7.2. A fase de Arranque.........................................................................................293 7.3. A fase de Pós-arranque...................................................................................300 CAPÍTULO VIII - SEGUNDA FASE DO ESTUDO............................................327 8.1. Método...........................................................................................................327 8.1.1) O Processo de Investigação: Geração de Teoria sobre a Importância da Identidade Una para o Crescimento das Organizações Empreendedoras..........327 8.1.2) Breve Caracterização dos Casos e dos Participantes..............................328 8.1.3) Técnicas de Recolha de Dados................................................................329 8.1.4) Recolha de Dados...................................................................................331 8.1.5) Análise dos Dados...................................................................................331 8.2. A Emergência da Entrega...............................................................................332 8.3. Entrega: Delimitação de um Conceito.............................................................336 8.4. A Importância da Entrega no Crescimento Organizacional.............................338 CAPÍTULO IX – DISCUSSÃO GERAL...............................................................343 9.1. Principais Conclusões do Estudo....................................................................343 9.2. Considerações Finais......................................................................................351 9.3. Limitações do Estudo.....................................................................................352 9.4. Pistas para Estudos Futuros............................................................................356 9.5. Implicações para a Teoria, a Metodologia e a Prática......................................358 REFERÊNCIAS......................................................................................................365 9 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: O processo empreendedor. Baseado em Bruyat e Julien (2000) e Gartner (1985).................................................................................................................51 Figura 2: O fenómeno do empreendedorismo. Baseado em Shook, Priem & McGee (2003).................................................................................................................54 Figura 3: O processo empreendedor. Baseado em Baron (2002)..................................63 Figura 4: Representação esquemática do desenvolvimento da identidade social, segundo a Teoria da Identidade Social...............................................................................95 Figura 5: Processos intervenientes na promoção da identificação organizacional.......109 Figura 6: Formas de resposta à multiplicidade de identidades organizacionais. Baseado em Pratt e Foreman (2000)................................................................................115 Figura 7: Organograma da Sirius no segundo ano de actividade.................................160 Figura 8: Organograma da Antares no segundo ano de actividade.............................162 Figura 9: Organograma da Capella no segundo ano de actividade................................166 Figura 10: Organograma da Náiade no segundo ano de actividade............................168 Figura 11: Organograma da Proteus no segundo ano de actividade..............................170 Figura 12: Organograma da Triton no segundo ano de actividade................................172 Figura 13: Rede Causal - Factores explicativos da decisão de criar uma organização empreendedora. Este modelo aplica-se a organizações de elevado crescimento. Para as organizações de crescimento modesto, o modelo não inclui a complementaridade entre os sócios....................................................................199 Figura 14: Rede Causal - Factores explicativos da decisão de criar uma organização empreendedora. Este modelo aplica-se a organizações de elevado crescimento. Para as organizações de crescimento modesto, o modelo não inclui a complementaridade entre os sócios....................................................................288 Figura 15: Modelo explicativo do desenvolvimento da identidade organizacional das organizações empreendedoras durante a fase inicial de pós-arranque.................305 Figura 16: Condições de emergência das quatro formas de identidade organizacional …………………………………………………………………………………...321 Figura 17: As cinco dimensões da entrega.................................................................334 Figura 18: Quatro formas de dedicação presentes nas organizações empreendedoras . ..........................................................................................................................340 10

Description:
organizações empreendedoras. Segue-se uma caracterização do design da grounded theory. 5.1.2.2. O Design da Grounded Theory. A primeira obra sobre a grounded theory foi publicada em 1967, pela mão de Barney. Glaser e Anselm Strauss, e intitulava-se The Discovery of Grounded Theory.
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