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universidade federal do rio grande do sul programa de pós-graduação em educação em ciências PDF

208 Pages·2016·3.26 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS: QUÍMICA DA VIDA E SAÚDE A GOVERNAMENTALIDADE ATRAVÉS DO DISPOSITIVO ESPORTIVO COMO PRÁTICA DE CONDUÇÃO DAS CONDUTAS DOS OUTROS E DE SI NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA MICHELI VERGINIA GHIGGI Porto Alegre 2016 MICHELI VERGINIA GHIGGI A GOVERNAMENTALIDADE ATRAVÉS DO DISPOSITIVO ESPORTIVO COMO PRÁTICA DE CONDUÇÃO DAS CONDUTAS DOS OUTROS E DE SI NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para obtenção do título de Doutora em Educação em Ciências. Linha de pesquisa: Educação Científica: implicações das práticas científicas na constituição dos sujeitos Orientador: Prof. Dr. Jose Geraldo Soares Damico Coorientadora: Profa. Dra. Rochele de Q. Loguercio Porto Alegre 2016 MICHELI VERGINIA GHIGGI A GOVERNAMENTALIDADE ATRAVÉS DO DISPOSITIVO ESPORTIVO COMO PRÁTICA DE CONDUÇÃO DAS CONDUTAS DOS OUTROS E DE SI NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para obtenção do título de Doutora em Educação em Ciências. Aprovada em ______ de ____________________ de ________. BANCA EXAMINADORA _________________________________________________________ Prof. Dr. Jose Geraldo Soares Damico – UFRGS (orientador) _________________________________________________________ Profa. Dra. Méri Rosane Santos da Silva – FURG _________________________________________________________ Prof. Dr. Ednaldo da Silva Pereira Filho – Unisinos _________________________________________________________ Prof. Dr. Santiago Pich – UFSC Dedico esta tese ao meu marido Giovanni e ao nosso pequeno Hector... ...e aos que se aventuram no exercício da produção de pensamento. AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, Prof. Dr. Jose Geraldo Soares Damico, que me ‘adotou’ e aceitou o desafio de me orientar, mesmo a distância. Damico, obrigada por confiar em mim, obrigada por entrar na minha vida, obrigada por fazer parte da minha história; À minha coorientadora, Dra. Rochele de Quadros Loguercio, que, além de me acolher com uma vaga de orientação no programa, me presenteou com uma vaga na sua vida e habitará sempre um lindo lugar no meu coração; Aos queridos professores, membros da banca avaliadora por compartilharem um pouquinho de tamanha sabedoria. Méri, Dinho e Santiago, muito obrigada por aceitarem dividir este momento comigo; Ao meu marido, Giovanni Trucolo por... tudo; Ao meu pai, Renato Alfredo Ghiggi, que talvez não saiba o quanto me incentiva quando nunca impede, nunca duvida, simplesmente, ama; À madrasta Olinda, por cuidar do meu pai; À minha mãe, Maria Helena Fornari Ghiggi (in memoriam), quem deu início à minha vida e orientou meus primeiros passos; Às minhas irmãs, Renata e Maiara, e à minha afiliada Helena, que sempre estiveram junto comigo, nunca permitiram que eu me sentisse só (méritos ao WhatsApp também); À Bibi, a quem finalmente poderei responder: sim, Vó! Já conclui meus estudos! (pelo menos, por enquanto); Às famílias que o casamento me trouxe, representadas pelos pais Raul e Cristina; Marilice e Elione; À Tia Verinha e ao Tio Oscar, que me acolheram com todo conforto e carinho em todas as vindas a Porto Alegre, inclusive na etapa de seleção para ingresso no doutorado, na qualificação e agora na defesa; Ao amigo Billy, pelo apoio na elaboração deste trabalho e pela amizade que mesmo com o fuso horário não se enfraqueceu. Obrigada, amigo, por sentir comigo as minhas alegrias e compartilhar as tuas; Aos amigos, em nome dos queridos Gustavo Freitas, Daiana Viacelli, Paula Nunes, Alessandro Curi, Bruno Pastoriza, Josiane Domingues, Renata Teixeira e Gecele Paggi, que deixaram marcas mais evidentes neste percurso; À Loughborough University (Reino Unido), em nome do professor Richard Giulianotti, e à Universidade do Algarve (Portugal), por terem me recebido de portas abertas, com enorme atenção e dedicação, para a missão científica proporcionada pela PROPG/UFRGS (à qual também agradeço imensamente); Aos alunos do curso de Educação Física, colegas de trabalho e funcionários da UFMS; Aos colegas e funcionários do PPGEC, em especial ao Douglas, que fez sempre mais do que suas obrigações para me ajudar; Ao grupo dos orientandos da Rochele, amigos queridos que sempre me acolheram; Às instituições UFRGS e UFMS, que me apoiaram na realização de sonhos e, além de me proporcionarem a formação, também me permitiram vivenciar momentos inesquecíveis e conhecer pessoas maravilhosas; Ao Hector, meu companheirinho, minha paixão, minha alegria, minha vida! “Não imagine que precise ser triste para ser militante, mesmo se a coisa que combatemos é abominável. É o elo do desejo à realidade (e não sua fuga nas formas da representação) que possui uma força revolucionária.” Michel Foucault RESUMO Neste trabalho, acompanha-se o movimento de dispersão do dispositivo esportivo, uma ideia de transposição da lógica esportiva para outros domínios da vida. O objeto da pesquisa é o dispositivo esportivo, visto como uma forma de gerenciamento para a vida que produz modos de ser e agir. Optou-se por analisá-lo por meio de três de suas manifestações: as olimpíadas escolares, as biografias motivacionais ou de autoajuda e o Prêmio Jovem Cientista (2012). Para isso, esta tese foi organizada em três artigos, definidos por seções, conforme cada uma das manifestações mencionadas. O objetivo da pesquisa foi analisar como o dispositivo esportivo permeia a vida dos indivíduos, constituindo sujeitos em uma sociedade que os percebe como parte de um jogo com dinâmicas de concorrência, produtividade e autopreparação. A governamentalidade foucaultiana foi a ferramenta teórico-metodológica de análise, possibilitando a problematização das diferentes formas pelas quais os sujeitos são cotidianamente governados. Essa ferramenta pode ser considerada como uma grade de análise onde se passam as relações de poder a serem examinadas para tentar perceber como se conduz a conduta dos sujeitos. Assim, foi possível analisar as tecnologias de governar exercidas sobre os outros e as tecnologias de si que resultam na produção de determinadas subjetividades e na constituição de sujeitos. Foram problematizadas certas verdades, ou discursos tomados como verdadeiros, que funcionam atrelados a sistemas de poder e a manutenção de um status verdadeiro (regimes de verdade). O dispositivo esportivo atua como auxiliar na produção de regimes de verdade com a utilização de orientações prescritivas de práticas atreladas ao esporte. Nesse movimento não se constituem verdades, a partir da prática esportiva, apenas para os atletas, treinadores e pessoas envolvidas com a prática esportiva de alto rendimento, mas também para quaisquer sujeitos na vida cotidiana. O dispositivo esportivo possui visibilidade e modos de poder suficientes para funcionar mesmo quando não há a manifestação da prática esportiva. O esporte, nesse contexto, aparece como um vetor para a inserção dos sujeitos em diferentes domínios da sociedade. Percebe-se que, através do dispositivo esportivo, encontrou-se uma forma de poder capaz de fornecer orientações de como alcançar o sucesso em qualquer setor da sociedade. A possibilidade de realizar uma metáfora da vida através do esporte faz com que exemplos do esporte sirvam de modelo para orientar como vencer uma concorrência de trabalho, ensinar alunos na escola ou para educar os filhos. Percebemos que há no dispositivo esportivo algumas características que marcam a orientação para noções muito próximas àquelas identificadas no projeto neoliberal, como a sujeição, o disciplinamento/controle e a aceitação das desigualdades pelo (des)merecimento. O modelo esportivo é utilizado pela racionalidade neoliberal, principalmente no que toca as questões da concorrência, do treinamento e da superação. Ressalta-se que o modelo esportivo não atua apenas como auxiliar, mas se apresenta na sociedade contemporânea como uma forma de os sujeitos exercitarem a si mesmos para o alcance das competências exigidas a fim de se obter alguma forma de sucesso. Tal obtenção beneficia a própria governamentalidade neoliberal, que tem na população seu objeto e na economia seu saber mais importante. O problema talvez não esteja no próprio poder, mas nos efeitos de dominação. Naquilo que os próprios governados fazem para governar os outros sujeitos e fazer com que eles conduzam a si próprios de uma maneira específica. Os domínios de intervenção do dispositivo esportivo são muitos e estão a se expandir em diferentes modalidades de produção de sujeitos contemporâneos. Palavras-chave: Dispositivo esportivo. Exercitar-se. Governamentalidade. Sucesso. RESUMEN En este trabajo se acompaña el movimiento de dispersión del dispositivo deportivo, una idea de transposición de la lógica deportiva para otros dominios de la vida. El objeto de la investigación es el dispositivo deportivo, visto como una forma de gestión para la vida que produce modos de ser y actuar. Se optó por analizarlo por medio de tres de sus manifestaciones: las olimpíadas escolares, las biografías motivacionales o de autoayuda y el Premio Joven Científico (2012). Para eso, esta tesis fue organizada en tres artículos, definidos por secciones, conforme cada una de las manifestaciones mencionadas. El objetivo de la investigación fue analizar como el dispositivo deportivo permea la vida de los individuos, constituyendo sujetos en una sociedad que los percibe como parte de un juego con dinámicas de competencia, productividad y auto preparación. La gubernamentalidad foucaultiana fue la herramienta teórico-metodológica de análisis, posibilitando la problematización de las diferentes formas por las cuales los sujetos son cotidianamente gobernados. Esa herramienta puede ser considerada como una reja de análisis donde se pasan las relaciones de poder a ser examinadas para intentar percibir cómo se conduce la conducta de los sujetos. Así, fue posible analizar las tecnologías de gobernar ejercidas sobre los otros y las tecnologías de sí que resultan en la producción de determinadas subjetividades y en la constitución de sujetos. Fueron problematizadas ciertas verdades, o discursos tomados como verdaderos, que funcionan articulados a sistemas de poder y el mantenimiento de un estatus verdadero (regímenes de verdad). El dispositivo deportivo actúa como accesorio en la producción de regímenes de verdad con la utilización de orientaciones prescriptivas de prácticas acopladas al deporte. En ese movimiento no se constituyen verdades, a partir de la práctica deportiva, sólo para los atletas, entrenadores y personas envueltas con la práctica deportiva de alto rendimiento, pero también para cualesquiera sujetos en la vida cotidiana. El dispositivo deportivo posee visibilidad y modos de poder suficientes para su funcionamiento aun cuando no hay la manifestación de la práctica deportiva. El deporte, en ese contexto, surge como un vector para la inserción de los sujetos en diferentes dominios de la sociedad. Se percibe que, a través del dispositivo deportivo se encontró una forma de ser capaz de fornecer orientaciones de cómo lograr éxito en cualquier sector de la sociedad. La posibilidad de celebrar una metáfora de la vida a través del deporte hace que ejemplos deportivos sirvan como modelo para guiar la manera de vencer una competición de trabajo, enseñar estudiantes en la escuela y para educar hijos. Percibimos que hay en el dispositivo deportivo algunas características que marcan la orientación a las nociones muy cerca a las identificadas en el proyecto neoliberal, como el sometimiento, o la disciplina/control y la aceptación de las desigualdades por (des)mérito. El modelo deportivo es utilizado por la racionalidad neoliberal, sobre todo en lo que concierne a las cuestiones de concurrencia, de la capacitación y de la superación. Cabe señalar que el modelo deportivo no actúa sólo como un auxiliar, pero en la sociedad contemporánea se presenta como una forma de los sujetos ejercitaren a uno mismo para lograr las competencias necesarias para obtener alguna forma de éxito. Tal obtención beneficia la propia gobernabilidad neoliberal, que tiene en la población su objeto y en la economía su saber más importante. El problema tal vez no conste en el propio poder, pero en los efectos de la dominación, en lo que los propios gobernados hacen para gobernar los otros y hacer con que ellos conduzcan a uno mismo de una manera específica. Los dominios de intervención del dispositivo deportivo son muchos y están a si difundir en diferentes modalidades de producción de sujetos contemporáneos. Palabras clave: dispositivo deportivo. Ejercitarse. Gubernamentalidad. Éxito.

Description:
como um sistema lógico fechado sobre si mesmo, desligado da prática concreta da investigação” (CASTELLS, 1972, p. 496). Segundo Bourdieu, Chamboredon e encontram-se os grandes protagonistas do futebol mundial: Guardiola, Ibrahimovic, sir Alex. Ferguson, Balotelli, Arrigo Sacchi,
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