ebook img

universidade federal do rio grande do sul instituto de letras programa de pós-graduação em letras PDF

222 Pages·2014·4.75 MB·Portuguese
by  
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview universidade federal do rio grande do sul instituto de letras programa de pós-graduação em letras

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS SILVANA SILVA O HOMEM NA LÍNGUA: UMA VISÃO ANTROPOLÓGICA DA ENUNCIAÇÃO PARA O ENSINO DE ESCRITA PORTO ALEGRE 2013 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Estudos da Linguagem ESPECIALIDADE: Teorias do Texto e do Discurso LINHA DE PESQUISA: Análises textuais e discursivas O HOMEM NA LÍNGUA: uma visão antropológica da enunciação para o ensino de escrita SILVANA SILVA Orientador: Prof. Dr. Valdir do Nascimento Flores Este trabalho é requisito para a Defesa de Tese de Doutoramento, a ser apresentado à banca de avaliação composta pelas Professoras Dra. Leci Borges Barbisan (PUCRS), Dra. Cláudia Stumpf Toldo (UPF), Dra. Marlene Teixeira (UNISINOS), Dra. Luciene Juliano Simões (UFRGS) e presidida pelo Orientador, Professor Doutor Valdir do Nascimento Flores (UFRGS), com vistas à obtenção do título de DOUTOR EM ESTUDOS DA LINGUAGEM. Porto Alegre, dezembro de 2013. CIP - Catalogação na Publicação Silva, Silvana O homem na língua: uma visão antropológica da enunciação para o ensino de escrita / Silvana Silva. - - 2013. 221 f. Orientador: Valdir do Nascimento Flores. Tese (Doutorado) -- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Letras, Programa de Pós- Graduação em Letras, Porto Alegre, BR-RS, 2013. 1. ensino de escrita. 2. linguística da enunciação. 3. antropologia da enunciação. I. do Nascimento Flores, Valdir, orient. II. Título. Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da UFRGS com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). 3 Para minha família 4 AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Mario (in memoriam) e Carmem, pela vida, amor e exemplo, e a meus irmãos, Mario e Francisco, pelas diferenças e pelo carinho; Às escolas em que estudei, Escola Estadual de Primeiro Grau Farrapos e Colégio Evangélico Alberto Torres, onde me tornei responsável por minhas escolhas; À Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instituição admirada por meus pais, e que me acolheu nos cursos de graduação, mestrado e doutorado, em especial aos professores Carmem Luci da Costa Silva, Jane Naujorks, Luciene Simões, Maria José Finatto e Valdir Flores; Ao professor Valdir Flores, que esteve sempre comigo, interlocutor e amigo para sempre; À Universidade do Vale do Rio dos Sinos, onde iniciei na docência do ensino superior. Em especial, agradeço às professoras Adila Naud de Moura, coordenadora do Curso de Letras, e aos colegas e mestres Marlene Teixeira, Maria Eduarda Giering, Silvana Kissmann e Vera Helena Dentee de Mello; Ao meu marido, André Almeida Stella, pelo amor, paciência, presença; À Sílvia Molina, pela escuta, espreita, espreitando novos movimentos d’alma e da vida; À Universidade Federal do Pampa, por me acolher e permitir que eu me afastasse parcialmente para realizar os estudos de doutorado. Agradeço, em especial, às professoras Valesca Brasil Irala, Sara Mota e Carolina Fernandes, pela solidariedade em vários momentos; Aos alunos da Universidade Federal do Pampa, pelo acolhimento e convivência, em especial à aluna de Iniciação Científica, Mégui Mascarelo, pela realização das gravações referentes à geração de dados; A tantos amigos, de tantas épocas e lugares, Simone Barros, Adriana Carina Alvarez, Melissa Mello, Graziela Prestes, Patrícia Valério, Luiza Surreaux, Heloísa Monteiro, Daiane Neumann, Adélia Evangelista Azevedo; Às professoras Leci Barbisan, Marlene Teixeira, Cláudia Toldo e Luciene Simões, pela leitura deste trabalho. 5 “Inclinamo-nos sempre para a imaginação ingênua de um período original, em que um homem completo descobriria um semelhante igualmente completo e, entre eles, pouco a pouco, se elaboraria a linguagem. Isso é pura ficção. Não atingimos nunca o homem separado da linguagem e não o vemos nunca inventando-a. Não atingimos jamais o homem reduzido a si mesmo e procurando conceber a existência do outro. É um homem falando que encontramos no mundo, um homem falando com outro homem, e a linguagem ensina a própria definição do homem.” (Émile Benveniste. Problemas de Linguística Geral I) “Se a expressão mais adequada para a maravilha da existência no mundo é a existência da linguagem, qual será então a expressão justa para a existência da linguagem? A única resposta possível a esta pergunta é: a vida humana enquanto ethos, enquanto vida ética. Buscar uma pólis e uma oikia que estejam à altura desta comunidade vazia e impresumível, esta é a tarefa infantil da humanidade que vem.” (Giorgio Agamben. Infância e história: destruição da experiência e origem da história) 6 RESUMO Esta tese tem como objetivo geral compreender os processos enunciativos que permeiam a atividade de ensino de escrita em contexto acadêmico. Temos como objetivos específicos os três seguintes itens: 1º) Elaborar uma revisão bibliográfica de trabalhos sobre ensino de escrita no Brasil, em geral, e sobre ensino de escrita em contexto acadêmico, de forma particular, a partir de critérios de leitura de ordem enunciativa, oriundos do texto O aparelho formal da Enunciação, de Émile Benveniste; 2º) Definir processos enunciativos implicados em qualquer ato de enunciação, em geral, e contextualizá-los, de forma particular, para o ensino de escrita, em especial em torno do conceito central de indicação de subjetividade; 3º) Propor uma leitura antropológica dos processos enunciativos, em geral, e elaborar um conjunto teórico-metodológico para análise do ensino de escrita em contexto acadêmico, de forma particular, em especial em torno da relação entre as noções de língua e sociedade em viés enunciativo. Propusemos uma leitura enunciativa dos estudos sobre escrita no Brasil, a partir de quatro relações interlocutivas entre eu-tu/ele, a saber, formas reais, formas coletivas, formas imaginadas e formas individuais do discurso. A seguir, realizamos uma leitura da Linguística da Enunciação de Émile Benveniste, amparada em Flores (2013), de modo a compreender as relações interlocutivas a partir dos termos linguagem, língua, línguas e enunciação. Tal leitura nos permitiu perceber que o enunciado escrito ou oral do professor pode tanto se constituir como ‘indicação de subjetividade’ na reescrita do aluno, como corre o perigo de ser uma ‘representação da subjetividade’ do professor no texto do aluno. Por fim, a partir de uma discussão epistemológica sobre os ‘limites’ da linguística, deparamo-nos com a possibilidade de estabelecer uma leitura antropológica da Teoria da Enunciação de Benveniste, perspectiva elaborada a partir de nossa leitura de Dufour (2000), Dessons (2006) e Agamben (2005, 2008). Apresentamos também uma discussão teórica sobre o fazer metodológico nessa perspectiva, em especial as noções de corpus, transcrição e método. Com a proposição de que a noção de ‘cena’ e de ‘arquivo’ estão em relação dialética com a noção de ‘testemunho’ propomos uma forma de análise linguística e metalinguística do processo enunciativo envolvido no ensino de escrita. Em seguida, apresentamos uma análise do processo de ensino de escrita com dados colhidos em uma turma de Leitura e Produção Textual, disciplina do Primeiro Semestre do Curso de Letras da Universidade Federal do Pampa, sob minha regência no Primeiro Semestre de 2012. Concluímos que os alunos apresentam um satisfatório envolvimento com o processo enunciativo de ensino da escrita. Palavras-chave: ensino de escrita, linguística da enunciação, antropologia da enunciação 7 RÉSUMÉ Cette thèse vise à comprendre les processus énonciatifs généraux qui sous-tendent l'activité d'enseignement de l'écriture dans un contexte académique. Nous avons trois objectifs spécifiques : 1) Faire l’analyse de la littérature de certains travaux sur l'enseignement de l'écriture au Brésil en général, et sur l'enseignement de l'écriture dans un contexte académique en particulier, selon des critères de lecture d'ordre énonciative dérivés du texte L'appareil formel de l'énonciation, d’Émile Benveniste; 2) Définir les procédures énonciatifs impliquées dans un acte d'énonciation, en général, et les mettre en contexte, particulièrement en ce qui concerne l'enseignement de l'écriture à partir de la notion centrale de l'indication de la subjectivité; 3) Proposer une lecture anthropologique des processus d’énonciation en général et développer, de manière particulière, un ensemble d'analyse théorique et méthodologique de l' enseignement de l'écriture dans un contexte académique, spécialement autour de la relation entre les notions de langue et société dans une perspective énonciative. Nous avons proposé une lecture énonciative des études sur l’écriture au Brésil, à partir de quatre relations interlocutives entre je-tu/il, à savoir, des formes réelles, des formes collectives, des formes imaginées et des formes individuelles du discours. Ensuite, nous avons fait une lecture de Linguistique de l’énonciation d’Émile Benveniste, soutenue par Flores (2013) afin de comprendre les relations interlocutives à partir de les termes langage, langue, langues et énonciation. Une telle lecture nous permet de voir que l’énoncé écrit ou oral du professeur peut se constituer comme « indication de subjectivité » dans la réécriture de l'étudiant ou être en danger d'être une « représentation de la subjectivité » du professeur dans le texte de l'étudiant. Enfin, à partir d'une discussion épistémologique sur les «limites» de la linguistique, nous sommes confrontés à la possibilité d'établir une lecture anthropologique de la Théorie de l’Énonciation de Benveniste, perspective développée à partir de notre lecture de Dufour (2000), Dessons (2006) et Agamben (2005, 2008). Nous présentons également une discussion théorique sur la pratique méthodologique dans cette perspective-là, en particulier les notions de corpus, de transcription et de méthode. De la proposition que la notion de «scène» et d’«archive» est en relation dialectique avec la notion de «témoignage» nous proposons une forme d'analyse linguistique et métalinguistique du processus énonciatif impliqué dans l'enseignement de l’écriture. Ensuite, nous présentons une analyse du processus de l'enseignement de l’écriture à partir des données recueillies dans une salle de classe du cours de Lecture et Production Textuelle, discipline du premier semestre du cours de Lettres de l’Université Fédérale du Pampa, sous ma direction au premier semestre de 2012. Nous avons conclu que les élèves ont un engagement satisfaisant avec le processus énonciatif d’enseignement de l'écriture. Mots-clés: enseignement de l'écriture, linguistique d’énonciation, anthropologie d’énonciation 8 LISTA DE TABELAS, QUADROS E ESQUEMAS Quadro 1....................................................................................................................................25 Quadro 2....................................................................................................................................27 Quadro 3....................................................................................................................................31 Quadro 4....................................................................................................................................32 Quadro 5....................................................................................................................................33 Quadro 6....................................................................................................................................33 Tabela 1.....................................................................................................................................38 Quadro 7....................................................................................................................................42 Tabela 2.....................................................................................................................................56 Tabela 3.....................................................................................................................................59 Tabela 4.....................................................................................................................................59 Tabela 5.....................................................................................................................................60 Esquema 1.................................................................................................................................76 Tabela 6.....................................................................................................................................99 Esquema 2...............................................................................................................................141 Tabela 7..................................................................................................................................144 Tabela 8..................................................................................................................................146 Tabela 9...........................................................................................................................147-148 Tabela 10.........................................................................................................................149-150 Quadro 8.................................................................................................................................151 Esquema 3...............................................................................................................................152 Tabela 11.........................................................................................................................203-204 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................................12 PRIMEIRA PARTE UMA REVISÃO SOBRE ESTUDOS EM ENSINO DE ESCRITA NO BRASIL............20 1. FORMAS COMPLEXAS DO DISCURSO E DA ESCRITA: a intervenção do professor no texto do aluno....................................................................................................23 1.1 Formas reais do discurso..................................................................................................23 1.2 Formas imaginadas do discurso.......................................................................................29 1.3 Formas coletivas do discurso...........................................................................................41 1.4 Formas individuais do discurso.......................................................................................50 2. A DESCRIÇÃO E O ‘RESTO’: tateando o ponto cego das formas complexas do discurso....................................................................................................................................61 SEGUNDA PARTE UMA LINGUÍSTICA DA ENUNCIAÇÃO PARA O ENSINO DA ESCRITA................64 1. A LINGUÍSTICA DA ENUNCIAÇÃO: CONCEITOS PARA O ENSINO DE ESCRITA.................................................................................................................................70 1. 1 Das noções fundamentais.................................................................................................71 1.2 Das noções norteadoras: indicação de subjetividade e formas complexas do discurso....................................................................................................................................83

Description:
auxiliaria a definir se é necessário (ou não) que o professor aponte todos os problemas de um certo nível para que COHN, Dorrit. La transparence
See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.