UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO RURAL CONCEIÇÃO COUTINHO MELO O CURSO TÉCNICO EM COOPERATIVISMO REALIZADO ATRAVÉS DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA REFORMA AGRÁRIA (PRONERA): UMA ANÁLISE BASEADA NA ABORDAGEM DAS CAPACITAÇÕES PORTO ALEGRE 2016 CONCEIÇÃO COUTINHO MELO O CURSO TÉCNICO EM COOPERATIVISMO REALIZADO ATRAVÉS DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA REFORMA AGRÁRIA (PRONERA): UMA ANÁLISE BASEADA NA ABORDAGEM DAS CAPACITAÇÕES Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Rural. Orientador: Prof. Dr. Paulo Dabdab Waquil Coorientador: Prof. Dr. Fábio de Lima Beck PORTO ALEGRE 2016 CONCEIÇÃO COUTINHO MELO O CURSO TÉCNICO EM COOPERATIVISMO REALIZADO ATRAVÉS DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA REFORMA AGRÁRIA (PRONERA): UMA ANÁLISE BASEADA NA ABORDAGEM DAS CAPACITAÇÕES Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Rural. Aprovada em: Porto Alegre, 29 de abril de 2016. BANCA EXAMINADORA: ___________________________________ Prof. Dr. Paulo Dabdab Waquil – Orientador UFRGS ___________________________________ Prof. Dr. Fábio de Lima Beck – Co-orientador UFRGS ___________________________________ Prof. Dr. Leonardo Xavier da Silva UFRGS ___________________________________ Prof.ª Dr.ª Daniela Dias Kühn UFRGS ___________________________________ Prof. Dr. Nelton Luis Dresch UFRGS Dedico à minha mãe (D. Vina), minha irmã (Patricia Coutinho Melo) e ao meu pai, o “seu Veras” (In Memorian), que foi o primeiro a me ensinar que riqueza material não é o principal em nossa vida. AGRADECIMENTOS Agradeço, incomensuravelmente, à minha irmã, que contribuiu de forma significativa principalmente na realização das degravações das entrevistas. Como também à minha mãe, que soube lidar da melhor forma com os períodos tensos que ocorreram durante o mestrado, demonstrando todo seu amor. Agradeço de forma especial ao Prof. Paulo Waquil, meu orientador, que tranquilamente e de forma segura conduziu esse processo, confiando no meu trabalho, apoiando e incentivando em todos os momentos. Prof. Waquil, o senhor tornou-se para mim uma referência não apenas profissionalmente, mas de ser humano. Muito obrigada por tudo! Ao prof. Fábio de Lima Beck, que aceitou o convite de co-orientar este trabalho, meus sinceros agradecimentos. Nossas reuniões foram bastante proveitosas em todo o processo da pesquisa. Agradeço à prof.a Daniela Dias Kühn e aos prof.s Leonardo Xavier da Silva e Nelton Luis Dresch, por aceitarem participar da banca examinadora dessa dissertação. Para a realização desse trabalho, muitas outras pessoas e instituições estiveram envolvidas, direta ou indiretamente. Agradeço imensamente aos egressos do TAC, ao MST, que através de seus dirigentes e militantes do RS, MG, CE, PA e MS, acolheu a pesquisa e contribuiu de várias formas para que a mesma pudesse ser realizada. Agradeço também à direção da Concrab, Coceargs, IEJC, Ipe Campo e Iterra, as quais deram apoio para que esta pesquisa fosse possível. Agradeço em especial ao Levino, Denise, Diana Daros, Vera, Miguel Stedile, Pardal, Gauchinho, Chicão, Rubens, Edgar Kolling, Nelson Kunpinski, Dário, Vanderlei, Kátia (veterinária), Clarice Felisbino, Antonio Kanova, Viviane, Leure, Eduardo, Evandro, Nilmar, Paçoca (RS), Helenice, Davy, Daniel (MG), Emanuelli, Carlinhos, Filho, Edson, Ulisses, Janiel, Edson, Sabá, Agno, João, Claudinha, Marionaldo (PA), Márcia, Tigrinho, Zezinho, Eliel, Muiara, Eduardo, Everton, Gilson (MS), Edite (PR), Sheila, Marcel e Antônio José (CE). Pela minha liberação para o mestrado, agradeço ao Incra, nas pessoas do Sr. Superintendente, Roberto Ramos, e da Coordenadora Nacional do Pronera, Raquel Vuelta. Também agradeço à ex-Coordenadora Nacional do Pronera e atual prof.a da UNB, Clarice Aparecida dos Santos e ao Chefe da Divisão de Educação do Campo, Nelson Marques Felix. Pela continuidade do trabalho do Pronera no Incra e pelas informações sistematizadas e repassadas a mim, agradeço à Camila Frota e à Malu, uma grande referência de servidora pública. Pelo apoio dentro e fora dessa autarquia, não apenas em relação ao mestrado, agradeço à Keila Reis e Verônica Fernandes, que durante minha caminhada profissional, tornaram-se parte da minha família. Aos colegas do grupo de pesquisa, coordenado pelo Prof. Waquil, quero agradecer pela acolhida e aprendizados (Alessandra Matte, Lívio Claudino, Lúcio Muchanga, Dieisson Pivoto, Rafaela Vendruscolo, Pedro Xavier, Luciana Scarton, Chaiane Leal, Rodolfo Arns, Débora Favero e Carolina Souza). Aos professores, servidores e terceirizados que compõem o PGDR, muito obrigada pelo aporte que recebi desde a época em que eu fui aluna especial deste programa. Aos colegas do PGDR (mestrado e doutorado), que me incentivaram desde a elaboração do projeto para a seleção até o encerramento do mestrado. Dentre tantos, gostaria de agradecer em especial à Ana Claudia Meira, Santiago Millan, Amália Sofia, Nadir Paula, Alessandra Caumo, Maria Araújo, Gitana Nebel, Alessandra Luther, Judith Herrera e Eduardo Sanguinet. Meu enorme agradecimento à amiga (irmã) de todas as horas, Luciana Siqueira, que tive a honra de conhecer no mestrado, por toda a sua ajuda nos momentos mais difíceis dentro e fora da Universidade. Muito obrigada pelos puxões de orelha, estudos e cafés compartilhados durante esses dois anos. Pela amizade, trocas de ideias e ajuda constante sobre normas ortográficas, como também pela revisão prévia dessa dissertação, quero agradecer à Joice Nunes, da empresa Papel Ofício e à Talissa pela revisão final. Agradeço à Jéssica Coutinho, Angelita Abegg, Atena Rudá, Helena Marques, Rita, Dariane, Paula Sandrine, Adolfo Pizzinato, Eric e Gabi Seger por terem contribuído de diferentes maneiras para que este trabalho pudesse ser realizado. Agradeço o incentivo, debates teóricos, conversas descontraídas e desabafos, dos amigos Leonardo Farias, Hulda Rocha, Itamar Jr. e Marília Gomes. A esta agradeço, também, pela confecção de um mapa utilizado neste trabalho. Obrigada pela sua disponibilidade, mesmo no momento mais desafiante da sua vida. Agradeço ao amigo Welington Lira pela disponibilidade de confeccionar os mapas temáticos. Agradeço a Deus por, dentre outras coisas, ter colocado todas essas pessoas no meu caminho. “O desenvolvimento econômico do Brasil, quando medido através dos índices da renda média per capita, não pode ser contestado. Mas, se procuramos aferi-lo, através da distribuição real das rendas pelos diferentes grupos sociais, mostra-se êle então bem menos efetivo. E a verdade é que o progresso social não se exprime apenas pelo volume da renda global ou pela renda média per capita, que é uma abstração estatística, e sim por sua distribuição real. E esta distribuição, em lugar de melhorar, de mostrar sua tendência a uma benéfica dispersão, cada vez mais se concentra em certas áreas e nas mãos de certos grupos.” (Josué de Castro) RESUMO A Abordagem das Capacitações, de Amartya Kumar Sen, é uma teoria da justiça social que reconhece no processo de desenvolvimento a expansão das liberdades, ocasionando a eliminação de privações, as quais limitam as escolhas das pessoas para exercerem sua condição de agente. As capacidades (capabilities) para atingir o bem-estar é que precisam ser igualadas e expandidas. As oportunidades, devem ser proporcionadas com base na justiça social como equidade. Pela diversidade própria do ser humano em relação a características pessoais e externas, oportunidades sociais podem requerer ação pública de modo a atender essas especificidades, para que os indivíduos possam realizar funcionamentos (estados e ações de uma pessoa). Para combater essas desigualdades, políticas de redistribuição e reconhecimento são fundamentais, sobretudo, no meio rural em relação ao sistema educacional. Apesar da educação ser um direito previsto constitucionalmente, o histórico da educação rural é de precarização. Com o surgimento da luta em prol da Educação do Campo, é criado em 1998, como resposta às reivindicações dos movimentos sociais, o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - Pronera. Anteriores a este programa, já existiam práticas pedagógicas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, dentre as quais destacava- se o Curso Técnico em Cooperativismo – TAC. Esta dissertação pretendeu investigar se o curso Técnico em Cooperativismo – TAC, realizado pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – Pronera no Rio Grande do Sul, interfere na realização de funcionamentos e expansão das capacitações de seus egressos. Durante a pesquisa exploratória, foi realizada uma imersão no cotidiano do Instituto Técnico de Capacitação e Reforma Agrária – Iterra. Além disso, foram gerados dados quantitativos, com os quais foi possível traçar o perfil das turmas do TAC, através da estatística descritiva. Foram realizadas entrevistas com egressos de seis estados brasileiros e com representantes da Concrab e Coceargs, entidades responsáveis pelo TAC em nível nacional e estadual, respectivamente. Os objetivos deste trabalho foram alcançados, sendo concluído que o TAC tem contribuído para a expansão das capacitações e funcionamentos de seus egressos, com repercussões no desenvolvimento dos assentamentos, sendo que os resultados permitiram conhecer muito além das variáveis de análise propostas inicialmente. Palavras-chave: Abordagem das capacitações. Educação do campo. Técnico em Cooperativismo. Iterra.
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