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184 Pages·2017·2.01 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL MICAELA ALVES ROCHA DA COSTA FEMINISMO, GÊNERO E SERVIÇO SOCIAL: avanços, contradições e rebatimentos na formação profissional. NATAL/RN 2017 MICAELA ALVES ROCHA DA COSTA FEMINISMO, GÊNERO E SERVIÇO SOCIAL: avanços, contradições e rebatimentos na formação profissional. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial obtenção do grau de mestre em Serviço Social, sob orientação da Profa. Dra. Andréa Lima da Silva. Linha de pesquisa: Ética, Gênero, Cultura e Diversidade. NATAL/RN 2017 Micaela Alves Rocha da Costa FEMINISMO, GÊNERO E SERVIÇO SOCIAL: avanços, contradições e rebatimentos na formação profissional. Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS), como requisito parcial obtenção do grau de mestre em Serviço Social. Para Haydée, por ser fortaleza em todos os momentos difíceis que passamos. Por abrir os meus caminhos até que eu mesma aprendesse a trilhá-los nas veredas da vida. Por ter um sorriso que me lembra muito a existência de Deus. Para todas as mulheres que minam a máquina do patriarcado e do capitalismo, incansavelmente. Todo dia. AGRADECIMENTOS Mas sinto o que escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos — dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou. Adélia Prado Escrever estas palavras despertam muitas emoções e lembranças ao longo da minha trajetória profissional e pessoal. Há dez anos iniciava a graduação em Serviço Social. Fui a primeira mulher da minha família a conseguir chegar ao ensino superior. Há seis anos acontecia a minha colação de grau. Hoje, ao concluir mais esta etapa, com o coração transbordando alegria, me vejo com a mesma paixão de antigamente pela profissão que escolhi e sinto uma profunda gratidão por várias pessoas que me fortaleceram durante essa caminhada no mestrado. Agradeço à minha mãe, Haydée, pelo amparo, pelas doses de amor e paciência diárias. Por entender as ausências na vida familiar oriundas dos estudos e da militância e por proporcionar as condições materiais e afetivas para que eu pudesse me dedicar a esta pesquisa. Esta construção também é oriunda da sua luta, minha mãe. À minha família que sempre me incentivou aos estudos e acreditou no meu potencial. Minha profunda gratidão ao Eider, meu melhor amigo que também é irmão, por todas as vezes que me fez sorrir quando a vida parecia pesada e por renovar, cotidianamente, a alegria no meu coração. Ao Alves, meu padrasto, pelo carinho, cuidado e pelas reflexões políticas. Ao primo Phelipe, pela leveza e tranquilidade. As minhas tias, Bá, Tetê e Dalva por serem acolhida e fortaleza em todos os momentos que precisei. À um certo moço bonito, paciente companheiro, que desde a seleção do mestrado, motivou e incentivou meus estudos. Por perceber o feminismo também importante para a nossa vida e nossa história. Gratidão por todo o incentivo, pelos olhares de cumplicidade e amor, Raynan. Às amizades que o movimento estudantil em Serviço Social me presenteou e que permanecem comigo até hoje, meu sorriso e meu agradecimento por tudo. Samya, Cristina, Floriza e Analice, vocês são luzes no meu caminho, me guiam pela escuridão. Com vocês não temo! Essa caminhada não teria o mesmo sentido e jamais teria sido tão terna se não tivesse a presença marcante de cada uma. Agradeço às amizades que fiz durante o mestrado, em especial a Lizete, amiga querida, sábia ouvinte e conselheira, frente às dificuldades da vida. Que me estendeu as mãos e os ouvidos, sempre disposta a me ajudar. Agradeço a Maiara, pela doçura e firmeza que me ensinaram tanto. Espero que nossas parcerias e amizades, tão importantes para mim, permaneçam com o tempo. As demais colegas, meu sincero agradecimento pela partilha de vida e trajetória profissional que tanto me ensinaram. Ao querido amigo Tibério pela ajuda em todos os momentos de sufoco, pelo carinho, pelas discussões sobre gênero e diversidade sexual e pela amizade que eu levo no coração. À amigas-irmãs-camaradas, colegas de profissão e fontes inesgotáveis de abraços, discussões políticas e amor: Carol Costa, Carla e Bárbara. Às amigas queridas, Elizângela, Leidiane e Águida pelo apoio, pelo incentivo e pela alegria em todos os nossos reencontros e partilhas intelectuais. À Caroline Santos e Carol Pinero, pelo incentivo à arte e a literatura que tanto me inspiraram neste processo. À Luciene Silva pela força e simplicidade que me ajudou tanto nesse processo de escrita. À pequena Ritinha que sempre me recebeu com um sorriso e com os braços abertos. À todas as pessoas que compõem o GEPTED e QTEMOSS e que contribuíram com importantes debates no Serviço Social. Agradeço por todo o enriquecimento intelectual partilhado. À Prof.ª Dr. ª Antoinette por pelo carinho, pelo incentivo e pela atenção no estágio docência na disciplina Seminário Temático sobre gênero. À Prof.ª Dr. ª Regina Ávila pela valiosa contribuição ao meu projeto e na minha formação profissional. À Profª Rita de Lourdes pelo incentivo aos estudos e por se dispor a participar como suplente na banca de defesa de dissertação. À todas as professoras, bolsistas de apoio técnico e funcionárias/os que compõem o Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. À todas entrevistadas e entrevistados, que disponibilizaram um tempo precioso para a minha pesquisa. A CAPES pela bolsa que possibilitou minha dedicação integral a esta pesquisa. E por fim, gratidão à Prof.ª Dr. ª Andréa Lima, minha querida orientadora, pelo incentivo, pela firmeza e pela preciosa contribuição. Pela partilha de emoções ao longo dessa caminhada tão especial para mim. À Prof.ª Dr.ª Silvana Mara e Prof.ª Dr. ª Mirla Cisne que desde a qualificação me acompanharam e aceitaram participar da banca de defesa. É uma alegria e honra contar com a contribuição de vocês neste processo. Muito obrigada, axé! “Nenhum momento é sem perigo. Na sua própria casa, falar, desafiar é cortejar a dor. Na rua, andar à noite é convidar a agressão. Na minha sociedade, protestar contra a opressão é se expor a uma violência ainda maior. Por muito tempo tenho estudado a profundidade e extensão da guerra. No final, compreendi que ser uma mulher é uma luta sem fim para viver e ser livre.” Joi Bairros. RESUMO A efetivação das políticas neoliberais pelo Estado brasileiro, desde a década de 1990, imprimiu uma agenda de destruição dos direitos da classe trabalhadora com alógica do "estado mínimo" e corte no financiamento das políticas públicas. A educação superior, em especial, foi duramente impactada por uma lógica mercantil, de viés empresarial, que provocou o aligeiramento dos cursos, o sucateamento da universidade pública e a intensa privatização do ensino, através das recomendações de organismos internacionais como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional. O pensamento conservador, fortalecido pela ideologia neoliberal adentrou em todas as esferas da vida social e fortalece nas relações sociais, o individualismo, a fragmentação, a intolerância, o machismo, o racismo, a homofobia e o ódio entre as classes sociais. Estas mudanças impactaram, também, e, diretamente a formação profissional em Serviço Social, exigindo da profissão, um rigoroso trato teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo diante da ofensiva conservadora em curso, do desmonte do ensino superior e uma maior ação das entidades profissionais na defesa da educação pública e de qualidade. A partir do entendimento do feminismo como um elemento estratégico para o fortalecimento da formação e do exercício profissional, de uma categoria composta majoritariamente por mulheres e que tem como demanda expressiva, as mulheres da classe trabalhadora, este trabalho objetivou analisar os avanços, contradições e rebatimentos da discussão de gênero e feminismo na formação profissional em Serviço Social. O lócus da pesquisa foram quatro instituições de ensino superior do estado do Rio Grande do Norte, a saber: Universidade Federal Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Universidade Potiguar (UNP) e Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN). Realizamos entrevistas semiestruturadas com oito discentes e oito docentes das instituições de ensino superior, totalizando dezesseis pessoas entrevistadas. A investigação é embasada pelo método materialista histórico dialético a partir da técnica de abordagem quanti-qualitativa e pesquisa bibliográfica. Além disso, utilizamos análise documental com base nos projetos pedagógicos e nas grades curriculares dos cursos. Como resultado da pesquisa, consideramos que a discussão de gênero e feminismo é imprescindível para o Serviço Social e contribui de forma significativa para a qualidade da formação profissional. A articulação política com o movimento feminista e com os movimentos sociais, favorecem e qualificam esta discussão. Contudo, o aligeiramento e o desmantelamento do ensino superior podem interferir de forma direta no processo formativo, principalmente nas instituições privadas, prejudicando a contribuição do gênero e do feminismo no processo formativo. Por fim, considera-se que a luta por uma educação de qualidade, laica, socialmente referenciada, e feminista é um desafio para o Serviço Social em tempos de avanço do pensamento conservador. Palavras-chave: Feminismo, Gênero, Serviço Social, Formação profissional.

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teoricismo acrítico, o pragmatismo, o voluntarismo, contentamento com o possibilismo em duas partes e subpartes conectadas, de tal modo que “[.
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