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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Antonio Fernando de Castro Alves Beraldo Política ... PDF

385 Pages·2015·3.15 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Antonio Fernando de Castro Alves Beraldo Política de Cotas na Universidade Federal de Juiz de Fora (2006-2012): Eficácia e Eficiência JUIZ DE FORA 2015 Antonio Fernando de Castro Alves Beraldo Política de Cotas na Universidade Federal de Juiz de Fora (2006-2012): Eficácia e Eficiência Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Ciências Sociais. Orientador: Prof. Dr. Eduardo Magrone JUIZ DE FORA 2015 TERMO DE APROVAÇÃO Antonio Fernando de Castro Alves Beraldo Política de Cotas na Universidade Federal de Juiz de Fora (2006-2012): Eficácia e Eficiência Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Área de concentração: Políticas Públicas e Desigualdade Social, Instituto de Ciências Humanas, da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor. Aprovada em 30/03/2015 BANCA EXAMINADORA Eduardo Magrone Universidade Federal de Juiz de Fora Lourival Batista de Oliveira Júnior Universidade Federal de Juiz de Fora Luciana Pacheco Marques Universidade Federal de Juiz de Fora Mônica Pereira dos Santos Universidade Federal do Rio de Janeiro Fernanda Cristina Barbosa Pereira Queiroz Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Este trabalho é dedicado a Renata Márcia de Figueiredo AGRADECIMENTOS Mesmo sendo este o local e o momento para registrar a gratidão aos amigos e às amigas que de alguma forma, e em algum grau, foram afetados e afetaram esta trajetória, é necessário afirmar que estes agradecimentos se dispõem ao longo de todas as páginas: é como se a escrita surgisse de mãos entrelaçadas na condução do tema. Agradeço ao professor e orientador Eduardo Magrone. Nosso entendimento, muitas vezes “telepático” emergiu em conversas intensas - mas nunca tão extensas segundo a minha vontade - e deram o rumo desta prosa, como dizem os gaúchos e os mineiros. Agradeço ao professor, amigo, cúmplice no mestrado e colega Lourival Batista de Oliveira Júnior, que participou e contribuiu com sua inteligência e capacidade (e criatividade), sempre brilhantes, desde o começo das ideias. Agradeço à Luciana Pacheco, que a sorte boa me fez esta convergência de ideias e na entrevista que concedeu, abriu caminhos que serão trilhados agora. Agradeço à Mônica Pereira dos Santos, uma grata surpresa, um socorro entusiasmado, na hora certa. Agradeço à Fernanda Cristina Barbosa Pereira Queiroz, pela atenção e o rápido atendimento ao convite – e à evocação de lembranças muito boas do meu começo de carreira na UFJF. Agradeço à Lucília de Almeida Neves Delgado, que tão carinhosamente atendeu ao convite – uma imagem daqueles tempos dourados na Juiz de Fora de afetuosa lembrança. Embora os fados tenham conspirado contra sua presença, seu estímulo foi decisivo, num momento crucial. Agradeço à Katiuscia Vargas Antunes, que ajudou intensamente na qualificação da tese, num momento grave e delicado. A maioria de suas sugestões foi incorporada a este trabalho – a tese ficou mais qualificada. Agradeço aos mestres das disciplinas do doutorado: José Alcides, que me fez pensar mais diversamente sobre a Estatística e suas aplicações na Sociologia; Paulo Fraga, pela paciência e atenção a um neófito que acabou aprendiz; Fernando Tavares, com as dicas e os incentivos. E um abraço especial na Marcela da Paz, a responsável pelo meu ingresso no doutorado, e na Orcione Pereira, colega da sala de aula que tornou as Ciências Sociais mais leves para mim. Agradeço ao Thiago Nery Teixeira, na verdade um mago da Tecnologia da Informação da UFJF, que, sem exageros, sem ele a maior parte desta tese não teria acontecido. Agradeço ao Raphael, o amigo e o parceiro dos projetos que fizemos e que ainda faremos. Para dizer o mínimo: com suas habilidades, conhecimentos técnicos, presteza, criatividade e inteligência, um “homem imprescindível”, como dizia o poeta. Agradeço à Marcelle, a amiga dedicada, incansável, o apoio nas horas difíceis e nas tarefas, a compreensão na medida certa, do que deveria ter sido feito e no que foi feito. Que nossa amizade e convivência nos dê essa alegria (e muita sorte), sempre. Agradeço às bolsistas Júlia Viana, Aninha, Juliana, Tailiny, e ao Lourenço, que com suas pesquisas me permitiram conhecer mais a universidade e o que pensam os alunos nestes tempos. É destas informações que vem muito do que hoje sei. Agradeço a Carol Assis, pela iluminação e as ideias no início do trabalho. Muito do que foi completado aqui teve origem nas nossas conversas. Agradeço muitíssimo às pessoas (Toninho Buda, Júlio Chebli, Heitor Magaldi, Fred Baeta, Luiz Egypto,...) que me animaram com suas mensagens, sua presença e as vibrações positivas na época difícil do acidente. Agradeço aos colegas da UFJF, técnicos administrativos que sempre estiveram próximos às minhas demandas, e, à PRORH da UFJF pelas bolsas, uma ajuda e tanto! Agradeço ao apoio, ao conforto, ao incentivo, ao carinho, enfim, ao amor da Maria Lúcia, de quem sou eterno devedor – e eterno admirador, e a quem prometo que nunca mais arremesso minhas setas tão longe, e tão difíceis. As correções e os acertos foram feitos, afinal ela é a coautora deste trabalho. Enfim, agradeço a Maria Cecília, e seu abraço de filha – não há nada nesta vida que me deixe tão feliz quanto este reconhecimento do afeto. Epígrafe O Homem é o único ser que necessita da Educação. Por Educação entenda- se a sucessão cuidar dos bebês e nutri-los, depois torna-los disciplinados (Zucht), e, mais tarde, escolarizar e ensinar aos jovens. (...) O Homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Immanuel Kant, über Pädagogik O amor à liberdade é tão forte no Homem, que, uma vez que tenha se desenvolvido acostumado com a liberdade, ele irá sacrificar tudo em nome dessa liberdade. Immanuel Kant, über Pädagogik Pois a linguagem da liberdade é tão adaptável ao lidar com a questão de desigualdade de liberdade quanto à linguagem da renda. E é muito mais relevante, porque no fundo é a liberdade que nos preocupa. (...) Menos desigualdade de renda, melhor. Menor desigualdade na liberdade, melhor. (...) Se não houver nenhuma escola pública, para que os pobres frequentem a escola, essa é uma negação de liberdade. (...) São necessárias mais escolas. (...) Em vez de analisar em termos de desigualdades de renda, pode-se analisar em termos de desigualdade de liberdade. Algumas pessoas não têm escolas, não têm liberdade para enviar os filhos a escolas. Alguns têm escolas, mas apenas o que você descreve como escola pública ruim e, assim que têm uma chance, podem enviar para escolas melhores, particulares. Eles têm mais liberdade, mas não tanto quanto teria se as escolas públicas fossem excelentes, ou se fossem mais ricos, podendo enviá-los para escolas particulares. Amartya Sen, entrevista na Roda Viva. Poder e conhecimento são sinônimos. Theodor W. Adorno, in Begriff der Aufklarung RESUMO Este trabalho analisa os resultados da Política de Cotas na UFJF, no período 2006- 2012, sob os aspectos de eficácia (atendimento às diretrizes da Resolução 05/2005) e de eficiência (medida pelo rendimento acadêmico dos ingressantes no período). Devido ao REUNI, as vagas na UFJF aumentaram de 1.700 (2006) para 3.000 (2012), por ano, e cerca de 16,6 mil candidatos ingressaram na UFJF neste período, sendo divididos em 3 grupos de cotistas: A (autodeclarados negros, vindos de escolas públicas), B (vindos de escolas públicas) e C (não cotistas). A conclusão foi que, em termos de eficácia, os resultados não foram satisfatórios: os percentuais de cotistas ingressantes ficaram abaixo do esperado (40% de cotistas ingressantes, contra 50% fixados na Resolução). Nos resultados por curso, os percentuais são muito diferentes. As vagas não ocupadas por cotistas (que não se candidataram em número suficiente ou foram reprovados no concurso) foram transferidas para os não cotistas que ocuparam 60% do total de vagas. Em termos de eficiência, o percentual de formandos foi maior entre os não cotistas (33%) do que entre os cotistas (22%); dos alunos que se formaram no período, 70% são não cotistas. O percentual de alunos que se evadiram foi de 19% (não cotistas) contra 16,5% (cotistas). Estavam ativos – permaneciam na UFJF -, em 2014, 48% dos ingressantes não cotistas, 61% de cotistas B e 63% de cotistas A. Foram feitos testes estatísticos não paramétricos entre os grupos, e verificou-se que, com referência ao IRA e ao Índice de Reprovação por Nota, cotistas B e não cotistas se equivalem, mas têm IRA superior, numérica e estatisticamente maior do que os cotistas A. No Índice de Reprovação por Infrequência, cotistas B tem os menores percentuais, seguidos dos não cotistas, e dos cotistas A, que tem os percentuais maiores. No entanto, verificou-se que o fator decisivo e determinante na avaliação da eficiência (rendimento acadêmico) é o tipo de escola do Ensino Médio, de onde vêm os ingressantes: quando vindos de escolas públicas federais tem medidas de rendimento acadêmico maiores ou equivalentes aos vindos de colégios particulares; cotistas vindos de escolas públicas estaduais e municipais tem medidas inferiores. Palavras-chave: Política de cotas nas universidades. UFJF. Eficácia de ingresso na instituição. Eficiência acadêmica. ABSTRACT This work analyzes the results of the UFJF Policy of Quotas, from 2006 to 2012, under the aspects of efficacy (meeting the percentiles fixed by the Resolution 05/2005) and efficiency (measured by the academic performances of the students that entered UFJF in that period). Due to REUNI, vacancies in UFJF raised from 1,700 (2006) to 3,000 (2012) per year, and up to 16,6 thousands of candidates entered UFJF in this period, grouped in quotas: quota A (autodeclared negroes, egressed form public secondary schools), quota B (coming from public high schools), and quota C (private schools). The results in efficacy were not good, since the percentiles of A and B quota candidates approved were under the expected (40% of quota students, should be 50%, according to the Resolution). Grouped by course, the percentiles are nearly the same. Vacancies not occupied by A or B candidates (if they are not approved at the exams, or their quantity is less than the offered) were transfered to C candidates, that, in total, occupied 60% of the vacancies. In terms of efficiency, the percent of graduates is over 33% of C students, more than the 22% of A and B students. Among the graduates of the period, 70% are C students. In the period, circa 19% of C students and 17% of A and B students abandoned UFJF. In 2014, 48% of C students, 61% of B students and 63% of A students remained actives at the university. Non parametric statistical tests were applied on them, and the tests revealed that the IRA and the IRN of the B and C students are equivalents, but greater than the A students. The IRI, instead, showed that B students have the lower percents, followed by C students and A students. Meanwhile, the research revealed that the main factor that clearly determinates the efficiency and the scores of the students is the type of the second grade school they came from: when coming from federal public schools, their academic grades are greater than or equivalent of the private schools students. Students that come from state and city public schools have lower scores. Key words: Quota policy in universities. UFJF. Efficacy of the admission to the institution. Academic efficiency. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Remuneração pelo Ensino Superior para adultos com 25 a 64 anos. ........ 60 Figura 2 Percentual de matrícula, ProUni, e Fies, segundo o Curso. ........................ 65 Figura 3 Número de Estudantes, por 100 mil habitantes, por região 1980-1995 ...... 86 Figura 4 Número de estudantes (em milhões(1)), por região, 1980-1995. ................. 86 Figura 5 Evolução percentual sobre o ano anterior do número de matrículas, 1960- 2012 .......................................................................................................................... 91 Figura 6 Correlação entre o crescimento de matrículas no ES e a evolução percentual da população urbana ................................................................................................. 97 Figura 7 Variação do PIB e Médias Móveis por década (1940-2003) ..................... 101 Figura 8: Percentual de IES por categoria administrativa ....................................... 106 Figura 9: Percentual de crescimento das IES, públicas e privadas, sobre o ano anterior (1996-2007) ............................................................................................................. 111 Figura 10 Evolução percentual das Funções Docentes, Esfera Pública e Privada, 1990-2003 ............................................................................................................... 138 Figura 11 Estrutura dos cursos universitários, REUNI. ........................................... 141 Figura 12 Os EUA c. 1860: estados escravistas e livres ......................................... 147 Figura 13 População de negros (pretos e mulatos) nos EUA entre 1850 e 1860 ... 148 Figura 14 Percentual de pessoas entre 18 e 24 anos, brancos e negros, por nível de ensino ...................................................................................................................... 187 Figura 15: Resultados do IDEB ............................................................................... 188 Figura 16 Distribuição racial da população, Brasil ................................................... 197 Figura 17 Distribuição racial da população, Juiz de Fora, MG ................................ 198 Figura 18 Distribuição de cor/raça em alguns cursos da UFJF, 2004 ..................... 210 Figura 19 Número de Ingressantes, por tipo de cota, 2006-2012 ........................... 218 Figura 20 Proporção de ingressantes, segundo o tipo de cota, 2006-2012 ............ 219 Figura 21 Evolução do número e do percentual de cotistas, 2006-2012 ................. 220 Figura 22 Ingressantes 2006-2012 - Percentual por tipo de Cota ........................... 222 Figura 23 Cursos da Área de Saúde ....................................................................... 226 Figura 24 Cursos de Engenharia ............................................................................. 227 Figura 25 Cursos das Ciências Sociais Aplicadas .................................................. 228 Figura 26 Cursos do ICHL ....................................................................................... 229 Figura 27 Bacharelados Interdisciplinares .............................................................. 230

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ministro da Educação (2003-2004) reeleito senador (DF, 2010-2018). e ele deve tá numa angústia danada, porque ele tem a possibilidade de
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