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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO ESTUDO DA ESPÉCIE EXÓTICA ... PDF

111 Pages·2015·2.53 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO ESTUDO DA ESPÉCIE EXÓTICA INVASORA Cytisus scoparius L. NA ILHA DA MADEIRA E FORMAS DE CONTROLO -Versão Final- Dissertação de Mestrado em Engenharia Florestal DIOGO FRANCISCO GARÇÊS DA SILVA Orientador: Prof. Dr. João P. F. Carvalho VILA REAL 2015 RESUMO As espécies invasoras são uma das principais ameaças à biodiversidade mundial, com impactos graves para o meio ambiente, economia e serviços dos ecossistemas. Invasão ecológica é um campo relativamente recente de importância crescente em pesquisa e gestão ambiental, com um número crescente de publicações e novas iniciativas de grande alcance. Mesmo assim, muitas questões ainda precisam ser respondidas e mais pesquisas é claramente necessário. Este trabalho consiste numa investigação com parceria com o Parque Natural da Madeira sobre o estudo da espécie invasora Cytisus scoparius L. da Ilha da Madeira e as diversas formas de combate. O trabalho realizado teve como objetivo contribuir para o estudo de formas de controlo. As formas de controlo testadas foram a utilização de um herbicida folhear sistémico Glifosato em diferentes dosagens (10%, 20% e 30%) aplicado em quatro maneiras diferentes: aplicação imediata após corte raso e parcial, e aplicação 1 hora após ambos métodos de cortes. Os resultados da aplicação de glifosato na concentração de 10% de calda demonstram que este é o meio mais adequado para a gestão das invasoras lenhosas na modalidade de corte raso, uma vez que prescinde de limpeza da área intervencionada, ajudando assim na prevenção de incêndios florestais. Para além disso, a paisagem torna- se esteticamente mais agradável, dando espaço às espécies nativas para o seu desenvolvimento. ABSTRAT The invasive species are one of the major threats to worldwide biodiversity, with huge impact to the environment, economy and ecosystem services. Ecological invasion it’s a relatively new area of increasing importance in research and environmental management, with an increasing number of publications and new wide range initiatives. Nevertheless, there are many questions that need to be answered and more research is expressly needed. This paper is an investigation in collaboration with the Madeira National Park about the study of the Madeira’s invasive species Cystus i scoparius L. and the several forms of action. The purpose of this work aimed to contribute to the forms of control study. The forms of control tested consisted in utilization of glyphosate herbicide in different dosages (10%, 20% and 30%) administered in four different ways: Immediately administration after clear and partial cutting, and administration one hour after both cuts. The results of the glyphosate administration at 10% concentration shows that this is the most appropriate way to manage woody invasive species in the clear-cutting modality, since it dispenses cleaning of the project area, thus helping prevent forest fires. Furthermore, the landscape becomes aesthetically more pleasing, giving space to the development of native species. ii ÍNDICE RESUMO ......................................................................................................................................... i ABSTRAT ......................................................................................................................................... i ACRÓNOMOS ................................................................................................................................ ix AGRADECIMENTOS........................................................................................................................ x 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1 2. CONCEITO DE PLANTAS INVASORAS ......................................................................................... 3 2.1 - ORGANISMO INVASOR ...................................................................................................... 3 2.2 - PLANTA INVASORA ............................................................................................................ 4 2.3 - PLANTA NATIVA ................................................................................................................ 5 2.4 - CONCEITO DE PLANTA INVASORA ..................................................................................... 5 2.4.1 - PLANTAS ALIENÍGENAS .............................................................................................. 6 2.4.2 - PLANTAS EXÓTICAS CASUAIS ..................................................................................... 6 2.4.3 - PLANTAS NATURALIZADAS ......................................................................................... 7 2.4.4 - INFESTANTES .............................................................................................................. 7 2.4.5 - TRANSFORMADORAS ................................................................................................. 7 2.5 -CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS INVASORAS ................................................................... 8 3 - IMPACTOS DAS ESPÉCIES INVASORAS ................................................................................... 11 3.1 - IMPACTOS A CURTO E A LONGO PRAZO ......................................................................... 11 3.2 - IMPACTOS ECOLÓGICOS ................................................................................................. 11 3.3 - IMPACTOS NO CICLO DE NUTRIENTES ............................................................................ 12 3.4 - IMPACTOS NA HIDROLOGIA ............................................................................................ 12 3.5 - IMPACTOS EM PROCESSOS GEOMORFOLÓGICOS .......................................................... 13 3.6 - IMPACTOS NO REGIME DE FOGO ................................................................................... 13 3.7 - IMPACTOS SOBRE A FAUNA NATIVA ............................................................................... 15 3.8 - IMPACTOS SÓCIO-ECONÓMICOS .................................................................................... 15 4 - MÉTODOS DE CONTROLO ...................................................................................................... 17 4.1 - CONTROLO MECÂNICO ................................................................................................... 18 4.1.1 - PROCESSOS MECÂNICO............................................................................................ 19 4.2 - CONTROLO QUÍMICO ...................................................................................................... 22 4.2.1 - PROCESSOS QUÍMICOS ............................................................................................ 24 5 - GESTÃO DE INVASORAS ......................................................................................................... 27 iii 5.1 - PREVENÇÃO ..................................................................................................................... 28 5.2 - DETEÇÃO PRECOCE E ERRADICAÇÃO .............................................................................. 28 6 - ESPÉCIES INVASORAS EM PORTUGAL CONTINENTAL E NA ILHA DA MADEIRA ..................... 29 6.1 - MAPEAMENTO DE ESPÉCIES INVASORAS ILHA DA MADEIRA ......................................... 31 7 - CARACTERIZAÇÃO DA ESPÉCIE Cytisus scoparius L. ............................................................... 32 7.1 - IMPACTOS DA ESPÉCIE Cytisus scoparius ........................................................................ 35 7.2 - DISTRIBUIÇÃO DA Cytisus scoparius ............................................................................... 36 8 - PARQUE NATURAL DA MADEIRA ........................................................................................... 37 9 - MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................................... 39 9.1 - DESCRIÇÃO DO LOCAL EXPERIMENTAL ........................................................................... 39 9.1.1 - CARACTERIZAÇÃO GEOMORFOLÓGICA ................................................................... 40 9.1.2 - CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS ................................................................................ 48 9.1.3 - OCUPAÇÃO DO SOLO ............................................................................................... 50 9.1.4 - ÁREAS PROTEGIDAS ................................................................................................. 52 9.2 - METODOLOGIA ............................................................................................................... 54 9.2.1 - MATERIAIS ................................................................................................................ 54 10 - RESULTADOS ........................................................................................................................ 58 10.1 - MORTALIDADE .............................................................................................................. 58 10.2 - CORTE RASO – Nº PLANTAS COM REBENTAÇÃO .......................................................... 60 10.3 - CORTE RASO - NÚMERO DE REBENTOS ........................................................................ 65 10.4 - CORTE RASO - ALTURA MÉDIA DOS REBENTOS ............................................................ 67 10.5 - SINTOMAS AO LONGO DA MONITORIZAÇÃO ............................................................... 69 11 - DISCUSSÃO ........................................................................................................................... 71 12 - CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 72 13 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 73 14 - ANEXOS ................................................................................................................................ 80 14.1 PROTOCOLO EXPERIMENTAL .......................................................................................... 81 14.2 - FIHA DE MONITORIZAÇÃO AMOSTRAGEM ................................................................... 87 14.3 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA B ....................................................................... 88 14.4 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA C........................................................................ 89 14.5 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA D ....................................................................... 90 14.6 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA E ........................................................................ 91 14.7 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA F ........................................................................ 92 14.8 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA G ....................................................................... 93 iv 14.9 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA H ....................................................................... 94 14.10 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA I ....................................................................... 95 14.11 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA J ...................................................................... 96 14.12 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA K ...................................................................... 97 14.13 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA L ...................................................................... 98 14.14 - FICHA DE MONITORIZAÇÃO PARCELA M .................................................................... 99 14.14 - MEDIÇÕES DE ALTURAS ............................................................................................ 100 v ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 Esquema hierárquico de classificação das plantas exóticas ........................................... 8 Figura 2 Principais etapas de um processo de invasão .................................................................. 9 Figura 3 Custo relativo e probabilidade de sucesso de ações de gestão para prevenir ou mitigar o ciclo plantas invasoras-regime de fogo ....................................................................................... 14 Figura 4 Controlo Mecânico ....................................................................................................... 18 Figura 5 Arranque Manual .......................................................................................................... 19 Figura 6 Corte Manual ............................................................................................................... 20 Figura 7 Descasque Manual ........................................................................................................ 21 Figura 8 Controlo Químico ......................................................................................................... 22 Figura 9 Golpe, para de seguida aplicar herbicida ...................................................................... 24 Figura 10 Aplicação de herbicida após ao corte.......................................................................... 25 Figura 11 Ciclo de Gestão de Plantas Invasoras ......................................................................... 27 Figura 12 Origem e estatuto das espécies florestais existentes em Portugal ............................... 29 Figura 13 Delineamento do Parque Natural da Madeira ............................................................. 37 Figura 14 Gráfico Termo Pluviométrico (Ponta Delgada - Série 1961-1990) ............................ 49 Figura 15 Gráfico normais Climatológicas (Ponta Delgada - Série 1961-1990) ........................ 50 Figura 16 Aplicação do herbicida ............................................................................................... 54 Figura 17 Placa de Identificação da Parcela e da Planta ............................................................. 55 Figura 19 Gráfico Nº de Rebentos Parcela A1 "Testemunha" .................................................... 60 Figura 18 Especto do corte raso com aplicação de herbicida ...................................................... 60 Figura 20 Gráfico Resultados Finais Parcela B........................................................................... 61 Figura 21 Gráfico Nº de Rebentos Parcela B .............................................................................. 61 Figura 22 Gráfico Resultados Finais Parcela C........................................................................... 62 Figura 23 Gráfico Resultados Finais Parcela D, E e F ................................................................ 63 Figura 24 Gráfico Resultados Finais Parcela G .......................................................................... 63 Figura 25 Gráfico Nº de Rebentos Parcela G .............................................................................. 64 Figura 26 Rebentos do Corte Raso .............................................................................................. 66 Figura 27 Giesta com Presença de Fruto ..................................................................................... 69 Figura 28 Exemplar após aplicação do químico, e sem aplicação do químico. .......................... 70 vi ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 Principais características morfológicas da Cytisus scoparius....................................... 33 Tabela 2 Classificação taxonómica da espécie Cytisus scoparius............................................... 34 Tabela 3 Classes Hipsométricas do Concelho de São Vicente.................................................... 42 Tabela 4 Intervalos das Classes de Declive (adaptado de Silva, 2000) ....................................... 43 Tabela 5 Classes de Declives do Concelho de São Vicente ........................................................ 45 Tabela 6 Unidades Geológicas presentes no Concelho de São Vicente ...................................... 46 Tabela 7 Classes de Ocupação do Solo por Nível 1 da COS no Concelho de São Vicente ........ 52 Tabela 8 Áreas Protegidas no Concelho de São Vicente ............................................................ 53 Tabela 9 Síntese dos tratamentos prescritos em cada uma das parcelas. .................................... 56 Tabela 10 Resultados da análise de variância para a mortalidade das plantas. ........................... 59 Tabela 11 Resultados do teste de Duncan para a mortalidade das plantas. ................................. 59 Tabela 12 Resultados da análise de variância para o número de plantas com rebentação. ......... 65 Tabela 13 Resultados do teste de Duncan para o número de plantas com rebentação. ............... 65 Tabela 14 Resultados da análise de variância para o número de rebentos. ................................. 66 Tabela 15 Resultados do teste de Duncan para o número de rebentos. ....................................... 67 Tabela 16 Resultados da análise de variância para altura média dos rebentos............................ 68 Tabela 17 Resultados do teste de Duncan para altura média dos rebentos. ................................ 68 vii ÍNDICE DE MAPAS Mapa 1 Distribuição Cytisus scoparius no planeta ..................................................................... 36 Mapa 2 Distribuição Cytisus scoparius Portugal Continental ..................................................... 36 Mapa 3 Mapeamento das espécies invasoras Ilha da Madeira (COSRAM)................................ 31 Mapa 4 Enquadramento Geográfico do Concelho de São Vicente ............................................. 40 Mapa 5 Carta Hipsométrica do Concelho de São Vicente .......................................................... 41 Mapa 6 Carta de Declives do Concelho de São Vicente ............................................................. 44 Mapa 7 Carta Geológica Simplificada do Concelho de São Vicente .......................................... 47 Mapa 8 Principais Bacias Hidrográficas do Concelho de São Vicente ....................................... 48 Mapa 9 Carta de Ocupação do Solo do Concelho de São Vicente .............................................. 51 Mapa 10 Áreas Protegidas no Concelho de São Vicente ............................................................ 53 Mapa 11 Área de Intervenção ..................................................................................................... 57 viii ACRÓNOMOS PNM - Parque Natural da Madeira IUCN - International Union for the Conservation of Nature EPI´s - Equipamentos de Proteção Individual CRH10 - Corte Raso e Aplicação de herbicida a 10% CRH20 - Corte Raso e Aplicação de herbicida a 20% CRH30 - Corte Raso e Aplicação de herbicida a 30% CRH101 - Corte Raso e Aplicação de herbicida a 10% uma hora após ao corte CRH201 - Corte Raso e Aplicação de herbicida a 20% uma hora após ao corte CRH301 - Corte Raso e Aplicação de herbicida a 30% uma hora após ao corte CPH10 - Corte Parcial e Aplicação de Herbicida a 10% CPH20 - Corte Parcial e Aplicação de Herbicida a 20% CPH30 - Corte Parcial e Aplicação de Herbicida a 30% CPH101 - Corte Parcial e Aplicação de Herbicida a 10% uma hora após ao corte CPH201 - Corte Parcial e Aplicação de Herbicida a 20% uma hora após ao corte CPH301 - Corte Parcial e Aplicação de Herbicida a 30% uma hora após ao corte ix

Description:
outros locais da Europa, a espécie exótica Cytisus scoparius L. é considerada invasora, sendo responsáveis por São usualmente plantas com origem exótica, resultantes de outros continentes, mas podem ser também deterioration of archaeological remains in Italy. Weed Technology, 18:
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