ebook img

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Cirurgia de tecidos moles em animais de ... PDF

106 Pages·2014·3.83 MB·Portuguese
by  
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Cirurgia de tecidos moles em animais de ...

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Cirurgia de tecidos moles em animais de companhia Cirurgia de narinas, fossas nasais e seios paranasais Dissertação de Mestrado em Medicina Veterinária Jessica Szallies dos Reis Orientador Professor Doutor Luís Miguel Viana Maltez da Costa Co-orientador Professora Doutora Sónia Margarida Rodrigues Miranda Vila Real, 2014 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Cirurgia de tecidos moles em animais de companhia Cirurgia de narinas, fossas nasais e seios paranasais Dissertação de Mestrado em Medicina Veterinária Jessica Szallies dos Reis Orientador Professor Doutor Luís Miguel Viana Maltez da Costa Co-orientador Professora Doutora Sónia Margarida Rodrigues Miranda Composição do Júri: Professor Doutor Filipe da Costa Silva Professora Doutora Maria Isabel Ribeiro Dias Professor Doutor Luís Miguel Viana Maltez da Costa Vila Real, 2014 ii AGRADECIMENTOS Antes de mais agradecer à Universidade de Trás-os-Montes, casa que me acolheu e na qual pude crescer como pessoa e futura profissional. Um especial obrigada ao professor Maltez por me juntar ao molhinho de orientandos dele e ter disponibilizado toda a ajuda e orientação necessárias. À doutora Sónia, por ter aceite co-orientar este trabalho, por guiar- me na escolha do tema e ajudar-me em todo o processo prático que este envolveu, desde a recolha de material à discussão dos casos. Os vossos conselhos e esclarecimentos foram fundamentais na elaboração da minha dissertação. A todos os hospitais que me acolheram antes e depois do estágio curricular: ao Hospital Veterinário do Baixo Vouga, ao Hospital Veterinário de Trás-os-Montes e ao Hospital Veterinário Clinicão e a todos os seus clínicos, enfermeiros e auxiliares que me ensinaram grande parte das coisas que temos que aprender e que não estão escritas nos livros. Um especial obrigada à família HVBV que durante 4 meses me acolheu e apoiou ao longo de parte do meu estágio curricular e no qual desenvolvi a parte prática da dissertação. Obrigada aos médicos que nunca se cansam de ter uma “sombra estagiária” atrás deles e aos enfermeiros e auxiliares pela cumplicidade, apoio e sobretudo paciência para criar um grupo novo de “bebés” veterinários atrás do outro. Vocês são os maiores! Aos meus colegas estagiários, porque muito trabalho tem que ser acompanhado de muita diversão, e essa não faltou! Ein großer Dank geht (auch) an alle Ärzte, Interns und Tierarzthelfer, die mich aufgenommen und mir etwas beigebracht haben. Ihr habt München für drei Monate zu einem zu Hause für mich gemacht, das sich komplett von meinem zu Hause hier unterscheidet und das ich trotzdem schon jetzt vermisse. To Serena and Fidel, my Italian and Spanish mates, we made a great mediterranean trio! Aos meus amigos de sempre e para sempre: Patrícia, Ana Luísa, Teresa, Manel, Rita, Reis, Tiago, Alex, Gaëlle. Daniela, Anabela, Luís, Cristiana, João e Raquel por serem e por estarem. Às minhas meninas de Vila Real pelas noitadas de amizade, de estudo, de trabalhos de grupo infindáveis, pelo apoio incondicional. Vanessa, Sara, Sofia e Verinha, longe mas perto! Por fim, um grande obrigada à minha família, em especial aos meus pais, por fazerem os possíveis e os impossíveis para que este sonho andasse para a frente. Obrigada a todos do fundo do coração, Jessica Reis iii RESUMO A cavidade e seios nasais são estruturas de elevada importância na sobrevivência de um organismo vivo. Quando são afetados por lesões, ficam comprometidas funções como a da respiração, da preensão de alimentos e do olfato. Das diversas doenças que atingem a cavidade nasal, algumas delas têm tratamento exclusivamente médico, como as rinites bacterianas ou alérgicas, outras têm tratamento exclusivamente cirúrgico como a rinite por corpo estranho, os pólipos nasofaríngeos, a estenose nasal e as fendas nasolabiais. Outras podem ser tratadas médica ou cirurgicamente, sendo que esta escolha feita pelo clínico que se deve basear na literatura mais recente, na sua experiência e nos resultados dos meios complementares de diagnóstico. Entre os vários métodos usados destacam-se os imagiológicos (em casos de malformações, neoplasias e infeção micótica), cultura de fungos, rinoscopia quando se suspeita de rinite por corpo estranho ou da presença de pólipos nasofaríngeos e análise histopatológica no caso das neoplasias. Em rinites por corpo estranho o tratamento ideal é a remoção controlada destes com recurso a visualização endoscópica. Ainda assim, há situações em que apenas são necessários flushing’s nasais para os eliminar. Os pólipos nasofaríngeos removem-se da mesma forma que os corpos estranhos ou, no caso da sua localização o impedir, deve ser feito acesso à nasofaringe através do palato, efectuando uma trepanação do mesmo. Para a rinite e sinusite micóticas existem vários tratamentos médicos com fungicidas sistémicos. As várias abordagens cirúrgicas são a endoscópica, a realização de rinotomia dorsal e a trepanação dos seios. Todas elas são acompanhadas por lavagens ou aplicação de soluções antifúngicas. Há várias técnicas de resolução da estenose nasal: alapexia, amputação de narinas, remoção de parte das narinas. As fendas nasolabiais implicam remodelação adequada do plano nasal a cada caso em particular. Tumores do plano nasal podem ser excisionados realizando planetomias adequadas a cada caso que podem ou não implicar remodelação de todo o plano nasal e lábio superior. Tumores da cavidade nasal podem ser removidos por rinotomia dorsal (tal como os tumores dos seios paranasais), rinotomia ventral ou elevação do septo nasal externo. Em qualquer cirurgia das anteriormente descritas deve ter sido tido sempre em conta o resultado funcional e estético expetáveis. iv ABSTRACT The nose cavity and paranasal sinus are very important for the maintenance of life. When they are affected by illness, fundamental functions like breathing, eating and smelling are compromised. From all the different pathologies that affect the nasal cavity, some of them are treated by medical means exclusively, like bacterian or allergic rhinitis. Others are treated exclusively by surgical means like foreign body rhinitis, nasopharyngeal polyps, stenotic nares or nasolabial clefts. Some of them can be treated with medical or surgical means. This choice is made by the veterinary based on recent literature, his experience and on the results of the complementary exams. Among all of them some are specially important: imagiological results (when there are malformations, neoplasia or mycotic infection), fungal culture, rhinoscopy when foreign bodies or nasopharyngeal polyps may be present and histopathological results when tumors are suspected. The ideal treatment for foreign body rhinitis it’s his controlled removal by endoscopic visualization. There are some cases in which nasal flushing’s can be sufficient. Nasopharyngeal polyps are removed with the same technic except when there location doesn’t allow it. In those cases a hole must be done in the bone, accessing the nasopharinge. There are a lot of medical treatments for mycotic rhinitis and sinusitis with oral fungicides. The different surgical treatments are endoscopyc surgery, dorsal rhynotomy or sinus trepanation. All of them are followed by flushing’s with antifungal solutions. Stenotic nares may be resolved with alapexy, nares amputation or partial removal of the nares. Nasolabial clefs always require nasal planum remodelation. Tumors from the nasal planum should be removed with adequate planectomy which may or may not require remodelation from the nasal planum and upper lip. Tumors from the nasal cavity may be removed by dorsal rhynotomy (as well as paranasal sinus tumors), ventral rhynotomy or elevation from the external nasal sept. In every surgery, functional and aesthetical outcomes must always be considered. v ÍNDICE GERAL I – Introdução ........................................................................................................................ 1 II – Revisão bibliográfica ..................................................................................................... 2 1. Função e anatomia da cavidade nasal .......................................................................... 2 2. Doença da cavidade nasal - generalidades ................................................................... 5 3. Métodos de diagnóstico ................................................................................................ 6 3.1. Anamnese e Exame físico ............................................................................... 7 3.2. Analítica sanguínea ......................................................................................... 8 3.3. Imagiologia ...................................................................................................... 8 3.4. Rinoscopia ..................................................................................................... 11 3.5. Microbiologia ................................................................................................. 15 3.6. Análise histopatológica .................................................................................. 17 4. Principais doenças nasais em animais de companhia ................................................. 18 4.1. Rinite por corpo estranho............................................................................... 19 4.1.1. Definição e etiologia ....................................................................................... 19 4.1.2. Sinais clínicos e Diagnóstico .......................................................................... 19 4.1.3. Tratamento cirúrgico ...................................................................................... 20 4.1.4. Prognóstico .................................................................................................... 21 4.2. Pólipos nasofaríngeos ................................................................................... 22 4.2.1. Definição e etiologia ....................................................................................... 22 4.2.2. Sinais clínicos e Diagnóstico .......................................................................... 23 4.2.3. Tratamento cirúrgico ...................................................................................... 24 4.2.4. Prognóstico .................................................................................................... 25 4.3. Rinite e sinusite micótica ............................................................................... 25 4.3.1. Definição e etiologia ....................................................................................... 25 4.3.2. Sinais clínicos e Diagnóstico .......................................................................... 26 4.3.3. Tratamento médico ........................................................................................ 31 4.3.4. Tratamento cirúrgico ...................................................................................... 32 vi 4.3.5. Prognóstico .................................................................................................... 36 4.4. Malformação .................................................................................................. 37 4.4.1. Estenose nasal .............................................................................................. 38 4.4.1.1. Definição e etiologia ........................................................................... 38 4.4.1.2. Sinais clínicos e Diagnóstico .............................................................. 38 4.4.1.3. Tratamento cirúrgico .......................................................................... 39 4.4.1.4. Prognóstico ........................................................................................ 43 4.4.2. Fendas nasolabiais ........................................................................................ 43 4.4.2.1. Definição e etiologia ........................................................................... 43 4.4.2.2. Sinais clínicos e Diagnóstico .............................................................. 43 4.4.2.3. Tratamento cirúrgico .......................................................................... 43 4.4.2.4. Prognóstico ........................................................................................ 44 4.5. Neoplasia ...................................................................................................... 45 4.5.1. Tumores do plano nasal ................................................................................. 46 4.5.1.1. Resolução cirúrgica de tumores do plano nasal ................................. 46 4.5.2. Tumores da cavidade nasal ........................................................................... 53 4.5.2.1. Resolução cirúrgica de tumores da cavidade nasal ............................ 57 4.5.3. Tumores dos seios paranasais ...................................................................... 61 4.5.3.1. Resolução cirúrgica de tumores dos seios paranasais ....................... 62 4.5.4. Complicações e prognóstico .......................................................................... 62 III- Casuística clínica .......................................................................................................... 64 1. Caso clínico número 1 – Malformação congénita em canídeo..................................... 64 1.1. Apresentação do caso clínico ............................................................................ 64 1.2. Intervenção cirúrgica realizada .......................................................................... 65 1.3. Seguimento do caso clinico ............................................................................... 66 1.4. Discussão do caso clínico.................................................................................. 67 2. Caso clínico número 2 – Carcinoma das células escamosas em canídeo ................... 68 2.1. Apresentação do caso clínico ............................................................................ 68 vii 2.2. Intervenção cirúrgica realizada .......................................................................... 70 2.3. Seguimento do caso clinico ............................................................................... 71 2.4. Discussão do caso clínico.................................................................................. 73 3. Caso clínico número 3 – Linfoma nasal em felídeo ..................................................... 74 3.1. Apresentação do caso clínico ............................................................................ 74 3.2. Intervenção cirúrgica realizada .......................................................................... 75 3.3. Seguimento do caso clinico ............................................................................... 76 3.4. Discussão do caso clínico.................................................................................. 78 4. Caso clínico número 4 – Sinusite e rinite micóticas em canídeo ................................. 79 4.1. Apresentação do caso clínico ............................................................................ 79 4.2. Intervenção cirúrgica realizada .......................................................................... 80 4.3. Seguimento do caso clinico ............................................................................... 82 4.4. Discussão do caso clínico.................................................................................. 82 IV - Conclusão ................................................................................................................. 84 viii INDICE DE FIGURAS Fig. Pág. 1 Secção sagital mediana da cabeça 3 2 Representação esquemática do céu da boca 4 3 Representação esquemática da drenagem venosa da cabeça 4 Representação esquemática do posicionamento do animal para as 4 9 projeções radiográficas mais usadas na cavidade nasal 5 Posicionamento ideal do animal para realização de uma rinoscopia 12 6 Endoscópios rígidos para rinoscopia 12 7 Imagem de rinoscopia de conchas nasais normais 13 8 Pinças de biópsia 13 Representação esquemática do posicionamento do endoscópio flexível 9 14 em retroflexão, para visualização das coanas 10 Imagem endoscópica da nasofaringe de aparência normal 14 11 Imagem endoscópica dos seios paranasais normais 14 12 Imagem endoscópica de corpo estranho 20 13 Flushing’s nasais para desobstrução nasal e remoção de detritos 20 Imagem endoscópica de remoção de uma erva da cavidade nasal de um 14 21 cão usando uma pinça de crocodilo, paralela ao endoscópio rígido 15 Imagem endoscópica de um pólipo nasofaríngeo num gato 23 16 Pólipo nasofaríngeo num gato 23 17 TC transversa à cabeça de um gato com pólipo nasal 24 Imagens endoscópicas da zona de abertura das trompas de 18 25 Eustáquio na nasofaringe de um gato 19 Aspergilose nasal 26 Imagens microscópicas de citologias feitas a partir de esmagado de 20 27 biópsia endonasal 21 Aspergilose nasal: placas agar de Aspergillus fumigatus do mesmo animal 27 22 Imagens endoscópicas de aspergilose nasal num cão 28 23 Imagem endoscópica de uma colónia de Aspergillus spp., achatada e 28 irregular Imagem endoscópica de uma grande colónia de Aspergillus spp. no seio 24 29 paranasal de um cão 25 Imagens de TC cranianas de cão 30 26 Aspeto intraoperatório da cavidade nasal e seios após rinotomia dorsal 33 ix 27 Delimitação da zona de trepanação 34 Tratamento de aspergilose nasal usando o método de infusões intranasais 28 35 de enilconazol Dobermann pinscher com tubos para irrigação dos seios e cavidade nasal, 29 35 como descrito na técnica alternativa de Haagen 30 Representação esquemática de alapexia 40 31 Amputação de narinas num cão de raça Shi Tzu 40 Representação esquemática de narinas estenóticas com marcação das 32 41 zonas de corte para recessão em cunha 33 Representação esquemática do local de incisão na alaplastia por punch 42 34 Imagens intracirúrgicas de alaplastia por punch 42 Representação esquemática da cirurgia de resolução de uma fenda labial 35 44 unilateral 36 Imagens pré e pós cirurgia de uma fenda nasolabial unilateral 44 Representação esquemática do posicionamento do animal para a 37 45 projeção radiográfica mais usada no diagnóstico de neoplasias nasais 38 Planetomia: representação esquemática da cirurgia 47 39 Aspecto da planetomia num gato, 6 semanas após a cirurgia 48 40 Representação esquemática da cirurgia de flap de deslizamento 48 41 Representação esquemática do flap em ilha 49 42 Imagem pós cirúrgica de um flap em ilha 50 43 Representação esquemática da cirurgia de flap bilateral dos sulcos 50 44 Imagens intracirúrgicas da cirurgia de flaps da prega alar 52 45 Imagens endoscópicas de diferentes tumores 54 46 Radiografia dorsoventral intranasal de um cão com adenocarcinoma nasal 55 47 TC mostrando um carcinoma nasal das células de transição 55 48 Imagens intracirúgicas da cirurgia de acesso ventral à cavidade nasal 58 49 Linhas de incisão para a realização da cirurgia de recessão do septo nasal 59 50 Imagens intracirúrgicas da cirurgia de recessão do septo nasal 60 51 CT de um adenocarcinoma nasal num gato 61 52 Aspeto pré-cirúrgico do animal do caso clínico n.º 1 64 53 Imagens intracirúrgicas do caso clínico n.º 1 66 54 Imagem pré-cirúrgica do plano nasal do caso clínico n.º 2 68 Radiografia torácica latero-lateral pré-cirúrgica para pesquisa de 55 69 metástase 56 Imagem de TC pré-cirúrgica da cavidade nasal do caso clínico n.º 2 69 x

Description:
A irrigação arterial da cabeça é feita pela a. carótida comum. In Anatomy of the. Dog (5th ed., pp. and neoplastic nasal pathology: a retrospective study. Amputation ( Trader ' s Technique ) in Immature Shih Tzus. Journal of
See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.