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univali princípio constitucional da eficiência administrativa PDF

235 Pages·2007·1.6 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO, EXTENSÃO E CULTURA – ProPEC CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS – CEJURPS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA JURÍDICA – CPCJ PROGRAMA DE MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIA JURÍDICA – PMCJ ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTOS DO DIREITO POSITIVO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA EFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA: (DES)ENCONTROS ENTRE ECONOMIA E DIREITO JULIO CESAR MARCELLINO JUNIOR Itajaí (SC), dezembro de 2006. UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO, EXTENSÃO E CULTURA – ProPEC CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS – CEJURPS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA JURÍDICA – CPCJ PROGRAMA DE MESTRADO ACADÊMICO E CIÊNCIA JURÍDICA – PMCJ ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTOS DO DIREITO POSITIVO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA EFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA: (DES)ENCONTROS ENTRE ECONOMIA E DIREITO JULIO CESAR MARCELLINO JUNIOR Dissertação submetida à Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a título de qualificação para o Mestrado Acadêmico em Ciência Jurídica. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Morais da Rosa Itajaí (SC), dezembro de 2006. DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a Coordenação do Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica – CPCJ/UNIVALI, a Banca Examinadora, e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Itajaí, 08 de dezembro de 2006. Julio Cesar Marcellino Junior Mestrando Esta Dissertação foi julgada APTA para a obtenção do título de Mestre em Ciência Jurídica e aprovada em sua forma final pela Coordenação do Curso de Pós- Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica - CPCJ/UNIVALI. _________________________________ Professor Doutor ALEXANDRE MORAIS DA ROSA Orientador __________________________________ Professor Doutor PAULO MÁRCIO CRUZ Coordenador Geral/CPCJ Apresentada perante a Banca Examinadora composta dos Professores: _______________________________________ Doutor ALEXANDRE MORAIS DA ROSA (UNIVALI) - Presidente ________________________________________ Doutor JACINTO NELSON DE MIRANDA COUTINHO (UFPR) - Membro _____________________________________ Doutor PAULO MÁRCIO CRUZ (UNIVALI) - Membro Itajaí (SC), 08 de dezembro de 2006. AGRADECIMENTOS Ao Professor Doutor Alexandre Morais da Rosa, pela produtiva, paciente, e generosa orientação acadêmica - que jamais impôs caminhos -, sempre privilegiando a escolha democrática de possibilidades, tendo somente como prioridades a salva-guarda do pensamento crítico-filosófico, o reconhecimento da alteridade, e o respeito à vida. Ao Professor Doutor Jacinto Nelson de Miranda Coutinho por oferecer-me, através de sua gigantesca e rica obra acadêmica - que já denunciava os logros do modelo econômico vigente -, as idéias centrais desta pesquisa, e pelas valorosas contribuições ao texto quando da defesa pública deste trabalho. Rendo-lhe, ainda, minha gratidão pelo ‘novo despertar’ deflagrado a partir daquelas contundentes palavras de reconhecimento que definitivamente giraram meus significantes, significados... Daquela emocionante manhã de oito de dezembro não me esquecerei. Ao Professor Doutor Paulo Márcio Cruz por generosamente acrescentar a este escrito como membro da Banca Examinadora, e por conduzir com rigor e dedicação este qualificado Programa de Mestrado onde, além de conhecermos o Direito a partir da necessária perspectiva crítica, aprendemos o mais importante: fazer amigos. E foram muitos. À Professora Msc. Elizete Lanzoni Alves, primeira e mais vibrante incentivadora deste projeto, que jamais furtou-se em apoiar-me nas empreitadas da vida acadêmica. Meu carinho e agradecimento. À Ivana, companheira de todos os dias, que se mostrou absolutamente incansável no apoio, estímulo e dedicação, mesmo quando a falta de tempo nos privava dos mais preciosos momentos de conforto e convivência. Aos meus pais, Cesar e Lila, pelas mais importantes lições de caráter, coragem, perseverança e amor pela vida. Aos professores e funcionários do Programa de Mestrado em Ciência Jurídica da UNIVALI, por todo o auxílio e dedicação que a mim dispensaram ao longo desta caminhada. E a todas aquelas pessoas que de algum modo colaboraram para a concretização desta pesquisa. A minha eterna gratidão. RESUMO A presente pesquisa tem como objeto de estudo o princípio da eficiência administrativa, incorporado à Constituição da República através da Emenda Constitucional n.° 19, de 04/06/1998, e que fixou a ‘ação eficiente’ como parâmetro de atuação da Administração Pública brasileira. A teoria da Constituição e a teoria da norma jurídica são re-visitadas a partir da teoria geral do garantismo jurídico, de Luigi Ferrajoli, e das teorias contemporâneas que formam o movimento denominado por ‘neoconstitucionalismo’, onde o Direito se aproxima da moral e da política, e onde o ‘princípio’ assume condição de norma cogente. A Constituição da República é analisada também a partir da perspectiva hermenêutica, onde se enaltece a importância e vantagens oferecidas pelos estudos da linguagem e da compreensão- interpretativa, especialmente com Martin Heidegger e Hans-Georg Gadamer, para a aplicação e efetivação dos Direitos Fundamentais. Repassando por teóricos como Friedrich Von Hayek e Milton Friedman, a Constituição da República é contextualizada com o neoliberalismo, demonstrando-se aí o desprezo que esta doutrina político-econômica nutre pelo Direito e pelo aparato estatal. Ao final, denuncia-se o câmbio epistemológico operado pelos neoliberais quando da inserção da ‘eficiência’ como meta-princípio constitucional, mostrando-se como o discurso economicista-eficientista gira ideologicamente, confundindo adredemente os significantes ‘eficiência’ e ‘efetividade’. As conseqüências sociais deste câmbio epistemológico também são objeto de estudo neste escrito, pugnando-se pela necessidade de uma mudança de atitude, no sentido de assumir-se uma postura de resistência constitucional visando sempre a garantia e efetivação dos Direitos Fundamentais. ABSTRACT The present research has as study object the Principle of the Administrative Efficiency, incorporated in the Constitution of the Republic through the Constitutional Emendation n.° 19, of 04/06/1998, and that fixed the efficient action as parameter of performance of the Brazilian Public Administration. The theory of the Constitution and the theory of the rule of law are revisited from the general theory of the legal garantism, of Luigi Ferrajoli, and from the theories contemporaries that they form the movement called ‘neoconstitucionalismo', where the Right if approaches to the moral and the politics, and where `principle' assumes norm condition cogente. The Constitution of the Republic is also analyzed from the hermeneutic perspective, where if enaltece the importance and advantages offered for the studies of the language and the understanding-interpretation, especially with Martin Heidegger and Hans-Georg Gadamer, for the application and effetivation of the Basic Rights. Repassing for theoreticians as Friedrich Von Hayek and Milton Friedman, the Constitution of the Republic is contextualizada with the neoliberalismo, having demonstrated itself there the disdain that this politician- economic doctrine nourishes for the Right and the state apparatus. To the end, the epistemologic exchange operated by ‘neoliberal’ when of the insertion of is denounced the efficiency' as constitutional goal-principle, revealing as the speeking economicista-eficientista speech ideologic way, confusing the significants `efficiency' and `effectiveness'. The social consequences of this epistemologic exchange also are object of study in this writing, fighting themselves for the necessity of an attitude change, in the direction to always assume a position of constitutional resistance aiming at the guarantee and efetivação of the Basic Rights. SUMÁRIO RESUMO.....................................................................................................................v ABSTRACT................................................................................................................vi INTRODUÇÃO............................................................................................................1 CAPÍTULO 1...............................................................................................................3 1 A CONSTITUIÇÃO NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO...........................3 1.1 A TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E O GARANTISMO JURÍDICO..........................................3 1.1.1 O CONSTITUCIONALISMO E A TEORIA DA CONSTITUIÇÃO.........................................3 1.1.2 FERRAJOLI E O GARANTISMO JURÍDICO..............................................................11 1.1.3 O GARANTISMO JURÍDICO E A ÉTICA MATERIAL-LIBERTADORA DE DUSSEL..............20 1.2 NORMA CONSTITUCIONAL: REGRAS E PRINCÍPIOS..................................................22 1.2.1 KELSEN E O ‘NORMATIVISMO LÓGICO’................................................................22 1.2.2 HART E A CONCEPÇÃO ANGLO-SAXÔNICA DE NORMA JURÍDICA.............................28 1.2.3 BOBBIO E A TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO................................................32 1.2.4 O NEOCONSTITUCIONALISMO E A PERSPECTIVA PRINCIPIOLÓGICA........................36 1.2.4.1 HABERMAS: DISCURSIVIDADE COMUNICATIVA CONSENSUAL...............................37 1.2.4.2 ALEXY E A PRINCIPIOLOGIA PONDERATIVA........................................................39 1.2.4.3 DWORKIN E O DIREITO COMO ‘INTEGRIDADE’....................................................44 1.2.4.4 CANOTILHO: PRINCIPIOLOGIA CONSTITUCIONAL................................................48 1.3 HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL .......................................................................50 1.3.1 HERMENÊUTICA TRADICIONAL: O PARADIGMA ESSENCIALISTA-OBJETIVISTA...........50 1.3.2 A VIRAGEM LINGÜÍSTICA E O RENASCER DA HERMENÊUTICA.................................55 1.3.2.1 HEIDEGGER E A GUINADA PARADIGMÁTICO-ONTOLÓGICA ..................................56 1.3.2.2 GADAMER: A COMPREENSÃO COMO ‘FUSÃO DE HORIZONTES’............................63 1.3.3 A HERMENÊUTICA E A ‘NATURALIZAÇÃO’ DA INEFETIVIDADE CONSTITUCIONAL........70 1.3.4 HÄBERLE E A ‘ABERTURA INTERPRETATIVA’ CONSTITUCIONAL..............................73 CAPÍTULO 2.............................................................................................................75 2 O NEOLIBERALISMO E A CONSTITUIÇÃO........................................................75 2.1 O DISCURSO NEOLIBERAL COM HAYEK E FRIEDMAN...............................................75 2.1.1 HAYEK E O EVOLUCIONISMO SELETIVO DE MERCADO...........................................79 2.1.2 FRIEDMAN E O ‘CAPITALISMO COMPETITIVO’.......................................................88 2.1.3 O REDUCIONISMO ESTATAL COM NOZICK............................................................94 2.2 A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NA ORDEM NEOLIBERAL.......................................97 2.2.1 NEOLIBERALISMO: O ‘DESMONTE’ ESTATAL E O ‘DESPREZO’ PELO DIREITO ............97 2.2.2 NEOCAPITALISMO E O ‘FETICHE DISCURSIVO’ DA ‘VIA ÚNICA’...............................105 2.2.3 A EROSÃO DO DIREITO E A ANOMIA SOCIAL.......................................................109 2.2.4 NEOLIBERALISMO E ORDEM GLOBAL: O ESTADO E O DIREITO SOB RISCO .............110 2.2.5 A PERSPECTIVA ECONÔMICA DO DIREITO: A CONSTITUIÇÃO E SEUS CUSTOS........116 2.3 PROCEDIMENTALISMO VERSUS SUBSTANCIALISMO.............................................118 2.3.1 PROCEDIMENTALISTAS: EIXO HABERMAS - GARAPON .......................................119 2.3.2 SUBSTANCIALISTAS: EIXO CAPPELLETTI - DWORKIN..........................................125 CAPÍTULO 3...........................................................................................................138 3 O PRÍNCÍPIO CONSTITUCIONAL DA EFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA...........138 3.1 A DIMENSÃO DO PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA E O DISCURSO NEOLIBERAL.................138 3.1.1 A EMENDA CONSTITUCIONAL N.°19/98 E A ‘ADESÃO’ À AÇÃO EFICIENTE.............138 3.1.2 CÂMBIO EPISTEMOLÓGICO E COOPTAÇÃO NEOLIBERAL: A CONFUSÃO ENTRE EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE.......................................................................................144 3.1.3 A AÇÃO EFICIENTE E SEUS ALVOS....................................................................152 3.1.4 O EFICIENTICISMO INDIVIDUALISTA E A DEMOCRACIA: INCOMPATIBILIDADES.........155 3.2 A FUNÇÃO IDEOLÓGICA DO PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA...........................................160 3.2.1A EFICIÊNCIA E A MANIPULAÇÃO ‘CÍNICA’ DO DIREITO..........................................160 3.2.2 A PRETENSÃO ‘MÍTICO-LIBERTADORA’ DO PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA....................167 3.2.3 DISCURSO ECONÔMICO: MITOS E FANTASIAS....................................................172 3.2.4 A ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO E A EFICIÊNCIA ALOCATIVO-FINANCEIRA........177 3.2.5 O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA E O PROCESSO EXCLUDENTE..................................182 3.3 RESISTÊNCIA CONSTITUCIONAL E A EFETIVIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS....192 REFERÊNCIAS DAS FONTES CITADAS..............................................................209 INTRODUÇÃO A presente dissertação trata do princípio constitucional da eficiência administrativa, ‘positivado’ por meio da Emenda Constitucional n.° 19, de 04/06/1998, e que estabeleceu a ‘ação eficiente’ como parâmetro de atuação da Administração Pública pátria. Partindo-se da ‘ontologia fundamental’ como método de pesquisa (Heidegger) – que supera a epistemologia moderna da relação sujeito- objeto lançando-se às vantagens da intersubjetividade1 -, e reconhecendo a importância da interdisciplinariedade no estudo científico, que, neste caso, faz com que o Direito dialogue com outras áreas do saber (filosofia, psicanálise, sociologia, etc), procura-se ‘desvelar’ (Streck) a estrutura teórica, política e ideológica da ‘eficiência’ enquanto paradigma ético-estatal, e melhor compreender sua repercussão e conseqüências para a sociedade. Inicia-se tratando, no primeiro capítulo, da Constituição da República considerada no âmbito do Estado Democrático de Direito. Aqui, a teoria da Constituição é revisitada e analisada a partir do modelo proposto por Luigi Ferrajoli, cunhado como ‘Garantismo Jurídico’, que é devidamente cruzado com a ética material libertadora de Enrique Dussel. Nesta articulação teórica (Rosa) a vida e seu desenvolvimento digno passam a serem vistos como conteúdo indisponível, vinculante e paradigmático para o agir político-estatal. A construção teórica da norma constitucional também é revista, especialmente a partir no ‘neoconstitucionalismo’ (Streck) contemporâneo, que abandona a concepção tradicional juspositivista da regra (Kelsen/Hart), para trabalhar a possibilidade da existência do ‘princípio’ como norma cogente. Neste capítulo, a Constituição da República é ainda analisada a partir da perspectiva hermenêutica, mostrando-se os avanços e ganhos que a linguagem - aliada à compreensão-interpretativa (Heidegger e Gadamer) - podem oferecer para o estudo e aplicação da norma constitucional, especialmente dos Direitos Fundamentais. No segundo capítulo, a Constituição da República passa a ser contextualizada com o modelo político e econômico que se tornou prevalente na 1 Vide item 1.3.2.1.

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Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica - CPCJ/UNIVALI. espécie de franco-maçonaria neoliberal, altamente dedicada e organizada, com.
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