Copyright © Fernando Savater Copyright © Editora Planeta do Brasil, 2015 Todos os direitos reservados. Título original: Historia de la filosofia si temor ni temblor PREPARAÇÃO: Valéria Sanalios REVISÃO: Luciana Paixão DIAGRAMAÇÃO: Futura CAPA: Desenho Editorial ILUSTRAÇÕES DE MIOLO: Juan Carlos Savater ADAPTAÇÃO PARA EBOOK: Hondana Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057 Savater, Fernando Uma história descomplicada da filosofia / Fernando Savater ; tradução de Luis Carlos Cabral. -- São Paulo : Planeta do Brasil, 2015. 264 p. ISBN: 978-85-422-0626-5 Título original: Historia de la filosofia si temor ni temblor 1. Filosofia 2. História 3. Filósofos I. Título II. Cabral, Luis Carlos CDD 100 15-0975 Índices para catálogo sistemático: 1. Filosofia 2015 Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA PLANETA DO BRASIL LTDA. o Rua Padre João Manoel, 100 – 21 andar Ed. Horsa II – Cerqueira César 01411-000 – São Paulo- SP www.planetadelivros.com.br [email protected] Para Juan e Luz, os novos pensadores. Que ninguém por ser jovem hesite em filosofar, nem por ser velho de filosofar se canse. Pois ninguém é jovem ou velho para a saúde de sua alma. Epicuro, Carta a Meneceu. SUMÁRIO Capítulo 1 FILOSOFIA? O QUE É ISSO? Capítulo 2 SÓCRATES: CULPADO! Capítulo 3 ACIMA E ABAIXO: OS DOIS HERDEIROS Capítulo 4 CUIDAR DE SI MESMO Capítulo 5 A FILOSOFIA SOBE O ALTAR Capítulo 6 MUITO HUMANOS E FELIZES EM SÊ-LO Capítulo 7 A ALMA E AS MÁQUINAS Capítulo 8 FAÇA-SE A LUZ! Capítulo 9 A REVOLUÇÃO DAS IDEIAS Capítulo 10 ACONTECEU ONTEM MESMO EXPLICAÇÃO FINAL DESPEDIDA CRONOLOGIA ÍNDICE ONOMÁSTICO Capítulo 1 FILOSOFIA? O QUE É ISSO? P assamos a vida fazendo perguntas: O que vamos jantar hoje à noite? Como se chama aquela menina? Qual é a tecla do computador para “deletar”? Quanto é cinquenta vezes trinta? Qual é a capital de Honduras? Onde passaremos as férias? Quem pegou meu celular? Você esteve em Paris? A que temperatura ferve a água? Você me ama? Precisamos fazer perguntas para saber como resolver nossos problemas, ou seja, como agir para conseguir o que queremos. Resumindo, fazemos perguntas – aos outros e a nós mesmos – para aprender a viver melhor. Quero saber o que vou comer, aonde posso ir, como é o mundo, o que tenho de fazer para chegar o mais depressa possível em casa ou para viajar ao lugar onde vivem meus amigos etc. Se tenho inquietações científicas, gostaria de saber como fazer um avião voar ou como curar o câncer. O que farei depois dependerá da resposta a cada uma dessas perguntas: se quero ir a Nova York e pergunto como posso viajar até lá, será muito interessante saber que de avião levarei seis horas, de navio dois ou três dias e a nado aproximadamente um ano, caso os tubarões não me impeçam. A partir do que eu aprender com essas respostas tão informativas, decidirei se prefiro comprar uma passagem de avião ou uma roupa de banho. A quem devo fazer essas perguntas tão necessárias para conseguir o que quero e para agir da maneira mais prática possível? Ora, devo perguntar a quem sabe mais do que eu, aos especialistas em cada um dos assuntos que me interessam: aos geógrafos quando se tratar de geografia, aos médicos se for uma questão de saúde, aos técnicos em informática quando eu não souber por que meu computador foi bloqueado, à agência de viagem para organizar meu passeio em Nova York da melhor maneira possível etc. Por sorte, embora ignoremos muitas coisas, estamos cercados de sábios que podem esclarecer a maioria de nossas dúvidas. O importante é acertar a pessoa a qual vamos perguntar. O carpinteiro não servirá para nada em questões de informática, nem o melhor treinador de futebol saberá dizer qual é a rota mais segura para escalar o Everest. De modo que a primeira pergunta, antes de qualquer outra, é: quem sabe mais a respeito da questão que me interessa? Onde está o especialista para dar a informação útil de que preciso? E, quando o localizarmos – pessoalmente, em um livro, na Wikipédia ou em qualquer outro lugar –, que o abordemos sem rodeios, até que revele o que queremos saber! Como em geral faço perguntas para saber como proceder, ao saber a resposta coloco as mãos à obra, e a pergunta em si deixa de me
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