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uma analise de erros PDF

536 Pages·2009·30.59 MB·Portuguese
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001S ) MANUEL GOMES DA TORRE Assistente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Ex-bolseiro do Instituto Nacional de Investigação Científica) BUJf EftSIDAmi Dl Hi!H'f>! t I ! m L, 1 O i' i;, ( i A UMA ANALISE DE ERROS Contribuição para o ensino da língua inglesa em Portugal ( Volume I ) Dissertação para doutoramento apresentada ãFaculdade de Le tras da Universidade do Porto. PORTO 1985 Â minha Mulher Ãs minhas Filhas INDICE Pag, 0. INTRODUÇÃO: Sobre a natureza do trabalho 0.1 Justificação 7 0.2 Objectivos 8 0.3 Organização 10 0.4 Limitações 10 0.5 Agradecimentos 11 Notas 13 1. CAPÍTULO 1: Sobre o erro 16 1.1 O caracter indesejável do erro 16 1.2 A noção de erro 20 1.2.1 A noção de erro na perspectiva dos aprendentes 23 1.3 A natureza dos erros 26 1.4 Causas/origens dos erros 28 1.4.1 Estratégias de ensino/aprendizagem 29 1.4.2 Dificuldades intralinguais 33 1.4.3 Interferência da LI 39 1.4.3.1 Interferência directa 39 1.4.3.2 Interferência indirecta 50 1.4.3.3 Duração da interferência 54 1.5 A gravidade dos erros 57 1.6 A fossilização dos erros 66 1.7 A interlinguagem 69 1.8 Conclusão 75 Notas 77 * Pag 2. CAPÍTULO 2: A analise de erros 84 2.1 0 início dos estudos contrastivos 84 2.1.1 Fundamentos teóricos da analise contrastiva 85 2.1.2 Críticas às pretensões da análise contrastiva 88 2.1.3 A defesa da análise contrastiva 91 2.2 0 advento da analise de erros 93 2.2.1 Os princípios teóricos da AE 94 2.2.2 Objectivos da AE 95 2.2.3 Os processos usados pela AE 99 2.2.4 Reservas à validade da AE 108 2.2.5 Complementaridade recíproca daACedaAE 113 Notas 121 3. CAPÍTULO 3: Analise dos erros do corpus 127 3.1 Sobre o corpus 127 3.1.1 Fontes 127 3.1.2 Organização 129 3.1.3 Identificação dos erros 131 3.1.4 Indicações sobre a interferência da LI 132 3.1.5 Método seguido na análise . 133 3.1.6 Percentagens 134 3.2 A análise dos erros 134 3.2.1 Estrutura da frase 134 3.2.1.1 Ordem dos elementos da frase 135 3.2.1.2 Frases ou elementos de frases decalcados em estruturas portuguesas 147 3.2.1.3 Omissão de palavras 157 3.2.1.4 Palavras redundantes 159 3.2.2 Erros que reflectem incorrecções fonológicas 163 Pag 3.2.3 Erros ortográficos 168 3.2.4 Erros lexicais 176 3.2.4.1 Falsos cognatos 180 3.2.4.2 Polissemia divergente 184 3.2.4.3 Inadequação contextual 200 3.2.4.4 Neologismos 228 3.2.4.5 Interferência de outras línguas estrangeiras 230 3.2.5 Erros gramaticais 232 3.2.5.1 Adjectivos 234 3.2.5.2 Advérbios 240 3.2.5.3 Artigos 249 3.2.5.4 0 caso genitivo 279 3.2.5.5 Conjunções 283 3.2.5.6 Formação da interrogativa (directa e indirecta) 285 3.2.5.7 Formas negativas 288 3.2.5.8 Numerais 289 3.2.5.9 Orações finais 291 3.2.5.10 Preposições 291 3.2.5.11 Pronomes 313 3.2.5.12 Substantivos 354 3.2.5.13 Sujeito existencial "there" 360 3.2.4.14 Verbos 361 3.2.5.15 "Such as" 399 3.2.5.16 Formação de palavras 402 3.2.5.17 Erros complexos 406 3.3 Conclusões 410 Notas 421 * Pág 4. CAPflULO 4: Considerações de natureza didáctica 430 4.1 Nota introdutória 431 4.2 Corrigir ou não corrigir os erros 432 4.2.1 Perspectiva audiolingual behaviourista 432 4.2.2 A perspectiva audiolingual cognitivista 435 4.2.3 A perspectiva comunicaiivista 450 4.2.2 Uma perspectiva eclética 451 4.3 Prevenção dos erros 462 4.3.1 Os métodos estruturalistas 463 4.3.2 Os métodos mais recentes: o movimento comunicativo 470 4.4 Propostas para melhoria do ensino/aprendizagem do inglês em Portugal 481 4.4.1 Medidas administrativas 482 4.4.2 Medidas didácticas 486 4.4.2.1 As realidades escolares 490 4.4.2.2 Os livros de textos 495 4.4.2.3 Os dados da AE 502 4.4.2.4 Conclusões 520 Notas 524 REFERENCIAS 529 0 CORPUS 544 * * * + - 7 - INTRODUÇÃO 0. Sobre_a_natureza_do_trabalho 0.1 Justificação Embora os imperativos de ordem académica tenham sido a razão próxima des te estudo, a ideia de tratar a matéria que aqui é abordada nasceu nos a- nos jã distantes das minhas primeiras experiências como professor de in glês no liceu. A primeira forma que dei ao estudo dos erros substanciou- -se numa listagem dos desvios que os meus alunos mais frequentemente co metiam. Cada novo ano lectivo e cada novo nível de aprendentes que me era confiado traziam consigo novidades que eram, ano a ano, acrescidas â lis ta inicial, ao mesmo tempo que se iam confirmando algumas áreas da lín gua inglesa como mais propícias ã provocação de erros. A identificação de tais áreas permitia-me, por antecipação, conceber méiose tentar soluções que, postas em prática, facultassem aos meus alunos a ultrapassagem mais fácil das "zonas de perigo". Deste trabalho empírico, desenvolveu-se a consciência sobre as vantagens que haveria para o ensino da língua inglesa em Portugal, no caso de todos os professores, experientes e principiantes, chegarem âs suas aulas com uma informação, tão solida quanto possível, sobre os aspectos mais pro blemáticos no ensino do inglês, e sobre os processos didácticos mais a- conselhãveis. 0 modesto contributo que, como autor de livros didácticos, dei ao ensino do inglês reflecte, em alguma medida, as preocupações en tão sentidas. 0 convite que a Faculdade de Letras da Universidade do Porto me dirigiu para leccionar a cadeira de Didáctica das Línguas Vivas, apresentou-se-me - 8 - como excelente oportunidade para transmitir aos futuros professores os en sinamentos colhidos ao longo da minha própria experiência docente. Curió sãmente, foi nos trabalhos que me eram apresentados pelos meus estudan tes de Didáctica — especialmente em projectos de planos de lição sobre o modo de ensinar certas rubricas gramaticais e o aproveitamento de textos e imagens — que me decidi, em definitivo, proceder a uma análise de er ros de maneira consequente. 0 inglês escrito pelos estudantes do 42 ano da Faculdade — os finalistas — caracterizava-se por muitos dos erros que eu me tinha habituado a combater nos primeiros anos do liceu. Esta realidade, tanto mais preocupante quanto e sabido que a esmagadora maio ria dos estudantes universitários de inglês aspiram a ser professores no Ensino Preparatório ou no Ensino Secundário, acentuou a urgência por mim sentida de ver tratada uma situação, sem dúvida, indesejável. Se não for encontrada uma solução e não se verificar uma drástica diminuição do nú mero de erros cometidos pelos nossos finalistas, estes transmitirão, quan do professores, os seus próprios erros aos seus futuros alunos, forman do- se, desse modo, um indesejável e pernicioso círculo vicioso de que se rá difícil sair-se. 0 primeiro passo dado, no sentido de começar a dar forma ao meu projecto, foi a procura bibliográfica e a respectiva leitura. Desta me ficou a cer teza de que a situação por mim detectada não é única no mundo pois , em muitos outros países, os investigadores têm deparado com situações seme lhantes, embora de gravidade maior ou menor do que a portuguesa. Tal cer teza, em vez de conduzir â conformação, deve ser motivação para a procu ra, ainda mais empenhada, de soluções, Ë isso que, embora em grau modes to, procuro conseguir com este trabalho. 0.2 Objectivos Os propósitos do meu trabalho são, essencialmente, práticos. Partindo da compilação de 3.033 erros cometidos por 84 estudantes de inglês da Facul dade de Letras do Porto — que correspondem, possivelmente, ao que se pas- - 9 - sa a nível nacional — tentei, tanto quanto me foi possível, fazer a des crição desses erros e encontrar para eles uma explicação, bem como as pro vãveis causas. Numa percentagem elevada, 43,81, os erros cometidos devem- -se â transferência da língua materna, uma causa de erros que, pela sua importância, merece particular atenção no meu estudo. 0 agrupamento dos erros, conforme os tipos de desvio, permite averiguar- -se quais as areas da língua inglesa que são mais susceptíveis de causa rem dificuldades de aprendizagem aos estudantes portugueses. Por me pare cer que aquilo que se vem fazendo em Portugal, a nível oficial, desde 1978l relativamente ao ensino do inglês, não deixa transparecer grandes preocupações em relação à problemática dos erros, procedi a uma análise daquilo que me pareceu serem virtudes e defeitos das correntes passadas e recentes na área da didáctica das línguas vivas estrangeiras. A minha in tenção ê evidenciar que os resultados do ensino podem depender dos méto dos adoptados, independentemente da melhor ou pior capacidade dos profes sores. Alguns tipos de erros reunidos no meu corpus parecem indicar que, nem sem pre, se terá tido em Portugal o necessário cuidado quanto â avaliação e escolha dos métodos. De facto, alguns desses erros colocam-se em áreas de natureza tão elementar que a sua comissão por alunos adiantados é sur preendente. E, conforme o meu trabalho demonstra, não se trata de meros lapsos, frutos de desatenção momentânea, cansaço ou tensão do clima de exame em que foram produzidos; a sua ocorrência frequente nos textos de vários alunos confere-lhes o estatuto de erros sistemáticos. Como tentativa de resposta a esta situação, para além das numerosas su gestões de carácter didáctico espalhadas por todos os capítulos, a parte final do meu estudo propõe um conjunto de medidas, de carácter adminis trativo e pedagógico que, embora longe de suficientes, poderão produzir alguns resultados positivos se forem levadas em consideração. - 10 - 0.3 Organização A esta Introdução, segue-se o Capítulo 1, que é preenchido por considera ções sobre vários aspectos teóricos do erro (e.g. natureza, causas, fre quência, gravidade, etc.), exemplificados com erros tirados do corpus. No Capítulo 2, é fornecida uma panorâmica geral da situação presente da Ana lise de Erros, articulando-a com a sua irmã gémea, a Análise Contrastiva, procurando-se extrair da controvérsia internacional sobre qual destes dois ramos da Linguística Aplicada é mais importante para o ensino das línguas — a conclusão de que elas são, não mutuamente exclusivas, mas complementares uma da outra. A parte central do estudo é o Capítulo 3, no qual procedo a análise dos vários tipos de erros que coligi. Â explicação exemplificativa de alguns erros de cada tipo, seguem-se a percentagem relativa de ocorrências e a averiguação das causas, o que constitui a parte, eventualmente, mais dis cutível do meu trabalho, mas, ao mesmo tempo, também a, potencialmente, mais útil. Nos casos em que pude dispor de dados relevantes, há compara ção entre as ocorrências dos erros analisados com ocorrências verifica das noutros países. 0 Capítulo 4 é preenchido, na sua parte inicial, pela análise dos méto dos adoptados para o ensino das línguas estrangeiras no último quarto de século, sendo focada, de maneira especial, a atitude de cada um desses métodos em relação â correcção e prevenção dos erros. A parte final do capítulo é ocupada pelas propostas de solução conducentes a uma diminui ção na ocorrência de erros. O primeiro volume encerra com a bibliografia que foi objecto de referên cia ao longo do trabalho. 0 corpus, ordenado em paralelo com a marcha da análise dos erros (no Capítulo 3), forma, como apêndice, o volume II. 0.4 Limitações 0 material reunido para constituição do corpus é limitado em vários as-

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CAPÍTULO 1: Sobre o erro. 16. 1.1 O caracter indesejável do erro. 16. 1.2 A noção de erro. 20. 1.2.1 A noção de erro na perspectiva dos aprendentes. 23. 1.3 A natureza dos erros. 26. 1.4 Causas/origens dos erros. 28. 1.4.1 Estratégias de ensino/aprendizagem. 29. 1.4.2 Dificuldades intralingu
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