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Um preto de alma branca PDF

199 Pages·2017·2.68 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA ALESSA PASSOS FRANCISCO “Um preto de alma branca” Escrita de si, redes de sociabilidade e mobilidade social na trajetória do Marechal João Baptista de Mattos nas primeiras décadas do século XX. Niterói, 2017. ALESSA PASSOS FRANCISCO “Um preto de alma branca” Escrita de si, redes de sociabilidade e mobilidade social na trajetória do Marechal João Baptista de Mattos nas primeiras décadas do século XX. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Universidade Federal Fluminense como parte dos requisitos para obtenção do grau de mestre em História Social. Orientador: Prof. Dr. Marcus Ajuruam de Oliveira Dezemone Niterói, 2017. Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá F818 Francisco, Alessa Passos. “Um preto de alma branca”: escrita de si, redes de sociabilidade e mobilidade social na trajetória do Marechal João Baptista de Mattos nas primeiras décadas do século XX / Alessa Passos Francisco. – 2017. 198 f. ; il. Orientador: Marcus Ajuruam de Oliveira Dezemone. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2017. Bibliografia: f. 181-188. 1. Mattos, João Baptista de, Marechal, 1900-1969. 2. Abolição da escravatura, 1888. 3. Mobilidade social. 4. Relações sociais. I. Dezemone, Marcus Ajuruam de Oliveira. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. III. Título. ALESSA PASSOS FRANCISCO “Um preto de alma branca” Escrita de si, redes de sociabilidade e mobilidade social na trajetória do Marechal João Baptista de Mattos nas primeiras décadas do século XX. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Universidade Federal Fluminense como parte dos requisitos para obtenção do grau de mestre em História Social. Banca prevista para: 28/03/2017 BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________________________ Professor Doutor Marcus Dezemone – Orientador Universidade Federal Fluminense e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFF e UERJ) ______________________________________________________________________ Professora Doutora Verena Alberti – Membro Fundação Getúlio Vargas e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CPDOC-FGV e UERJ) ______________________________________________________________________ Professora Doutora Hebe Mattos – Membro Universidade Federal Fluminense (UFF) ______________________________________________________________________ Professora Doutora Juniele Almeida - Suplente Universidade Federal Fluminense (UFF) ______________________________________________________________________ Professor Doutor Álvaro Nascimento – Suplente Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) “A maior recompensa para o trabalho do homem não é o que ele ganha com isso, mas o que ele se torna com isso.” (John Ruskin) Ao Rafael, com quem divido a minha história. v Agradecimentos São muitos os que merecem espaço nas linhas que se seguem. Tantas pessoas foram fundamentais nesta caminhada, que hoje eu entendo o verdadeiro significado das palavras de Umbelina Sant’Anna, que uma vez me disse: “Ninguém vence sozinho!”. Mas, sabendo da minha incapacidade de colocar neste diminuto espaço todos os que fazem parte desta jornada, já deixo o meu muito obrigada a todos os que me apoiaram. Em primeiro lugar preciso agradecer a Deus, por ter me dado saúde e força para superar os meus desafios pessoais. Ao Rafael, meu marido e assessor para assuntos de Excel e Power Point, que me apoiou e incentivou desde quando tudo isso ainda era um sonho. Agradeço pelo companheirismo, por saber entender, melhor do que ninguém, a importância e o significado desta conquista. Ela também é sua! Agradeço aos meus familiares, em especial à minha mãe, Maria Celeste, ao meu pai, Carlos, à minha irmã, Andreza e aos meus sobrinhos, por me apoiarem e entenderem minhas ausências e me fazerem acreditar que eu era capaz de chegar até aqui. Vocês são o meu universo. Ao meu professor e orientador Doutor Marcus Dezemone, que mais do que um orientador se mostrou um grande mestre e amigo, que não mediu esforços para que esta jornada fosse um sucesso. Divido com ele qualquer eventual êxito que este trabalho venha a ter e os erros, são devidos à minha inexperiência. Já se vão 5 anos de trabalho, período em que tive a satisfação de aprender com os seus ensinamentos e exemplos. Muito obrigada por tudo! À Capes, pelo financiamento da pesquisa. À Umbelina Sant’Anna, filha do Marechal Mattos, que além da valiosa entrevista, franqueou a esta pesquisa muitos documentos familiares, fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho. Não posso deixar de agradecer ao professor Doutor Carlos Eduardo Costa e à professora Doutora Giovana Xavier, pessoas que acreditaram no potencial do meu trabalho. O primeiro me mostrou o quanto a academia também é um lugar de vi acolhimento. Giovana Xavier me ensinou o quanto a união e a afetividade são fundamentais para que nós, enquanto mulheres negras e intelectuais, possamos ir além, juntas. Às professoras doutoras Hebe Mattos e Verena Aberti, que me deram a honra de participarem da banca. Muito obrigada pelas contribuições que me ajudaram muito no meu crescimento profissional. Agradeço de todo o coração a todos os pesquisadores envolvidos no Grupo de Pesquisa Cultura Negra no Atlântico, e em especial à professora Doutora Martha Abreu, que é uma grande inspiração para mim. Aos professores do PPGH-UFF, que me deram a base necessária para o desenvolvimento do trabalho. Em especial à professora Juniele Rabelo, Laura Maciel e a professora Rachel Soihet. Aos oficiais do Arquivo do Exército, por sempre estarem dispostos a atender bem e auxiliar sempre que possível. Aos pesquisadores do NUDOM, por se envolverem e apresentarem uma disposição sem igual em ajudar. Aos amigos que conquistei durante essa difícil e árdua caminhada que é a pós- graduação, em especial à Jéssika Evelyn, que foi minha parceira para todas as horas e me ofereceu apoio irrestrito. Muito obrigada, amiga, você é muito especial pra mim. vii Resumo “Um preto de alma branca” Escrita de si, redes de sociabilidade e mobilidade social na trajetória do Marechal João Baptista de Mattos nas primeiras décadas do século XX. A pesquisa tem como tema o negro no pós-abolição, a partir da trajetória do Marechal João Baptista de Mattos (1900-1969), primeiro negro a receber tal título no Exército Brasileiro. Descendente de ex-escravos, Mattos carregava sob sua pele o amálgama da escravidão. Tanto que, após sua morte, foi classificado como “um preto de alma branca”. Apesar do racismo por trás destas palavras, a mobilidade social do Marechal Mattos foi o motivo pelo qual sua alma foi classificada como branca: mesmo “preto”, acessou os extratos mais elevados da sociedade. A dissertação busca entender como um menino negro, nascido doze anos após a Abolição, conseguiu se inserir no mundo letrado e ingressar no oficialato do Exército, apesar dos poucos recursos financeiros que dispunha. Para isso, foi analisada sua rede de sociabilidade, como forma de perceber pessoas que contribuíram para sua mobilidade social. Parte dessa rede foi mapeada por meio de um conjunto de dedicatórias, anexadas aos livros publicados pelo próprio Mattos, entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1960. Tal conjunto documental oferece um sentido autobiográfico à pesquisa, pois privilegia o olhar de Mattos sobre a sua trajetória, sob a perspectiva de sua ascensão social. Fica evidente o papel materno na elaboração de relações sociais, forjadas no convívio do trabalho doméstico como babá, que permitiram o acúmulo de um capital social fundamental para a inserção de Baptista de Mattos no mundo letrado e seu ingresso no Exército. Palavras-chave: João Baptista de Mattos, pós-abolição, escrita de si, mobilidade social, redes de sociabilidade. viii Abstract "A black of white soul" Self-writing, sociability networks and social mobility in Marshal João Baptista de Mattos trajectory in the first decades of the 20th century. The research is about the black man in the post-abolition, from the trajectory of Marshal João Baptista de Mattos (1900-1969), the first black man to receive such graduation in the Brazilian Army. Descending from ex-slaves, Mattos carried the amalgam of slavery under his skin. So much so that after his death he was classified as "a black of white soul." Despite the racism behind these words, the social mobility of Marechal Mattos was the reason why his soul was classified as white, which despite being born black, accessed the highest extracts of society. This dissertation seeks to understand how a black boy, born twelve years after the abolition, was able to enter the literate world and join the army officer, despite the few financial resources that he had. For this, it was analyzed its sociability network, as a way of perceiving people who contributed to its social mobility. Part of this network was mapped through a set of dedications, attached to the books published by Mattos himself, between the late 1940s and early 1960s. This documentary set offers an autobiographical sense to research, since it privileges Mattos' its trajectory, from the perspective of its social ascent. It is evidence the maternal role in the elaboration of social relations, forged in the conviviality of domestic work as a nanny, was evident, which allowed the accumulation of a fundamental social capital for the insertion of Baptista de Mattos in the literate world and his entry into the Army. Keywords: João Baptista de Mattos, post-abolition, self-writing, social mobility, sociability networks.

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mobilidade social na trajetória do Marechal João Baptista de Mattos nas primeiras décadas do século XX / Alessa Passos Francisco. – 2017. 198 f. ; il.
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