Um leão chamado Christian Anthony Bourke & John Rendall Tradução Lourdes Sette Título original: A LION CALLED CHRISTIAN Copyright © Anthony Bourke and John Rendall 1971, 2009 This edition is published by arrangement with Tranworld Publishers, a division of The Random House Group Ltd. All rights reserved. Direitos de edição da obra em língua portuguesa no Brasil adquiridos pela EDITORA NOVA FRONTEIRA S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação etc., sem a permissão do detentor do copirraite. Fotografias de Derek Cattani, Born Free Foundation, GAWPT e Bill Travers. Prefácio e carta de George Adamson reproduzidos com permissão de Tony Fitzjohn, da GAWPT. Carta de Bill Travers reproduzida com permissão de Will Travers e Virginia McKenna, da Born Free Foundation. EDITORA NOVA FRONTEIRA S.A. Rua Bambina, 25 - Botafogo – 22251-050 Rio de Janeiro – RJ - Brasil Tel.: (21) 2131-1111 - Fax: (21) 2286-6755 http://www.novafronteira.com.br e-mail: [email protected] Texto revisto pelo novo Acordo Ortográfico CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ B8181 Bourke, Anthony & Rendall, John Um leão chamado Christian / Anthony Bourke & John Rendall ; tradução Lourdes Sette. – Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2009. Tradução de: A Lion Called Christian ISBN 978-85-209-2258-3 1. Memórias. 2. África. 3.Vida selvagem - leões. I. Sette, Lourdes. II. Título. CDD: 823 CDD: 823 CDU: 821.111-3 Para Christian e para nossas famílias, que não o conheceram Agradecimentos Na edição de 1971 de Um leão chamado Christian, agradecemos às pessoas que ajudaram a tornar a vida de Christian conosco na Inglaterra possível e feliz, e àquelas que o ajudaram a retornar à selva. Em Londres: Roy Hazle, o comprador do departamento de bichos de estimação da Harrods, e Sandy Lloyd; Jennifer-Mary Taylor, Joe Harding e John Barnardiston, os donos da Sophistocat, a loja de móveis de pinho onde Christian viveu na King's Road; Kay Dew; nossos compreensivos vizinhos na World's End; o reverendo H.R. e a sra. Williamson, Joan e Rod Thomas, na Moravian Close; Unity Bevis-Jones, a melhor amiga de Christian; Amelia Nathan; e Bill Travers e Virginia McKenna, que nos apresentaram a George Adamson. Em Nairóbi: Monty Ruben, Jack Block, Agneta von Rosen, Ulf e Marianne Aschan, e o Ministério do Turismo e da Vida Selvagem, que autorizou a reabilitação de Christian em Kora. Em Kampi ya Simba, Kora, norte de Garissa em Tana River: George Adamson; seu irmão, Terence, engenheiro e construtor de estradas;Tony Fitzjohn; seus funcionários, Stanley e Hamisi Farah; os amigos de infância de George, Nevil Baxendale e seu filho Jonny (afilhado de George); Ken Smith, o superintendente florestal da província de Garissa; a veterinária dra. Sue Harthoorn; o cinegrafista Simon Trevor e o Conselho de Tana River. Na Collins, à primeira editora que publicou o livro, Sir William Collins e nosso então editor Adrian House; Derek Cattani, por suas fotografias na Inglaterra e no Quênia; Toni Rendall e Mandy Barrett, que digitaram nosso manuscrito original. Infelizmente, algumas dessas pessoas importantes não estão mais entre nós, incluindo Sir William Collins, George Adamson e Bill Travers. George teria adorado o ressurgimento do interesse por seu trabalho com leões e pela vida de Christian. A George Adamson Wildlife Preservation Trust continua patrocinando projetos de preservação de grande porte em homenagem a George. Agradeço também a Caroline Michel, Alexandra Henderson, Lauren Miller Cilento, Pat Bourke, Lindy Bourke e Sally Gaminara por sua ajuda e seus conselhos na produção deste livro. ANTHONY ("ACE") BOURKE e JOHN RENDALL 2009 Prefácio GEORGE ADAMSON Em abril de 1970, recebi uma carta de um amigo de Londres, Bill Travers, contando-me sobre "Christian", um leão inglês de quinta geração, e me perguntando se eu estaria disposto a pegá-lo e reabilitá-lo à selva de seus ancestrais. A ideia me atraiu muito, não somente porque salvaria Christian da vida em cativeiro, mas também porque seria, quase certamente, a primeira vez que um leão inglês teria sido devolvido à vida para a qual nasceu. Eu tinha confiança de que, apesar de sua criação, chegaria o momento em que seu conhecimento inato e seus instintos logo se imporiam. Devo admitir que eu não sentia a mesma confiança com relação a seus dois donos, quando soube que acompanhariam Christian e passariam algumas semanas no meu acampamento. Disseram-me que eram bem "moderninhos", usavam cabelos compridos e roupas exóticas. Minha primeira visão, no aeroporto de Nairóbi, das calças boca de sino cor-de-rosa e dos cachos esvoaçantes confirmou minhas impressões. Porém, Ace e John logo me fizeram recuperar a fé na geração moderna. Imediatamente, senti os profundos laços de afeto e confiança entre eles e Christian. Sei, por experiência própria, como deve ter sido difícil para eles deixarem Christian enfrentar as adversidades e os perigos inevitáveis que esperam por um leão na selva. No momento em que escrevo, Christian tem quase dois anos de idade. Ele se sente tão à vontade na selva que é como se tivesse nascido lá. Exceto por uma fase inicial de adaptação, ele não precisou de qualquer treinamento. Como sempre, a maravilhosa fonte de conhecimentos inatos lhe mostrou o caminho. Kampi ya Simba, Kora 15 de julho de 1971 Introdução Em 1971, escrevemos Um leão chamado Christian, a história de um leão de Londres que voltou para a África. Agora, quarenta anos depois, o YouTube apresentou Christian a uma nova plateia, que ficou intrigada e encantada com sua história extraordinária. Éramos dois jovens australianos viajantes que havíamos acabado de chegar a Londres e, inesperadamente, comprado um filhote de leão da loja de departamentos Harrods. Vivemos com ele em Londres, depois no interior da Inglaterra, até que conseguimos que ele voltasse para o Quênia e fosse reabilitado por George Adamson, que ficou famoso com o filme A história de Elza. Foram feitos dois documentários — The Lion at World's End [O leão da World's End] e Christian the Lion [Christian, o leão] — sobre George Adamson reunindo uma alcateia de leões e sobre o retorno de Christian à selva. O clipe do YouTube registra nosso inesquecível reencontro com um leão agora muito maior, quando de nossa volta ao Quênia, um ano depois, em 1971. Temos orgulho da edição de 1971 deste livro, escrito quando tínhamos vinte e poucos anos, e esta edição revisada e atualizada permanece fiel ao texto original. No entanto, aproveitamos a oportunidade para acrescentar novas informações, fazer alguns esclarecimentos e, em certos momentos, tentar nos expressar melhor. Quarenta anos depois, algumas de nossas memórias estão muito vividas e outras, mais vagas. Consultamos dois livros muito bons que mencionam Christian e que foram publicados posteriormente: a autobiografia de George Adamson, My Pride and Joy [Meu orgulho e felicidade], de 1986, e o livro de Adrian House, The Great Safari: The Lives of George and Joy Adamson [O grande safári: as vidas de George e Joy Adamson], de 1993. Esses livros confirmaram a cronologia de alguns eventos específicos e nos forneceram novas informações. Outra fonte foram as cartas que Ace havia escrito para seus pais naquela época, cartas que até recentemente Ace desconhecia que tinham sido guardadas. A primeira edição de Um leão chamado Christian foi concluída em 1970, e esta nova edição foi atualizada de modo a incluir nossas visitas a
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