Depois da morte do pai, um bispo anglicano, e já tendo perdido a mãe, Kirsty Howard viaja da China para a Escócia com o objetivo de descobrir o significado das misteriosas palavras escritas em um pergaminho, em mandarim, pelo irmão, William, que morrera de um acidente de caça em Cluain, imensa propriedade do avô, Angus Macdonald. Kirsty encontra um mundo estranho em Cluain, povoado de gente que ela a princípio não pode compreender: seu avô, um velho solitário e arrogante, dirige uma das melhores destilarias de uísque do mundo; Morag, a criada, jovem, ruiva e bonita, esconde muito bem sua ambição de ficar com a propriedade; Mairi Sinclair, a governanta, austera, retraída, de aspecto suspeito; Calum Sinclair, filho de Mairi e de pai desconhecido, uma figura irreal, que cavalga as charnecas em um pônei, com seu cão nos calcanhares e um falcão domesticado sobre o pulso; Margaret e Gavin Campbell, um casal que mora na vizinha propriedade de Ballochtorra, ela bonita e leviana, ele um homem jovem de família nobre, mas frustrado porque é dominado pelo dinheiro do sogro. Kirsty apaixona-se por Calum mas vem a saber do seu affair amoroso com outra mulher e, mais tarde, descobre um terrível segredo a seu respeito que seria um empecilho para o casamento. Muito breve, ela se vê envolvida com cada um dos outros desconhecidos, e então as paixões crescem, as suspeitas se intensificam, a ambição está sempre presente, e Kirsty não pode mais permanecer indiferente, enquanto olhos cobiçosos se voltam para o ouro líquido de Cluain. Com a história toda ambientada na Escócia, a autora, além de marcar com perfeição o perfil de cada um dos personagens que se movimentam dentro de um enredo extremamente absorvente, faz uma reconstituição magistral da época que transcorre do fim da era vitoriana até à Primeira Guerra Mundial.