“Muitos estão torcendo pelo anúncio de mais uma Caçada Eper. Outros estão céticos: Os epers já não estão extintos? Ninguém bebe seu sangue há anos. A escola está em frenesi. O refeitório está lotado e barulhento. A hora do almoço sempre foi um desafio para mim, porque não tenho amigos. Podem me chamar de exagerado, mas a morte iminente pelas mãos (ou presas) de um colega que sugaria seu sangue em um piscar de olhos acaba com qualquer possibilidade de se construir uma amizade.”
Gene é diferente dos outros. Ele não tem a força e agilidade de seus colegas da escola, é imune à luz do sol e não sente uma sede insaciável por sangue. Gene é um “heper”, um dos últimos humanos do planeta, e vive disfarçado no meio das pessoas normais. Ele usa presas falsas, raspa todos os pelos do corpo, faz o possível para esconder seu cheiro e jamais abandona sua máscara. Sabe que não deve chamar a atenção em um mundo em que um pequeno deslize pode ser fatal.
Mesmo vivendo sozinho há anos, Gene ainda escuta as palavras de advertência de seu pai: Não faça amigos; não pegue no sono durante a aula; não pigarreie; não gabarite as provas, embora sejam um insulto à sua inteligência. Não durma na casa de colegas; não cantarole nem assobie. E ainda: Nunca esqueça quem você é. Ele leva sua vida de acordo com essas regras, determinado a sobreviver. Mas a frágil segurança de Gene é ameaçada por uma terrível surpresa: a Caçada Eper.