E M FREM ILANESE T C : RATAMENTO OMUNITÁRIO MANUAL DE TRABALHO 4ª edição, revista e ampliada B RASÍLIA 2018 ISBN 978-85-92918-21-7 T ECHNOPOLITIK Technopolitik Editora - Conselho Editorial Ana Lúcia Galinkin - Universidade de Brasília Ana Raquel Rosa Torres - Universidade Federal da Paraíba Antonio Nery Filho - Faculdade de Medicina/Universidade Federal da Bahia Claudiene Santos - Universidade Federal de Sergipe Eroy Aparecida da Silva - Afip/Universidade Federal de São Paulo Marco Antônio Sperb Leite - Universidade Federal de Goiás Maria Alves Toledo Burns - Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto Maria Fátima Olivier Sudbrack – Universidade de Brasília Maria Inês Gandolfo Conceição – Universidade de Brasília Maria Lúcia Montes - Universidade de São Paulo - Capital Maria das Graças Torres da Paz - Universidade de Brasília Raquel Barros - ONG Lua Nova Telmo Ronzari – Universidade Federal de Juiz de Fora _____________________________________________________________________ Copidesque: Maurício Galinkin/Technopolitik Capa: Jones Alves; adaptação ao português: Paulo Roberto Pereira Pinto/Ars Ventura Imagem & Comunicação Projeto gráfico e diagramação: Maurício Galinkin/Technopolitik Ficha catalográfica (catalogação-na-publicação) Iza Antunes Araújo – CRB1/079 _____________________________________________________________ M637t Milanese, Efrem. Tratamento comunitário: manual de trabalho / Efrem Milanese. 4. ed. rev. ampl. --Brasília, DF : Technopolitik, 2018. 655 p. : il. ; color. Inclui bibliografia. ISBN 978-85-92918-21-7 1."Drogas. 2. Tratamento comunitário, manual. 3. Comunidade. 4. Território comunitário. 5. Centro de escuta. 6. Líderes de opinião. 7. Rede subjetiva comunitária. 8. Rede, construção. I Milanese, Efrem (Trad.). II. Título. CDU 178(076) 615.851 _______________________________________________________________ Maurício Galinkin/Technopolitik (MEI) CNPJ 25.211.009/0001-72 Tel: (61) 98407-8262. Correio eletrônico: [email protected] Sítios eletrônicos na internet: http://www.technopolitik.com.br e http://www.technopolitik.com @ Efrem Milanese. Todos direitos reservados ao autor. Sumário Sobre o autor v Apresentação da 4ª edição vi Prólogo ix Apresentação da 3ª edição x Introdução xiv Seção Capítulo 1 24 1 Objetivos e síntese do Capítulo 1 28 2 Dois movimentos e muitas variantes 30 3 Construir um conceito: comunidade 45 4 Sofrimento social e exclusão social 54 5 Tratamento comunitário: primeira abordagem 61 6 Bibliografia do Capítulo 1 114 Capítulo 2 120 1 Entrar, encontrar, estar na comunidade 123 2 Uma base segura 132 3 Rede subjetiva comunitária 149 4 Construção de redes e tratamento comunitário 225 5 Bibliografia do Capítulo 2 258 Capítulo 3 264 1 Dispositivos para o tratamento comunitário 268 2 Conceito de rede: primeira aproximação 284 3 O sistema de redes do “parceiro” 296 4 O sistema de redes do dispositivo 353 5 O capital social da comunidade 392 6 Bibliografia do Capítulo 3 395 Tratamento comunitário: manual de trabalho iii Sumário Seção Capítulo 4 403 1 Construção de conhecimentos 408 2 Líderes de opinião e construção da comunidade 416 3 Análise de boas práticas e de fracassos 430 4 História da comunidade 455 5 Elementos sociológicos 463 6 Temas geradores 470 7 Representações sociais 482 8 Mitos, rituais e costumes 494 9 Conflitos de base na comunidade 503 10 Bibliografia do Capítulo 4 513 Capítulo 5 516 1 Dispositivos, limiares, complexidades 527 2 Território comunitários 536 3 Dispositivos comunitários organizados 554 4 Centro de escuta: baixo limiar e baixa complexidade 567 5 Centros de baixo limiar e media/alta complexidade 579 6 Alto limiar e média complexidade: comunidades educativas 608 7 Centros penitenciários: alto limiar, alta complexidade 623 8 Bibliografia do Capítulo 5 631 Capítulo 6 – Bibliografia Consolidada 635 Efrem Milanese iv Sobre o autor EFREM MILANESE – Graduado em Psicologia pela Universidade de Paris-Sorbonne (Paris V – René Descartes), com Curso Avançado em Dependências Patológicas pela Universidade de Pádua -Região Veneto (Itália), mestre e doutor em Psicologia pela Universidade de Paris-Sorbonne (Paris V- René Descartes). Trabalha na área de redução da demanda de drogas (prevenção, tratamento e integração social) e de programas e políticas de desenvolvimento sustentável em comunidades urbanas vulneráveis em países da América Latina, Ásia e Europa. Link para Lattes (curriculum): http://lattes.cnpq.br/6225165226834453 Tratamento comunitário: manual de trabalho v Apresentação da 4ª edição Hoje uma tecnologia social, uma metodologia, um modo de estar na comunidade, um eixo de onde partir, um rumo a tomar, um transformador, o Tratamento Comunitário tem como essência a percepção de que as pessoas e comunidades que vivem em situações de alta vulnerabilidade e exclusão são recursos. Estas pessoas e comunidades produziram, produzem e produzirão respostas eficazes aos seus problemas e é necessário entender, valorizar e conectá-las com as propostas das instituições e organizações da sociedade civil. Desta maneira, estas pessoas participam como iguais nos processo de construção das respostas e da sua implementação. Esta tecnologia permite estabelecer um contato e trabalhar com pessoas que não acessam os serviços existentes ou as que não conseguiram encontrar soluções nestes serviços. O nível de participação da comunidade geralmente é elevado, o que acarreta uma diminuição da dependência das instituições e fortalece sua sustentabilidade. A ideia central é transformar de forma evolutiva um paradigma para o outro: De Beneficiário p/ Parceiro: a pessoa não é vista como um sujeito passivo, ela é considerada como um indivíduo de potencialidades e capaz de desenvolver vínculos, competências e habilidades, passando a atuar como um colaborador das ações para o seu processo de mudança; De Serviço p/ Dispositivo Comunitário: no serviço há o indivíduo competente que serve e um receptor vulnerável (usuário do serviço). Já o dispositivo comunitário visibiliza o potencial do desenvolvimento de vínculos e suas competências na produção de proteção social; vi Efrem Milanese Apresentação da 4ª edição De Assistência p/ Vínculo: dentro do paradigma de serviço existe o que presta a assistência, o que não é suficiente para potencializar a participação do sujeito atendido. No TC o processo intervenção acontece a partir da construção de vínculos para o fortalecimento de uma relação entre um profissional (parceiro), que dá e recebe, e um “beneficiário” (parceiro), que assume o mesmo papel de provedor e de receptor. De Caso/Profissional p/ Sujeito Social/Rede de Operações: em vez de considerar o indivíduo como um caso a ser solucionado pelo profissional, o TC traz ações de vinculação e atua na estrutura de relacionamento do indivíduo (sujeito social) em relação à rede de operações, que pode atuar no contexto onde ele vive, a partir dos recursos disponíveis. De Protocolo p/ Acessibilidade: é comum que profissionais atuem com base na diretriz dos protocolos (fluxos, organogramas, requisitos de entrada etc.). O TC propõe superar as barreiras formais e favorecer o acesso. De Reinserção Social p/ Participação Social: o primeiro considera o processo de adaptação do indivíduo aos padrões de um grupo social. As ações do TC promovem a participação através do fortalecimento das potencialidades. Em rede estamos transformando, inovando e criando Boa leitura Junho de 2018 Efrem Milanese vii Tratamento comunitário: manual de trabalho viii Prólogo (Raisss) Antes de construirmos o Tratamento Comunitário nos unimos e nos reconhecemos como pessoas. Pessoas que buscávamos processos de transformação verdadeiros, olhando para o beneficiário como nosso parceiro de caminhada. Pessoas que acreditavam no dar e receber do Vínculo muito mais que apenas oferecer assistência. Pessoas que conseguíamos ver poderes no que se dizia mais vulnerável. Pessoas que viam recursos em quem, na aparência, não passava de problema. Como pessoas, fomos Raisss, como Raisss, vivências, mudanças, vidas vivas, esperança. É desta Raisss que nasce o Tratamento Comunitário. Ao compartilhar as pessoas que fomos e somos neste Manual lhes convidamos a ser mais de nós dentro de Raisss e, assim, ser Raisss daquilo que é vida nas pessoas. Boa aventura! Raquel Barros Raisss ix Tratamento comunitário: manual de trabalho
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