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Transformadores para aplicação em fornos a arco PDF

20 Pages·2005·5.86 MB·Portuguese
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nossa opinião editorial TTTTTeeeeecccccnnnnnooooolllllooooogggggiiiiiaaaaa ppppprrrrróóóóóppppprrrrriiiiiaaaaa (cid:126) do leitor ○ ○ A alavanca tecnológica ○ ○ ○ ○ brilhante matemático grego Arquimedes afirmava ser á pouco mais de 40 anos, os Só que óbvio não quer dizer fácil. O cronista Mario Persona, realmente, ○ O capaz de mover o planeta, bastando que lhe dessem é de encher-nos de conhecimentos com seu ○ Hmotores elétricos importados O Brasil não tinha nenhum especia- humor inigualável. Parabéns à WEG e ao ○ uma alavanca suficientemente longa e um ponto de dominavam o mercado bra- lista em acionamentos, a inteligência grande Mario Persona. Show! ○ sileiro. Até que três amigos, nesse campo estava concentrada prin- Jamile N. D. M. Jarude ○○ apoio. Claro que o eminente cientista utilizava um jogo de pala- no interior de Santa Catari- cipalmente na Europa, onde ficam as Ribeirão Preto - SP ○ vras, para explicar o princípio da alavanca. No embalo da figura ○ na, resolveram montar uma fábrica. O sedes dos principais concorrentes. ○ de linguagem de Arquimedes, podemos afirmar que o mundo que era apenas um sonho se transfor- O primeiro passo, então, foi criar Recebo regularmente a revista, e sem- ○ mou numa empresa mundial, uma for- massa crítica na própria WEG. A pri- pre a leio com o maior interesse. Não só ○ está em constante movimento. Não de um lado para outro no ○ necedora de soluções completas. É cla- meira equipe de engenheiros veio de para tomar conhecimento dos atuais movi- ○ sistema solar, mas em direção ao progresso científico. ➔Com investimentos ro que o caminho não foi fácil. Foi diferentes unidades do Grupo WEG. mentos da empresa, como, também, para ○ preciso investir em pesquisa, tecnolo- Com experiência em pesquisa, mas aprender com seus artigos e entrevistas, da ○ Empresas, instituições e até nações estão em constante busca em pesquisa e em gia e, principalmente, em pessoas. pouco conhecimento sobre compo- maior qualidade. Sem dúvida, WEG em Re- ○ por espaço, conquista de novos mercados ou uma posição de des- ○ vista é um instrumento de qualidade à ima- Essa história começa a se repetir. nentes elétricos de baixa tensão, essa ○ pessoas capacitadas, gem da excelência de gestão e dos produ- ○ taque num determinado segmento ou cenário. É assim que “o Com a inauguração do Laboratório de equipe adotou como primeiro passo es- tos WEG, orgulho de Santa Catarina. ○ mundo se move”. Para chegar a estas conquistas, vários fatores a WEG hoje gera Pesquisa e Desenvolvimento em dis- tabelecer parcerias com universidades ○ Sergio Gargioni positivos de manobra, comando e pro- estrangeiras que tivessem competência ○ são importantes e devem ser praticados constantemente. Neste Superintendente do Sesi ○ sua tecnologia teção em baixa tensão, a WEG Acio- na área. Florianópolis - SC ○ século 21, uma das principais alavancas para conseguir mais com- namentos dá um passo importante Nesta fase de estruturação do de- ○ para ter o domínio da tecnologia e atin- partamento de Pesquisa e Desenvolvi- ○ petitividade, em qualquer nível, é a utilização da tecnologia. gir a competitividade sustentável em mento, que consideramos encerrada Com relação à matéria “De mãos da- ○○ E não se trata apenas de adquirir os melhores equipamentos das com o mundo” (ed. 32, p. 18), devo di- seu segmento. em 2000, buscamos ○ zer que a China, além de ser uma grande ○ ou aplicar o mais moderno software. É vital que um Estado ou As empresas absorver todo o co- O primeiro passo foi força mundial, também é responsável pela ○ O UETA WmeEnGto se sdtiãfoer eemnt ems doe- criar massa crítica na ne hiemciamgiennátov eplo. sNsívãeol aal aovpaonrctuandiad andoes ppraerçao sp ainratebrennoisz.á A-lporso vpeeitlao ○○ uqumiasa re me pdreessaen ivnovlvisetra mal tneran gaetrivaaçãs oe daep etercfenioçlooagmiae.n Otous, sterjaan: spfoers-- FLÁVI inovação, até pela poupamos esforços. edição nº 32, de excelente conteúdo e ○○ mando ou criando equipamentos e processos adequados a cada idade de cada uma. própria WEG Engenheiros brasi- aprendizado. ○ Criada em 1982, a leiros passaram tem- ○ necessidade. Rony Wendel de Miranda ○ WEG Acionamen- poradas de até oito Gerente Comercial da Seletro Ltda. ○ tos passou pela fase de compra de tec- meses na Alemanha, estagiários ale- Formiga - MG ○ ○ nologia até 1994. Nesta primeira fase mães passaram períodos semelhantes ○ índice de desenvolvimento, os desenhos das no Brasil, investimos em mestrado para ○ peças e os detalhes dos processos de fa- nossos engenheiros, contratamos con- ○ ○ bricação eram adquiridos de parceiros sultores alemães permanentes, para dar ○ A 4 no exterior, principalmente na Euro- cursos e nos manter atualizados com expediente US ○ pcoan. hAe cpimreeonctuop adçoã op reorcae saspo rdoefu fnabdrairc ao- as nHovoijdea, dae sW. EG Acionamentos usa Wé uEmGa epmu bRliecvaiçsãtao CIO DE SO ○○○ Tecnologia é diferencial, sempre ção, buscar competitividade e atuar só apenas tecnologia própria. O Labora- da WEG. AURÍ ○ 8 Av. Pref. Waldemar M ○ Cientista garante: Brasil está no rumo certo no mercado latino-americano. tório é mais um passo importante des- Grubba, 3300, ○ Harry Schmelzer Jr. Veio a globalização, e quem era cli- ta estratégia de desenvolvimento de (47) 372-4000, ○ Superintendente da ente passou a ser visto como um po- tecnologia. Único no Brasil, o labora- CEP 89 256-900, ○ 10 WEG Acionamentos Jaraguá do Sul, SC. ○ Conhecendo o laboratório por dentro tencial concorrente. Mesmo atualizan- tório é apenas a ponta do iceberg de www.weg.com.br. ○ do os produtos através de renovações um investimento em capacitação de [email protected]. Conselho Editorial: ○ periódicas dos acordos, foi ficando pessoal e equipamentos que chega a Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti ○ 14 (editor), Caio Mandolesi (jornalista ○ cada vez mais difícil ter acesso às no- US$ 3 milhões. E que nos levará a ser responsável), Edson Ewald (analista de ○ Transformador especial para a CCM vas tecnologias. A saída mais óbvia era um destacado fabricante internacional Marketing) e Cristina Teresa Santos (analista ○ de Marketing). Edição e produção: EDM ○ desenvolver internamente o conheci- de dispositivos de comando e prote- Logos Comunicação, tel. (47) 433-0666. ○ 17 mento e a capacidade para criar novas ção em baixa tensão. Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 23.000. ○ WEG tem duas novas fábricas no país tecnologias. ○ 18 WEG em Revista WEG em Revista 3 www.weg.com.br www.weg.com.br especial girar 2.2. Fornos a arco direto reator interno ao tanque do trans- (6) Alta tensão do transformador prin- Esses fornos são os mais empre- formador, são utilizados reatores in- cipal gados para a produção de aço. Po- dependentes nos tipos e formas de dem ser obtidas temperaturas do conexão a seguir indicados. A TECNOLOGIA arco de até 3.000° C. O seu uso é para a produção de aço, tendo como 2.2.1.1. Reatores de núcleo de matéria-prima sucata ou ferro-gusa. ar FAZ O MUNDO Há a possibilidade do uso de bo- 2.2.1. Comportamento e carac- binas de reatância com o núcleo de terísticas dos transformadores ar, a seco e com o enrolamento feito para fornos a arco direto de alumínio. Esse reator é instalado Transformadores para fornos a em uma estrutura fora do tanque do arco direto são de grande porte, e transformador e é de competência ROBERTO SZABUNIA trução de grandes monumentos, às bilhão de dólares no desenvolvimento potências da ordem de 100 MVA são do projetista da instalação, não fa- modernas empresas de construção ci- do seu Mach III. Um bilhão de dólares comuns. Estes transformadores tra- zendo parte do escopo do transfor- vil que erguem edifícios cada vez mai- investidos apenas na criação de um pro- balham com altas correntes no se- mador. Esse reator deve ser calcula- Até uma criança, ores e obras mais complexas. Das pri- duto! Mas, o que cundário, com freqüente possibili- do para 2,5 x In do transformador, ➔ H com seus brinquedos, mndeoiratnisv ofases i tetasrsti badloeesi rcboarssa csqai uldeeie r acásor vlcooocrmaem, as uonsaa smv ciooa--s épn ôlaen sGimmileloen tdtteee,? lSâéim msii--- NDRÉ KOPSC dctriaordcduei intdâoem ef icucoanmsc id ofeonvraitdmesoe snao tleoics sietaamsç c õoceursr reetlnoe--- nquãoe appoadreenced oc osmat uersasra ccoomrre na ttee.nsão utiliza a tecnologia A gigantescos cruzando os oceanos. Das na de barbear. tes. A regulação da tensão sempre é 2.2.1.2. Reator com o núcleo velhas escolinhas iluminadas a lampião, Mais: você realizada sob carga e entre limites com entreferros como um diferencial Figura 2: Diagrama de ligação do reator em às modernas salas de aula aparelhadas compra esponja bastante amplos, por exemplo de São feitos com esse tipo constru- série com o transformador. de competitividade com computadores. Dos carrinhos de de aço ou Bom 400 a 1.200 V. Também é utilizado tivo para a redução do tamanho, vis- madeira aos bólidos controlados por Bril? Amido de um filtro RC que não faz parte do to que, se fossem com núcleo de ar, A montagem ideal é a indicada um joystick. milho ou Maize- escopo do transformador, e deve ser seriam maiores, ocupando muito es- na figura 3, que independe da classe uem é fã das histórias em Não faltam exemplos de como a na? Tira fotocó- instalado externamente. Pode ser re- paço no tanque e aumentando sig- de tensão do enrolamento AT. As os- quadrinhos de Maurício tecnologia faz o mundo se mover. O pia ou Xerox? querido que o fornecedor do trans- nificativamente as perdas no cobre. Q cilações de tensão ao impulso são de Sousa certamente co- ser humano tem sabido criar e aperfei- Usa bastonete de ➔1 bilhão de formador o especifique; nesse caso, São sempre exigidos taps, que vão nhece o Franjinha, o “cé- çoar tecnologia - para o bem ou para o plástico revestido dólares por um deverá ser procurada uma consulto- de 0 a 100% da tensão. Na opera- bem menores, já que o reator (5) está barbear instalado em um circuito de tensão rebro” da turma. Sempre mal. O século 20, especialmente, foi com algodão ou ria especializada. A intensidade do ção, pode ser selecionada uma posi- bem-feito relativamente baixa. Há a vantagem às voltas com projetos mirabolantes, pródigo em avanços tecnológicos. Há Cotonete? curto-circuito nestes transformado- ção qualquer para ajuste da impe- adicional desse reator funcionar Franjinha inventa desde fórmulas para grandes marcos, como a invenção do Viagra, Superbonder, Bic... Todas res é baixa, em torno de 2 a 2,5 x dância do sistema transformador- como um limitador da corrente de fazer crescer cabelos até máquinas do avião, a chegada do homem à Lua, o marcas famosíssimas, de produtos que In. Isso é conseguido pela alta im- forno, podendo inclusive ser seleci- inrush, preservando o transformador tempo e naves espaciais. Se for alguma surgimento da internet, a telefonia ce- conquistaram a liderança em suas áre- pedância dos barramentos que co- onada uma posição em que o reator principal dos esforços decorrentes trama para derrotar a Mônica, certa- lular... as de atuação. Mas não chegaram lá de nectam o transformador ao forno. tenha a menor reatância, ou seja, o dessas correntes. mente a história termina com olhos favor. Em comum, todas estas empre- Existem casos em que é exigido um reator ficaria fora do circuito. roxos. >>> Pés na terra sas ostentam em seus currículos os al- reator, instalado dentro do tanque A utilização de um reator (5), li- Franjinha, primeiro personagem de tos investimentos em inovação tecno- do transformador, para limitar a cor- gado diretamente à linha de AT (ver Maurício de Sousa, simboliza aquele Mas não é necessário ir até a Lua lógica. E nem sempre o resultado final rente de curto-circuito a no máxi- figura 2), tem como vantagem a bai- tipo de criança-prodígio (veja “entre- ou Marte para demonstrar sabedoria na destes investimentos é uma supermá- mo 2,5 x In. É uma solução em de- xa corrente, mas permite que ocor- vista” com Franjinha, na página 7). utilização dos recursos tecnológicos. quina ou uma nave espacial. Veja o suso, pois, devido às altas correntes ram grandes oscilações na tensão de Certamente muitos dos cientistas que Governos, empresas e cidadãos atingem exemplo da Johnson & Johnson. que circulam nos barramentos que impulso, principalmente sobre a en- a humanidade consagrou começaram um diferencial competitivo quando Dona da marca de absorventes ligam o transformador ao forno, a trada do enrolamento principal (6). assim, inventando coisas durante a in- dispõem de recursos tecnológicos ade- Sempre Livre, a empresa descobriu, por reatância das barras é muito alta por- É uma solução para transformado- fância. Um carrinho de madeira pode quados a ir além de suas necessidades. meio de pesquisas, que as usuárias de que não se faz o entrelaçamento de res com a alta tensão inferior a 36,2 não ser tão sofisticado quanto um mo- Mais ainda do que deter tecnologia, o seu produto ansiavam por um absor- barras para compensação do campo kV. derno carro de controle remoto. Mas diferencial está em gerá-la. A capacida- vente que inibisse o odor da menstrua- magnético. Conseqüentemente, ambos necessitam de tecnologia para de de inovar tecnologicamente separa ção. Valendo-se dos seus recursos tec- pode ser definido pelo projetista da (1) Enrolamento BT funcionar. E, quanto mais tecnologia quem é top. nológicos, a subsidiária brasileira inves- instalação um conjunto de barras em (2) Enrolamento ligado em série ao for aplicada, melhor será o resultado O que diferencia algumas institui- tiu no desenvolvimento de um absor- que a sua reatância, somada à do (1), o qual está colocado no trans- final, proporcionando um diferencial ções é o potencial de se tornarem refe- vente com essa característica. Apoiada transformador, limitaria a corrente formador série ao modelo. rência no mercado. E não há como ser por uma bem nutrida campanha de de curto-circuito a 2 ou 2,5 x In. (3) Alta tensão do transformador série A tecnologia está presente em to- referência, sem investir na inovação tec- marketing, a novidade já mostrou re- Para efeito de limitação das corren- (4) Excitatriz para o transformador Figura 3: Ligação do reator ao transformador das as atividades humanas. Dos anti- nológica. Exemplos são fartos. A Gil- sultados: Sempre Livre recuperou a li- tes de curto-circuito sem os efeitos série gos egípcios com suas técnicas de cons- lette, por exemplo, investiu cerca de 1 derança de vendas que havia perdido. colaterais gerados pela utilização do (5) Reator 4 WEG em Revista WEG em Revista 17 www.weg.com.br www.weg.com.br técnica Transformadores para >>> Gerar tecnologia H C aplicação em fornos a arco No Brasil, são muitos os exemplos OPS de quanto a geração de tecnologia tem NDRÉ K proporcionado ganhos em qualidade A de vida e em competitividade. Está aí Você deve ter, anotado por aí, Equipe do departamento de Engenharia lizado no processo, o transformador Isso ocorre porque são utilizadas a urna eletrônica, criação brasileira algum lembrete, um telefone ou um da WEG Transformadores será submetido a solicitações específi- várias barras em paralelo, com senti- consolidada e hoje servindo de mo- endereço. Na mesa de trabalho, em casa, em al- delo para países do mundo todo - en- cas, e, portanto, sua concepção deve- dos de corrente invertidos, o que faz gum lugar... E há uma grande possibilidade de esta tre eles os Estados Unidos. 1. Generalidades rá contemplar estas exigências. Como com que a impedância do conjunto anotação estar escrita num papelzinho amarelo, gru- O desembargador Carlos Prudên- os esforços de curto-circuito são os que de barras seja baixa e, conseqüente- dado no monitor, na mesa, na geladeira... cio, ex-presidente do Tribunal Regio- A indústria siderúrgica tem na ele- mais se destacam no contexto de ope- mente, a impedância do conjunto Ali, naquele pedaço de papel amarelo, está o resul- nal Eleitoral de Santa Catarina, foi o tricidade uma de suas molas mestras. ração destes transformadores, algumas transformador-barramentos seja resu- tado de uma inovação tecnológica. Trata-se do Post It, criação premiadíssima mentor do voto eletrônico. Em 1989 A transformação da matéria-prima variáveis relacionadas a esta questão mida à impedância do transformador, da 3M, outro sinônimo de aplicação - ou você chama esse papelzinho de “folha ele implantou o primeiro terminal de nos mais variados produtos finais é serão objeto das considerações a seguir. fazendo com que o equipamento te- de anotação autocolante”? votação por computador em Brusque, possibilitada por uma conjugação de São chamados de fornos a arco nha que ser garantido para curto-cir- As Notas Post It, como o produto é chamado na 3M, nasceram por acaso. no interior de Santa Catarina. Na épo- equipamentos elétricos entre si, den- submerso, uma vez que o arco fica cuito. O principal motivo disso é a Art Fry, um dos engenheiros da empresa, teve a idéia quando cantava no coro ca, aos 41 anos, Prudêncio era juiz da tre os quais se destacam os fornos a sob a carga de matérias- primas. Tam- forma como trabalha o forno. Ele da igreja. Os papéis onde Fry costumava anotar os hinos religiosos viviam cain- 5ª Seção Eleitoral do estado. A urna arco e os transformadores utilizados bém são chamados fornos de redu- possui três camadas de material, con- do. Na época, Fry trabalhava no desenvolvimento de novos produtos da 3M, e era um computador adaptado, feito na sua alimentação. Para a modela- ção, uma vez que são sempre desti- forme a figura 1. Superficialmente tentava descobrir uma utilidade para uma cola pouco adesiva criada por Spen- com a ajuda do irmão Roberto, dono gem siderúrgica e obtenção dos seus nados a uma reação química de re- existe um material isolante. Na se- cer Silver, um colega de trabalho. Foi aí que ele aplicou a tal cola em pedaços de de uma empresa de informática. O produtos finais propriamente ditos, dução. gunda camada existe um material papel, para utilizá-los como marcadores em seu hinário. E nascia o Post It! programa de computador usado por a energia elétrica da rede de alimen- Esses fornos diferem dos fornos a com resistência mais alta, onde os ele- Pois agora, pegue uma folhinha de Post It (pode chamar de “postíti”) e anote: Prudêncio é o mesmo adotado hoje tação e dos transformadores acopla- arco direto pelo fato de os eletrodos trodos ficam imersos e por onde se só com inovação tecnológica você vai poder ter um diferencial competitivo. pelo Tribunal Superior Eleitoral. O dores é convertida em energia tér- estarem sempre submersos na carga fecha o arco que vai fundir o aço. principal, nesse processo, é que o bra- mica de altíssima magnitude através de matéria-prima. Os eletrodos são Mais internamente, existe um mate- sileiro já se habitua às inovações tec- da operação dos fornos a arco. A uti- feitos de carvão amorfo, que custa rial líquido, que é o aço fundido. nológicas, tanto que a utilização da lização deste modelo, fundamentado muito menos do que os de grafita uti- Durante o processo pode haver uma urna eletrônica foi assimilada rapida- em consumo intensivo de eletricida- lizados nos fornos a arco direto. “mexida” no aço fundido devido a um ➔PARA SE DIVERTIR mente. de com transformadores e fornos a Eles são utilizados principalmen- descontrole qualquer, e o aço fundi- arco, tem por princípio uma lei bá- te para a produção de ligas de ferro do pode se misturar com a camada “Evolução” - filme de Ivan Reitman (EUA 2001), com David Duchovny, MARCO ANTONIO TEIXEIRA/AGÊNCIA O GLOBO sica da Física: o coeficiente de con- como ferro-silício, silício metálico, de material de alta resistência, curto- Orlando Jones e Julianne Moore. Um grupo de cientistas é reunido para com- versão de energia elétrica em térmica ferro-cromo, ferro-manganês etc. circuitando o transformador. Esse bater uma nova forma de vida que chega à Terra num meteoro e que rapidamen- é de 100%. Diferentemente dos fornos a arco curto-circuito pode ser bifásico ou te evolui, ameaçando dominar o planeta. Além de permitir um melhor apro- direto, nesses os eletrodos mantêm- trifásico franco, por isso recomenda- “Eu, Robô” - direção de Alex Proyas (EUA 2004), com Will Smith e Bridget veitamento econômico como insumo se submersos durante o processo de se que o transformador seja dimensi- Monayhan. Um assassinato tem como principal suspeito um robô, o que seria básico do processo, dada sua conver- fusão do aço. São utilizados para a onado para suportar curtos-circuitos impossível de acontecer devido à programação existente que impede os robôs de fazerem mal aos humanos. são sem perdas, a eletricidade apresen- fundição de pequenas quantidades de constantes. “Viva Voz” - filme dirigido por Paulo Morelli (Brasil 2004), com Dan Stulba- ta ainda uma outra vantagem funda- aço. ch e Viviane Pasmanter. Uma ligação pelo telefone celular feita por acidente faz mental: a facilidade de controle. O com que uma mulher descubra que seu marido a está traindo. calor produzido pela eletricidade obe- 2.1.1. Comportamento e carac- dece uma constante que é função do terísticas do transformador para ➔PARA SABER MAIS: processo adotado, o que possibilita a fornos a arco-resistência implementação de sofisticados siste- Transformadores para este tipo de O Dicionário do Futuro: as Tendências e Expressões que Definirão o Nosso Com- mas de controle e comando. forno podem alcançar potências de até portamento, Faith Popcorn e Adam Hanft, Ed. Campus, 2002 30 MVA. Estes transformadores pre- História da Técnica e da Tecnologia no Brasil, Milton Vargas, Ed. Unesp/ cisam ser desligados e religados ao CEETEPS, 1994 2. Tipos de fornos menos uma vez por dia, e sua impe- Crônicas de sucesso - Ciência e Tecnologia no Brasil, Ciência Hoje, 2002 e seus respectivos dância é normal, ou seja, compatível www.uol.com.br/cienciahoje/ transformadores com o seu porte, mas a do sistema, na www.revistapesquisa.fapesp.br/ qual se inclui a impedância das barras 2.1 - Fornos a arco-resistência que se conectam aos eletrodos, é mui- ➔Indios Guaranis na escola da aldeia da tribo Figura 1: Forno de redução ou arco-resistência Sapukay em Bracui, distrito de Angra dos naWEG + Dependendo do tipo de forno uti- to baixa. (arco imerso). Reis, tem aulas de informatica Vnoe jas itme awtéwrwia. wcoemg.pcolemta.br 16 WEG em Revista WEG em Revista 5 www.weg.com.br www.weg.com.br outra visão Tecnologia de gibi O TRANSFORMADOR As principais características do DOUGLAS R. STANGE transformador retificador. JOSÉ CARLOS BULDRINI Primeiro personagem de WR - Quando você percebeu esse seu dom para a ciência? POTÊNCIA Maurício de Sousa, Franjinha - Quando comecei a Primário: 44,5 MVA brincar com os óculos do meu avô, Secundário: 4 x 15.700 kVA Franjinha contra o sol, quase queimando minha TENSÕES mão, vendo os feijõezinhos crescerem, Primário: 13.800 V surgiu em H as abelhas com o pólen nas perninhas, OPSC Secundário: 547 ..398 V 1959, aksi t bdrien qcaudímeiriacsa , dqou maneduo pgaain choemi m uemu ANDRÉ K CCoorrrreennttee ddee snaeíduatr: o1:6 2,5 x7 k5A7 ,p5o kr Afa s=e juntamente microscópio de brinquedo, depois 115 kA uma luneta com tripés para espiar lua Refrigeração: trocador óleo-água com seu cãozinho Bidu, e estrelas... Acho que tinha tanta curi- Peso: 136,7 toneladas osidade pra entender tudo o que me nas tiras da Folha da envolvia, que resolvi mexer cada vez mais com experiências e invenções. OS PARTICIPANTES Manhã. “Intelectual” da turma, vive inventando WR - Qual foi a experiência mais nas escolas, nos seus cursos, que faci- Representantes das incrível que você já fez? litam tudo pra eles. seguintes empresas poções e máquinas Franjinha - Faço algumas que não dão muito certo. Pelo menos nas pri- WR - Recentemente, o Brasil so- participaram do encontro: incríveis. Por isso, ele é o meiras vezes. Mas a que teve resulta- freu com o “apagão” energético. dos mais gozados foi naquela vez em Como você acha que problemas (cid:127) Aços Villares – Aços entrevistado dessa edição. que fiz um tônico para crescer cabelos como esse podem ser evitados? Anhangüera Maurício Araújo de no Cebolinha... E quem cresceu, es- Franjinha - Pelo que li, até agora (cid:127) Alumar tufou, foram os tais cinco fios de ca- não se sabe bem o que houve nesse (cid:127) Caraíba Metais Sousa, paulista de Santa belo dele. Virou até filme. caso. Mas uma boa administração e (cid:127) Carbocloro planejamento sério podem evitar apa- (cid:127) Centrais Elétricas de SC Isabel, nasceu em 1935. WR - Qual foi o principal avan- gões e coisas parecidas. (cid:127) Cia. Mineira de Metais ço tecnológico do século 20? (cid:127) Cia. Paraibuna de Metais Era repórter policial da Franjinha - Xii... Tanta coisa! Os WR - Você acredita que o ho- (cid:127) Eletrosul antibióticos, o estudo dos genomas, mem ainda pode descobrir uma (cid:127) Jari Celulose Folha da Manhã quando agora as células-tronco, as conquistas nova fonte de energia? Qual seria? (cid:127) Luwanco do Brasil começou a publicar suas espaciais... O computador... Franjinha - Pode haver novas des- (cid:127) MIB cobertas de fontes de energia. E a pró- (cid:127) Novelis do Brasil tiras. Em 1970 saía o WR - E qual vai ser o grande fei- xima a ser “decifrada”, sem dúvida, (cid:127) Pan Americana Ind. Química to da tecnologia no século 21? será a que é originada pela gravidade. (cid:127) Solvay Indupa primeiro gibi, Mônica. A Franjinha - Talvez a consciência A energia gerada pelas grandes massas (cid:127) Tractebel de que o avanço tecnológico não pode (planetas e outros corpos celestes), que (cid:127) Votorantim Cimentos partir de então, a história se desumanizar nos seus objetivos. já orienta as naves interplanetárias, ➔Transformador retificador tem 4,90 m de altura e 136,7 toneladas também deverá ser usada como fonte de sucesso do maior WR - Como você vê o desenvol- geradora de energia infinita. Fora a vimento tecnológico do Brasil? possibilidade de condensarmos os ven- quadrinista brasileiro é Franjinha - Tenho falado com pes- tos solares e transformarmos em ener- FALA QUEM PARTICIPOU soas, professores, que se queixam de gia, também. conhecida de todos. que há pouco empenho, pouco inves- Acredito ser importante esse tipo Fiquei muito satisfeito com o O evento foi de grande valia para timento na pesquisa, na ciência, na WR - De onde você acha que a de divulgação do corpo técnico, in- evento, reencontrar os amigos e co- quem trabalha com processos eletro- Maurício assessorou o tecnologia aqui no Brasil. E isso me Mônica tira toda aquela energia? vestimentos em treinamento e prin- nhecer todo o potencial da WEG. intensivos, pela oportunidade de Franjinha nesta entrevista. preocupa. Pela internet converso com Franjinha - De sua vontade. Da cipalmente o empreemdedorismo da Eventos assim sempre nos proporcio- constatar in loco o know-how e a in- jovens como eu, de outros países, que força de vontade. WEG. nam conhecimentos e oportunidades. fra-estrutura da WEG. me contam dos recursos que eles têm Luciano Silva - Solvay Wagner Rodrigues - Carbocloro Luiz Carlos - Luwanco 6 WEG em Revista WEG em Revista 15 www.weg.com.br www.weg.com.br negócios crônica Heróica resistência A N O S R E P MARIO CMM adquire Já fui resistente à tecnologia. Tão resistente que da faculdade de Arqui- transformador tetura saí para morar no mato. Verda- de. Alto Paraíso, tipo bicho-grilo, cri- ando cabra, galinha e carrapato. Mi- nha intenção naqueles ermos anos 70 era salvar o mundo da tecnologia de especial de então, mas não durou muito. A in- tenção, porque a tecnologia continua aí. Entenda que eu não queria salvar o mundo de toda tecnologia, mas só da antiquada, para estimular o uso da 115.000 A nova que utiliza recursos antigos re- nováveis. Não entendeu? Explico. Na época eu estava mergulhado até o pescoço na biomassa dos biodiges- tores, girando feito louco em gerado- res eólicos e queimando pestanas num aquecedor solar. Era vidrado em tec- nologia alternativa e sustentável. Na versão oficial, fui para o mato colocar em prática meus projetos. Extra-ofi- WEG fabrica o maior transformador especial para processo industrial do Brasil ➔ cialmente, fui mesmo em busca de eu deleto, outros extermino, mas cli- Minha mala estava enorme, pesada e aventura. entes eu acarinho com propostas vir- abarrotada com material para um trei- Saí do mato mas continuo adepto tuais de trabalhos reais. A maioria só namento de otimização de tempo e m transformador de 136,7 ram a uma palestra técnica sobre o ficou a oportunidade de reunir um da tecnologia inteligente. Entrei fas- me conhece ao vivo quando me pega trabalho. Eu mesmo a pilotava no sa- Utoneladas está sendo entre- novo transformador, a cargo do en- corpo técnico altamente selecionado. cinado na era da informática quando no aeroporto. Ali começam a me cha- guão, suas rodinhas deslizando com gue à Companhia Mineira genheiro projetista Wanderley Becha- “Esta foi mais uma ação com o obje- a capacidade de memória dos micros mar de senhor. leveza e graça. de Metais – CMM. Trata- ra, um dos responsáveis pelo desen- tivo de vislumbrar tendências e an- não passava de vaga lembrança. “O — Nem reconheci o senhor! — Mas o rapaz não deixou, arreba- se de um transformador de volvimento do transformador retifi- tecipar necessidades”, afirmou o ge- computador perfeito já foi inventado. costumam exclamar — Parecia mais tou-a de minha mão. Afinal, era ele o forno especial para processo industri- cador. Com 32 anos de experiência, rente de Vendas. A programação foi Basta você lançar nele os seus proble- jovem na foto do site... carregador do hotel e queria fazer jus al, também chamado transformador Bechara é um dos maiores especialis- encerrada com uma visita à fábrica. mas e eles desaparecem para sempre”, Explico que deve ser o creme Pho- ao título. Tanto jus quis fazer, que se retificador. O ineditismo deste equi- tas brasileiros em transformadores Manoel Zilmar, supervisor da escreveu Al Goodman e eu assinei toShop para rugas. atracou à mala como se fosse o déci- pamento, o maior deste tipo já fabri- retificadores e para fornos a arco, e a CMM, destaca a alta tecnologia apli- embaixo. Hoje não sou muita coisa, mas sem mo-terceiro trabalho de Hércules. cado no país, levou a WEG a promo- WEG é uma das únicas a fabricar um cada na produção deste transforma- Mais tarde meus problemas fica- tecnologia não seria coisa alguma. Es- — Tem rodinhas... É só puxar... ver um encontro com clientes e pros- produto tão específico. “É um mer- dor, que será utilizado na alimenta- ram virtuais. A Internet nem bem ti- taria na mesma biomassa do tempo de — avisei. pects, na unidade de Blumenau. cado relativamente novo para a ção de um retificador de eletrólise na nha sido desmamada e eu já fazia pa- bicho-grilo, tentando viver de vento — Eu dou conta... — gemeu ele, Realizado no dia 1º de março, o WEG, no qual estamos concentran- indústria mineira. “Nossa parceria lestras em terra de cego com um olho sem geradores eólicos para vender. todo macho. encontro contou com a presença de do esforços”, diz. com a WEG vem desde 2002, e esta- que acabara de ganhar. Tudo era novo, Por isso aconselho as pessoas a ado- E deu. Suou, arfou e fungou pelos representantes de 17 empresas de A corrente de 115 kA do secun- mos satisfeitos, tanto com a qualida- tudo iria mudar, todo mundo podia tarem logo as novas tecnologias para corredores até a sala onde as pessoas todo o Brasil. Depois de uma rápida dário desse transformador alimenta de dos produtos, quanto com o aten- ganhar. Bem, nem todo mundo ga- reduzir o trabalho, agregar eficiência aprenderiam a otimizar o trabalho sem apresentação da WEG, feita pelo di- um retificador, que a converte em dimento da empresa”, diz Zilmar. nhou, mas eu ganhei. Experiência. e produzir eficácia. Insisto para que desperdiçar tempo ou energia. Che- retor superintendente da WEG corrente contínua para então alimen- Para ele, com este transformador a De lá para cá vivo tecnologicamen- deixem os músculos para usar na aca- gou abraçado à mala, sem deixá-la to- Transformadores, Luiz Alberto tar o forno para o processo de pro- WEG “mostrou que é capaz de aten- te conectado no conforto de meu demia. Porém nem todos seguem car o chão, numa heróica resistência a Oppermann, e pelo gerente de Ven- dução de zinco, no caso da CMM. der a qualquer especificação de seus home-office. Pacotes de spam, vírus e meus conselhos. uma das mais antigas tecnologias: a das Carlos Prinz, os visitantes assisti- Para Carlos Prinz, o evento signi- clientes”. clientes chegam o tempo todo. Uns O carregador do hotel foi um. roda. 14 WEG em Revista WEG em Revista 7 www.weg.com.br www.weg.com.br outra visão zes pelo próprio disjuntor, “CO”. O Brasil no rumo certo Normalmente, observa-se que o disjuntor sob ensaio limita o valor da corrente e a duração do ensaio. Geral- mente, a duração do ensaio é inferior a A tecnologia sempre fez parte da WR - O desenvolvimento tecno- lembrada nesta hora. O Brasil está se um ciclo da corrente senoidal (menor lógico brasileiro tem algum marco tornando auto-suficiente em petróleo que 16,66 ms, em 60 Hz), conforme vida do astrofísico João Steiner, inicial? Um fato ou uma data? graças à tecnologia de extração em mostrado na figura 4. atual presidente do Instituto de Steiner - Não há uma única data águas profundas – tecnologia tupini- marcante. Mas o desenvolvimento ci- quim! Temos o terceiro maior fabri- Estudos Aplicados da USP. Ex- Corrente de pico entífico e tecnológico está muito liga- cante de aviões do mundo – a Em- limitada pelo Duração do ensaio presidente da Sociedade do aos recursos humanos e à sua for- braer. Fruto de 50 anos de ITA. E há disjuntor I = 4,2 kA t = ½ ciclo (8,33 ms) mação. Afinal, estamos falando de ca- uma tese que diz que nosso maior di- Astronômica Brasileira e pital intelectual, cérebros. Podemos ferencial tecnológico está no setor secretário-geral da SBPC olhar para a criação dos principais metal-mecânico, onde temos empre- agentes de formação de cérebros, sas altamente eficientes como a Em- (Sociedade Brasileira para o como a USP, em 1934, e o Conselho braco e a WEG. Progresso da Ciência), Steiner foi Nacional de Desenvolvimento Cien- tifico e Tecnológico, em 1951. WR - Que grande avanço pode- eleito presidente do Conselho mos esperar para os próximos anos? Diretor do Consórcio Soar, WR - O Brasil pode ser coloca- Steiner - A astronomia irá desco- parceria entre Brasil, EUA e do em que nível, em termos de avan- brir o primeiro planeta semelhante à ços tecnológicos? Terra, nos próximos cinco anos. A na- Chile para a construção e Figura 2 – Esquema elétrico de sistema de curto-circuito Tensão de arco no Steiner - Nós avançamos muito notecnologia irá trazer uma revolução disjuntor em teste operação de um telescópio a ser nos últimos 20 anos e estamos no ca- ainda difícil de dimensionar. A bio- Figura 4 – Oscilogramas do ensaio de curto- minho certo. Hoje já produzimos 2% tecnologia está em seu pleno esplen- circuito em serviço) descrito pela nor- onde se obtêm as grandezas: corrente circuito – ensaio de “Open” no disjuntor em teste inaugurado em abril no norte do do conhecimento mundial. É pouco. dor. Mas o maior avanço será uma ma IEC 60898-1, especifica o instan- de pico, tensão do ensaio, fator de po- Chile. Steiner acha que o Brasil Mas utilizamos menos ainda. Já sabe- surpresa. Quem previu a internet? te do estabelecimento do curto-circui- tência e o instante de fechamento (Fi- 3 - Conclusão mos gerar conhecimento. Precisamos to em 0°, 15°, 30°, 45°, 60° e 75° elé- gura 3). está no rumo certo do aprender a utilizá-lo. Somos bons em WR - Como o Sr. vê a atuação tricos para as amostras a serem ensaia- O ensaio de curto-circuito execu- desenvolvimento tecnológico, ciência, mas aprendizes em inovação do governo no incentivo ao desen- das. O equipamento responsável pelo b) Execução do ensaio de curto-cir- tado nas instalações dos fabricantes, tecnológica. volvimento tecnológico? estabelecimento do curto-circuito no cuito como diz nessa entrevista além de assegurar o perfeito funcio- Steiner - O governo tem feito instante desejado é a chave síncrona. Ensaios de curto-circuito em namento dos dispositivos de proteção, exclusiva à WR. WR - Que papel o IEA da USP grandes esforços. Mas somos um po- Para executar a calibração, troca-se disjuntores são divididos em dois ti- permite que sejam ensaiados e, conse- vem desempenhando no desenvol- bre país rico. A criação dos fundos se- o objeto a ser testado por um condu- pos, que se diferenciam entre si, de qüentemente, avaliados os desempe- vimento da tecnologia nacional? toriais, ainda não inteiramente im- tor elétrico de impedância desprezível acordo com a atuação do disparo do nhos dos novos desenvolvimentos. Os Steiner - O Instituto de Estudos plantados, forneceu um instrumento (By-Pass). Geralmente, neste ensaio, é disjuntor. No primeiro caso, o curto- protótipos com novos materiais, no- Avançados da USP tem a missão de ímpar ao governo para incentivar a feito um curto-circuito controlado, circuito é disparado pela chave síncro- vos projetos e modificações permiti- articulação, interdisciplinaridade, a tecnologia. Mas nesta área não há mi- cuja duração aproximada é de 100 ms. na, e o disjuntor sob teste somente in- rão uma melhoria continua na quali- congregação de lideranças e servir de lagres. O capital intelectual leva tem- Deste ensaio resultam os oscilogramas terrompe o circuito. Este ensaio é co- dade dos produtos desenvolvidos, se- ponte entre o mundo acadêmico e a po para ser acumulado. nhecido como ensaio de interrupção – Corrente de Pico guindo a seqüência desenvolvimento sociedade civil. Mas estamos atentos “O” – open (Figura 4). No segundo I = 5,9 kA teórico (projeto), protótipo, ensaio de para as questões tecnológicas. Agora WR - O Brasil utiliza a tecnolo- caso, o disjuntor em teste estabelece e validação, melhoria (Figura 5). mesmo iremos iniciar uma Temática gia como diferencial competitivo? interrompe o curto-circuito. Este é co- Semestral cujo tema é “Inovação Tec- Steiner - Vivemos na sociedade da nhecido como ensaio de estabelecimen- DIVULGAÇÃO nológica no Brasil”. imnufonrdmoa jçáã oes teá ddoiv icdoindho eecnimtree notso .q uOe tçoã os e–g u“CidOo ”d e– uclmosae -iompeend.iata interrup- Melhoria Dvoelsveimne-nto WR - Em que a tecnolo- sabem e os que não sabem. Este fosso As normas de ensaio descrevem se- Teórico gia nacional mais tem se aumenta constantemente, de forma qüências de operações de “O“ e “CO” destacado? assustadora. Isto vale para países, em- de acordo com tipos de ensaios. Por ENSAIO Protótipo Steiner - Na agricul- presas e pessoas. Nós, brasileiros, te- exemplo, no ensaio com correntes de tura, temos tido sucessos mos talento, mas estamos correndo curtos-circuitos reduzidas conforme es- notáveis, em grande atrás do prejuízo; não temos tempo a tabelecido na norma IEC 60898-1, o Figura 5 – Ciclo de melhoria contínua parte por causa da tec- perder. Instante do fechamento disjuntor deve abrir nove vezes, sendo 00 elétricos na tensão nologia própria, e a que o circuito deve ser fechado seis ve- naWEG + Embrapa precisa ser Figura 3 – Oscilogramas do ensaio de curto- zes pela chave síncrona, “O” e três ve- A bibliografia desta matéria circuito – calibração em 00 está no site www.weg.com.br 8 WEG em Revista WEG em Revista 13 www.weg.com.br www.weg.com.br técnica giro Importância e características Mais duas fábricas no Brasil dos ensaios de curto-circuito Duas novas unidades passam a fa- G WE zer parte dos parques fabris da WEG OS no Brasil. As fábricas se situam em OT em equipamentos de proteção F Manaus (AM) e São Bernardo do Campo (SP). Na fábrica amazonense serão pro- duzidos motores para condicionadores Eng. Ronny Costa de curto-circuito sitivo tenha seu desempenho garanti- de ar, segmento em que a WEG aten- Chefe do Laboratório de Pesquisa e Desenvol- No instante do curto-circuito, dis- do ante uma situação de curto-circui- de grandes fabricantes, como Multi- vimento da WEG Acionamentos tante do gerador, a corrente sobe ra- to. bras, Climazon Industrial (Carrier), LG pidamente, atingindo o valor de cris- Eletronics, Eletrolux, Gree e Elgin. ta, e vai em seguida diminuindo ex- 2 - Ensaio de curto- Todos têm unidades na Zona Franca. 1 - Tipos de curto- ponencialmente, passando pelo valor circuito em disjuntores transitório para atingir, depois de al- circuitos e seus efeitos Um curto-circuito pode ser defi- guns ciclos, o valor permanente de Os ensaios nem sempre são execu- ➔Motores para nido como uma ligação intencional ou curto-circuito. (Figura 1) tados da mesma maneira. Podem-se condicionares de ar ➔Fábrica adquirida pela WEG em São Bernardo do Campo acidental entre dois ou mais pontos ter variações no circuito de ensaio, as- de um circuito através de uma impe- sim como no procedimento de exe- A mais nova fábrica da WEG alta tensão e geradores até 50 dância desprezível. Essa ligação pode cução do ensaio de acordo com a nor- está entrando em atividade na ci- MW, tem área construída de ser metálica, quando se diz que há um ma utilizada. Um circuito de ensaio dade de São Bernardo do Campo, 18.649 m2, numa área total de curto-circuito franco, ou pode ser um típico (Figura 2), é formado pelos se- no Grande ABC. A fábrica, desti- 164.866 m2, e emprega 100 cola- arco elétrico, que é a situação mais guintes componentes: nada à produção de motores de boradores. comum. • Fonte de potência Existem, basicamente, quatro tipos • Impedância de regulação (média e de curtos-circuitos possíveis de ocor- baixa tensões) Figura 1 – Comportamento da corrente de curto- rer em uma rede elétrica trifásica: tri- circuito • Chave síncrona (elemento de ma- Pela quinta vez, a melhor fásico, bifásico, bifásico a terra e fase As amplitudes das correntes depen- nobra – estabelecimento do cur- a terra. De acordo com Kindermann derão da força eletromotriz dos gera- to-circuito) em seu livro “Curto Circuito”, pela dores e das impedâncias no caminho • Disjuntor de média tensão (ele- O Prêmio Qualidade, concedido pela re- própria natureza física dos tipos de entre o(s) gerador(es) e o ponto de cur- mentos de manobra – interrupção vista Eletricidade Moderna, vai pela quinta curtos-circuitos, o trifásico é o mais to, tais como cabos, barramentos, trans- do curto-circuito) vez para a WEG. A WEG foi considerada a raro. Em contapartida, o curto-circui- formadores e equipamentos de mano- • Objeto sob teste (disjuntor, fusí- empresa de Melhor Desempenho Global. to monofásico a terra é o mais corri- bras, entre outros. A amplitude da cor- vel etc.) Motores, transformadores e CCMs - Cen- queiro. rente depende também do instante de tros de Controle de Motores - foram os pro- Durante o curto-circuito, a eleva- ocorrência do curto-circuito. O ensaio completo de curto-cir- dutos premiados. ção da corrente pode atingir valores, Os dispositivos de proteção são pro- cuito, de uma maneira geral, é dividi- O Prêmio Qualidade é o resultado de uma em geral, superiores a 10 vezes a cor- jetados e construídos para proteger pes- do em dois estágios, um de configu- pesquisa realizada pela Eletricidade Moderna, rente nominal do circuito. Estas cor- soas, instalações e componentes do sis- ração do sistema, conhecido como uma das mais importantes publicações do setor rentes elevadas provocam três efeitos tema elétrico, como transformadores, calibração, e outro de execução do de energia elétrica no Brasil, com 7 mil profis- nos circuitos elétricos: motores, barramentos e cabos. ensaio na amostra sob teste. sionais do setor. • efeitos mecânicos ou dinâmicos A confiabilidade da instalação elé- - ocorrência de esforços mecâni- trica depende, principalmente, do a) Calibração do ensaio (setup) cos entre os condutores ou entre comportamento eficiente dos elemen- Antes do ensaio para verificação do componentes dos equipamentos tos que compõem a proteção diante desempenho do disjuntor, deve-se ga- • efeitos térmicos - ocorrência de das mais diversas exigências normais rantir que os parâmetros do ensaio aquecimento dos condutores ou e anormais que estes equipamentos estão de acordo com a respectiva nor- das partes condutoras dos equipa- poderão enfrentar ao longo de sua vida ma de referência. Algumas normas, mentos útil. além de descrever a corrente, a tensão • efeitos eletromagnéticos - ocorrên- Portanto, as empresas fabricantes, e o fator de potência do ensaio, des- ➔CCMs, transformadores e motores foram os cia de perturbações em equipamentos antes de comercializar tais equipamen- crevem o instante do estabelecimento produtos premiados eletrônicos que estiverem por perto da tos de proteção, devem realizar diver- curto-circuito. Por exemplo, o ensaio instalação pela qual circular a corrente sos testes para assegurar que o dispo- de corrente I (capacidade de curto- cs 12 WEG em Revista WEG em Revista 9 www.weg.com.br www.weg.com.br tecnologia ENSAIOS DE ALTA QUALIDADE G WE O OT F Desempenho do disparo térmico do disjuntor de energia da WEG. Com essa proximi- WEG Acionamentos ➔ dade, consegue-se a redução das impe- inaugura laboratório dâncias dos circuitos de ensaio, o que permite executar testes com elevados va- inédito, destinado lores de corrente de curto-circuito. O ri- gor nos testes permite analisar o com- a ensaios de portamento do equipamento em situa- ções de chaveamentos adversas. “Pode- componentes elétricos mos simular o funcionamento de um contator manobrando um motor em si- tuação de reversão a plena carga (Regi- novo laboratório de ensaios me AC-4 conforme a norma IEC 60947- da WEG Acionamentos, 4-1). Neste regime de manobra, o con- O Curto-circuito em disjuntor inaugurado em janeiro, já co- tator estabelece e interrompe 6 vezes a ➔Laboratório (esq.) fica ao lado da subestação de energia (dir.), no Parque Fabril II meçou a operar. Equipado corrente nominal com um fator de po- com o que há de mais mo- tência de 0,35”, explica Ronny Costa. derno em termos de medição e ensaios, o laboratório tem a função específica de apoiar o desenvolvimento e estudos de >>> Parceiras aplicações especiais dos produtos da WEG Acionamentos, especialmente con- Há quase dez anos a WEG mantém tatores, disjuntores e chaves de partida. uma parceria com a Universidade Téc- Os produtos desenvolvidos são sub- nica de Dresden, na Alemanha. O convê- metidos a diversos ensaios, com desta- nio tem como objetivo o aperfeiçoamento que para os ensaios de vida elétrica em de engenheiros e técnicos da área de pesqui- contatores e o ensaio de curto-circuito sa e desenvolvimento de dispositivos de ma- em disjuntores. “Só a WEG Acionamen- nobra, comando e proteção em baixa tensão. Vida elétrica em contatores (cargas indutivas) tos tem uma equipe de desenvolvimento Fio incandescente (glow wire) Foram feitos altos investimentos em ca- de contatores, relés e disjuntores no Bra- pacitação, treinamento de pessoal e na aqui- sil, daí a importância de manter um la- sição de equipamentos para o desenvolvimen- boratório como este”, diz o gerente do to de novos produtos. Posteriormente, tam- Laboratório, Reinaldo Stuart Junior. bém foram firmados acordos de cooperação Sob a chefia de Ronny Costa, traba- com as universidades alemãs TU-Brauns- lha no local uma equipe de nove pesso- chweig e TU-Ilmenau. as, entre engenheiros, técnicos e estagiá- “A inauguração do laboratório – con- rios. clui Stuart - é a conclusão de apenas mais A primeira etapa, incluindo a capa- Elevação de temperatura uma etapa no aprimoramento da capa- citação e a construção do laboratório, citação tecnológica da WEG para o de- com 600 m2 de área, foi fruto de um in- senvolvimento de componentes elétri- vestimento de 1 milhão de dólares. O cos em baixa tensão”. prédio foi erguido ao lado da subestação Vida elétrica em contatores (cargas resistivas) Ricochete de contatos dos contatores Vida elétrica em contatos auxiliares 10 WEG em Revista WEG em Revista 11 www.weg.com.br www.weg.com.br

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O cronista Mario Persona, realmente, é de encher-nos de conhecimentos com seu humor inigualável. Parabéns à WEG e ao grande Mario Persona.
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