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Trabalho com informação: valor, acumulação, apropriação nas redes do capital PDF

252 Pages·2012·1.38 MB·Portuguese
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MARCOS DANTAS CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS Escola dE comunicação • ufrj Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura Rio de Janeiro • RJ 2012 O presente livro está licenciado por meio de autorização Creative Commons, atribuição não comercial, sem derivados. Autor: Revisão: Marcos Dantas Projeto Gráfico: Marcos Dantas I Graficci Comunicação e Design Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da UFRJ Av. Pasteur, 250 - Fundos - Praia Vermelha - Rio de Janeiro CEP 22290-902 - Tel: 55-21-38735075 D192 Dantas, Marcos Trabalho com informação: valor, acumulação, apropriação nas redes do capital / Marcos Dantas. Rio de Janeiro: Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFRJ (CFCH-UFRJ), 2012 248 p. ISBN 978-85-99052-10-5 Inclui bibliografia. 1. Sociedade da Informação. 2. Economia política. 3. Teoria da Informação. I. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Escola de Comunicação. CDD 303.4833 Para Vera, Carinho, apoio, compreensão, estímulo, con- fiança, suporte, retaguarda, filhos, amor, noites, tar- des, dias, cobranças, esperas, companhia, paciência e muita força - todo esse tempo compartilhando dos meus sonhos. Marcos Índice Introdução 8 [Palavras iniciais] - Objetivo do livro - Método do estudo - Plano da obra - Como cheguei até aqui – Os Grundrisse - Dívidas e gratidões – Post-scriptum I. Dialética da informação 20 [Palavras iniciais] – O que é informação? - Bogdânov, um precursor - Crítica à homeostase - As leis da termodinâmica - Ordem e desordem – Tempo e entropia - Conceito de neguentropia - O “demônio de Maxwell” – O modelo de Shannon - Informação e neguentropia – O “demônio” corrigido - Informação guia a ação - Níveis de organização - O lugar do “receptor” – Mensagem e código - Código e redundância - Ordem pelo ruído - Sistemas complexos - Dimensão temporal - Valor da incerteza - Valor do tempo - Valor da informação - Do sinal ao símbolo – Universo dos sentidos - Códigos sintáticos - Códigos semânticos - Quantidade e qualidade – Sistemas históricos - Conceito dialético II. Valor trabalho: uma releitura em Marx 60 [Palavras iniciais] - O trabalho humano - A circulação como entropia – Semântica do valor de uso – Sintática do valor de troca – Trabalho vivo, trabalho morto – Capital industrial - Trabalho complexo - Outro conceito - O trabalho do Homem - Tempo disponível - Alienação do trabalha-dor – Trabalho excedente – O tempo é o limite - O limite de Marx, por Marx - A ciência sai da produção - O trabalho científico III. Sociedade informacional 95 [Palavras iniciais] - As percepções de N. Wiener - As sínteses de Richta e Bell - Diferença em Richta e Bell - Apropriação do tempo livre - Mudanças no trabalho - Trabalho com informação - Barreiras ultrapassadas - Processo geral de produção - Mantendo as aparências IV. Valor da informação na Teoria Econômica Ortodoxa 113 [Palavras iniciais] - Valor esperado - O difícil “preço justo” - Valor subsidiário - Um mercado difícil - Introduz-se a “escassez” - Qual racionalidade? - Rumo à exclusão V. Trabalho com informação 126 [Palavras iniciais] - Trabalho sígnico - Trabalho material - Conceito de produto - Trabalho redundante - Ruídos semânticos - Com menos redundância - Momentos de um processo - Trabalho aleatório – Trabalho entrópico - Mediações semânticas - Valor informacional - Elos de interação - Determinações do trabalho - O capital- informação - Concepção-execução - Competências semânticas - Trabalho contem- plativo - Subsunção do trabalho - Trabalho organizativo VI. Apropriação da informação 154 [Palavras iniciais] - Inerente desigualdade - A lógica “pirata” - Estratégias competi- tivas - Rendas informacionais – Apropriação do trabalho – Subsunção real: o come- ço - Quem inventou o “chip”? - Feudalização da informática - Economia da licença – Novo paradigma jurídico - O exemplo de Prometeu - Apropriação da vida - Lendo a Natureza - Recursos informacionais – Exclusão social – Emprego só p’ro intelecto VII. O ciclo da comunicação produtiva 185 [Palavras iniciais] – Valor que não é mercadoria – Questão de tempo – Tempo de contratar – Enchendo o tempo – Problemas novos – Monopólios naturais - Indústria da informação - Socialização da telefonia - A era do rádio - Esfera públi- ca - Ágora informacional – Gargalo burocrático – Uma indústria projetada – Nova base técnica – Corporações-redes – Transportar conteúdos – Estratégia da aranha – Capital vs. monopólios – “Desregulamentação” americana – Reformas européias - Convergência tecnológica - O capital é a rede – Rede fragmentada - A lei geral – Mercado-rede – Internet: o novo medium - Comunicação produtiva – Solução de apropriação – Os have e os have not – Subinformados e supérfluos Conclusão 233 [Palavras iniciais] - Pensar a informação - Repensar a Economia - Repensar o tra- balho - Repen-sar a práxis Bibliografia 241 “Escrevo este livro principalmente para norte- americanos, em cujo ambiente os problemas da in- formação serão avaliados de acordo com um critério padrão norte-americano: como mercadoria, uma coi- sa vale pelo que puder render no mercado livre. Esta é a doutrina oficial de uma ortodoxia que se torna cada vez mais perigoso questionar, para quem resi- da nos Estados Unidos. Talvez valha a pena acentuar que ela não representa uma base universal de valo- res humanos; que não corresponde nem à doutrina da Igreja, que busca a salvação da alma humana, nem à do Marxismo, que estima uma sociedade pelo que ela realizou de certos ideais específicos de bem-estar humano. O destino da informação, no mundo tipica- mente norte-americano, é tornar-se algo que possa ser comprado ou vendido. “Assim como a entropia tende a aumentar es- pontaneamente num sistema fechado, de igual manei- ra a informação tende a decrescer; assim como a en- tropia é uma medida de desordem, de igual maneira a informação é uma medida de ordem. Informação e entropia não se conservam e são inadequadas, uma e outra, para se constituírem em mercadorias”. Norbert Wiener Introdução As palavras reproduzidas na epígrafe deste livro foram escritas há 50 1 anos por Norbert Wiener, o “pai da Cibernética” . E anunciam precisamente o que aconteceu, não só no mundo tipicamente norte-americano mas em todo o mundo capitalista: informação passou a ser tratada como mercadoria, conforme uma ortodoxia que, ainda mais depois da derrocada da União Soviética, erigiu-se * numa “ordem” (dizem que nova) a qual é cada vez mais perigoso questionar*. Até o período que antecede imediatamente a Segunda Guerra, a informa- ção ainda não fazia parte das preocupações centrais de economistas e pensado- res sociais. Informação era um significante referido às relações humanas, pre- sente no dia a dia da vida de qualquer um, tão quotidiano, tão corriqueiro, que sequer merecia maiores considerações teóricas. Foi, aparentemente, o desenvol- status vimento de tecnologias específicas ligadas ao tratamento e transmissão de infor- mações que lhe deu epistemológico. Não por acaso, a Teoria Matemática da Comunicação nasce nos laboratórios da AT&T, o grande monopólio telefônico norte-americano. Surge quando eram intensas, nos Estados Unidos e fora deles, pesquisas sobre computadores e servomecanismos. Funde-se à Cibernética e, logo, permitirá à Física exorcizar em definitivo o “demônio” que Maxwell legou aos seus pósteros, possibilitando então à Biologia explicar o paradoxo termo- dinâmico da vida. Informação, de fórmulas matemáticas úteis à otimização dos sistemas da AT&T, alçou-se à dimensão de um elemento constituinte e intrínseco à explicação do mundo. Em seu belo livro didático-filosófico sobre a Cibernética, Wiener descre- veu pioneiramente o papel central que a informação começaria a desempenhar * O texto final deste livro foi escrito na última década do século XX e, na sua maior parte, no Nve2r0ão1 1de 1993-1994. Então, o enunciado deste parágrafo e dos que imediatamente se lhe seguem pareciam política e, mesmo, academica- mente adequados. Para maiores explicações, ver o “Post Scriptum”, ao final desta Introdução ( ). TRABALHO COM INFORMAÇÃO • Valor, acumulação, apropriação nas redes do capital 8

Description:
Este livro foi escrito na primeira metade da década 1990 e complementado no verão 1999-2000. Resulta da dissertação de mestrado do seu autor, concluída em 1994, quando só os muito iniciados tinham acesso a uma internet ainda tosca, e poucos possuíam microcomputadores rodando MS-DOS. Quase nin
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