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Tópicos de Topologia Geral e Análise Funcional PDF

709 Pages·2019·4.419 MB·Portuguese
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TÓPICOS DE TOPOLOGIA GERAL E ANÁLISE FUNCIONAL Armando Machado Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências Universidade de Lisboa ÍNDICE INTRODUÇÃO v CAPÍTULO 1 Topologia Geral §1. Generalidades sobre espaços métricos 1 §2. Espaços topológicos; aderência e limites 22 §3. Outros conceitos topológicos 78 §4. Funções contínuas e homeomorfismos 97 §5. Produto cartesiano de espaços topológicos 123 §6. Sublimites e espaços topológicos compactos 145 §7. Compacidade e completude em espaços métricos 183 §8. Espaços topológicos conexos 220 §9. Teoremas de Urysohn e Tietze. Partições da unidade 235 §10. Espaços de Baire 248 §11. Topologias quociente 253 CAPÍTULO 2 Espaços de Banach e espaços de Hilbert §1. Espaços vetoriais normados 261 §2. Espaços de Banach 320 §3. Famílias somáveis num espaço de Banach e aplicações 354 §4. Teorema de Stone-Weierstrass 402 §5. Espaços pre-hilbertianos e espaços de Hilbert 411 §6. Outras topologias vetoriais. Topologias fracas 442 CAPÍTULO 3 Cálculo diferencial em espaços normados §1. O diferencial duma aplicação 467 §2. Diferenciais de ordem superior 489 §3. As fórmulas da média e aplicações. Domínios localmente convexos 510 §4. Os teoremas da função implícita e da função inversa 539 §5. O integral das aplicações vetoriais contínuas de variável real 547 §6. Equações diferenciais lineares 586 §7. Propriedades elementares das aplicações holomorfas 627 BIBLIOGRAFIA 691 ÍNDICE DE NOTAÇÕES 693 ÍNDICE REMISSIVO 699 INTRODUÇÃO Este livro teve origem em cursos de Topologia Geral e de Introdução à Análise Funcional que o autor teve ocasião de lecionar durante vários anos mas, como é habitual nestas situações, acabou por abordar bastante mais assuntos do que aqueles que é possível examinar nesses cursos. O livro está dividido em três capítulos: O primeiro envolve a Topologia Geral; no segundo examinamos os espaços de Banach e os espaços de Hilbert, incluindo a definição e as propriedades básicas das respetivas topologias fracas; no terceiro estudamos o Cálculo Diferencial, no sentido de Fréchet, no contexto dos espaços de Banach, seguido do estudo, no mesmo contexto, do integral das aplicações contínuas de variável real, de uma aplicação às propriedades básicas das equações diferenciais ordinárias lineares e do exame das propriedades elementares das aplicações holomorfas. Mais do que apontar o conteúdo detalhado de cada um dos capítulos, conteúdo que facilmente se pode reconhecer pelo exame do índice, vamos em seguida descrever as opções básicas que tomámos no desenvolvi- mento de cada um deles. No primeiro capítulo, após examinarmos a definição e propriedades básicas dos espaços métricos, escolhemos introduzir os espaços topológicos como espaços para os quais são fixadas convenientemente quais as vizinhanças de cada ponto. Apesar de os axiomas que as vizinhanças devem satisfazer não serem tão simples como os que aparecem quando se toma por exemplo a noção de conjunto aberto como primitiva, esta via parece-nos ter o mérito de permitir uma introdução das diferentes noções topológicas de uma forma mais próxima da que se segue no caso dos espaços métricos. As primeiras noções topológicas que abordamos são a de ponto aderente a um subconjunto e a de limite de uma aplicação num ponto aderente ao seu domínio, as restantes noções de limite mais comuns, os limites de sucessões indexadas em  ou, mais geralmente, de sucessões generalizadas aparecendo como o caso particular do limite em _ para uma topologia conveniente na união do conjunto dos índices com _, topologia que no caso dos índices em  é a induzida pela topologia usual da reta estendida ‘Ö_ß_×. As restantes noções topológicas básicas, que incluem as de conjunto fechado e de conjunto aberto, são estudadas em seguida, não deixando naturalmente de se provar, por exemplo no caso dos abertos, que a fixação a priori de uma classe de subconjuntos como candidatos a conjuntos abertos determina univocamente uma topologia desde que se suponham verifi- cadas as propriedades habituais, ficando assim construída a ponte com a definição de espaço topológico que é mais frequentemente utilizada. A conti- nuidade de uma aplicação num ponto é definida a partir da noção de limite, não vi Introdução deixando naturalmente de examinar as caracterizações habituais da continuidade global em termos de conjuntos abertos e de conjuntos fechados. Os espaços topológicos compactos são definidos como aqueles onde existe sublimite para qualquer aplicação num ponto aderente ao seu domínio, onde os sublimites são definidos como os limites de uma aplicação composta, condição que se prova ser equivalente à noção habitual de valor de aderência (“cluster point”). Como caso particular da noção de sublimite de uma aplicação num ponto aderente ao domínio, damos o nome de sublimites estritos àqueles em que podemos tomar como aplicação composta a restrição da aplicação a um subconjunto do domínio e mostramos que as noções de sublimite e sublimite estrito são equivalentes no caso em que os espaços de partida e de chegada são ambos metrizáveis, em particular no caso das sucessões indexadas em  e com valores num espaço metrizável. Provamos a equivalência da compacidade, definida pela existência de sublimites, com a caracterização habitual pela propriedade das coberturas abertas mas é a caracterização pelos sublimites que é utilizada para estabelecer a maioria das propriedades dos espaços compactos, incluindo o teorema de Tichonoff sobre a compacidade de um produto, finito ou infinito, de espaços compactos. De volta aos espaços métricos, definimos a completude pelo condição de existir limite para qualquer aplicação num ponto aderente ao domínio desde que esta verifique a condição de Cauchy e provamos que uma condição suficiente para a completude é a existência de limite para qualquer sucessão de Cauchy indexada em . No contexto dos espaços completos provamos o teorema do ponto fixo para aplicações contratantes, que é aplicado mais tarde no estudo das funções implícitas e no das equações diferenciais lineares, e incluímos uma versão paramétrica deste que garante a continuidade do ponto fixo relativamente a um parâmetro, versão essa que é aplicada adiante na prova da continuidade da função implícita. Ainda no contexto dos espaços métricos referimos outras caracterizações de compacidade, nomeadamente a compacidade sequencial e a conjunção da precompacidade com a completude e estudamos as propriedades de continuidade uniforme na presença da compacidade, incluindo a noção de “continuidade uniforme nos pontos de um subconjunto” que é estritamente mais forte que a continuidade uniforme da restrição. No segundo capítulo estudamos os espaços normados e os espaços pre-hil- bertianos, simultaneamente os que têm ‘ e os que têm ‚ como corpo dos escalares, e as respetivas versões que são completas, os espaços de Banach e os espaços de Hilbert, nestes últimos sem fazer qualquer hipótese de base contável. Partindo da observação trivial de que qualquer espaço vetorial normado complexo pode ser considerado trivialmente também como um espaço vetorial normado real, tomámos o cuidado de apontar as relações das diferentes noções que são estudadas quando consideradas nos contextos complexo e real, especial- mente nos casos em que essa relação não seja trivial. A fim de podermos falar de somas infinitas, no contexto dos espaços de Banach, sem ficar necessariamente limitados às séries, utilizámos a noção de família somável, com um conjunto arbitrário de índices, e estudámos as suas propriedades básicas. As famílias somáveis são aplicadas, em particular, à construção dos espaços de Banach j:ÐMÑ Introdução vii com M conjunto arbitrário e à definição de aplicação bilinear de dualidade envolvendo os espaços j:ÐMÑ e j;ÐMÑ, com : e ; expoentes conjugados. Estes espaços, juntamente com o espaço j_ÐMÑ e com subespaços importantes deste, por exemplo quando M é um espaço topológico compacto, são os exemplos mais básicos que teremos ocasião de examinar, juntamente com os espaços de aplicações lineares e multilineares contínuas e com os espaços normados quociente. Uma omissão notável, ao nível dos exemplos, é o estudo dos espaços análogos ao espaços j:ÐMÑ com M substituído por um espaço de medida, estudo que pressupõe conhecimentos de Teoria da Medida que não quisémos admitir como conhecidos. No contexto dos espaços vetoriais normados, examinamos a versão analítica do teorema de Hahn-Banach que é aplicada, em particular, à construção do mergulho isométrico usual no bidual topológico, o qual é utilizado para construir um completado para os espaços vetoriais normados e para definir os espaços de Banach reflexivos. Por razões de comodidade, o estudo das propriedades dos espaços de Banach reflexivos, que inclui a prova da reflexividade dos subespaços vetoriais fechados e dos espaços quociente de espaços reflexivos, a da equivalência entre a reflexividade dum espaço de Banach e a do seu dual topológico e a prova da reflexividade dos espaços j:ÐMÑ com ":_, é feito com recurso à noção de forma bilinear dualizante na primeira ou na segunda variável. No contexto dos espaços de Banach são ainda examinados o teorema de Banach da aplicação aberta, o teorema do gráfico fechado, a prova da completude dos espaços quociente e o teorema da limitação uniforme. As famílias somáveis de vetores dum espaço de Banach referidas atrás são ainda utilizadas para estabelecer as propriedades básicas dos elementos invertíveis de uma álgebra de Banach, que incluem o facto de o conjunto destes ser aberto e a continuidade da aplicação inversão. Ainda neste capítulo abor- damos a definição da topologia fraca de um espaço vetorial normado e da topo- logia fraca-estrela do seu dual e as propriedades de compacidade no respetivo contexto, que incluem as ligadas à caracterização da reflexividade, aproveitando para examinar outro exemplo importante de topologia vetorial não normada, nomeadamente a da convergência uniforme nos compactos, no contexto das aplicações contínuas definidas em espaços localmente compactos. O último capítulo debruça-se sobre o Cálculo Diferencial, no sentido de Fréchet, no contexto dos espaços vetoriais normados assim como de assuntos relacionados que incluem o integral das aplicações contínuas definidas num intervalo compacto de ‘ e com valores num espaço de Banach, de um ponto de vista alternativo a existência de primitivas para as aplicações contínuas nesse contexto, e a generalização mais próxima das primitivas, nomeadamente a exis- tência de solução, com uma condição inicial dada, para as equações diferenciais ordinárias lineares. As propriedades das soluções das equações diferenciais ordinárias lineares são utilizadas, em particular, para definir a aplicação exponencial de uma álgebra de Banach, e em particular de ‚, e estabelecer as suas propriedades básicas; no contexto destas equações diferenciais examinamos também o teorema de Frobenius sobre a existência de soluções para equações diferenciais totais que verificam uma certa “condição de integrabilidade”. Tal viii Introdução como no segundo capítulo, os espaços vetoriais com que se trabalha poderão normalmente ser reais ou complexos, o que nos leva por vezes a falar de diferenciabilidade no sentido real e de diferenciabilidade no sentido complexo, embora nas secções em que se estuda simultaneamente a diferenciabilidade nos dois sentidos fique de fora o estudo das propriedades especiais da diferenciabili- dade no sentido complexo. Abordamos na última secção o estudo elementar das aplicações diferenciáveis no sentido complexo definidas em domínios abertos de ‚ ou, mais geralmente de um espaço vetorial normado complexo (aplicações holomorfas), que inclui o facto de essas aplicações serem necessariamente de classe G_ e a sua representabilidade como soma da série de Taylor. No tratamento da versão mais geral da fórmula integral de Cauchy, para domínios abertos em ‚, privilegiámos a utilização de combinações lineares formais de caminhos de classe G", com coeficientes inteiros, relativamente à consideração mais habitual de caminhos seccionalmente de classe G"Þ Quando se estuda o Cálculo Diferencial no contexto das funções de variável real é habitual considerar dois tipos de domínios: Para a definição das derivadas, incluindo as de ordem superior e para o estudo das propriedades elementares desta noção, que incluem o teorema de derivação da função composta, é suficiente exigir que os domínios envolvidos tenham a propriedade de todos os seus elementos serem pontos de acumulação; Para as propriedades mais profundas, que exigem a utilização do “teorema da média” torna-se necessário supor que os domínios são intervalos não triviais (de qualquer tipo) ou, eventualmente, uniões de tais intervalos. Já quando se passa ao contexto das aplicações de várias variáveis ou, mais geralmente de variável vetorial, é comum exigir-se que os domínios sejam conjuntos abertos. Essa opção usual tem algo de constrangedor, seja por não fazer aparecer o estudo das aplicações de uma variável como caso particular do das de várias variáveis, seja por implicar soluções ad hoc quando se é levado a considerar, por exemplo, aplicações do tipo :Ð>Ñ0ÐBÑ, com > variável real com um intervalo fechado Ò+ß,Ó como domínio e B variável vetorial com domínio aberto. Para ultrapassar o constran- gimento referido, fomos levados a desenvolver o estudo da diferenciabilidade no contexto dos domínios localmente convexos e totais, contexto que inclui tanto os conjuntos abertos quanto os intervalos não triviais de ‘ de qualquer tipo e que é fechado para a formação de produtos cartesianos. O estudo da diferenciabilidade neste contexto não implica dificuldades suplementares essenciais relativamente ao estudo que se faz habitualmente no Introdução ix contexto dos domínios abertos. Como exemplo típico de um domínio do tipo que consideramos, temos, no caso de ‘#, o sugerido graficamente na figura atrás. Há naturalmente situações em que o facto de certos domínios serem abertos é essencial, situações que incluem o teorema das funções implícitas (do lado do espaço de chegada destas, mas não do seu domínio) e o estudo das propriedades especiais das aplicações holomorfas. A Bibliografia que apresentamos no fim tem como único objetivo apontar as obras que influenciaram mais diretamente o modo como abordámos os diferentes assuntos, não tendo assim nenhuma pretensão de identificar os autores originais nem de sugerir aproximações alternativas. CAPÍTULO 1 Topologia Geral §1. Generalidades sobre espaços métricos. A noção de espaço métrico unifica várias situações que o estudante já encontrou, em que está definida uma noção de distância entre elementos de um dado conjunto a partir da qual outros conceitos, entre como o de limite, podem ser estudados. Estas situações incluem pelo menos o estudo dos números reais, onde se define a distância por .ÐBßCÑœlCBl e o estudo dos espaços cartesianos ‘# e ‘$ (e, mais geralmente ‘8) onde uma das noções de distância que se utiliza é a que corresponde a considerar a distância geométrica entre os pontos do plano ou do espaço que correspondem a dois elementos daqueles espaços quando se consideram referenciais ortonormados fixados. Definimos em seguida a noção geral de espaço métrico e estudaremos então de forma geral muitas das noções que foram estudadas nos casos particulares referidos. 1.1.1 Um espaço métrico é um conjunto \, no qual se definiu uma métrica, isto é uma aplicação .À\‚\ ÄÒ!ß_Ò verificando as propriedades seguintes: a) .ÐBßBÑœ!; b) .ÐBßCÑœ.ÐCßBÑ; c) .ÐBßDÑŸ.ÐBßCÑ.ÐCßDÑ; d) Se .ÐBßCÑœ!, então BœC. À propriedade c), que é a única que, na maioria dos casos, necessita de uma atenção mais cuidada, é costume dar-se o nome de desigualdade triangular. Quando se considera uma métrica . num conjunto \ é costuma referir o valor .ÐBßCÑ como sendo a distância dos elementos B e C. Com frequência, e para simplificar os enunciados, referimo-nos simples- mente a um espaço métrico \, omitindo a referência à métrica . que se considera implícita. 1.1.2 (Generalização da desigualdade triangular) No contexto dum espaço métrico, dados elementos B ßB ßáßB (onde 8 #), tem-se " # 8 .ÐB ßB ÑŸ.ÐB ßB Ñ.ÐB ßB Ñâ.ÐB ßB Ñ. " 8 " # # $ 8" 8 Dem: Pode justificar-se esta propriedade por indução em 8, começando por reparar que o caso 8œ# se reduz à igualdade .ÐB ßB Ñœ.ÐB ßB Ñ. " # " # 2 Cap. 1. Topologia Geral Admitindo que o resultado vale para um certo 8, podemos escrever, quando temos pontos B ßB ßáßB , " # 8" .ÐB ßB ÑŸ.ÐB ßB Ñ.ÐB ßB ÑŸ " 8" " 8 8 8" Ÿ.ÐB ßB Ñâ.ÐB ßB Ñ.ÐB ßB Ñ.  " # 8" 8 8 8" 1.1.3 (Uma desigualdade útil) Sejam \ um espaço métrico e BßCßD −\. Tem-se então l.ÐDßBÑ.ÐDßCÑlŸ.ÐBßCÑ. Dem: Pela desigualdade triangular, podemos escrever .ÐDßBÑŸ.ÐDßCÑ.ÐCßBÑœ.ÐDßCÑ.ÐBßCÑ, .ÐDßCÑŸ.ÐDßBÑ.ÐBßCÑ, donde .ÐDßBÑ.ÐDßCÑŸ.ÐBßCÑ .ÐDßCÑ.ÐDßBÑŸ.ÐBßCÑ. Uma vez que l.ÐDßBÑ.ÐDßCÑl é um dos dois primeiros membros das desi- gualdades precedentes, podemos concluir a desigualdade enunciada.  1.1.4 (A métrica usual de ‘) No conjunto ‘ dos números reais fica definida uma métrica pela igualdade .ÐBßCÑœlCBlÞ É esta a métrica que se considera implicitamente quando se encara ‘ como um espaço métrico. Podemos referir-nos a ela como sendo a métrica usual de ‘. Dem: As propriedades a) e d) da definição em 1.1.1 resultam de ! ser o único número real cujo módulo é ! e a propriedade b) resulta do facto de um número real e o seu simétrico terem o mesmo módulo. Quanto a c), dados números reais BßCßD, vem .ÐBßDÑœlDBlœlÐCBÑÐDCÑlŸlÐCBÑllÐDCÑlœ œ.ÐBßCÑ.ÐCßDÑ.  O modo como se definiu a métrica precedente em ‘, a partir do valor absoluto, pode ser generalizado a situações em que em vez de ‘ temos um espaço vetorial e em vez do valor absoluto temos aquilo a que se constu- ma chamar uma norma. 1.1.5 (Norma num espaço vetorial real) Seja I um espaço vetorial (real). Chama-se norma em I a uma aplicação I ÄÒ!ß_Ò, notada frequen- temente BÈmBm, que verifique as seguintes propriedades:

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