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Todo ar que respiras PDF

413 Pages·2016·2.48 MB·Portuguese
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Judith McNaught 2 PDL – Projeto Democratização da Leitura TODO AR QUE RESPIRAS 3 PDL – Projeto Democratização da Leitura Judith McNaught 4 Copyright© 2005, 2006, by Eagle Syndication, Inc. Título original: Every Breath You Take Capa: Simone Villas-Boas Foto da Autora: Gasper Tringale Editoração: DFL 2008 Impresso no Brasil Printed in Brazil CIP-Brasil. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ M429t McNaught, Judith Todo ar que respiras/Judith McNaught; tradução Alda Porto. — Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. 490p. Tradução de: Every breath you take ISBN 978-85-286-1365-0 1. Romance americano. I. Porto, Alda. II. Título. CDD-813 08-4975 CDU-821.111 (73)-3 Todos os direitos reservados pela: EDITORA BERTRAND BRASIL LTDA Rua Argentina, 171 - 1°. andar - São Cristóvão 20921 -380 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (0XX21) 2585-2070 - Fax: (0xx21) 2585-2087 Digitalização e Revisão: Vick PDL – Projeto Democratização da Leitura TODO AR QUE RESPIRAS 5 Para Holly e Clay, com todo o meu amor PDL – Projeto Democratização da Leitura Judith McNaught 6 Agradecimentos A Michael Bublé, meu cantor favorito, com gratidão e afeto; Dana e Richard LeConey, duas pessoas admiráveis que fazem felizes todas as demais; Dick Smith, piloto e amigo; James e Nicole Trussell III, a cujo casamento faltei, pois precisava lançar este livro; Tamara Anderson, minha consultora jurídica, irmã escritora e amiga maravilhosa; Joe Grant, meu outro consultor jurídico e amigo querido; a todos da família Genest — Jordan, Michael, Genevieve, Alexandra e Anastasia — que sacrificaram juntos o Dia de Ação de Graças e muito mais por este livro; Dick Huber, Bob Smith e Ed Willis, três heróis da vida real dignos de confiança que vieram me salvar quando eu mais precisava deles... e, em especial, à equipe de produção da Ballantine, que jamais se recuperará inteiramente do esforço de lançar o livro no prazo. Acima de tudo, minha mais sincera gratidão a três funcionários da Ballantine que realizaram o impossível aprontando o livro a tempo... Charlotte Herscher, Daniel Mallory e Linda Marrow, minha assistente editorial há vinte anos. E um agradecimento muito especial aos novos gêmeos de Linda, Callie Virginia e Matthew Clifton, que várias vezes passaram da hora de comer por minha causa, e um muito obrigada também especial ao novo papai Jim Impocco, acostumado a ver sua programação perturbada por meus prazos. PDL – Projeto Democratização da Leitura TODO AR QUE RESPIRAS 7 Capítulo 1 BEM NO ALTO DE UMA COLINA COBERTA DE NEVE, A mansão Wyatt empoleirava-se como uma coroa real, as torres góticas apontadas para o céu e os vitrais cintilando como jóias. Um quilômetro e meio dali, limusines e carros de luxo desfilavam num lento cortejo até um guarda de segurança postado nos portões de entrada da propriedade. À medida que cada veículo se aproximava, ele conferia e assinalava os nomes dos ocupantes na lista de convidados e depois dava uma educada ordem ao motorista: — Sinto muito, devido à nevasca, o Sr. Wyatt não quer nenhum veículo estacionado na propriedade esta noite. Se ao volante vinha um chofer, o guarda afastava-se e deixava-o dar a volta pela entrada, cruzar os portões, desembarcar os convidados na casa e depois retornar à rua principal para estacionar e esperar. Já quando vinha o dono do veículo, o guarda indicava-lhe uma fila de reluzentes Range Rovers estacionados colina acima numa rua transversal, nuvenzinhas de fumaça subindo enroscadas dos canos de descarga. — Por favor, encoste ali adiante e deixe o carro com um manobrista — instruía o guarda. — O senhor será conduzido até a casa. No entanto, como logo descobria cada recém-chegado, esse processo não era tão simples nem tão conveniente quanto parecia. Embora houvesse muitos manobristas obsequiosos e Range Rovers disponíveis, grandes bancos de neve e carros estacionados haviam tomado de tal modo a sinuosa alameda residencial que em alguns lugares ficara muito estreito, quase não se podia passar, e a constante procissão de veículos revolvera uns dez centímetros da neve desse dia, criando um denso lamaçal. A tribulação do início ao fim desse processo era desanimadora e irritante para todos... Menos para os detetives Childress e MacNeil, que estavam num Chevrolet sem placa e recuado numa alameda a menos de cem PDL – Projeto Democratização da Leitura Judith McNaught 8 metros colina acima da entrada da propriedade dos Wyatt. Os dois policiais faziam parte de uma equipe escolhida a dedo e formada no início do dia, para manter Mitchell Wyatt sob vigilância durante vinte e quatro horas. Às oito da noite, eles o seguiram até ali, a mansão de Cecil Wyatt, onde ele contornara o guarda que tentava fazer sinal para que parasse, tomara a entrada privativa e sumira de vista. Assim que Wyatt desapareceu, só restou a Childress e MacNeil estacionarem e fazerem um registro de com quem ele se relacionava. Para facilitar a tarefa, Childress observava os convidados com um binóculo de visão noturna, comunicando o número da placa e outras informações variadas a MacNeil, que as anotava numa caderneta. — Um novo concorrente se aproxima da linha de partida — murmurou Childress quando mais faróis piscaram ao guarda no portão. Leu a placa do veículo em voz alta para o outro; depois descreveu o veículo e o motorista. — Mercedes branca AMG, modelo deste ano, talvez do ano passado. Motorista branco, sessenta e poucos anos, passageira branca, trinta e poucos, aninhada no papai sorridente e derretido. Como MacNeil não respondeu, Childress olhou-o e percebeu que ele se concentrava nos faróis que desciam devagar a colina, pela direita. — Deve ser alguém que mora lá em cima — observou Childress. — E ele não apenas é rico, mas curioso — acrescentou quando o Lincoln Town Car parou e apagou os faróis altos bem diante da entrada de veículos onde estavam estacionados. A porta de trás abriu-se e um homem beirando os quarenta, com um casacão escuro, saltou. Childress baixou o vidro da janela, pretendendo desculpar-se pela invasão, mas reconheceu-o quando o cara parou e levou o celular ao ouvido. — Aquele é Gray Elliott. O que ele faz aqui? — Mora perto. Talvez vá à festa. — Talvez queira se juntar a nós e fazer vigilância — brincou Childress, mas com alguma admiração na voz. Após um ano como procurador-geral no município de Cook, Elliott era um herói para os tiras — um promotor brilhante, que não tinha medo de assumir casos difíceis, arriscados. O fato de ser também da alta sociedade e se dedicar ao serviço público, em vez de buscar mais riqueza, acrescentava mais uma faceta a essa imagem heróica. PDL – Projeto Democratização da Leitura TODO AR QUE RESPIRAS 9 MacNeil gostava dele por todos esses motivos, mas sempre gostara — mesmo quando Gray era um adolescente irresponsável e inconseqüente, que ele detivera por várias infrações menores de juventude. Elliott encerrou o telefonema, aproximou-se do carro, abaixou-se e olhou para dentro. — Você deve ser Childress — disse, à maneira de cumprimento; depois desviou a atenção para MacNeil. — Eu gostaria de ter uma palavrinha com você, Mac. MacNeil saltou e foi com ele em direção à traseira do carro. O vento abrandara, e o motor continuava ligado, soltando a fumaça de escapamento nos seus pés. — Eu pedi que lhe dessem este caso — disse Gray — porque você chefiou a investigação sobre o desaparecimento de William Wyatt e conhece todos os envolvidos. — Todos, não — interrompeu Mac, incapaz de conter a curiosidade. — Jamais ouvi falar de Mitchell Wyatt até este momento. Quem diabos ele é, e por que o estamos vigiando? — É meio-irmão de William Wyatt, e acredito que seja o principal responsável pelo seu desaparecimento. — Meio-irmão? — repetiu MacNeil, com um franzido de dúvida na testa. — Quando William desapareceu, entrevistei todos os membros da família, assim como os amigos dele. Ninguém falou de um meio-irmão. Na verdade, quando entrevistei Cecil Wyatt, o velho me disse repetidas vezes como era importante eu encontrar seu único neto e trazê-lo de volta à esposa e ao filho. — Você foi deliberadamente enganado por um velho arrogante e traiçoeiro, que ainda não se dispunha a admitir a existência de um neto bastardo. Conheci os Wyatt por toda essa vida e jamais soube que William tinha um meio-irmão. Aliás, nem o próprio William, isso até junho passado. "Segundo a história que acabaram de me contar, o pai de William, Edward, teve um caso com a secretária quando William tinha dois anos e sua mãe agonizava. A secretária engravidou, e a mãe de William morreu poucos meses depois, mas, quando a secretária insistiu em que Edward se casasse com ela como prometera, ele deu pra trás, além de negar que o bebê fosse seu. Ela o retaliou ameaçando levar toda a sórdida história ao Tribune." PDL – Projeto Democratização da Leitura Judith McNaught 10 O telefone de Elliott tornou a tocar e ele parou para olhar o número de quem chamava; ignorou-o e continuou: — Na época, Cecil tinha grandes planos políticos para Edward, mas um escândalo o teria destruído e era impensável admitir uma "vagabundinha vulgar" na família. Cecil tentou comprá-la, mas a secretária se mostrou irredutível quanto ao registro de nascimento legítimo, o bebê deveria chamar- se Wyatt e ser criado como um Wyatt. Ela constituiu um advogado e acabaram chegando a um acordo: Edward se casaria com ela pouco antes do nascimento do bebê e se divorciaria imediatamente após o parto. Ela abriria mão de todos os direitos da criança e concederia plena custódia a Cecil, que, por sua vez, se obrigaria a cuidar para que o bebê fosse criado "com todas as vantagens associadas ao dinheiro e às ligações sociais de Wyatt", incluindo a melhor educação, viagens ao exterior e assim por diante. Ela recebeu uma quantia substancial, com a condição de jamais divulgar uma palavra sequer sobre o que acontecera e nunca mais ter contato com qualquer das partes envolvidas, tampouco com o bebê. MacNeil ergueu a gola do paletó. Tinha a parte inferior do corpo razoavelmente aquecida, mas as orelhas congelavam-se. — É óbvio que Cecil depois mudou de idéia sobre o neto — disse, esfregando as mãos antes de enfiá-las nos bolsos. — Não, ele se manteve fiel ao pé da letra, mas não ao espírito. Tinha combinado que Mitchell seria criado "com todas as vantagens associadas ao dinheiro e às ligações sociais dos Wyatt", mas jamais concordou, em termos específicos, que "as ligações sociais" seriam com os próprios Wyatt. Uma semana após o nascimento de Mitchell, mandou-o para uma casa de família na Itália, junto com uma certidão de nascimento falsificada. Quando o menino tinha três ou quatro anos, Cecil tirou-o da casa dessa família e mandou-o para um internato exclusivo na França. Depois, mandaram Mitchell para a escola preparatória na Suíça e de lá para Oxford. — O garoto algum dia soube quem era e quem pagava por essa educação refinada? — perguntou MacNeil. — A família com quem ele conviveu na Itália contou o que haviam relatado a eles, que fora abandonado recém-nascido numa porta na Califórnia e que seu nome era apenas uma combinação de dois outros escolhidos numa lista telefônica por um grupo de generosos benfeitores americanos que PDL – Projeto Democratização da Leitura

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