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thomas ruff e o olhar fotográfico da arte contemporânea thomas ruff and photographic view of the PDF

196 Pages·2017·4.78 MB·Portuguese
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- 1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ARTES ROBERTA STEGANHA THOMAS RUFF E O OLHAR FOTOGRÁFICO DA ARTE CONTEMPORÂNEA THOMAS RUFF AND PHOTOGRAPHIC VIEW OF THE CONTEMPORARY ART CAMPINAS 2016 - 2 - ROBERTA STEGANHA THOMAS RUFF E O OLHAR FOTOGRÁFICO DA ARTE CONTEMPORÂNEA THOMAS RUFF AND PHOTOGRAPHIC VIEW OF THE CONTEMPORARY ART Tese apresentada ao Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas para obtenção do título de doutora em Artes Visuais. Thesis presented to the Arts Institute of the University of Campinas in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor, in Arts area. ORIENTADOR: PROF. DR. MAURICIUS MARTINS FARINA Este exemplar corresponde à versão final de Tese defendida pela aluna Roberta Steganha, e orientada pelo Prof. Dr. Mauricius Martins Farina. CAMPINAS 2016 - 3 - - 4 - - 5 - Agradecimentos Dedico meu principal agradecimento a minha família pelo encorajamento nos momentos mais difíceis e por sempre torceram pela minha vitória. Agradeço meus pais, Ivo e Vanira Steganha, e aos meus avós, Maria da Glória e João Batista, por acreditarem em mim e me ensinarem desde cedo à importância do estudo e como ele abre portas para o conhecimento, mas também para uma vida melhor. Agradeço também ao meu marido Pedro Grola pela paciência, companheirismo e aconselhamentos em todos os momentos e ao meu filho Pietro S. Grola, pelos sorrisos lindos e abraços encantadores que me deram inspiração para que este trabalho fosse possível e faz tudo nesta vida valer à pena. E também aos meus irmãos Rodrigo e Raquel Steganha, pelo apoio sincero em todos os momentos. E por fim, agradeço especialmente ao professor Dr. Mauricius Martins Farina, meu orientador, pelas orientações e aconselhamentos, confiança e paciência ao longo do desenvolvimento deste projeto. E também aos demais professores, funcionários e colegas do Programa de Pós-Gradução do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas pelas contribuições enriquecedoras que me deram durante esta longa jornada. - 6 - Resumo Na sociedade contemporânea, a arte deixa ser vista apenas como um processo que depende da mão do artista e estende seus horizontes. Essa ampliação possibilitou a aceitação da fotografia. Após o incorporamento no final do século XX, outro fator também impactou o universo da fotografia e consequentemente, o da arte: o advento das tecnologias digitais e sua popularização. Com a secularização passamos a viver num mundo saturado por imagens. De acordo com Fontcuberta (2011) não se trata mais agora de produzir novas obras, mas sim de produzir novas formas de conteúdo, por isso, o autor sugere que devemos pensar numa ecologia do visual, que penaliza a saturação e alenta a reciclagem, onde se deslegitimam os discursos de originalidade e passam a valer as práticas de apropriação. Com isso, o artista deve reaproveitar, muitas vezes, o que já está disponível, dando uma nova significação. Dentro deste contexto, esta pesquisa elegeu como objeto de estudo duas séries do fotógrafo alemão Thomas Ruff, por entender que elas promovem essa reciclagem de conteúdo e repensam o modelo de produção de imagens e a essência da fotografia na contemporaneidade. - 7 - Abstract In the contemporary society, art is no longer seen only as a process that depends on the artist's hand and extends his horizons. The art concept was expanded in late twentieth century allowing the acceptance of photography as art. After this insertion, another factor has also impacted the photography universe and consequently art: the advent of digital technology and its popularization. With this secularization we now live in a world saturated by images. According to Fontcuberta (2011) art nowadays is no longer the production of a new masterpiece, but the production of new form of content. The author suggests that we should think on the visual ecology, which penalizes saturation and encourages recycling. He also suggests the delegitimation of the discourse of originality and begin to value ownership practices. In this sense, the artist must reuse the material already available, giving to it a new meaning. Within this context, this research elected as an object of study two series of the German photographer Thomas Ruff, understanding that these series promote such recycling of content and rethink the model of imaging production and the essence of photography. - 8 - SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................... 10 1. DA RUPTURA COM O DOCUMENTO ÀS POSSIBILIDADES DA CONTEMPORANEIDADE ......................................................................... 19 1.1 O poder do documento fotográfico ........................................... 19 1.2 A crise da veracidade do documento e o surgimento da expressão ...................................................................................... 24 1.3 Fotografia e arte contemporânea: de vetor a forma própria de arte ............................................................................................... 33 2. A POÉTICA DO ARTISTA THOMAS RUFF E A PÓS-MODERNIDADE NA FOTOGRAFIA ..................................................................................... 52 2.1 Os trabalhos e a vida de Thomas Ruff: a transformação ........ 53 3. METODOLOGIA E ANÁLISE DE OBRAS SELECIONADAS DE THOMAS RUFF ...................................................................................... 106 3.1 Nudes e uma nova forma de apresentação do nu ................. 108 3.1.1 Imagens .......................................................................... 117 3.2 Jpeg e landscape dentro da ecologia do visual ..................... 142 - 9 - 3.2.1 Imagens .......................................................................... 149 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 174 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 179 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 182 LISTA DE FIGURAS ............................................................................... 185 ANEXOS ................................................................................................. 188 - 10 - Introdução Desde o início da “era das redes”, ou seja, quando a sociedade passou a ter a informação e a tecnologia como elementos fundamentais para a vida social, econômica, política e cultural, a humanidade tem experimentado várias transformações. “A passagem das tecnologias analógicas para aquelas digitais comporta a alteração do processo de repasse das informações, alterando a direção dos fluxos comunicativos e, sobretudo, a posição, e a identidade dos sujeitos” (DI FELICE, 2008, p. 44). Frente a esta situação, de acordo com Jameson (1996), os últimos anos foram marcados não por visões apocalípticas de futuro, mas sim por decretos de extinção. Foram substituídos por decretos sobre o fim disto ou daquilo (o fim da ideologia, da arte, ou das classes; [...] ou do estado do bem-estar etc.); em conjunto, é possível que tudo isso configure o que se denomina, cada vez mais frequentemente, pós-modernismo (JAMESON, 1996, p.27). Para Vattimo (2007), a ideia de ruptura com o antigo na contemporaneidade ocorre porque há uma contínua necessidade de renovação na sociedade. Esse tipo pensamento é importante para a manutenção do sistema, já que o progresso tem virado uma rotina. “A novidade nada tem de ‘revolucionário’ e perturbador, ela é o que permite que as coisas prossigam do mesmo modo” (VATTIMO, 2007, p.XII). Esse modelo de viver da “sociedade da informação” tem afetado também o ser humano na sua individualidade. O sujeito da contemporaneidade não é mais considerado sólido, estático e imutável. Agora, admite-se que o sujeito vive em constante transformação. “É conceptualizado como não tendo uma identidade fixa, essencial ou permanente. A identidade torna-se uma 'celebração móvel', formada e

Description:
muito própria de Ruff e as maquetas com uma aura artesanal e manual .. Inspirado em Richter, em sua série “Nudes”, Thomas Ruff apresentou o.
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