PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS PPoollííttiiccaass ppúúbblliiccaass ppaarraa aa jjuuvveennttuuddee ee ggeessttããoo llooccaall nnoo BBrraassiill:: agenda, desenho e implementação Hila Bernardete Silva Rodrigues Belo Horizonte 2009 FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Rodrigues, Hila Bernadete Silva R696p Políticas públicas para a juventude e gestão local no Brasil: agenda, desenho e implementação / Hila Bernadete Silva Rodrigues. Belo Horizonte, 2010. 326f. : il. Orientador: Carlos Aurélio Pimenta de Faria Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. 1. Administração municipal. 2. Juventude. 3. Políticas públicas - Brasil. 4. Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Brasil). 5. Projeto Guernica. 6. Projeto Fica Vivo. 7. Liberdade assistida. 8. Administração de projetos. 6. Agenda de execução (Administração). I. Faria, Carlos Aurélio Pimenta de. II. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. III. Título. CDU: 352:362.8 “Revisão Ortográfica e Normalização Padrão PUC Minas de responsabilidade do autor” Hila Bernardete Silva Rodrigues PPoollííttiiccaass ppúúbblliiccaass ppaarraa aa jjuuvveennttuuddee ee ggeessttããoo llooccaall nnoo BBrraassiill:: agenda, desenho e implementação Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em Ciências Sociais. Orientador: Prof. Dr. Carlos Aurélio Pimenta de Faria Belo Horizonte 2009 PPoollííttiiccaass ppúúbblliiccaass ppaarraa aa jjuuvveennttuuddee ee ggeessttããoo llooccaall nnoo BBrraassiill:: agenda, desenho e implementação Hila Bernardete Silva Rodrigues Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em Ciências Sociais. Belo Horizonte, 18 de dezembro de 2009. ____________________________________ Prof. Dr. Carlos Aurélio Pimenta de Faria Orientador – PUC Minas _____________________________________ Prof. Dr. Bruno Lazzarotti Diniz Costa FJP ____________________________________ Profa. Dra. Telma Maria Gonçalves Menicucci UFMG ______________________________________ Prof. Dr. Juarez Tarcisio Dayrell UFMG ____________________________________ Profa. Dra. Cristina Almeida Cunha Filgueiras PUC Minas ____________________________________ Prof. Dr. Carlos Alberto de Vasconcelos Rocha PUC Minas Às “juventudes” de Belo Horizonte, que movimentam e colorem a cidade. AGRADECIMENTOS Agradeço ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, por ter me conduzido – através do conhecimento e do debate de ideias – ao universo das interações e da diferença, revelando-me o outro e suas nuances. À Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo apoio financeiro indispensável à realização deste trabalho. Ao professor Carlos Aurélio Pimenta de Faria, não apenas pela orientação precisa e atenta, mas pela confiança e pela terna amizade. Aos assessores José Almir da Silva e James Theodoro, da Secretaria Nacional de Juventude/Secretaria-Geral da Presidência da República; Luiz de Melo Alvarenga Neto, do Governo do Estado de Minas Gerais; e Carlos Alberto dos Santos, da Prefeitura de Belo Horizonte, sem os quais não me teria sido possível transitar por setores importantes da máquina pública, em busca de dados e entrevistas. À secretária municipal de Educação (SMED/PBH), Macaé Evaristo, pela autorização que garantiu minha inserção nas salas de aula da rede pública de ensino de Belo Horizonte, a fim de acompanhar a rotina diária do ProJovem Urbano na capital mineira. À Coordenadoria Municipal de Juventude de Belo Horizonte, pela atenção especial dedicada a esse trabalho e pela disponibilização de informações essenciais à pesquisa desenvolvida. Aos gestores de juventude dos estados de São Paulo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Sergipe, Tocantins, Distrito Federal, Alagoas, Rio Grande do Norte, Amazonas, Acre, Amapá, Santa Catarina, Pernambuco e Paraíba, pela confiança e pelas ricas discussões em torno dos dilemas que envolvem o desenvolvimento das políticas públicas voltadas para os segmentos juvenis. Aos coordenadores e gerentes responsáveis, em Belo Horizonte, pelo desenvolvimento do ProJovem Urbano, ProJovem Adolescente, Fica Vivo, Liberdade Assistida e Projeto Guernica pelo apoio a essa pesquisa, pelo interesse e, sobretudo, pelo tempo dedicado a processos muitas vezes complicados – e delicados – que envolvem a coleta de dados, entrevistas e acompanhamento de atividades. Aos professores do ProJovem Urbano, técnicos do ProJovem Adolescente, oficineiros do Fica Vivo e do Projeto Guernica, psicólogos e assistentes sociais do Liberdade Assistida, sem os quais essa pesquisa não teria sido possível. Aos alunos do ProJovem Urbano dos núcleos da E.M. Honorina de Barros, E.M. Francisco Magalhães, E.M. Emídio Berutto e E.M. Magalhães Drummond, pela acolhida entusiasmada e “pelo muito que aprendi” – como diria C.S, “b-girl do breaking”. Aos garotos e garotas do ProJovem Adolescente (CESAM) e do Fica Vivo (Boréu), pela confiança e franqueza. A Alexandre Rodrigues, orientador voluntário do Liberdade Assistida, e ao jovem H., pelas valiosas entrevistas. Aos escritores de grafite e b-boys do Projeto Guernica, pela confiança e sinceridade durante todo o processo de discussão do papel da gestão pública nas ações voltadas para os jovens da cidade. A Rodrigo Castro Rezende, pelo apoio na realização do Grupo Focal. À Ângela Andrade, do PPGCS/PUC Minas, pelo carinho imenso dedicado a mim, e também a este trabalho. À Wania, Rachel, Antônia, Guilherme e Michelle – colegas queridos, pelo companheirismo, sempre. A meus incorrigíveis e velhos amigos, pelo riso solto e pelo colo. A toda a minha (imensa) família, pelo apoio e pela torcida. Agradeço em especial a meu pai, pela força que inspira. A Fabrício e Luísa, por cuidarem de mim. RESUMO Este estudo pretende discutir o papel da administração municipal na produção de políticas públicas para a juventude no Brasil, a partir da investigação dos processos de formulação e implementação de projetos e programas destinados a esse grupo geracional. O trabalho considera a inserção do tema na agenda pública, as concepções de juventude observadas no âmbito societário e governamental, e os tipos de proposição, desenho e execução que caracterizam iniciativas concebidas em diferentes esferas de governo, com destaque para a gestão municipal. A apreciação dessas questões se dará a partir de trabalho empírico fundamentado no exame e análise de cinco políticas públicas específicas para a juventude, implementadas no município de Belo Horizonte: ProJovem Urbano, ProJovem Adolescente, Fica Vivo, Liberdade Assistida e Projeto Guernica. À pesquisa de campo, agrega-se ampla revisão bibliográfica em torno de dilemas historicamente observados no universo juvenil, das trajetórias, problemas e desafios das políticas públicas voltadas para os jovens, bem como dos efeitos da questão federativa no desenvolvimento desse tipo de iniciativa. O estudo evidencia três importantes aspectos no processo de construção de programas e projetos nesse campo: a inserção das demandas dos segmentos juvenis na agenda política como resultado da preocupação dos governos com impasses que afetam o desenvolvimento político-econômico e social, e não necessariamente com “problemas específicos de juventude”; a não consideração da diversidade e pluralidade que caracterizam os segmentos juvenis na construção de políticas voltadas para esse grupo geracional; a importância da gestão local na formulação e implementação de políticas voltadas para os jovens, em função da construção de diagnósticos mais precisos e maior possibilidade de ajuste dos processos de execução e monitoramento. Palavras-chave: Juventude. Políticas Públicas. Agenda. Formulação. Implementação ABSTRACT This study intends to discuss the role of municipal administration in the development of public policies for youth in Brazil, beginning with the investigation on the formulation processes and implementation of projects and programs destined for this age group. The work analyses the insertion of the topic on public agenda, the youth conceptions perceived in social and governmental environments, and some sorts of proposition, design and execution that characterize enterprises, projected in different governmental spheres, especially the municipal one. The observation of these matters will be supported by an empirical work, based on the exam and analysis of five specific public policies headed for the youth, which have been implemented in Belo Horizonte: ProJovem Urbano, ProJovem Adolescente, Fica Vivo, Liberdade Assistida and Projeto Guernica. A wide bibliographic revision will also be added to the field research. It refers to some dilemmas, historically observed in the juvenile universe, such as the trajectory, problems and challenges of public policies headed for youngsters, and also the effects of the federalism issue in the development of this kind of enterprise. The study highlights three important aspects in the construction process of programs and projects on that field: the inclusion of the demands from juvenile segments in the political agenda as a result of the governments’ concern about the obstacles that affect the political, economic and social development (and not necessarily about youth problems specifically); the attitude of not considering the diversity and plurality that typically characterize these juvenile segments in the construction of policies created for this age group; the relevance of local administration in elaborating and implementing policies that are directly addressed to the youngsters due to the construction of more accurate diagnosis and bigger possibilities of adjustments in the processes of execution and monitoring. Keywords: Youth. Public Policies. Agenda. Formulation. Implementation. LISTA DE ILUSTRAÇÕES QUADRO 1- PERSPECTIVAS DIVERSAS DE JUVENTUDE E SEUS EFEITOS NO DESENHO E IMPLEMENTAÇÃO DE INICIATIVAS GOVERNAMENTAIS PARA GRUPOS JOVENS................................................................................................................109 QUADRO 2- PROGRAMA PROJOVEM URBANO – AGENDA, DESENHO, FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO.............................................................................198 QUADRO 3- IMPLEMENTAÇÃO PROJOVEM URBANO: O QUE DIFICULTA?........205 QUADRO 4- PROGRAMA PROJOVEM ADOLESCENTE – AGENDA, DESENHO, FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO.............................................................................213 QUADRO 5- IMPLEMENTAÇÃO PROJOVEM ADOLESCENTE: O QUE DIFICULTA?.........................................................................................................................217 QUADRO 6- PROGRAMA FICA VIVO – AGENDA, DESENHO, FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO.............................................................................................................228 QUADRO 7- IMPLEMENTAÇÃO FICA VIVO: O QUE DIFICULTA?...........................231 QUADRO 8- PROGRAMA LIBERDADE ASSISTIDA– AGENDA, DESENHO, FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO.............................................................................238 QUADR 9- IMPLEMENTAÇÃO LIBERDADE ASSISTIDA: O QUE DIFICULTA?......241 QUADR 10- PROJETO GUERNICA – AGENDA, DESENHO, FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO.............................................................................................................247 QUADRO 11- IMPLEMENTAÇÃO GUERNICA: O QUE DIFICULTA?.........................249 QUADRO 12- POLÍTICAS PARA A JUVENTUDE EM BELO HORIZONTE – DEMANDAS, CONCEPÇÕES E PADRÕES DE IMPLEMENTAÇÃO.............................252 QUADRO 13- FATORES QUE INFLUENCIAM O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO ................................................................................................................................................255 QUADRO 14- FATORES QUE INFLUENCIAM COMPORTAMENTO/ATITUDE DE IMPLEMENTADORES.........................................................................................................256 QUADRO 15- IMPLEMENTAÇÃO: DIFICULDADES E ALTERNATIVAS..................260
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