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Tese Guillermo Navarro (Digital) PDF

392 Pages·2017·3.9 MB·English
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS ÉTNICOS E AFRICANOS GUILLERMO ANTONIO NAVARRO ALVARADO ÁFRICA DEVE-SE UNIR? A FORMAÇÃO DA TEORÉTICA DA UNIDADE E A IMAGINAÇÃO DA ÁFRICA NOS MARCOS EPISTÊMICOS PAN-NEGRISTAS E PAN- AFRICANOS (SÉCULOS XVIII-XX) Salvador 2018 GUILLERMO ANTONIO NAVARRO ALVARADO ÁFRICA DEVE-SE UNIR? A FORMAÇÃO DA TEORÉTICA DA UNIDADE E A IMAGINAÇÃO DA ÁFRICA NOS MARCOS EPISTÊMICOS PAN-NEGRISTAS E PAN- AFRICANOS (SÉCULOS XVIII-XX) Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Estudos Étnicos e africanos, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, como requisito para obtenção do grau de Doutor em Estudos Étnicos e Africanos. Orientador: Prof. Dr. Valdemir Zamparoni. Salvador 2018 N322 Navarro Alvarado, Guillermo Antoni o. África deve-se unir? : a formação da teorética da unidade e a imaginação da África nos marcos epistêmicos pan-negristas e pan-africanos (séculos XVIII – XX) / Guillermo Antonio Navarro Alvarado. - 2018. 392 f.: il. Orientador: Prof. Dr. Valdemir Zamparoni. Tese (doutorado) - Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2018. 1. Pan-africanismo. 2. África – Política e governo. 3. Nacionalismo – África. 4. Negritude (Movimento literário) – África. I. Zamparoni, Valdemir, 1957- II. Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos. III. Título. CDD – 320.54096 À memória de Mayra Herrera Loaiza, Minha porta para o Caribe, África e o Sul. AGRADECIMENTOS O conhecimento que é um processo acumulativo e eminentemente social se deve nesta tese, ao encontro com pessoas maravilhosas e gigantescas, que me emprestaram parte de seu conhecimento, amizade, amor, apoio e companheirismo, todas as palavras contidas e entrelaçadas ao longo deste texto são sustentadas por múltiplos e grandes afetos, a todos e todas minha gratidão. Delas, Angie Montiel, minha companheira de vida, foi uma ponte amorosa que me fez cruzar todas as inseguridades, medos e desafios que esta pesquisa me apresentou, sua paciência, sacrifício, crítica e infinitas conversas fez dela uma fonte criativa inesgotável, presente em cada parágrafo e argumento trabalhado. A ela devo a força para aventurar nosso destino nesta cidade do vasto Atlântico. Onipresente nestas páginas é o permanente amor de minha família, Geovanni Navarro e Mayra Lorena Alvarado, motor de minha vida, fontes de sonhos infinitos arquitetados sem limites, seu encorajamento e sua persistência para construir uma vida melhor e mais amorosa se traduzem nesta tese. A eles todo o reconhecimento e a honra. Carolina Navarro, Sebastián Navarro e Guillermo Alvarado, companheiros de vida, amigos de vida, sem eles não poderia ter concluído este longo processo, eles são a fonte do carinho necessário para cumprir qualquer desafio na vida. Rosa Ivette Muñoz, uma coluna amorosa e maternal que me adotou em sua confiança e fé. A base de todo argumento se sustenta de suas afeições intermináveis. Dentre dos corredores do Centro de Estudos Afro-Orientais estou eternamente agradecido aos admirados professores Livio Sansone, quem com seu atento conhecimento me apoiou na consecução do desenvolvimento deste trabalho como coordenador do programa e como uma figura intelectual intensa, de quem recebi o suporte para desenvolver um intenso curso sobre Teoria Crítica Caribenha e Africana em 2017. Agradeço ao professor Jesiel Oliveira que me introduz aos bastos caminhos da literatura africana e afro-brasileira e a uma leitura atenta de Franz Fanon, como coordenador e professor. A professora Maria Rosário de Carvalho, uma das melhores professoras com quem meu destino tive a sorte de encontrar-se, a ela devo o caminho que entrelaça a teoria e a diversidade que tentei seguir veementemente nesta tese segundo seus sábios ensinamentos. Estou em dívida com o professor Severino Ngoenha da Universidade Técnica de Moçambique com quem aprendei muito em sua rápida, mas proveitosa estadia em Salvador, onde teve a amabilidade de conversar sobre esta pesquisa. Devo muito à Fábrica de Ideias de 2017, em São Luís de Maranhão pela grande experiência intelectual, aos professores participantes, sempre atentos a minhas dúvidas e conversas, a professora Jamile Borges com quem cultivei uma amizade duradora, o professor Ibrahima Thiaw do L’Institut fondamental d’Afrique noire (IFAN) da Université Cheikh Anta Diop de quem aprendei muito em seu intenso seminário sobre memória, nossa infinita conversa abriu novas perspectivas teórico metodológicas e intelectuais a esta tese e à vida; o professor Stephen Small do departamento de estudos afro- americanos da Berkeley University of California por suas absorventes aulas sobre patrimônio, história pública da escravidão e o imperialismo, que aportaram dúvidas e perguntas que tentei responder; obrigado a todos e todas os fabricantes que compartilharam comigo uma amizade fraterna e duradora. Estou agradecido profundamente pela oportunidade e experiência de estudar no PósAfro, um projeto necessário e um espaço intelectual estimulante, nele conheci colegas que me apoiaram incansavelmente ao longo desta pesquisa, a professora Patrícia Gomes que com sua experiência e seu interessante trabalho sobre gênero me permitiu incorporar parte de sua experiência à temática aqui tratada, à turma 2014 que me receberam com toda a hospitalidade e amizade possível, daquela turma me levo grandes amizades e lindas memórias, aos meus colegas e estudantes do minicurso de Teoria Crítica Caribenha e Africana com quem aprendi e elucidei dúvidas; aos participantes da linha de pesquisa em estudos africanos, um espaço criativo e colaborativo que me permitiu aprender rapidamente sobre muitos temas das realidades africanas. Devo muito a meus grandes amigos, Renato Lemos e Mariana Andrade que se tornaram minha família, deles aprendi muito, cada esquina desta tese deve tudo o que seja de valor a sua amizade, sem eles muitas das coisas escritas hoje não seriam realidade. À Ricardo Sangiovanni amigo e irmão e que foi sem dúvida um apoio gigantesco e uma fonte de sabedoria interminável, sua gratidão e amizade sei que serão para sempre; todos eles e elas formam minha porta para este apaixonante país ao qual aprendi a amar: o Brasil e seus Brasis. Sei que combateremos mil batalhas por este continente espetacular, amigos. Chico Ramallo que estive muito presente ao longo deste processo e que me abriu as portas a uma camaradagem interminável que começou em 2014 e que cada dia se faz maior; Lucía Riba parte de nossa colônia costarriquenha, o Brasil nos juntó e agora somos mais, sua amizade é uma brisa de mar que fez os dias mais felizes; Orlando Lafuente, amigo onipresente a quem devo o grande motor de crer que todo pode ser possível, a ele dedico esta tese também como promessa cumprida. Obrigado aos membros da banca que decidiram participar nesta humilde aventura, o professor Kabengele Munanga a quem admiro profundamente por seu permanente trabalho, fonte de conhecimento e aprendizagem constante; o professor Claudio Furtado de quem aprendi extensamente a cada momento em que tive a oportunidade de escutar suas instigantes ideias; o professor Omar Thomaz, uma fonte infinita de conhecimento a quem tive a sorte de conhecer e ouvir na Fábrica de Ideias e em sua inesquecível palestra sobre a tradição ocultada; o professor Marcelo Mello de quem aprendi muito na exposição de seus estudos sobre os quilombos, sua atenta leitura da realidade caribenha e sua intepretação de Walter Rodney. Agradeço profundamente a meus professores costarriquenhos: a professora Montserrat Sagot quem me impulsou a pensar além do estabelecido e a desconstruir minha subjetividade, a quem esta tese tentou responder quando em 2009 perguntou a um auditório: Porque não lemos autorxs Negrxs em sociologia? O professor José Manuel Valverde que me ensino pacientemente a arte da pesquisa e das perguntas. No caminho acadêmico, na criação dessas linhas e as que virão agradeço profundamente a meus mentores e mestres, o professor Valdemir Donizette Zamparoni, meu orientador e meu introdutor aos estudos Africanos, de quem aprendi tudo o que pude e a quem devo a confiança e crença em minha capacidade, graças a ele por ser um grande professor. A meu mentor Roberto Ayala Saavedra, que me ensinou pacientemente o oficio de pensar, uma fonte permanente de sabedoria que me formou como pesquisador e crítico, sua introdução ao marxismo e a teoria crítica foi e é a grande porta à razão. Esta tese não seria possível sem o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) de quem recebei uma bolsa de mestrado e uma de doutorado para dedicar todo meu tempo à pesquisa; a Organização de Estados Americanos (OEA) e o Grupo Coimbra de quem obtive acesso ao programa para a bolsa de mestrado em 2014; a Universidade Federal da Bahia (UFBA) instituição que me apoiou em todas as passagens desta tese, financieira, pedagógica e culturalmente. A todos eles e elas minha permanente dívida e meus eternos agradecimentos, todos os erros e as inconsistências são inteiramente minha responsabilidade e todos os êxitos e as consistências dedicados a eles e elas. The Negro’s revolutionary history is rich, inspiring, and unknown. (JOHNSON, 1939) [...] A revolutionary ideology is not merely negative. It is not a mere conceptual refutation of a dying social order, but a positive creative theory, the guiding light of the emerging social order. (NKRUMAH, 1970, p. 34) La modernidad es un proceso, como se dice, "multifacético". Su cara más oscura – valga la expresión –, al menos en sus orígenes, es la infamia de la esclavitud afroamericana. Pero también son caras de la modernidad las múltiples y multiseculares formas de rebelión contra sus infamias. Es el momento, ahora, de que nos ocupemos de manera más acotada de los fenómenos de rebelión afroamericana contra la esclavitud, en sus alcances históricos y socioeconómicos, pero también, aunque sea lateralmente, ideológico-políticos y filosófico-culturales. (GRÜNER, 2010, p. 267) NAVARRO ALVARADO, Guillermo Antonio. África deve-se unir? A formação da teorética da Unidade e a Imaginação da África nos marcos epistêmicos Pan-negristas e Pan-africanos (Séculos XVIII-XX). 392 f. il. 2018. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018. RESUMO Ao longo dos estudos especializados do Pan-africanismo as análises apresentam a tendência de adotar uma relativização de seus conteúdos teóricos como ambíguos e residuais, concentrando teórico-metodologicamente suas abordagens nas pesquisas biográficas de seus atores e suas relações ou, examinando a suposta “procedência” de suas “ideias” políticas e culturais como exclusivamente exógenas à expressão de seu movimento político-social. Esta tese tem como objetivo analisar as estruturas teórico-filosóficas e ideológicas que o Pan- africanismo desenvolveu ao longo de sua história, adotando e configurando conceitos e princípios que estruturam suas práticas políticas e culturais. São analisados esses desenvolvimentos relativos a seus contextos históricos, sociais, espaciais e epistemológicos desde finais do século XVIII, com a origem da identidade política Pan-negrista e Pan- africana, até metade do século XX, com a adoção de uma política da unidade africana nas primeiras etapas pós-independência dos Estados Africanos. É examinado seu devir teorético, ideológico, filosófico e político até a proposição de uma teoria própria e particular. Estuda-se com especial centralidade o conceito de Unidade Africana como eixo transversal a sua filosofia e teoria política. Teórico-Metodologicamente esta pesquisa adota uma perspectiva hermenêutico- historiográfica e sincrônica, abrangendo diversos contextos do Atlântico Negro unidos por uma tradição de pensamento Pan-africanista, pesquisando arquivos, livros e artigos produzidos ao longo da rica, diversa e complexa tradição. Incorpora-se uma perspectiva interpretativa teórico-crítica com a adoção da teoria da ideologia e as correntes hermenêuticas dos estudos pós-coloniais africanos e críticos do pós-colonial africano. Palavra-chave: Pan-negrismo; pan-africanismo; négritude; africanidade; nacionalismo.

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Parte II: A consciência Mistificada: da Teologia ao Sujeito Histórico Civilizador (Séculos Para introduzir e aplicar uma pesquisa sistemática das bases epistêmicas dos uninterrupted chain, to modern nations of Europe. eighteenth-century traveler; they are even fairly often upheld as models
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