Universidade Federal da Bahia Instituto de Letras Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística Rua Barão de Geremoabo, nº147 - CEP: 40170-290 - Campus Universitário Ondina Salvador-BA Tel.: (71) 263 - 6256 – Site: http://www.ppgll.ufba.br - E-mail: [email protected] Mil e uma Orlans por ANNA AMÉLIA DE FARIA Orientadora: Rachel Esteves Lima Salvador Outubro/2009 Universidade Federal da Bahia Instituto de Letras Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística Rua Barão de Geremoabo, nº147 - CEP: 40170-290 - Campus Universitário Ondina Salvador-BA Tel.: (71) 263 - 6256 – Site: http://www.ppgll.ufba.br - E-mail: [email protected] Mil e uma Orlans por ANNA AMÉLIA DE FARIA Orientadora: Rachel Esteves Lima Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Letras e Linguística do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Doutor em Letras, elaborada sob a orientação da Profa. Dra. Rachel Esteves Lima. Salvador Outubro/2009 Sistema de Bibliotecas - UFBA Faria, Anna Amélia de. Mil e uma Orlans / por Anna Amélia de Faria. - 2009. 228 f. il. Inclui anexos. Orientadora: Profª Drª Rachel Esteves Lima. Tese (doutorado) - Universidade Federal da Bahia, Instituto de Letras, Salvador, 2009. 1. Orlan - Crítica e interpretação. 2. Arte. 3. Corpo humano. 4. Relações de gênero. 5. Performance (Arte). I. Lima, Rachel Esteves. II. Universidade Federal da Bahia. Instituto de Letras. III. Título. CDD - 700 CDU - 7 Dedico esta tese ao Pedro, o amor incondicional, que faz minha vida sempre ir em frente, e ao Paquito, amor da vida. Agradecimentos A Rachel Esteves Lima, orientadora e amiga, ultra-temporal, a quem devo a conclusão desta tese e a alegria de me sentir segura, bem lida e orientada, ao mesmo tempo potente para dar mais um importante passo como pesquisadora. A Suzane Lima Costa, que propiciou, com sua inestimável presença, eu ter feito a seleção de doutorado e, ainda, pela amizade e auxílio, sempre. De frente para trás: Agradeço a Ana Lígia Leite e Aguiar, pelo carinho, pela família que me propicia e pela ajuda fundamental no processo de finalização da tese. A Mônica Menezes, pela ajuda, amor e amizade, bem como aos queridos amigos: Anne Greice Soares, Alberto Queiroz, Arlete Mourão, Belidson Dias, Beth Hazin, Edson Beú, Cacilda Povoas e Ivan Huol, Cláudia Bergmann e Leandro Bergmann, Isabel Moura, Jean Carlos Santos, Josenita Costa, Kitty e Paulo Moreno, Paulo César Souza, Lázaro Coutinho, Liliana Almeida, Limpo, Marcelo Camera, Marta Unterlaitner (amiga de infância), Mônica Béu, Permínio Moura Ferreira, Tânia Lobo, Tia Beth, Tia Izabel, Tio Ben-Hur, Vivaldo Trindade, Zezé, por me acolherem, darem força e serem pacientes com as minhas ausências. Agradeço a Eneida Leal Cunha, primeira orientadora, que, ao ter aceitado o tema da tese, permitiu meu ingresso no doutorado e a liberdade para que eu encontrasse meus caminhos. Sou grata, também, pelas profícuas leituras. Ao Roberto Corrêa dos Santos pela bibliografia e pontuações tão relevantes e valiosas, quando do exame de qualificação da tese. Ao Aurélio Souza, pela escuta, que tanto me ajudou. A Zaléx Suffert, por ter me acompanhado com atenção e carinho. Ao Luiz Iasbeck, que me ajudou, como orientador e amigo, a iniciar o percurso acadêmico. Ao Sandro Ornellas, por ter contribuído, de inúmeros modos, para minha vinda para Salvador e entrada no doutorado. À CAPES, pelo apoio financeiro. Da húbris moderna, salvem-nos assim os híbridos primitivos e pós-modernos. Eduardo Viveiros de Castro RESUMO Mil e uma Orlans é uma tese que apresenta e discute as produções da artista, performer e criadora da Carnal Art, juntamente com o período que sensibilizou inúmeras noções de representação. Os trabalhos de Orlan vão da mudança de nome, de fisionomia e utilização de composições fotográficas à biotecnologia. Essa plurissemia, mixada, transvalora ícones artísticos e existenciais, ao mesmo tempo em que movimenta o uso de várias tecnologias. Eis a recente herança pós-moderna: a de promover potentes invenções desnaturalizantes, a partir dos rearranjos estético-éticos, propostos desde o grande turning point comportamental dos anos 1960, quando Orlan e outros questionadores rebeldes vieram a público produzir curtos-circuitos nas compreensões sobre o corpo, o gênero, a subjetividade e a arte contemporânea. A tese propõe demonstrar o contexto da artista, situar a época em que iniciou seus trabalhos e apontar algumas diferenças entre as suas criações e as de seus congêneres, artistas que, igualmente, foram tocados pelas transformações sensibilizadoras de um período, que ecoa até os nossos dias. Palavras-chave: Orlan – corpo – arte – gênero - performance ABSTRACT Mil e uma Orlans is a thesis which presents and discusses the artist productions, performer and creator of Carnal Art, besides the period which sensitizes various representative notions. Orlan’s works go from the name change, the face change and the using of photographical compositions to biotechnology. This plural meaning, mixed, goes beyond artistic icons and existential values. There is a recent heritage post modern: the one which promotes strong non-natural inventions, going from esthetic-ethic rearrangements, proposed from the large behavioral turning point from the 1960s, when Orlan and other questioning rebels came to produce short circuit in the understandings about body, genre, subjectivity, and contemporary art. The thesis proposals the artist context demonstration, show when she began her works and point some differences between her creations and her con-genres, artists who, equally, were touched by the sensitive transformations from a time which echoes until our time. Key-words: Orlan – body – art – genre – performance Imagética Disposições: Figura 01 - Desenho de Fernando Gonsales - p. 19 Figura 02 - Aktionshose: Genitalpanik, Valie Export – p. 23 Orlan se move: Figura 03 - Or-lent: les marches au ralenti dite au sens interdit, Orlan – p. 49 Figura 04 - MesuRAGES d’instituition: le Centre Pompidou, Orlan – p. 54 Figura 05 - Le baiser de l’artiste, Orlan - p. 57 Figura 06 - Plaisirs brodés, Orlan - p. 71 Figura 07 - S’habiller de sa propre nudité, Orlan - p. 72 Figura 08 - Le Drapé-Baroque. Chapelle à moi-même, Orlan - p. 75 Figura 09 - Omnipresence: Le deuxième bouche, Orlan - p. 79 Técnicas do corpo: uma filosofia encarnada: Figura 10 - Mameluca - p. 106 Figura 11 - Refiguration Self-Hybridations, Orlan - p. 109 Arte e corpo: histórias e configurações: Figura 12 - Défiguration-refiguration. Self-hybridation précolombienne, Orlan p. 137 Figura 13 - foto de Diane Arbus - p. 142 Figura 14 - Dona de casa, Orlan - p. 146 Figura 15 - Foto de Annie Leibovitz - p. 160 Figura 16 - Vagina painting, Kubota - p. 165 Figura 17 - Guerrilla Girls I - p. 166 Figura 18 - Guerrilla Girls II - p. 167 Figura 19 - Guerrilla Girls III - p. 168 Figura 20 - Lynda Benglis, Sem título - p. 170 Figura 21 - Truísmos, Jenny Holzer - p. 172 Figura 22 - Lavando, rastros/Manutenção: interior, Mierle L. Ukeles - p. 174 Figura 23 - Surgery-Performance, Orlan - p. 176 Quem faz gênero: mulher e subjetividade: Figura 24 - Tentative pour sortir du cadre avec masque n.01, Orlan - p. 196 Figura 25 - Strip-tease occasionnel à l’ aide des draps du trousseau, Orlan - p. 213
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