UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA TEORIAS DO IMPERIALISMO E DA DEPENDÊNCIA: A ATUALIZAÇÃO NECESSÁRIA ANTE A FINANCEIRIZAÇÃO DO CAPITALISMO Marisa Silva Amaral Orientadora: Profa. Dra. Leda Maria Paulani Versão Corrigida SÃO PAULO 2012 Prof. Dr. João Grandino Rodas Reitor da Universidade de São Paulo Prof. Dr. Reinaldo Guerreiro Diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Profa. Dra. Elizabeth Maria Mercier Querido Farina Chefe do Departamento de Economia Prof. Dr. Pedro Garcia Duarte Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia MARISA SILVA AMARAL TEORIAS DO IMPERIALISMO E DA DEPENDÊNCIA: A ATUALIZAÇÃO NECESSÁRIA ANTE A FINANCEIRIZAÇÃO DO CAPITALISMO Tese apresentada ao Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo como requisito para a obtenção do título de Doutora em Ciências. Orientadora: Profa. Dra. Leda Maria Paulani Versão Corrigida SÃO PAULO 2012 FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Seção de Processamento Técnico do SBD/FEA/USP Amaral, Marisa Silva Teorias do imperialismo e da dependência: a atualização necessária ante a financeirização do capitalismo / Marisa Silva Amaral. – São Paulo, 2012. 147 p. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, 2012. Orientador: Leda Maria Paulani. 1. Economia política 2. Desenvolvimento econômico 3. Economia marxista I. Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. II. Título. CDD – 330 iii A todos aqueles que fizeram parte da minha vida e da minha formação e que, portanto, tiveram responsabilidade direta ou indireta, imensa ou ínfima nos resultados desse trabalho, uma vez que foram, cada um a seu modo, responsáveis por quem sou, pelas minhas orientações e visão de mundo. À memória do pai eletivo Antonio Maria da Silveira, com quem gostaria de ter podido dividir um pouco das alegrias e aflições do processo. Àqueles que enxergam o fundo político que rege este trabalho e que, portanto, vêm nele algo de transformador. iv v AGRADECIMENTOS Redigir os agradecimentos desta tese de doutorado me parece, sem exageros, quase tão difícil quanto redigir a própria tese. Digo isso porque este trabalho teve como pano de fundo tantas mudanças, transformações e reviravoltas do ponto de vista pessoal e acadêmico, que muitas foram as pessoas demandadas a me socorrer e a me acolher nos mais variados momentos e pelas mais variadas razões, de modo que trata-se de um esforço um tanto ingrato oferecer a elas, num espaço tão curto, toda a reverência que merecem. De todas essas pessoas, não poderia deixar de começar com a Profa. Leda Paulani, com quem contraí uma dívida que não se paga sequer com todos os títulos, ações e derivativos que circulam por toda a economia mundial. Dos “bicos” necessários para minha manutenção na cidade de São Paulo enquanto a bolsa não vinha até a liberdade irrestrita na escolha e desenvolvimento do tema, a Profa. Leda me ofereceu tudo, carona, almoço, jantar, dinheiro, álibi, paciência, complacência, além de ter enfrentado uma série de constrangimentos para se posicionar a meu favor, mesmo quando eu nem estava tão certa assim. Foi, por tudo isso, minha parceira no crime! É uma honra ter o seu nome neste trabalho como minha orientadora e fico imensamente orgulhosa e feliz por poder mencioná-la como uma grande amiga. Essa nossa aproximação me fez admirá-la para além dos seus trabalhos acadêmicos e me ensinou muito sobre coerência, ética, caráter, paixão, compromisso, humanidade and so on. Devo sinceros agradecimentos ao Prof. Eleutério Prado, que me recebeu tão bem e com tanto entusiasmo em meio à frieza inicial própria dos ambientes que nos são estranhos, além de ter me oferecido sugestões preciosas para o desenvolvimento da tese; ao Prof. Gilberto Tadeu Lima, cuja competência, mente aberta e bom humor me apresentaram uma mostra muito saudável da delícia que é debater ideias; ao Prof. Renato Colistete, que, por ser tão humano, soube entender com a maior benevolência possível um momento difícil que eu atravessava e a quem devo até hoje um trabalho que fiquei com muita gana de fazer a partir de suas instigantes provocações e que espero poder finalizar quando passarem as turbulências referentes ao doutoramento; ao Prof. Raul Cristóvão, pela leveza e liberdade com que conduziu o curso de Desenvolvimento Econômico; ao Prof. Nelson Nozoe, que me proporcionou a chance de assisti-lo durante um ano em meus estágios em docência e cuja profundidade analítica e competência enriqueceram enormemente minhas apreensões acerca da formação econômica e social do Brasil. Agradeço também aos Profs. João Machado Borges Neto e Alexandre Macchione Saes pelas suas precisas e importantes observações a vi versões ainda incipientes deste trabalho. No caso do Prof. Alexandre, devo também agradecer pelas percepções que expôs em relação ao trabalho concluído, na ocasião da defesa, apontando para instigantes caminhos possíveis do ponto de vista de uma agenda de pesquisa futura. Devo aqui estender meus agradecimentos aos Profs. Francisco de Oliveira e Paulo Nakatani, que tão gentilmente se dispuseram a compor a banca de defesa da tese e que, na oportunidade, trouxeram inestimáveis contribuições e importantes provocações, que me abasteceram de um sem-número de questões nas quais pensar pelos próximos anos da minha trajetória acadêmica. A todos os funcionários que compõem a FEA-USP, em especial a Maria Aparecida Sales, que me quebrou todos os galhos, me forneceu todas as informações, torceu, se alegrou, se preocupou e, por tudo isso, participou da minha trajetória no doutorado como poucos fizeram, e Lucimara Aparecida do Nascimento, que, nos momentos finais, foi figura imprescindível para me manter tranquila em relação a datas, prazos, adiamentos, documentações e outros aspectos burocráticos relacionados ao encerramento doutorado. Agradeço aos novos e grandes amigos “paulistanos” de tudo quanto é lugar: Jacqueline Cambota, com quem estreitei muitos vínculos e por quem desenvolvi um carinho irrevogável; Fernanda Cardoso, testemunha ocular de alguns choros, conflitos, inseguranças, escorregões no barro e falta de malemolência nos poucos, mas inesquecíveis sambas em que fomos juntas; Ana Giuberti, por sua vivacidade, inteligência e carinho; Alexandre Andrada e Gustavo Barros, ambos donos de uma inteligência e de uma sagacidade invejáveis; Andrea Lucchesi, minha mais grata surpresa; Monika Meirelles e André Mountian, minhas últimas “aquisições”. Pensando nos momentos anteriores à minha vinda para São Paulo, devo sinceros agradecimentos ao Prof. Marcelo Carcanholo, que me acompanhou durante boa parte da minha trajetória acadêmica e com quem construí os insights iniciais que me levaram a esta tese, de modo que, sem atribuir-lhe os erros, eu diria que este trabalho, de certa forma, o pertence – mais ainda por sua admirável participação na banca de defesa, pela qual devo externar os meus mais genuínos agradecimentos –; ao Prof. José Rubens Garlipp, cuja recomendação teve peso fundamental para que a Profa. Leda aceitasse assumir minha orientação; ao Prof. Niemeyer Almeida Filho, que me emprestou com todo o carinho seu apartamento em São Paulo para que eu pudesse me alojar durante a realização das provas de seleção; ao Prof. Flávio Vilela Vieira, que, com muito cuidado e presteza, me forneceu vii material para que eu me preparasse para o exame de Macro; a Pitágoras Justino, que me abriu as portas de sua casa, me suportou como hóspede por quase dois meses e se tornou um amigo querido que carrego pela vida; a Heládio Leme, que passou de professor a amigo, de uma generosidade intelectual gritante e de um senso de inclusão que acabou por me apresentar muito do bom de São Paulo. Pensando em minha ida a Londres para realização do doutorado sanduíche, devo agradecer, inicialmente, ao Prof. Costas Lapavitsas, que aceitou me receber na SOAS, University of London, assumindo a supervisão do meu trabalho, acreditando na minha proposta e na minha capacidade de desenvolvê-la, me abrindo espaços, caminhos e me oferecendo contrapontos e comentários fundamentais para que o trabalho tomasse a forma que adquiriu; ao Prof. Alfredo Saad Filho, com quem troquei muitas figurinhas e que demonstrou um entusiasmo enorme diante dos caminhos que eu pretendia seguir, além de ter me acolhido muito carinhosamente sempre que pôde em Londres e de ter me sugerido literaturas vastas dentro dos debates que eu pretendia conduzir; a Juan Pablo Painceira, por tornar muito mais fácil o processo que culminou com minha mudança e por ter sido elo imprescindível entre mim e tudo o que me aguardava nesta nova etapa (nem os melhores CD’s de jazz são suficientes para agradecer por toda a ajuda, o carinho e a acolhida!); a Andriei Gutierrez e Ludmila Abílio, que me ofereceram os melhores estímulos a este esforço de mudança; a Matthew Murphy, por tentar me fazer entender o inglês britânico; a Andrew Kennedy, por estimular minha participação em espaços de militância política; a Sandra Bello, William Júnior, Márcio Motta, Maria Adelaide Martignago, Arquimedes Martignago, Carolina Zeferino e Ana Santos, que fizeram as vezes de família em Londres; a Petterson Molina, Ana Carolina Lima, Ana Carolina Piacentini, Felipe Loureiro, Rodrigo Emmanuel Santana, Priscila Falco, Sávio Cavalcante, Abelardo Mariña, Luiz Guilherme Atzingen, pessoas com quem dividi ótimos momentos, algo fundamental para espantar a palidez dos dias cinzas; finalmente, estes agradecimentos não estariam completos se eu não falasse dos grandes ombros, braços, colos, ouvidos, irmãos que foram para mim Márcia Cunha e Nilton Ota, que me deram a chance de angariar novos amores já nesta altura da vida. Agradeço enormemente a Mathias Luce, Fábio Marvulle Bueno e Jeff Powell, pela interlocução e por sua inteligência e disponibilidade ao discutirem comigo vários aspectos ao longo do processo de pesquisa. A Rosana Ribeiro, que se tornou uma grande e franca amiga, além de companheira de “circuito cultural paulistano”. A minha irmã eletiva Amanda Cunha, que, mesmo sempre com viii “um tanto de trem pra fazer”, nunca me deixou na mão e é das pessoas mais generosas e doces que conheço. Aos amigos de sempre, Michelle Borges, Grasiela Baruco, Pedro Henrique Duarte, Samantha Cunha e Juliana Drigo, que nunca estiveram tão presentes e nunca foram tão fundamentais como nesta etapa da vida. Aos meus pais Alcione e Evandro; aos meus irmãos Marcos e Murilo; aos meus sobrinhos Ana Carolina, Frederico e Maria Cecília; a minha tia Tânia; a minha cunhada Luciana... A eles não há palavras que sirvam, abraços que bastem, dedicação que pague tudo o que representam. Impossível agradecer a paciência, compreensão e amor que sempre me dedicaram, em especial diante de tantas idas e vindas. A Raul Bragheto, meu parceiro em muitos outros crimes (inclusive os literais!), a pessoa que não me negou nem o que eu precisei de mais absurdo e por quem, haja o que houver, tenho uma gratidão profunda e impossível de ser expressa. Finalmente, pude contar com o apoio imprescindível do CNPq e da CAPES, que, por meio da concessão de bolsa de estudos, viabilizaram minha manutenção em São Paulo e, posteriormente, em Londres. Neste sentido, me remeto ao povo brasileiro que foi quem verdadeiramente financiou toda a minha trajetória acadêmica e, por isso, com quem eu tenho os maiores débitos. Muito obrigada, gente!
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