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Teologia e economia: repensando a Teologia da Libertação e utopias PDF

272 Pages·1994·9.338 MB·Portuguese
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2º E DIÇÃO PEPENSANDO A TEOLOGIA É N F PO eRtese UEM ereNTUSS MENSRATES DÁ LIBERTA AO MR wa * h es é E ESP VGA : q : po Ê mms É UTOPIA , = | 1 E 5 E 4 . “gro TEOLOGIA E ECONOMIA Dados Internacionais de Catalogação ná Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Sung, Jung Mo, 1958 — Teologia e economia : repensando a teologia da libertação e utopias / Jung Mo Sung. — Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. ISBN 85-326-1168-0 1. Economia — Aspectos religiosos 2. Teologia 3. Teologia da libertação 4. Utopias I. Título. CDD-261.85 “94-0891 Índices para catálogo sistemático: 1. Economia e teologia : Cristianismo : Teologia social 261.85 2. Teologia e economia : Cristianismo : Teologia social 261.85 JUNG MO SUNG TEOLOGIA | q | ECONOMIA | REPENSANDO A TEOLOGIA | DA LIBERTAÇÃO E UTOPIAS 2º Edição 4 VOZES Petróp olis 1995 “O 1994, Editora Vozes Ltda. Rua Frei Luís, 100 25689-900 Petrópolis, RJ. "Brasil COORDENAÇÃO EDITORIAL: l Avelino Grassi EDITOR: Neylor J. Tonin COORDENAÇÃO INDUSTRIAL: José Luiz Castro EDITOR DE ARTE: Omar Santos EDITORAÇÃO: Editoração e Org. lit.; Orlando dos Reis Revisão; Revitec S/C Diagramação: Sheila Roque Supervisão Gráfica: Valderes Rodrigues ISBN: 85.326.1168-0 Este livro foi composto e impresso nas oficinas gráficas da Editora Vozes Ltda. SUMÁRIO INTRODUÇÃO, 7 IL DESENVOLVIMENTO, DEPENDÊNCIA E LIBERTAÇÃO, 15 1. Libertação e dependência, 17 2. As décadas de 60e 70€e o desenvolvimentismo, 19 3. Teoria da dependência, 39 4. Teorias da dependência e o conceito de libertação, 53 5. O retorno do neoliberalismo, 58 H. TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, 65 1. Paradigma da Teologia da Libertação, 67 2. Articulação dialética com a prática, 85 3. Mediação sócio-analítica, 92 HI. ANOMALIA NO PARADIGMA DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, 99 | 1. Paradigma e anomalias, 101: 2. Alguns aspectos de uma anomalia, 103 3. Hipóteses para a anomalia, 115 IV, UTOPIA SACRIFICAL DA SOCIEDADE MODERNA, 149 1. Sociedade tradicional, 151 2. Sociedade moderna, 159 3. A legitimação ideológica da sociedade moderna, 172 V. TEOLOGIA, UTOPIA E A IDOLATRIA21,3 1. Utopia moderna ou a “boa-nova” burguesa e à Teologia, 215 o 2. Teologia e crítica à idolatria, 234 3. Uma visão da utopia como factível e essencialmente revolucionária, 243 4. Utopias e mediações institucionais, 257 CONCLUSÃO, 265 INTRODUÇÃO O tema deste livro nasceu de um problema fregiiente na minha experiência de professor de teologia e de assessor de comunidades eclesiais. Convidado várias vezes para minis- trar curso de teologia e economia, em diversas partes do Brasil, ouvi muitas vezes uma mesma pergunta: “O que Deus e a teologia têm a ver com a economia?” Esta pergunta que expressa uma estranheza diante da temática colocada, a relação teologia e economia, é muito mais estranha na medi- “da em que tem sido formulada pelas mesmas pessoas que solicitam estes cursos. Na verdade, este paradoxo é um reflexo de um problema existente nas pastorais comprome- tidas com os pobres e na teologia da libertação. A opção pelos pobres assumida pelas comunidades de base e refletida teologicamente pela teologia da libertação introduziu no cotidiano das comunidades eclesiais a preocu- pação pelas questões sociais e políticas. No momento de grave crise econômico-social que estamos vivendo, após uma década de recessão econômica, é compreensível que as comunidades, agentes de pastoral e pessoas que trabalham diretamente com a teologia se interessem mais pela econo- mia. Não só por uma mera curiosidade, mas também moti- vados por problemas pastorais e até por problemas de fé - pessoal. Não se pode compreender estas preocupações sem levar em conta toda reflexão realizada pela teologia da libertação sobre a relação entre a fé cristã e a luta em defesa da vida dos pobres. Por trás de tudo isto está a noção de Deus da Vida tão arduamente trabalhada e defendida por teólogos da libertação. Nesse sentido, era de se esperar que uma reflexão teoló- gica sobre a economia fosse considerada normal. Mas parece não ser. Os pedidos de cursos sobre teologia e economia são frutos de uma prática pastoral em defesa da vida dos pobres. São um desdobramento da fé em um Deus que quer vida em abundância para todos; e a vida entendida no seu sentido mais concreto: a vida que precisa ser preservada mediante O consumo de bens materiais que satisfaçam as necessidades básicas. Bens estes que são produzidos no campo econômico. Dmaaí essetrá pnoos sífavteol deen toesn dperró preisotess spoeldiicdiotasn tedse cnuãros osc.o nOs egpruoibrleem- explicar racionalmente esta necessidade e acharem estranha a relação entre teologia e economia. A nossa hipótese é que Este paradoxo é fruto de uma “anomalia”! que está ocorrendo na teologia da libertação, ou nos teólogos da libertação que são conhecidos e lidos por elsitbeesr taaçgãeon,t esd esddee paa stsouraa l.o riEg emc,o nspernestueanld e qsueer au mtae olroegfilae xãdoa teológica a partir e sobre as práticas de libertação dos pobres e oprimidos. Os pobres foram assumidos como lugar episte- | mológico da reflexão teológica. Os pobres entendidos como empobrecidos economicamente, no sentido material. Sendo assim, a economia — tanto a teoria quanto a prática — que foi assumida como um assunto central na teologia da libertação deveria ser objeto de muitas reflexões teológicas. Entretanto, capoómsu ni19d7a5d,e so s det ebóalsoeg o—s emma iess peccoinahl ecniads osc omeu ndiidvaudlgeasd ocsa tónlais- cCalso d—,o vciosm oB ofGfu,s taJovãoo GuB.t iéLrirbeâzn,i oL,e oen aorudtor osB,o ffp,o uJcoon Sooub rinnaod,a trabalharam a relação teologia e economia. Passada a fase da to eonreioal idbae rdaelpiesnmdoê,n cia ac,r istee mdaas deívciodnaô meixctoersn ai mdpao rAtmaéntreisc,a Lcaotmio- na, a revolução tecnológica e mudanças nas relações de trabalho, não foram objetos de reflexão teológica por parte deles. Nisto consiste a anomalia: a não ocorrência desta reflexão, como era de se esperar à partir do paradigma aPqauuil o,p 1r.Po0evsrê scmpo enccdtaei viato,bo rsa 1 9dd8ee2 ,a Tnhoomsmaelariãsao Kaé,up hrpnoor,ft uanÀnd taoe,ds otsdre u tnpuOra arc aaddpaiístg umlaro e vqTouIle.u çeõsetsa mcoise ntuítfiilciazsa,n do5. teológico assumido pelas comunidades dos teólogos dal iber- tação. Acreditamos que o paradoxo descrito acima é um reflexo desta anomalia que está ocorrendo em setores importantes da teologia da libertação. O termo anomalia adquire mais sentido neste caso se levarmos em conta que autores que mais trabalharam esta relação, como Franz Hinkelammert, Hugo Assmann e Júlio de Santa Ana, são pouco citados por aqueles que não trabalham esta relação. Franz Hinkelammert é um caso exemplar. Ele, que é reconhecido por vários teólogos como um dos teólogos mais importantes nesta área de teolo- gia e economia, nem consta em alguns livros que trazem uma exaustiva bibliografia sobre a teologia da libertação e pro- blemas sociais? ou em alguns estudos sobre a história da teologia da libertação. O objetivo da nossa pesquisa é desvendar os motivos desta anomalia. Mas antes de mais nada queremos deixar claro que a existência de uma anomalia, que pretendemos provar, não significa uma grave crise, muito menos o fim da teologia da libertação. Todos os sistemas teóricos passam por estes momentos e se enriquecem e se fortalecem exatamente no diagnóstico e na solução de suas anomalias. A primeira tarefa é detectar a existência desta anomalia. Para tanto, no primeiro capítulo estudaremos o surgimento do conceito de libertação utilizado pela teologia da liberta- ção. Veremos as teorias do desenvolvimentismo e da depen- dência, das décadas de 60 e 70, e o retorno do neoliberalismo que substituiu o desenvolvimentismo como a ideologia he- gemônica entre a burguesia latino-americana. No segundo capítulo sistematizaremos o paradigma da teologia da libertação, a partir de três autores considerados mais importantes na sua fase fundacional: Rubem Alves, Hugo Assmann e Gustavo Gutiérrez. Para compreender me- 2. Por exemplo, ANDRADE, Paulo Fernando Cameiro de, Fé e eficácia: o uso da sociologia na Teologia da Libertação, S. Paulo, Loyola, 1991. 3. Por exemplo, LIBÂNIO, J.B., “Avaliação crítica da teologia da libertação”, Belo Horizonte, mimeo., 1991.

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