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Telas que atravessam o Atlântico, Raquel Aguilar PDF

557 Pages·2017·6.96 MB·Portuguese
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Telas que atravessam o Atlântico: pintura portuguesa no Rio de Janeiro e em São Paulo durante a Primeira República brasileira (1889-1929) Raquel Aguilar de Araújo Tese de Doutoramento em História da Arte Contemporânea Dezembro, 2018 RAQUEL AGUILAR DE ARAÚJO TELAS QUE ATRAVESSAM O ATLÂNTICO: pintura portuguesa no Rio de Janeiro e em São Paulo durante a Primeira República brasileira (1889-1929) Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutora em História da Arte Contemporânea, realizada sob a orientação científica da Profª. Doutora Sandra Leandro e a coorientação da Profª. Doutora Raquel Henriques da Silva. Lisboa Dezembro, 2018 Aos meus pais, por suportarem a distância física e a ausência pungente. Ao Robson, pelo esforço do entendimento e o efetivo apoio. À Izzy, “cãopanheira” de todas as horas. À espiritualidade amiga, pelo amparo constante. AGRADECIMENTOS À agência financiadora deste trabalho, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), sem a qual esta tese jamais se concretizaria, visto a dedicação em tempo integral ao projeto ter sido premissa fundamental para conseguir reunir o extenso volume de informações aqui apresentado. Agradeço também ao apoio fornecido pelos técnicos (especialmente à Maria Gabriela Rodrigues) em difíceis momentos pessoais e diante de tantas mudanças. À Biblioteca Nacional brasileira, pelo exímio trabalho de digitalização e consequente disponibilização de toda a sua Hemeroteca. Um acervo de valor inestimável que segue agora franqueado ao público através de uma excelente e funcional plataforma de pesquisa online. À biblioteca da Fundação Calouste Gulbenkian, por oferecer fácil acesso a livros, catálogos, periódicos e outros tantos volumes de extrema importância para o estudo das artes. À Secretaria dos Doutoramentos da FCSH, pela competência na resolução de todas as demandas. Ao Professor Athur Valle, pelas preciosas trocas de informações. À Professora Raquel Henriques da Silva, pelos ensinamentos constantes. À Professora Sandra Leandro, pela coragem de ter assumido um trabalho em andamento e cuja entrega à questão superou quaisquer expectativas. Reconheço não apenas as contribuições preciosas que foram feitas ao texto e a atenção que a Professora sempre destinou a todos os assuntos relacionados à tese; mas, principalmente, reverencio o tom gentil, cordial e carinhoso que constantemente adotou para levar adiante este desafio. Seus entusiásticos incentivos e suas delicadas palavras certamente foram responsáveis pela melhora da escrita e da já esgotada escritora. Agradeço a maneira humanizada da sua orientação. A Portugal, enfim, pela experiência da solidão, da adaptação, do crescimento e do renascimento pessoal. TELAS QUE ATRAVESSAM O ATLÂNTICO RAQUEL AGUILAR DE ARAÚJO RESUMO A recepção positiva do Naturalismo português chegado ao Brasil na transição para o século XX resulta de fatores diversos que transformaram a pintura produzida por uma das nacionalidades mais repudiadas da Primeira República em mercadorias amplamente buscadas e colecionadas pelo mercado local. A leitura dos jornais da época confirma que o ambiente xenofóbico vivenciado no cotidiano dos moradores de Rio de Janeiro e São Paulo em nada afetou a devoção dos compradores brasileiros pelo naturalismo enviado de Portugal. A presença constante dos pintores portugueses nos trópicos contribuiu para superar as barreiras do preconceito social e da distância diplomática. As centenas de telas mantidas no Brasil, por sua vez, estimularam a implantação de um efetivo diálogo cultural entre os dois lados do Atlântico. PALAVRAS-CHAVE: naturalismo, pintura portuguesa na transição para o século XX, pintura brasileira, colecionismo, imigração portuguesa, intercâmbios luso-brasileiros. ABSTRACT The positive welcoming of the Portuguese Naturalism that arrived in Brazil during the transition to the 20th century results from a variety of factors that transformed the painting produced by one of the most repudiated nationalities of the First Republic into goods widely sought and collected by the local market. The reading of the newspapers of that time confirms that the xenophobic environment experienced in the everyday life of residents of Rio de Janeiro and São Paulo did not have any effect on the devotion of the Brazilian buyers to the Naturalism sent from Portugal. The constant presence of the Portuguese painters in the tropics contributed to overcoming the barriers of social prejudice and diplomatic distance. On the other hand, the hundreds of paintings kept in Brazil stimulated the establishment of an effective cultural dialogue between the two sides of the Atlantic. KEYWORDS: naturalism, Portuguese painting in the transition to the 20th century, Brazilian painting, collecting, Portuguese immigration, Luso-Brazilian exchanges. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – A celebração da cultura italiana .............................................. 79 FIGURA 2 – “Exposição Mattoso da Fonseca” ............................................ 99 FIGURA 3 – “Notas de Arte”: José Campas .............................................. 102 FIGURA 4 – “O pintor portuguez sr. José Campas inaugurou hontem a exposição dos seus trabalhos na Escola de Bellas Artes”, ............................................ 103 FIGURA 5 – Quadro de Souza Pinto.......................................................... 106 FIGURA 6 – “A Exposição de Belas Artes no Rio de Janeiro” .................. 109 FIGURA 7 – O reconhecimento de José Malhoa pela imprensa ................. 138 FIGURA 8 – “Interior do atelier de José Malhôa” ..................................... 153 FIGURA 9 – “A Exposição Malhoa” ........................................................ 157 FIGURA 10 – “Exposição Souza Pinto” ................................................... 164 FIGURA 11 – Exposição Souza Pinto: Le Baquet Bleu e Dans l’eau ........ 165 FIGURA 12 – Exposição Souza Pinto: Les mousses, La peche e Le depart pour le travail ..................................................................................................... 166 FIGURA 13 – Exposição de João Vaz ...................................................... 171 FIGURA 14 – A exposição dos pintores Carlos Reis e João Reis: assistência ao vernissage e um canto da exposição ............................................................ 175 FIGURA 15 – Exposição Carlos e João Reis: Ciganas, Canto do meu atelier, Minha mãe, Exa. Sra. Manoela e Conselheiro Silva .................................. 177 FIGURA 16 – Exposição de Arte Portuguesa ............................................ 200 FIGURA 17 – A Exposição de Arte Portuguesa: o grande salão, As cebolas, A corar as roupas e Ali é que está tua mãe .................................................... 202 FIGURA 18 – A Exposição de Arte Portuguesa: Os amores do moleiro, A sesta e Costume da ilha da Madeira .................................................................... 203 FIGURA 19 – “Exposição Permanente Portugueza”: a entrada ................. 210 FIGURA 20 – “Pavilhão Manuelino-fachada de frente” ........................... 217 FIGURA 21 – “Na Exposição Nacional – o Pavilhão Portuguez das Bellas Artes” .......................................................................................................... 218 FIGURA 22 – “A arte portugueza na exposição” ....................................... 221 FIGURA 23 – “A Exposição do pintor Collomb” ..................................... 242 FIGURA 24 – “De José Campas” ............................................................. 246 FIGURA 25 – “A exposição do pintor portuguez Antonio Carneiro” ........ 251 LISTA DE TABELAS 1- Número de exposições individuais ou coletivas que receberam telas portuguesas na Primeira República .................................................................................. ..18 2- Exposição individual de Mattoso da Fonseca (Rio de Janeiro, 1912) ..... ..100 3- Exposição individual de José Campas (Rio de Janeiro, 1914) ................ ..104 4- Exposição individual de José Campas (São Paulo, 1926-1927) ............. ..120 5- Exposição individual de José Malhoa (Rio de Janeiro, 1906)....................159 6- Exposição individual de José Júlio de Souza Pinto (Rio de Janeiro, 1912)..167 7- Exposição individual de Fausto Gonçalves (Rio de Janeiro, 1923) ........ ..185 8- Exposição individual de Fausto Gonçalves (Rio de Janeiro, 1926) ........ ..187 9- Exposição individual de Alves Cardoso (Rio de Janeiro, 1928) ............. ..189 10- Exposição de Arte Portuguesa (Rio de Janeiro, 1902) .......................... ..205 11- Exposição Permanente de Produtos Portugueses (Rio de Janeiro, 1907)..211 12- Votação para o “Concurso Original” do Jornal do Brasil (1908) ......... ..223 13- Exposição Nacional do Centenário da Abertura dos Portos (Rio de Janeiro, 1908).226 14- Exposição Nacional do Centenário da Independência (Rio de Janeiro, 1922)..233 15- Exposição individual de José Campas (Rio de Janeiro, 1927) .............. ..247 16- Exposição individual de António Carneiro (Rio de Janeiro, 1914)....... ..253 17- Exposição individual de António Carneiro (Rio de Janeiro, 1929)....... ..257 18- Exposição individual de António Carneiro (São Paulo, 1929) ............. ..259 19- Grande Exposição de Arte Portuguesa (Rio de Janeiro, 1920) ............. ..262 20- Listagem dos artigos consultados para a tese, em ordem cronológica......323 21- Cronologia das exposições, sua natureza, participantes, obras exibidas e outros dados correlacionados ................................................................................ ..472 22- Pintores que enviaram obras ao Brasil, por ordem alfabética...................505 LISTA DE SIGLAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas AIBA - Academia Imperial de Belas Artes ENBA - Escola Nacional de Belas Artes FCSH - Faculdade de Ciências Sociais e Humas SNBA - Sociedade Nacional de Belas Artes UNL - Universidade Nova de Lisboa

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À Professora Raquel Henriques da Silva, pelos ensinamentos constantes. (Beyond Impressionism, 1992) e as diversas contribuições de Raquel Henrique Bernardelli (que brindou ao colega de profissão).390 Em sua estadia
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