“Tecnologias sociais e ecológicas aplicadas ao tratamento de esgotos no Brasil” por Alexandre Ribeiro Fonseca Dissertação apresentada com vistas à obtenção do título de Mestre em Ciências na área de Saúde Pública. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Simone Cynamon Cohen Rio de Janeiro, novembro de 2008. Esta dissertação, intitulada “Tecnologias sociais e ecológicas aplicadas ao tratamento de esgotos no Brasil” apresentada por Alexandre Ribeiro Fonseca foi avaliada pela Banca Examinadora composta pelos seguintes membros: Prof. Dr. Adacto Benedicto Ottoni Prof. Dr. Odir Clécio da Cruz Roque Prof.ª Dr.ª Simone Cynamon Cohen – Orientadora Dissertação defendida e aprovada em 05 de novembro de 2008. Catalogação na fonte Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde/Fiocruz Biblioteca de Saúde Pública F676 Fonseca, Alexandre Ribeiro Tecnologias sociais e ecológicas aplicadas ao tratamento de esgotos no Brasil./ Alexandre Ribeiro Fonseca. –Rio de Janeiro: s.n., 2008. xvi, 189f.,il Orientadora: Cohen, Simone Cynamon Dissertação (Mestrado) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2008 1.Saneamento Básico. 2.Esgotos Domésticos. 3.Política de Saneamento. 4. Desenvolvimento Tecnológico. 5.Pesquisa Qualitativa. 6.Brasil. I.Título. CDD - 22.ed. – 628.30981 MINISTÉRIO DA SAÚDE FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE SAÚDE E SANEAMENTO AMBIENTAL “Tecnologias sociais e ecológicas aplicadas ao tratamento de esgotos no Brasil” ALEXANDRE RIBEIRO FONSECA RIO DE JANEIRO 2008 “Tecnologias sociais e ecológicas aplicadas ao tratamento de esgotos no Brasil” Projeto de qualificação para obtenção do título de mestre em ciências no Programa de Mestrado de Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz – ENSP / FIOCRUZ. ORIENTADORA: PROFª DRª SIMONE CYNAMON COHEN Rio de Janeiro, 2008 ii ALEXANDRE RIBEIRO FONSECA “Tecnologias sociais e ecológicas aplicadas ao tratamento de esgotos no Brasil” Dissertação submetida à comissão examinadora composta pelo corpo docente do Programa de Pós- Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz e por professores convidados de outras instituições, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de mestre. Banca Examinadora: ___________________________________________________________________ Prof. Dr. Adacto Benedicto Ottoni (UERJ) ___________________________________________________________________ Prof. Dr. Odir Clécio Cruz Roque (FIOCRUZ) ___________________________________________________________________ Profª. Drª. Simone Cynamon Cohen (ORIENTADORA) ___________________________________________________________________ Prof. Dr. Evaristo de Castro Junior (UFRJ) ___________________________________________________________________ Prof. Dr. Dalton Marcondes Silva (FIOCRUZ) Rio de Janeiro, 2008. iii DEDICATÓRIA Dedico esta dissertação em memória ao Prof. Dr. SZACHNA ELIASZ CYNAMON, Cuja visão de saneamento ultrapassa a questão dos artefatos da engenharia e estimula uma nova utopia, ou sonho, ou aspiração válida a se alcançar, tornando-se um referencial na busca de uma verdadeira libertação aos habitantes da Terra, e que iluminaram e inspiraram esse trabalho. iv EPÍGRAFE Somente uma transição rápida a atitudes fundamentalmente novas. Atitudes de respeito e integração ecológica poderá ainda evitar o desastre. Encontramo-nos num divisor de eras. Nossa época entrará na história, se dermos chances à história, como limiar de uma nova idade. A qualidade de vida nesta nova idade dependerá de nosso comportamento atual e das atitudes que soubermos inculcar na juventude. (JOSÉ LUTZEMBERGUER apud TRIGUEIRO, 200 5)1 ECIMENTOS v AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus, cujo poder e o amparo, quase inconsciente, me impulsionaram nessa caminhada. Aos queridos avós: Haroldo, Gessi, Maria e Sebastião, por ensejarem uma nova maneira de percepção sutil e velada do ensino básico do nosso Mestre Jesus. Aos amados pais: Paulo e Glória, pelo exemplo de vida, amor incondicional, pela presença co nstante em todos os momentos, alicerçando-me nessa caminhada com tamanha sabedoria, amor, disciplina e paciência. Agradeço, pois o meu maior aprendizado vem de vocês. À minha mana Nanda e meu sobrinho Bernardo, pessoas que tanto amo e alegram minha vida. À minha namorada Adriana, carinhosamente chamada por “Thuca”, que no instante de cisivo, através do empenho incansável proporcionou-me o ânimo determinante, no momento exato, para atingir esse objetivo. Além, de sua inestimável contribuição, que foram essenciais para a conclusão desse trabalho. Agradeço pela compreensão que me possibilitou tantas ausências. O amor sempre socorrendo a tensão. Aos amigos do Alojamento da UFRJ, pela compreensão das ausências. Pelos lamentos das ta ntas coisas não ditas, pelos tantos brindes não dados, nessa longa e necessária submersão. Em especial à D. Vera, por ter- me acolhido durante todos esses ano de estudos. Aos colegas de jornada: Celina, Mona e Ricardo que agregaram conteúdos e boas energias. Sobretudo, aos funcionários do Departamento de Saúde de Saneamento Ambiental, que contribuíram em muitos momentos ao longo dessa trajetória. Á Fundação Oswaldo Cruz, que tem sido, nos últimos anos, um espaço de aprendizado e amadurecimento do meu projeto de vida. Em especial à Coordenadora do Programa de P ó s - G r a d u a ç ã o e m S a ú d e P ú b l i c a , P r o f ª . D r ª . M a r i a C r i s t i n a R o d r i g u e s G u i l a n , à compreensão e apoio nos momentos necessários à elaboração dessa dissertação. Aos Professores do Departamento: Prof. Dr. Odir Clécio Cruz Roque, Prof. Dr. Adacto Ottoni e Prof. Dr. Dalton Marcondes Silva e demais professores, que possibilitaram reflexões fundamentais acerca do saneamento. Ao Prof. Dr. Evaristo, pelos ensinamentos durante a graduação em geografia pela UFRJ e, por ter aceitado de pronto o convite para participar da banca examinadora. Em especial a minha Orientadora Profª. Drª. Simone Cynamon Cohen, sempre solícita, precisa e dedicada. Obrigado pela longa e intensa interação, pelo apoio nos momentos difíceis e pelo aprendizado. Não poderia deixar de tecer agradecimentos à equipe da ONG, O Instituto Ambiental- OIA, pela inspiração social que permeou a proposta que foi desenvolvida nessa dissertação. Em particular aos amigos: Chicão, Fachini, Jorge, Marcelo e Ricardo. Acima de tudo por acreditarem em meu trabalho, no meu comprometimento com os objetivos sociais e ambientais defendidos pelo OIA. Tenho também que agradecer aos meus mentores anônimos, confio que eles sejam indulgentes com qualquer apropriação inconsciente de seus insights. vi RESUMO Nesta dissertação, buscou-se evidenciar o papel do Estado na formulação de políticas públicas para a Área Saneamento, sendo determinante na escolha do padrão tecnológico para concepção dos projetos de sistemas de tratamento dos esgotos domésticos. Fez-se uma reflexão e chegou-se a hipótese que as opções tecnológicas para tratamento de esgotos domésticos estão relacionadas a interesses de forças políticas, que ditam o controle e o nível de implementação de projetos, que através de mecanismos legais e de mercado, dificulta-se o controle social. O interesse por esse assunto parte do entendimento de que as tecnologias para tratamento de esgotos domésticos, por serem uma decisão destinada a satisfação de vários grupos com interesses heterogêneos poderão ser melhor formuladas e implementadas mediante negociações com as partes protagonistas, tendo como componentes básicos a sustentabilidade ambiental e o controle social. Procedeu-se uma análise global e das alternativas possíveis sobre as visões, as teorias e os modelos discutidos, que implicassem em mudanças no padrão tecnológico tradicional. Conseqüentemente, um número muito reduzido de alternativas foi considerado, sendo avaliado para cada alternativa um número restrito de conseqüências importantes. Para tornar o problema mais manejável, procurou-se distinguir as características das tecnologias, com ênfase nos conceitos de Tecnologias Sociais e Ecológicas, pois se acredita que encetam componentes básicos das mudanças para que os processos de tomada de decisão se tornem mais transparentes e abertos ao protagonismo social. Devido a essas limitações não se pode precisar, categoricamente, se as decisões são boas ou más, mas, tendo em vista a problemática levantada, esses esforços podem servir como um paliativo para as imperfeições sociais existentes por serem mais coletivas e por buscarem a promoção ou tentativa de sustentabilidade econômica e ambiental. Palavras - Chave: 1. Saneamento; 2. Políticas de Saneamento; 3. Tratamento de esgoto; 4.Tecnologias sociais; 5. Saneamento ecológico. vii
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