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Teatro Dividido: a cena americana no pós-guerra PDF

496 Pages·1970·13.38 MB·Portuguese
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Teatro Dividido a cena americana no pós-guerra Affárt/n G©ftfriecá' I Teatro em Edições Bloch: Dentro e Fora da Broadway, de Jean Gould Abe Lincoln em Ilinóis, de Robert E. Sherwood A Margem da Vida, de Tennessee Williams O Anjo de Pedra, de Tennessee Williams A Juventude Não É Tudo, de Eugene 0'Neill Além do Horizonte, de Eugene O’Neill Dança Lenta no Local do Crime, de William Hanley Um Equilíbrio Delicado, de Edward Albee Deus Lhe Pague, de Joracy Camargo O Preço, de Arthur Miller Programados: Desejo, de Eugene O’Neill Electra (Trilogia), de Eugene 0’Neill Edições Bloch expressam seus agradecimentos à Sociedade Brasi­ leira de Autores Teatrais, à Central Católica de Cinema, da Con­ ferência Nacional de Bispos, e à redação das revistas Filme e Cultura e Guia de Filmes, do Instituto Nacional de Cinema, pela utilidade de suas informações. O leitor encontrará no texto os nomes originais das peças, e os títulos da tradução no rodapé. As peças inéditas no Brasil aparecem só com o título americano. L MARTIN GOTTFRIED TEATRO DIVIDIDO A CENA AMERICANA NO PÓS-GUERRA Tradução de Eglê Malheiros Revisão, Comentários e Apêndice de JORGE URANGA EDIÇÕES BLOCH I Coleção Ribalta I ! TEATRO DIVIDIDO A CENA AMERICANA NO PÓS-CUERRA Primeira edição brasileira: 1970 Traduzida de A Theater Divided, publicada por Little Brown & Company Copyright (g) 1967 by Martin Gottfried Capa de Aluisio Carvão Contratados todos os direitos de edição em língua portuguêsa por BLOCH EDITORES S. A. Rua do Russell, 804, Rio de Janeiro, GB Printed i?i Brazil k índice A Premissa . 9 A Ala Direita 43 A Ala Esquerda 81 Até Alcançar a Broadway 129 Agora Podemos Ver as Grandes Peças 183 Algo Está Brotando, Algo Bom 241 Um Milhão de Risos 299 Uma Palavra Sôbre as Peças — I 331 Uma Palavra Sôbre as Peças — II 393 A Corrida Contra o Tempo 427 Apêndice: O Teatro Dividido no Brasil 451 A Premissa O teatro americano, desde a Segunda Guerra Mun­ dial, tem sido seccionado por duas forças naturais. Estas forças — uma empurrando para a mudança, a outra pu­ xando para a tradição — tornaram-se tão polarizadas que deixaram de agir como potências contrapostas. O teatro que elas deviam moldar tem sido dividido. Em vez de o todo florescer adequadamente sob a influência de cada uma delas, estão as duas metades do teatro correndo separadas. Destas duas forças, ou alas, a esquerda é liberal, tendendo para a mudança e envolvida com o novo; e a direita é conservadora, tendendo para a tradição e envol­ vida com o velho. Dada a separação, uma ala não se rela­ ciona com a outra, exceto em circunstâncias extraordi­ nárias, e o resultado é um abastardamento da evolução da cena. De um modo ou de outro, tôdas as queixas referentes ao teatro americano moderno (de que é por demais irregular, de que não é o suficientemente experi­ mental; de que é comercial em excesso, de que não é bastante artístico; de que a Broadway é manhosa demais, de que as companhias fixas são por demais amadoras, 9 TEATRO DIVIDIDO de que não é suficientemente artístico; de que há musi­ cais em demasia, de que os dramas são fora de moda; de que está morto, de que poderia estar) são na realidade baseadas neste isolamento de influências. Destas duas alas, a direita permanece dentro de suas fronteiras, consolidando êxitos passados, deixando velhos hábitos se arraigarem, sem pressão da esquerda para ex­ plorar. A ala esquerda, alienada, desenvolve transforma­ ções cada vez mais radicais, sem sofrer a ação modera­ dora das influências práticas da direita. É como se um promotor e um advogado de defesa debatessem em tri­ bunais diferentes. Sem o sistema de contestação, a ver­ dade jamais poderia ser encontrada. Como tal verdade perdida, o teatro está flutuando entre as alas esquerda insatisfeita e direita ultradomi- nadora, enquanto a gente de teatro criadora e as assis­ tências não têm um corpo central a que queiram aderir realmente. Defrontam-se com a escolha indesejada de acompanhar o profissional e lugar-comum ou o amador e original. E, quando estas escolhas são feitas, as alas se tomam mais isoladas, a divisão é agravada por sua existência mesma. “Ala esquerda” e “ala direita” são têrmos com cono­ tações políticas. Uso-as num sentido corrente, mas niti­ damente não-político. Apesar de pejorativos, êsses têr­ mos na conversação política do dia-a-dia podem aplicar- se ao teatro, onde os da ala esquerda consideram reacio­ nários todos os direitistas e os da ala direita consideram radicais todos os esquerdistas. A gente de teatro é tão razoável como outra qualquer. Rejeita quem quer que I discorde dela. Nenhuma ala de teatro é “má” em qual­ quer sentido, e por certo não neste. São meramente pon- tos-de-vista — forças ideológicas. ! A ala direita no teatro americano é o establishment. Isto é, o teatro que representa O Teatro, para o público desinformado — e teatro de sucesso, dispendioso, pro- I 10

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