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Sujeito da/na cibercultura: o discurso do cinema na era do amor virtual PDF

247 Pages·2016·53.47 MB·Portuguese
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JONATHAN RAPHAEL BERTASSI DA SILVA Sujeito da/na cibercultura: o discurso do cinema na era do amor virtual Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das exigências para a obtenção do título de Doutor em Ciências. Área de concentração: Psicologia. Orientadora: Profª Drª Lucília Maria Abrahão e Sousa Ribeirão Preto – SP 2016 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Silva, Jonathan Raphael Bertassi da Sujeito da/na cibercultura: o discurso do cinema na era do amor virtual / Jonathan Raphael Bertassi da Silva; orientadora Lucilia Maria Abrahão e Sousa. -- Ribeirão Preto, 2016. 247 p. : il. ; 30 cm Tese (Doutorado) -- Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Área de concentração: Psicologia. Orientador: Abrahão e Sousa, Lucília Maria. 1. Análise do Discurso. 2. Cinema. 3. Cibercultura. 4. Imaginário. FOLHA DE APROVAÇÃO SILVA, Jonathan Raphael Bertassi da Sujeito da/na cibercultura: o discurso do cinema na era do amor virtual Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das exigências para a obtenção do título de Doutor em Ciências. Aprovado em: ______/______/ __________ Banca Examinadora Prof. Dr._________________________________________________________________ Instituição:______________________________Assinatura:________________________ Prof. Dr._________________________________________________________________ Instituição:______________________________Assinatura:________________________ Prof. Dr._________________________________________________________________ Instituição:______________________________Assinatura:________________________ Prof. Dr._________________________________________________________________ Instituição:______________________________Assinatura:________________________ Prof. Dr._________________________________________________________________ Instituição:______________________________Assinatura:________________________ Dedico esta pesquisa a todos aqueles que já se surpreenderam descobrindo um grande amor nos imprevisíveis, movediços e extraordinários labirintos da World Wide Web. AGRADECIMENTOS Aos cidadãos brasileiros contribuintes, sobretudo os mais pobres, os quais financiam minhas pesquisas desde a iniciação científica – passando depois pelo mestrado – com o suor de seus rostos, sem os quais eu jamais poderia ingressar numa universidade à altura da USP. Desde o TCC, sempre foram a vocês meus primeiros e maiores agradecimentos – e agora, na conclusão da pesquisa de doutorado, não seria diferente. Muito obrigado. À Tatiane, minha musa inspiradora desde os tempos do mestrado que, como nos versos de Nabokov é ‘luz da minha vida e labareda em minha carne’, companheira em todos os momentos, com quem há mais de quatro anos venho dividindo histórias, prazeres, filmes, e sorrisos, sendo ainda a maior entusiasta desta pesquisa. À maior amiga que encontrei em mais de uma década na Universidade de São Paulo, Francis, parceira pra todos os momentos e a quem desejo um futuro brilhante – porque fez e ainda faz muito por merecê-lo. É hexa! A Claudinei, aquele que, antes de pai, é um amigo, homem que desde a infância conheceu o lado amargo da pobreza e da opressão econômica, cujo apoio sobretudo no final da graduação e começo do mestrado foi decisivo para que eu continuasse nos trilhos da academia. Mesmo interrompendo sua escolaridade logo após o ensino fundamental e pouco entendendo sobre o universo da world wide web, é um bibliófilo de mente afiada e contribuiu com reflexões inesperadas que refletiram na redação da tese. A meu avô, Honório, também vindo de uma história de grandes privações desde a infância na zona rural de Jundiaí, atualmente esbanjando saúde nos seus 84 anos de idade, sempre curioso e atento com o tema que estudei na presente pesquisa, apesar de ser marcado por uma geração muito anterior ao contexto da cibercultura. Acolheu-me também de maneira decisiva no período da graduação. Aos inúmeros colegas do Laboratório Discursivo E-L@DIS, pela troca de ideias e constante amadurecimento acadêmico que me proporciona(ra)m há cinco anos. À minha orientadora, Profa. Dra. Lucília Maria Abrahão e Sousa, cuja paciência e solidariedade têm marcado profundamente não apenas o percurso do doutorado, mas uma parceria que já dura dez anos. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a qual me auxilia desde a graduação e cujo apoio mais uma vez se mostrou imprescindível ao desenvolvimento desta pesquisa, em especial pela reserva técnica que possibilitou a aquisição de quase cinquenta livros e a divulgação da pesquisa no exterior. Várias das leituras realizadas sobre cinema e cibercultura, importadas do exterior, jamais seriam possíveis sem o resguardo financeiro da FAPESP. À Universidade de São Paulo, pela infraestrutura oferecida, pelo excelente corpo docente, pela evolução acadêmica que me possibilitou desde 2006, pelas amizades e por sempre ter estimado meus projetos de pesquisa, desde a iniciação científica. Mas, sobretudo, pela reviravolta que acarretou em tantos níveis de minha vida, a ponto de frequentemente dividir meu caminho até aqui em ‘antes e depois da USP’. À banca examinadora desta tese, pela leitura cuidadosa destinada ao meu trabalho e pela paciência e atenção evidenciadas desde o período da qualificação. A todas as cidades do Brasil e da América Latina nas quais fui muito bem recebido durante a exposição da pesquisa de doutorado (e também nas anteriores, de iniciação científica e mestrado). Destaco Havana e Buenos Aires, as quais há muito desejava conhecer e nas quais pude (re)pensar a relação entre sujeito, cinema e cibercultura, além de divulgar alguns escritos meus sobre esses temas. A leitura de Eduardo Galeano, as intervenções perspicazes dos pesquisadores de países vizinhos nesses congressos e, sobretudo, os últimos acontecimentos geopolíticos do continente firmaram minha consciência política e cultural como cidadão latino-americano, daqui em diante, para o que der e vier. Muchas gracias hermanos! A Getúlio, Juscelino, Jango, Lula, Dilma e todos os líderes brasileiros (e latino-americanos) que ousaram viabilizar um projeto político nacional e soberano, no qual o trabalhador pobre tem mais direitos, mais acesso aos meios de comunicação (inclusive a internet, um dos temas desta pesquisa) e às universidades federais – além, é claro, de mais comida na mesa. A História, tenho certeza, nos absolverá. Finalmente, às minhas duas maiores paixões: os filmes e as mulheres que já passaram pela minha vida, nos bons e maus momentos dela, on e/ou offline, que inspiraram as maiores inquietações e hipóteses que moveram esta pesquisa. RESUMO SILVA, J. R. B. (2016) Sujeito da/na cibercultura: o discurso do cinema na era do amor virtual. Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Este trabalho propõe investigar o imaginário sobre as relações amorosas vivenciadas pelo sujeito na contemporaneidade, marcada pela forte presença da cibercultura, tais como retratadas no discurso artístico evidenciado em seis filmes. Os longas-metragens selecionados para compor a pesquisa, representando heterogeneidade de países e gêneros cinematográficos, são: Apaixonado Thomas (Thomas est Amoureux, 2000), de Pierre-Paul Renders; I’m a Cyborg, But That’s OK (Saibogujiman Kwenchana, 2006), de Chan-Wook Park; A Garota Ideal (Lars and the Real Girl, 2007), de Craig Gillespie; Catfish (2010), de Henry Joost e Ariel Schulman; Medianeras (2011), de Gustavo Taretto e, finalmente, Ela (Her), de Spike Jonze. Para tanto, partiremos do referencial teórico da Análise do Discurso (AD) de matriz francesa, sobretudo o trabalho de Michel Pêcheux e os autores que compartilha(va)m a preocupação em observar o discurso como processo imbricado numa rede de múltiplas significações, ao invés de se limitar a perceber o sentido como um produto pronto e acabado a ser extraído pelos leitores. Definindo a linguagem como trabalho, a disciplina desloca a importância dada à função referencial da linguagem, a qual ocupa posição nuclear na Linguística clássica, que defende esse enfoque na comunicação, ou na informação; assim, o viés da AD entende a linguagem como ato sócio-histórico-ideológico, sem negar o conflito, a contradição, as relações de poder que ela traz em seu bojo. Para analisar recortes dos filmes a partir das condições de produção da cibercultura, mobilizamos conceitos da AD sobre a linguagem no processo discursivo não-verbal. Deste modo, ao analisar os recortes e segmentos dos filmes mencionados que instalam sentidos a partir das condições de produção da cibercultura, mobilizamos conceitos da AD sobre o processo discursivo não-verbal, como nas publicações de Neckel (2004, 2010), Souza (2001) e Orlandi (1993), entre outros. A cibercultura, notamos, não pode ser reduzida à Internet e deve ser entendida em sua influência em outros campos, como o corpo e o cinema, para que possamos efetivamente compreender como a cibercultura mudou o imaginário sobre o amor, o que o discurso artístico pode nos revelar tão bem. Em vista disso, trabalhamos ainda com os subsídios de autores da sociologia e da filosofia como Bauman (2001, 2004), Bell (2001, 2007) e Lemos (2010), entre outros, para compreender como o sujeito discursiviza(-se) na era do amor virtual a partir do conceito de imaginário discursivo e de condições de produção, tendo como norte o contexto da contemporaneidade marcado pela sociedade líquido-moderna. Tal como descreve Bell, a cibercultura tem muitas histórias nos interessando, sobretudo, a história política e a história simbólica, em especial esta por nos remeter às narrativas da/sobre a cibercultura na arte. O corpo, por sinal, é um dos conceitos em movência na era da cibercultura, sendo de nosso interesse investigar essas gestos tanto no âmbito da AD quanto com o suporte de outros teóricos. Nesse sentido, o manifesto do ciborgue de Donna Haraway (2013) sobre a ressignificação dos corpos e do amor a partir da pós-modernidade também nos auxilia a interpretar o discurso dos longas- metragens. A partir dessas inquietações, buscamos compreender os modos de subjetivação que se inscrevem da/na cibercultura, a partir das condições de produção que (re)configuram o jogo das formações discursivas na memória e no discurso artístico. Palavras-chave: Análise do Discurso; Cinema; Cibercultura; Imaginário. ABSTRACT SILVA, J. R. B. (2016) Subject in/of cyberculture: the discourse of cinema in the age of virtual love. Doctoral thesis, Faculty of Philosophy, Sciences and Languages of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Ribeirão Preto. This work proposes to investigate the imaginary about romantic relationships experienced by the subject in contemporary society, marked by the strong presence of cyberculture, such as portrayed in art discourse evidenced in six movies. The selected feature films for inclusion in this research, representing heterogeneity of countries and film genres, are: Thomas est Amoureux (2000), by Pierre-Paul Renders; I'm a Cyborg, But That's OK (Saibogujiman Kwenchana, 2006), by Chan-Wook Park; Lars and the Real Girl (2007), by Craig Gillespie; Catfish (2010), by Henry Joost and Ariel Schulman; Medianeras (2011), by Gustavo Taretto and, finally, Her (2013), directed by Spike Jonze. To this goal, we mobilize the theoretical framework of Discourse Analysis (AD) of French line, especially the work of Michel Pêcheux and the authors who shares with him the concern in observing the discourse as an imbricated process in a network of multiple meanings, rather than limited to making sense as a ready and finished product to be extracted by readers. Setting the language as work, this discipline shifts the emphasis to the referential function of language, which occupies nuclear position in classical linguistics, which advocates this approach in the communication or information; thus the bias of AD understands the language as a social-historical-ideological act, without denying the conflict, contradiction, power relations that it brings with it. To analyze clippings of films from the cyberculture production conditions, we mobilize concepts of AD on language in nonverbal discursive process. Thus, when analyzing the cuts and segments of the aforementioned films qich installs directions from the cyberculture production conditions, qe mobilize concepts of AD on the nonverbal discursive process, as in publications by Neckel (2004, 2010), Souza (2001) and Orlandi (1993), among others. The cyberculture, we notice, can not be reduced to the Internet and must be understood in its influence in other fields, such as the body and the cinema itself, so we can effectively understand how cyberculture changed the imagery of love, what the artistic discourse can reveal as well. As a result, we take further work with authors of sociology and philosophy as Bauman (2001, 2004), Bell (2001, 2007) and Lemos (2010), among others, to understand how the subject discoursivizes in the age of virtual love from the concept of discursive event and production conditions, having the goal of the contemporary context marked by the liquid-modern society. As describes Bell, cyberculture has many stories – above all, the political history and the symbolic story, especially in this by referring to the narratives of/on cyberculture in the art. The body, by the way, is one of the concepts in movement in the age of cyberculture, and our interest to investigate these actions both in AD scope and the support of other theorists. In this sense, the cyborg manifesto of Donna Haraway (2013) on the redefinition of the bodies and love from post-modernity also helps us interpret the discourse of the feature films. From these concerns, we seek to understand the ways of subjectivity that are part of/in cyberspace, from the conditions of production that (re)configure the set of discursive formations in memory and artistic discourse. Keywords: Discourse Analysis; Movies; Cyberculture; Imaginary. LISTA DE SIGLAS SIGLA SIGNIFICADO AAD69 Análise Automática do Discurso (1969) AD Análise do Discurso AIE Aparelhos Ideológicos de Estado ARE Aparelho Repressivo do Estado CLG Curso de Linguística Geral DA Discurso Artístico FD Formação Discursiva FI Formação Imaginária FS Formação Social SLM Sociedade Líquido-Moderna SSM Sociedade Sólido-Moderna

Description:
FUNARO, V. M. B. O. et al (Orgs.). (2009). Diretrizes para apresentação de dissertações e teses da USP: documento eletrônico e impresso – Parte II (APA). Música: Plinio Profeta. Duração: 97 min. Produção: Globo Filmes. ANTONIONI, M. (Diretor). (1966). Blowup – depois daquele beijo [DV
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