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SOUZA, Armênia Maria de. A sociedade medieval no Estado e Pranto da Igreja de Álvaro Pais PDF

253 Pages·2009·0.73 MB·Portuguese
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ARMÊNIA MARIA DE SOUZA A SOCIEDADE MEDIEVAL NO ESTADO E PRANTO DA IGREJA DE ÁLVARO PAIS, BISPO DE SILVES (1270-1349) GOIÂNIA-1999. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DAS SOCIEDADES AGRÁRIAS A SOCIEDADE MEDIEVAL NO ESTADO E PRANTO DA IGREJA DE ÁLVARO PAIS, BISPO DE SILVES (1270-1349) MESTRANDA: ARMÊNIA MARIA DE SOUZA ORIENTADOR: PROFESSOR DOUTOR JOSÉ ANTÔNIO DE CAMARGO RODRIGUES DE SOUZA Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em História das Sociedades Agrárias do Departamento de História da Universidade Federal de Goiás como requisito parcial para a obtenção do Título de Mestre. GOIÂNIA –1999 AGRADECIMENTOS O trabalho que agora apresento é fruto da pesquisa realizada como aluna do Programa de Mestrado do Departamento de História da Universidade Federal de Goiás. Com certeza não teria chegado ao seu fim sem a ajuda valiosa de inúmeras pessoas. Dentre todos que me apoiaram, devo agradecer primeiramente à minha família e com especial carinho à minha mãe, Idalina Germana de Souza e a meu filho Guilherme, a quem dedico este trabalho. Bem como a meu pai, Ayrton Martins de Souza e às minhas irmãs Admilsa e Adnilsy. Cabe registrar a profunda gratidão e apreço ao meu orientador Prof. Dr. José Antônio de C.R. de Souza, que nas horas de incertezas soube, com a luz de sua vasta experiência, guiar-me pelo caminho estreito, sendo, portanto, o grande responsável pela finalização deste trabalho. Sou grata à Coordenadora do Programa de Mestrado da Universidade Federal de Goiás, na pessoa da Profª e amiga Dulce Amarante O. dos Santos, pela bolsa de estudos que obtive da UFG. Agradeço também aos professores que me acolheram em suas disciplinas e com quem enriqueci minha aprendizagem sobre a História, em especial, aos professores Leandro Mendes Rocha, Barsanufo Gomides Borges, Jordino Marques e à amiga e professora Heliane Prudente Nunes. Não posso também deixar de registrar os meus agradecimentos aos secretários do Mestrado, Mário Rosa e do ICHF, Gustavo Antônio Pereira, pela gentileza e solicitude com que sempre me atenderam quando necessitei resolver assuntos burocráticos. Agradeço aos meus colegas de Mestrado pelo apoio e consideração com que sempre me trataram e com especial carinho, a Maria Aparecida Daniel e Haroldo Márcio. Não poderia deixar de elencar outros nomes de colegas a quem muito prezo Flávio Ferreira Paes Filho, prof. da UFMT, Maria Meire, Everly, Adriana, Clara, Mônica, Renata Cristina, Cristina Helou, Gislaine, Helén e meu mui querido amigo José Jivaldo, mestrando em Filosofia Política. Tenho especial gratidão por aquela que foi minha professora e colega no Departamentode História, quando da minha estada por lá, e que sempre me atende com paciência de “santa” , a Prof. Waldinice Maria Nascimento. Não poderia deixar de lembrar a ajuda valiosa da amiga e professora Teresinha Maria Duarte, que gentilmente cedeu-me valioso material bibliográfico, recolhido por ocasião de sua visita à Portugal, bem como à Profa. Doutora Maria Euyridice Ribeiro, pelas valiosas contribuições ao meu trabalho e pela gentileza de ter participado de meu Exame de Qualificação e da Defesa desta dissertação. Com especial carinho lembro minhas amigas, as professoras Maria Amélia G. Alencar e Libertad Borges Bitencourt, Sônia Baylão de Carvalho, Divina Lúcia Mendanha, Jane O. de Oliveira, bem como o Sr. Doralino Heguedusch e os professores Antônio Cappi, Saturnino Pesquero Ramón e Nédio Pertile, pela contribuição acadêmica. Por fim, para não cometer nenhuma injustiça ao deixar de mencionar algum nome, agradeço a todos que possibilitaram direta ou indiretamente da elaboração deste trabalho. RESUMO Concebemos a estrutura desta dissertação em três capítulos. O primeiro tem como foco de atenção a história de vida de Álvaro Pais, ressaltando os aspectos mais importantes concernentes à sua trajetória política e religiosa, junto à última querela envolvendo a potestas papalis e a potestas imperialis e por via de extensão, a sua posição diante dos problemas relativos à pobreza evangélica. No segundo capítulo voltamos nossos olhos para a visão do Prelado silvense acerca do clero de seu tempo, enfocando as denúncias concernentes ao mau comportamento dos membros da Ordo Clericorum, tendo em mente a sua hierarquia interna, a missão que exerciam junto à Ecclesia/Societas christiana, bem como, a proposta de conduta moral que ele lhes apresenta. O terceiro capítulo versa sobre os diversos subgrupos sociais integrantes da Ordo laicorum, em que, para além de apontar as denúncias de Pais face ao mau comportamento dos seus inúmeros indivíduos, e verificar a conduta do homo medievalis ante aos problemas e inquietações provenientes das transformações pelas quais, passava a Cristandade na primeira metade do século XIV, analisaremos principalmente as funções sociais de tais segmentos (tradicionais e novos) e como estavam organizados entre si. SUMÁRIO Introdução...................................................................................................................... 10 Capítulo I - Álvaro Pais e Seu Tempo..........................................................................19 1.1.A Pátria, a família e a trajetória de Álvaro Pias até 1320......................................... 19 1.2.A Controvérsia em torno da Pobreza de Cristo e dos Apóstolos e o conflito entre o Papado e o Império durante a 1ª metade do séc. XIV e o envolvimento de Álvaro Pais com os mesmos................................................................................................................32 1.3.D. Álvaro Pais Bispo de Silves..................................................................................65 Capítulo II –A Ordo Clericorum no Estado e Pranto da Igreja..................................82 2.1. O Clero secular........................................................................................................ 88 2.1.1.O Papa.....................................................................................................................88 2.1.2. Os Cardeais......................................................................................................... 106 2.1.3. Os Patriarcas........................................................................................................110 2.1.4. Os Bispos.............................................................................................................113 2.1.5. Dignitários inferiores, presbíteros e demais clérigos...........................................122 2.2. O Clero regular...................................................................................................... 135 2.2.2. Os Abades............................................................................................................139 2.2.3.Os Monges............................................................................................................146 CAPÍTULO III –A Ordo Laicorumno Estado e Pranto da Igreja 3.1. Os Imperadores.......................................................................................................153 3.2. Os Reis....................................................................................................................164 3.3. A Nobreza...............................................................................................................176 3.4.Os Plebeus...............................................................................................................180 3.4.1. Soldados.............................................................................................................180 3.4.2. Doutores e mestres, discípulos e escolares........................................................187 3.4.3. Os Juízes, os advogados, os jurisperitos e os procuradores...............................197 3.4.4. Os tabeliães e os notários...................................................................................210 3.5. Os Membros Débeis da Sociedade........................................................................212 3.5.1. Os mercadores, banqueiros e artífices................................................................212 3.5.2. Os agricultores ...................................................................................................222 Considerações finais.....................................................................................................232 Fontes e Bibliografia....................................................................................................241 EPÍGRAFE "Mas o erudito que não tenha o gosto de olhar à volta de si mesmo, nem para os homens, nem para as coisas,nem para os acontecimentos, merece talvez, como dizia Pirenne, que lhe chamem um prestimoso antiquário. Mas, deveria ter o bom senso de renunciar ao nome de historiador". Marc Bloch Introdução 1 INTRODUÇÃO O estudo da História pelo próprio contexto que se apresenta tem se diversificado, impondo aos seus estudiosos uma nova forma de se fazer história. Não cabe mais ao historiador, privilegiar somente os âmbitos político, econômico ou social, mas realizar uma análise histórica do conjunto dos fatos e do objeto em estudo, procurando abranger também as estruturas mentais, as espirituais, os grupos dominantes, os grupos dominados, aspectos que fazem o "todo" social. O historiador moderno utiliza constantemente da interdisciplinaridade ao recorrer à ciências afins como: a Geografia, a Filosofia, a Sociologia, a Psicologia, a Antropologia, dentre outras. Além, do avanço tecnológico na área de informática, como recurso de grande valia para os estudos históricos1. Marc Bloch, em seu clássico Introdução à História, já ressaltava o papel do historiador, ao mencionar no capítulo VII, da obra supracitada, a importância de o historiador estar atento à tudo o que o cercava e a fazer a junção entre passado e presente, visando a compreensão e a análise do objeto em estudo2. É nesta perspectiva que pretendemos realizar a presente pesquisa, uma vez que o enfoque dado à sociedade medieval por Álvaro Pais, no Estado e Pranto da Igreja é pouquíssimo conhecido, conquanto os 1 Cf. Ciro Flamarion S. Cardoso e Ronaldo Vainfas.(orgs.) Domínios da História: Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro, Campus, 1997: 1 segs. 2Cf. Marc BLOCH. Introdução à História.2a. ed., Lisboa, Publicações Europa -América, 1963, p.44. Introdução 2 estudiosos da obra do Bispo de Silves, convergiram o foco de atenção em sua grande maioria para a teoria política pelagiana, deixando de abordar mais profundamente os aspectos sociais que a obra contém, de modo que acreditamos ser uma boa ocasião para o fazer. O estudo da Idade Média em seus diversos aspectos, conta hoje com uma vasta produção historiográfica, especialmente entre a historiografia Francesa e Inglesa, bem como a portuguesa. A produção histórica medieval no Brasil no tocante à obra de Álvaro Pais, ainda precisa ser explorada como uma contribuição à mais para o estudo e a compreensão da sociedade latina da primeira metade do século XIV. Do conjunto das principais obras pelagianas, a saber: O Espelho dos Reis , o Colírio da Fé Contra as Heresias e o Estado e Pranto da Igreja, este último, sem dúvida veio constituir para os especialistas uma das mais importantes e interessantes obras do medievo no período estudado. Ademais, essa obra espelha a imagem de um homem austero e de elevado espírito intelectual. Consoante o estudo do pensamento pelagiano destacam-se em sua grande maioria os estudiosos portugueses, cujos enfoques podemos delinear da seguintes forma: a) autores como João Morais Barbosa, Nicolas Iung3, Marino Damiata, dentre outros, buscaram tratar o Pensamento de Álvaro Pais no campo filosófico-político explorando os aspectos relativos à sua concepção a cerca da hierocracia pontifícia; b) Ogando Vasquez, Alexandre Amaro, Isaac Vázquez, Antônio Domingues de Sousa Costa (a este, a historiografia portuguesa oferece destaque como pesquisador incansável da obra 3 De acordo com João Morais Barbosa, coube a Nicolas Iung, ter chamado primeiramente a atenção para o texto final do Estado e Pranto da Igreja. Cf. Novos Contributos para a História Redaccional do De Statu Planctu Ecclesiae de Álvaro Pais. Lisboa, Euphrosyne, Revista de Filosofia Clássica. Nova série, Faculdade de Letras, 1990 : 308. vol. VIII.

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