ebook img

Sobre o amor e outroS enSaioS de pSicanáliSe e pragmatiSmo PDF

190 Pages·2011·2.21 MB·Portuguese
by  
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Sobre o amor e outroS enSaioS de pSicanáliSe e pragmatiSmo

Sobre o amor e outroS enSaioS de pSicanáliSe e pragmatiSmo PSICANÁLISE E HUMANIDADES – v. I miolo_psicanalise.indd 1 14/03/2011 11:43:59 miolo_psicanalise.indd 2 14/03/2011 11:43:59 Fábio Belo Lúcio Roberto Marzagão Antonio Marcos Pereira Sobre o amor e outroS enSaioS de pSicanáliSe e pragmatiSmo PSICANÁLISE E HUMANIDADES – v. I Fábio Belo, Org. ophicina & de arte prosa Belo Horizonte - 2011 miolo_psicanalise.indd 3 14/03/2011 11:43:59 Sobre o amor e outros ensaios de psicanálise e pragmatismo PSICANÁLISE E HUMANIDADES – v. I Copyright 2011@ by Fábio R. R. Belo Direitos reservados para a língua portuguesa: Fábio R. R. Belo www.fabiobelo.com.br Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios, sem a permissão, por escrito, do Autor. Ophicina de Arte & Prosa Editores: Rachel Kopit Cunha – Fernando Poetta www.ophicinadearteprosa-kopitpoetta.blogspot.com [email protected] 31-9128-7441 – 8399-6202 Capa: Fernando Poetta Diagramação: Objeto de Arte Comunicação & Design Revisão: Rachel Kopit Cunha ____________________________________________________________________________ 159.98 BELO, Fábio (org.). B346p Psicanálise e humanidades –. / Fábio Belo [Organizador]. __ Belo Horizonte: Ophicina de Arte & Prosa, 2011. 176 p.; 15 x 21cm. V. 1: Sobre o amor e outros ensaios de psicanálise e pragmatismo ISBN: 978-85-88750-48-7 1. Psicologia aplicada. 2. Psicanálise. 3. Pensamento filosófico. 4. MARZAGÃO, Lúcio Roberto. 5. PEREIRA, Antonio Marcos. I. Título. ____________________________________________________________________________ miolo_psicanalise.indd 4 14/03/2011 11:43:59 Introdução à psIcanálIse Sobre o Amor 9 [Fábio Belo e Lúcio Marzagão] Avareza e Perdularismo 35 [Fábio Belo e Lúcio Marzagão] O Umbigo e o Cogumelo: sobre a subjetividade em Freud 59 [Fábio Belo] O inconsciente como produtor de impossibilidades 68 [Fábio Belo] psIcanálIse e pragmatIsmo A clínica e a reflexão moral 78 [Fábio Belo] Ética e Clínica: apologia de um saber menor 87 [Fábio Belo e Lúcio Marzagão] A Metáfora Freudiana: Para uma Mudança Paradigmática na Psicanálise 103 [Fábio Belo e Lúcio Marzagão] Críticas ao mito do bebê solipsista de Freud 126 [Fábio Belo] Notas sobre Linguagem, Inconsciente e Pragmatismo 137 [Fábio Belo e Antonio Marcos Pereira] O Estilo de Wittgenstein e a Função Terapêutica de sua Filosofia: Escrever para Reconhecer a Própria Face 153 [Fábio Belo] HIstórIa da psIcanálIse Tragédia e Ironia na História da Psicanálise 168 [Fábio Belo] resenHa Os últimos dias de Freud 182 [Fábio Belo] miolo_psicanalise.indd 5 14/03/2011 11:43:59 miolo_psicanalise.indd 6 14/03/2011 11:43:59 introdução à pSicanáliSe S o b re o a m o r e o u tro s e n s a io s d e p s ic a n á lis e e p ra g m a tis m ( 7 ) o miolo_psicanalise.indd 7 14/03/2011 11:44:00 miolo_psicanalise.indd 8 14/03/2011 11:44:00 Sobre o amor Fábio Belo Lúcio Marzagão 1. a presença do perdido Dante alighieri termina as três partes de sua Divina Comédia – Inferno, Purgatório e Paraíso – com a palavra stelle (estrelas). No Paraíso, o verso final é: L’Amor che muove il sole e l’altre stelle1 (o Amor que move o sol e as outras estrelas). Trata-se de um verso subversivo, pois, quando Dante escreveu sua obra-prima – por volta de 1300-20 – acreditava-se que as estrelas determinavam nosso destino. A subversão consiste em dizer que contingências muito mais próximas e terrenas, nossas ligações amorosas e não a posição dos astros, determinam nossos destinos. Tal como se pode depreender do verso de Dante, para a psicanálise, nossas primeiras relações amorosas determinam quem somos. É a partir delas que vamos aprender a praticar os jogos amorosos, a suportar todas as vicissitudes do amor, do abandono à traição, passando pelo ciúme e a sedução. O amor parece ser o lugar de onde todas as outras paixões emergem. Que estranho-familiar afeto é este? Por que ele é tão podero- so? Recordemos um poema de Carlos Drummond de Andrade para tentar S o responder a essas questões: bre o a m o Memória2 r e o u Amar o perdido tro s deixa confundido e n s a este coração. io s d e p s ic a n á lis e e p 1 ALIGHIERI, D. A divina comédia. Trad. Cristiano Martins. 5. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1989. ra 2 ANDRADE, C. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.p. 252. gm a tis m ( 9 ) o miolo_psicanalise.indd 9 14/03/2011 11:44:00 Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão. Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão. Uma poesia de amor, cujo título é “Memória”, sugere uma relação en- tre amor e tempo. Na primeira estrofe, duas ações são descritas: “amar o perdido” e a confusão do coração. Amar o perdido é amar o que ficou para trás, amar, no presente, um objeto do passado. Não está claro, no entanto, qual o sentido de “perdido” aqui. Seria desaparecido? E esse desa- parecimento teria a ver com a morte ou com o abandono? O poema não oferece resposta a essas questões. De qualquer forma, entretanto, amar o perdido deixa confuso o coração. De um ponto de vista lógico, não é ra- cional “amar o perdido”. Afinal, por que amar algo perdido? Por que amar um objeto que não existe mais? O amor parece perturbar a linearidade do tempo: nossos objetos pretéritos de amor são sempre presentes e deter- minam quais serão os futuros. Para a psicanálise, essa confusão decorre do fato de o inconscien- te estar sempre presente em nossos jogos amorosos. Adiante, veremos como isso acontece. Por enquanto, basta dizer que a primazia é sempre - V.I do passado e das primeiras relações amorosas que fizeram os caminhos S E por onde percorrerá a pulsão sexual em busca de um objeto de satisfação. D A D A pulsão tem esta característica: não abandonar nenhum objeto que um NI A dia já lhe trouxe satisfação. É a presença de laços inconscientes com o M U H objeto que torna “confundido” o coração do eu-lírico. E E S LI Á N A C PSI ( 10 ) miolo_psicanalise.indd 10 14/03/2011 11:44:00

Description:
Sobre o amo. r e ou tros ensaios d e psicaná lise e pragma tismo. ( 7 ) introdução à pSicanáliSe miolo_psicanalise.indd 7. 14/03/2011 11:44:00 Cf. Subjectivity, in: HONDERICH, Ted (ed.) The Oxford companion to philosophy. Oxford: Oxford University. Press, 1995, p. 857. miolo_psicanalise.indd
See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.