Sobre Comportamento e Cognição ( >o/)// /6u/\'ões pa ra a Gons/rução <Ja Ofeoria do G om poríam enia Organizado por Jfélio tfosé Quil/iardi JlCaria Jiea/riz ‘JSarf) osa t7iin/i(t JíCaili 7}aMcia O^iazzon (2ueiroz 'JlCai'ia Claro fina <^coz ESETec Editores Associados Sobre Comportamento e Cognição Contribuições para d Construção dd Tcorid do Comportdmento Volume 10 Ortfiini/iii/o por h iclio José C/uilfhmfi Miirni lk\itriz Itürbosü Pinho Mddi Pdtrícid PUizzon Queiroz Miirui C 'iiroliihi Scoz Hélio José Guilhardi «Almir Del Prette • Amauri Gouveia Jr • Ana Lúcia Cortegoso • Ana Maria Ló Sónechal- Machado • Angélica Capelari • Armando R. das Neves Neto • Donald M. Baer • Cacilda Amorim • Cilene Rejane Ramos Alves • Denis Roberto Zamignani • Denise Cerqueira Leite Heller • Edwiges Ferreira de Mattos Silvares • Eliane de Oliveira Falcone • Érica Maria Machado Santarém • Gimol Benzaquen Perosa • José Antônio Damásio Abib • Joselma Tavares Frutuoso • Laércia Abreu Vasconcelos • Letlcia Furlanetto • Lúcia Cavalcanti de A. Williams • Makilim Nunes Baptista • João Vicente de Sousa Marçal • Marcelo Beckert • Maria Amalief Andery • Maria da Graça Saldanha Padilha • Maria Tereza Araújo Silva • Marilza Mestre • Neury José Botega • Neuza Corassa • Nilza Micheletto • Patrícia Piazzon Queiroz • Paulo Sergio T. do Prado • Rachel Rodrigues Kerbauy • Renata F. Bazzo • Renério Fráguas Júnior • Ricardo Corrôa Martone • Rosana Righetto Dias • Sandra Leal Calais • Solange L. Machado • Suely Sales Guimarães • Tereza Maria de Azevedo Pires Sério • Vanise Dalla Vecchia • Vera Regina L. Otero • Yara K. Ingberman • Zilda A. Pereira Del Prette_____________________________________________________________ ESETec Editores Associados 2002 ('opyright O desta edição: F.SKTec Kdifores Associados, Santo André, 2002. Todos os direitos reservados Guilhardl, Hélio José, et al. Sobre Comportamento e Cogniçflo: Contribuições para a Construção da Teoria do Comportamento. - Org. Hélio José Guiihardi. 1* ed. Santo André, SP: ESETec Editores Associados, 2002. v.10 410 p. 24cm 1. Psicologia do Comportamento e Cognição 2. Behaviorismo 3. Análise do Comportamento CDD 155.2 CDU 159.9.019.4 ISUN - ESETec Editores Associados Coordenação editorial: Teresa Cristina Cume Grassi-Leonardi Assistente editorial: Jussara Vince Gomes Capa original: Solange Torres Tsuchiya Projeto gráfico original: Maria Claudia Brigagão Equipe de preparação: Maria Eloisa Bonavita Soares Piazzon, Noreen Campbell de Aguirre RJtSntBO Orat^gramaçào: Erika Horigoshi Revisão ortográfica e gramatical: Maria Rita J. Martini Del Guerra Solicitação dc exemplares: esetír^uol.com.hr Rua Catequese, 845 - Bairro Jardim Santo André SI’ CEP 09090-710 Tcl. (II)4990 5683/4432 37 47 www.esetee.com.br "É exato que as ciências comportamentais ainda não cumpriram a promessa que fizeram... O que está faltando è uma teoria coerente do comportamento humano” Skinner, B. F. (1978) Reflections on Behaviorism and Society, p. 94. Com a publicação deste volume estamos oferecendo a nossa contribuição. Este livro é dedicado a todos aqueles que se interessam pela análise comportamental e que compõem a nossa “audiência"... Porque “uma audiência é uma variável independente negligenciada. Aquilo que uma pessoa diz é determinado, de um modo muito importante, pela pessoa para quem ela está dizendo". Skinner, B. F. (1987). (Jpon Further Reflection, p.156 Sumário Tudo se deve às conseqüências.......................................................................... xi Capítulo 1 - Análise do comportamento e cooperativas de trabalho: produção de conhecimento, ensino e transformação de conhecimento em atuação profissional Ana Lucia Cortegoso (UFSCar)......................................................... 01 Capitulo 2 - A manipulação no contexto clinico Ana Maria Lé Sénéchal - Machado (UFMG)........................................ 16 Capítulo 3 - Modelos animais de psicopatologia: depressão Angélica Capelari (USP/UMESP)...................................................... 24 Capitulo 4 - Terapia Cognitivo-Comportamental na Psicologia da Saúde Armando Ribeiro das Neves Neto (UNIFESP - EPM/AMBAN-IPQ- HCFMUSP/lnst. Neurológico de São Paulo/Hospital Beneficência Portuguesa)...................................................................................... 29 Capítulo 5 - Quando esperar (ou não) pela correspondência entre comportamento verbal e comportamento não-verbal Cacilda Amorim (USP/PUCSP) e Maria Amalia Andery (PUCSP)....... 37 Capítulo 6 - Modelos animais de psicopatologia: esquizofrenia Cilene Rejane Ramos Alves e Maria Teresa Araújo Silva (USP).......... 49 Capítulo 7 - Anorexia nervosa: etiologia e estratégias de enfrentamento Denise Cerqueira Leite Heller (UTP).............................................. 61 Capítulo 8 - Avaliando programas de autismo: um caso especial de avaliação de programa* Donald M. Baer (University ofKansas)............................................... 69 Capítulo 9 - Família, enurese e intervenção clinica comportamental Edwiges Ferreira de Mattos Silvares.................................................. 79 Capitulo 10 - Contribuições para o treinamento em habilidades de interação Eliane de Oliveira Falcone (UERJ)...................................................... 91 Capitulo 11 - Modelos animais de psicopatologia: Transtorno Obsessivo- Compulsivo Érica Maria Machado Santarém (Univ. São Francisco-IT)...................105 Capitulo 12- Suporte psicológico a gestantes portadoras de fetos com diagnóstico de malformação Gimol Benzaquen Perosa (UNESP-Botucatu)..................................113 Capítulo 13 - Ética de Skinner e metaética José Antônio Damásio Abib (UFSCar)............................................... 125 Capitulo 14-0 ensino da análise do comportamento: da prática à teoria Joselma Tavares Frutuoso (UFSC)..................................................... 138 Capítulo 15 - Análise comportamental do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: implicações para avaliação e tratamento Laércia Abreu Vasconcelos (UnB)......................................................144 Capitulo 16 - Abuso sexual infantil Lúcia Cavalcante de Albuquerque Williams (UFSCar/LAPREV)..........155 Capítulo 17 - Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): principais caracte rísticas, histórico, prevalência, comorbidade e tratamento Makilim Nunes Baptista (UNIFESP/Univ. Brás Cubas/Centro Univ. Hemiínio Ometto - Araras), Rosana Righetto Dias (UNICAMP/Centro Univ. Hermlnio Ometto - Araras) e Sandra Leal Calais (PUCCamp/ UNESP-Bauru)................................................................................ 165 Capítulo 18 - Psicologia do esporte no contexto escolar João Vicente de Souza Marçal (IBAC/UniCEUB)................................175 Capitulo 19- Correspondência: quando o objetivo terapêutico ó o “digo o que faço e faço o que digo" Marcelo Beckert (IBAC)..................................................................... 183 Capítulo 20 - Notas sobre a atualidade de ciência e comportamento humano Maria Amalia Andery (PUCSP), Nilza Micheletto (PUCSP) e Tereza Maria de Azevedo Pires Sério (PUCSP).............................................195 Capítulo 21 Abuso sexual contra crianças e adolescentes: considerações sobre os fatores antecedentes e sua importância na prevenção Maria da Graça Saldanha Padilha (UTP)....................................... 209 Capítulo 22 Mediadores no sucesso da psicoterapia comportamental Marilza Mestre (UFPR/CPEM/USP/UTP) e Neuza Corassa (UTP/ PUCPR/CPEM)............................................................................ 221 Capitulo 23 Depressão no paciente acometido por outras doenças Neury José Botega (FCM UNICAMP), Letícia Furlanetto (UFSC) e Renório Fráguas Jr. (Inst. de Psiquiatria FMUSP)......................... 229 Capítulo 24 Passados 30 anos: “os princípios comportamentais servirão para os revolucionários?” Nilza Micheletto (PUCSP) e Tereza Maria de Azevedo Pires Sério (PUCSP)....................................................................................... 241 Capítulo 25 Redução da agressividade e hiperatividade de um menino pelo manejo direto das contingências de reforçamento: um estudo de caso conduzido de acordo com a Terapia por Contingências Patrícia Piazzon Queiroz e Hélio José Guilhardi (Inst. de Análise do Comportamento - Campinas)................................................... 249 Capítulo 26 Pode o paradigma de equivalência fundamentar uma compreensão comportamental do conceito de número? Paulo Sérgio Teixeira do Prado (UNESP- Marllia)......................... 271 Capitulo 27 Contribuição da FAP e pontos a esclarecer Rachel Rodrigues Kerbauy (USP)................................................. 281 Capítulo 28 A presença da pesquisa em Farmacologia e Fisiologia no JEAB-1957-2000 Renata F. Bazzo (FC/UNESP - Bauru) e Amauri Gouveia Jr. (UNESP-Bauru).......................................................................... 284 Capítulo 29 Esquizofrenia: a análise do comportamento tem o que dizer? Ricardo Corrêa Martone (Psicólogo clinico) e Denis Roberto Zamignani (Psicólogo cl/nico)...................................................... 305 Capítulo 30 Estresse e doença crônica Rosana Righetto Dias (UNICAMP/Centro Univ. Hermlnio Ometto - Araras), Makilin Nunes Baptista (UNIFESPICentro Univ. Hermlnio Ometto - Araras) e Sandra Leal Calais (PUCCamp/ UNESP-Bauru)............................................................................ 317 ix Capítulo 31 - A manipulação coercitiva nas relações interpessoais Solange L. Machado (UTP)........................................................... 325 Capítulo 32 - Uso gradual de exposição e prevenção de respostas para portadores de Transtorno Obsessivo-Compulsivo resistentes à medicação Suely Sales Guimarães (UnB)...................................................... 349 Capítulo 33 - Obesidade mórbida - aspectos clínicos Vanise Dalla Vecchia.................................................................... 356 Capítulo 34 - Peculiaridades do atendimento psicoterápico do portador do transtorno “Bordeline” de personalidade Vera Regina Lignelli Otero (Clínica ORTEC - Ribeirão Preto-SP) 361 Capítulo 35-0 atendimento a pais de crianças em psícoterapia: orientação ou terapia? Yara Kuperstein Ingberman (UFPR).............................................. 369 Capítulo 36 - Transtornos psicológicos e habilidades sociais Zilda Aparecida Pereira Del Prette e Almir Del Prette (UFSCar)... 377 Tudo se deve às conseqüências... Os volumes 9 e 10 da coleçào Sobre Comportamento e Cognição reúnem uma amostra abrangente do que foi apresentado no X Encontro Anual da ABPMC em 2001. No final de uma década de Associação, são claros os produtos da organização anual dos Encontros: maior número de trabalhos publicados, por um número crescente de diferentes estudiosos do comportamento, para uma audiência progressivamente mais numerosa. Os dados parecem indicar que devem ter operado na comunidade dos comportamentalistas contingências reforçadoras positivas. Mas, quem reforçou quem? A audiência com certeza reforçou o comportamento dos expositores. Os expositores, por sua vez, reforçaram o comportamento da audiência. Todos reforçaram todos? Todos se sentiram reforçados? Que bela circularidadel “O comportamento positivamente reforçado é em geral acompanhado por um estado que descrevemos dizendo que estamos fazendo 'o que queremos fazer', ‘gostamos de fazer' ou ’amamos fazer'.” (Skinner, 1989, 1995 p. 105).’ Quem participou ativamente dos Encontros da ABPMC poderia dizer: Skinner descreveu muito bem o que se viveu nessas ocasiões. Imediatamente antes da criação da Associação e de seu produto mais conspícuo, os Encontros anuais, a comunidade comportamental estava exageradamente retraída. Tal retraimento só era interrompido nos Congressos e nas publicações mais abrangentes, onde os trabalhos comportamentais eram apresentados em meio aos de outras orientações e de outras áreas, como se viu na SBPC, nas Reuniões Anuais da Sociedade de Psicologia de Ribeirão Preto e da Sociedade Brasileira de Psicologia, nas publicações destas sociedades e em revistas de diferentes instituições cientificas. Não havia, no entanto, à época, nenhum veiculo especifico para organizar a produção comportamental e permitir sua expressão de forma mais sistematizada. Os Encontros da Associação adquiriram a função de uma eficaz operação estabelecedora, capaz de mobilizar para a ação todos os níveis da comunidade comportamental. Eles permitiram, ainda mais, que os comportamentos de seus organizadores e participantes funcionassem como poderosos estímulos discriminativos e reforçadores condicionados generalizados para as classes comportamentais: comparecer aos Encontros, apresentar trabalhos e publicá-los, como jamais se viu antes no ambiente comportamental brasileiro. A análise comportamental chegou a sua maturidade, que pode ser caracterizada pelos seguintes critérios: 1. Maior 'Skinner, B. F. (1989. 1995). Questões Recentes nu Análise Comportamental Campinas: Papirua xi aproximação entre a comunidade acadêmica e a aplicada; 2. Realização de trabalhos conjuntos entre psiquiatras e psicólogos comportamentalistas; 3. Convivência harmoniosa entre os psicólogos cognitivo-comportamentais e os behavioristas radicais, sem perda das respectivas identidades; 4. Extensão dos trabalhos aplicados para as múltiplas áreas da comunidade: clinica, escola, hospital, trânsito, posto de saúde, empresa etc.; 5. Desenvolvimento de pesquisa de temas teóricos; 6. Desenvolvimento de pesquisa básica com animais e humanos; 7. Desenvolvimento de pesquisa aplicada; 8. Desenvolvimento de maneiras de trabalhar voltadas para a comunidade brasileira; 9. Realização por 10 anos sucessivos do Encontro Anual da ABPMC com crescente participação de público e de apresentação de trabalhos; 10. Aumento significativo de publicações, incluindo os volumes da coleção Sobre Comportamento e Cognição b uma revista especializada Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva. Em todos os itens mencionados, o que melhor caracterizou cada um deles foi a prevalência de contingências reforçadoras positivas para instalação e manutenção dos comportamentos dos estudiosos e para o desenvolvimento das relações entre todos os profissionais. O pressuposto básico é que não basta apenas se comportar, mas deve-se fazê-lo sob contingências reforçadoras, minimizando os controles coercitivos e eliminando os repertórios de fuga-esquiva. Há que se comportar e sentir prazer naquilo que se faz; sentir liberdade ao fazer o que se faz. Todos sabemos quais contingências produzem tais sentimentos. Dediquemo-nos a elas. Hélio José Guilhardi Presidente da ABPMC Gestão 2000/2001 xii